Não aguento mais ouvir músicas que afirmam coisas do tipo: "os sonhos de Deus".
Isso se torna mais irritante ainda, para mim, quando ouço pastores de linha evangelical, pentecostal e neopentecostal afirmarem tal despautério.
Minha indignação extrapolou todos os limites quando, nesta manhã de sábado, eu encontrei um pastor presbiteriano postar em seu Facebook, que inclusive, não tenha dúvida, será curtido e compartilhado por muitos incautos irmãos, coisa do tipo: "NÃO DESISTA DOS SONHOS DE DEUS EM SUA VIDA", sem dúvida alguma, UM ABSURDO.
Até cinco anos antes, nunca esta expressão tinha sido usado nas igrejas ou por qualquer pessoa de bom senso, pelo menos até onde pesquisei. Mas foi só um "artista gospel" da equipe do Silas Malafaia usá-la numa música que se tornou hit e, pronto, muitas pessoas passaram a utilizá-la e a consumi-la, como se verdade fosse.
Trago aqui, mesmo que rapidamente, minha argumentação apresentando o equívoco desses que usam essa expressão. Siga o meu raciocínio...
1) Se Deus tem sonhos, uma das possíveis implicações disso, é afirmar que ele dormiu. Mas, isso vai completamente de encontro a Palavra revelada de Deus, registrada no Salmo 121.4, que afirma: "É certo que não dormita, nem dorme o guarda de Israel". Portanto, a partir deste texto bíblico é uma heresia afirmar que Deus tem sonhos, pois ele não dorme!
2) A outra interpretação possível, seria afirmar que Deus tem sonhos, no sentido de desejos. Como tal, esses sonhos e desejos podem ou não ser realizados. Óbvio que numa perspectiva humana, isto é totalmente aplicável não, porém, quando nos referimos a Deus. Quando nos referimos a ele temos que fazê-lo como as Escrituras Sagradas nos ensinam, ou seja, que ele é soberano sobre todas as coisas e que não tem sonhos, semelhantes aos homens, mas decretos e planos, que acontecerão, invariavelmente, exatamente de conformidade com a sua vontade, que é boa, agradável e perfeita. Sobre os planos de Deus, o patriarca Jó assim se expressou: "Bem sei que tudo podes, e nenhum dos teus planos pode ser frustrado" (Jó 42.2).
Isto posto, quero desafiá-lo a olhar para Deus, a refletir sobre Deus e a falar sobre Deus, da forma como ele se revela em sua Palavra e não como olham os modernos poetas e teólogos neopentecostais, que divinizam o homem e humanizam a Deus, ao ponto de afirmarem besteiras teológica como essa.
Que o Senhor Deus se apiede de nós.
Amém!
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