2015/03/29

DEPRESSÃO E GRAÇA – Últimas Reflexões

Últimas reflexões – parte 1


Hoje eu começo a fazer algumas considerações finais quanto à DEPRESSÃO e sua relação com a Palavra de Deus. Dei o nome a esta série de “Depressão e Graça”, pois, nela, vimos personagens bíblicos que enfrentaram um período de depressão em suas vidas e como a graça de Deus os resgatou e curou. Nos lembremos, então, um a um, de como a graça de Deus agiu na vida de homens e mulheres na Bíblia livrando-os da Depressão.

Nosso primeiro estudo foi sobre a vida de Moisés. Vimos como a oposição e o fracasso derrubaram esse grande líder, um homem consagrado a Deus, e como sua atenção às orientações divinas o livraram da depressão. 

Jó foi nosso segundo personagem estudado. Vimos Jó sofrendo pela perda de coisas que lhe eram tão preciosas e como sua fé na soberania de Deus sustentou seu coração durante momentos indescritíveis de sofrimento.

Nosso terceiro homem foi o nosso Senhor Jesus Cristo. Vimos nosso amado Salvador suando gotas de sangue em virtude de uma angústia extrema que o derrubou em seus últimos dias de vida. Ele sofreu por minha causa, aliás, por nossa causa. Nós somos responsáveis pelo sofrimento e angústia extrema de Cristo. E aprendemos com Ele que, quando estivermos atravessando momentos de angústia e de depressão devemos orar mais intensamente do que nunca! Devemos nos aproximar mais de Deus e ir adiante, nunca desistir, nunca parar, nunca nos derrubarmos num sofá. 
Depois foi o apóstolo Paulo. Quantas tribulações aquele homem santo atravessou. Lemos sobre seu desespero que o levou a desejar a própria morte! Aprendemos com a experiência de Paulo que não devemos confiar em nós mesmos, muito menos nos homens (para nos ajudar a sermos curados definitivamente da depressão). A única esperança para o deprimido ou depressivo emocionalmente se chama Jesus Cristo. Deus é suficiente! Paulo aprendeu isso e essa lição o transformou.

Em nossa quinta viagem conhecemos o testemunho de Asafe. O tema daquele artigo foi: Quando não entendemos a prosperidade dos ímpios e a dificuldade dos justos. “Por quê, normalmente, aqueles que não temem a Deus só prosperam e você, temente a Deus, não consegue o mesmo?” “Por quê o cristão só sofre, enquanto gente malvada só vive nos ‘prazeres’?” Que explicação há para essa paradoxal realidade entre os convertidos e aqueles que não temem a Deus? Essa foi a crise de Asafe. Que depressão atravessou aquele homem! Quantas dores no corpo e na alma Asafe sentiu… até que fez algo que nos serviu de lição: Asafe, no meio de suas “observações” sobre a vida do justo e do ímpio, parou para entrar na presença de Deus, e lá, entendeu o fim de todas as coisas. Entendeu que o fim do ímpio é a destruição e que o fim do justo será riqueza e glória na presença eterna do Príncipe da Paz. Enquanto a prosperidade de muitos hoje lhes custam culpa, erros, mentiras, conchavos, corrupções, traições, e pecados, a paz que sentirá o justo na eternidade não lhe custará absolutamente nada, a não ser sua vida integra nesta Terra (“sem santidade ninguém verá o Senhor”). Aprendemos com Asafe que Deus deseja se tornar nosso mais precioso tesouro, prazer e satisfação. Se ele não o for, certamente as coisas desse mundo tomarão o seu lugar em nosso coração.

Graças a Deus, a mesma graça paira sobre nossas vidas hoje. Graças a Deus, hoje também Deus quer nos ver livres da depressão. Depressões Emocionais (ou Espirituais) estão inteiramente relacionadas ao universo no qual Deus age. Depressões causadas por causas biológicas, físicas, hormonais, são tratadas por médicos, por especialistas do corpo humano, sua biologia e constituição. Depressões causadas por causas externas, não biológicas, freqüentemente chamadas de Doenças Emocionais, essa deve ser tratada completamente por aquele que criou a nossa Psique, a nossa Alma, e a conhece tão bem. Além do mais, Ele se apresenta como aquele que é suficiente para nos ajudar a sairmos de toda e qualquer Depressão Espiritual (ou emocional). Creia nisso. Deus é suficiente! Foi a suficiência das Escrituras e de Deus que sustentou Moisés, Jó, Jesus, Paulo e Asafe em seus momentos de grande sofrimento, de grande depressão.

No próximo artigo, recordaremos outros cinco personagens estudados desde o início desta série.

Deus seja com você e sua família! Uma dia abençoado e cheio da força e da graça de Deus para ajudá-lo a enfrentar as lutas do dia-a-dia.

DEPRESSÃO E GRAÇA – Últimas Reflexões (PARTE 2)

No último post, nós recordamos nossos cinco primeiros personagens bíblicos investigados, seus casos de depressão e de como a graça de Deus os resgatou. Hoje veremos os próximos cinco.
Nosso sexto personagem bíblico estudado foi o profeta Jonas. Lembram-se? A história de Jonas é a história de um homem que possuía um relacionamento com Deus e que, por causa do problema da Ira Pecaminosa (freqüentemente chamada de “Pavio Curto”), sofreu, se entristeceu, até ao ponto de, também, desejar a própria morte. Por causa de sua ira não resolvida, por causa de seu pavio curto não tratado e restaurado por Deus, Jonas sofreu muito. Contudo, aprendemos com sua história que Deus espera libertar-nos desse mal. Precisamos entrar pelas portas das Escrituras. Pelos atalhos dados pelo Senhor. A Bíblia fala que é possível sermos curados da ira pecaminosa (pavio curto) enchendo-nos do Espírito Santo de Deus, Espírito esse que deseja nos domar, nos ‘amansar’, nos transformar. Isso é graça!
Nosso sétimo exemplo bíblico da graça de Deus na depressão não foi sobre uma pessoa, mas sobre uma igreja inteira. A Igreja em Filipos sofria por causa de ansiedade. A ansiedade os derrubou numa depressão, numa tristeza terrível. Na epístola que o apóstolo Paulo escreve para essa igreja, vemos o apóstolo tratando a ansiedade como um pecado! Um pecado que deve ser confessado e abandonado. Quantos não foram os motivos que deixavam os filipenses ansiosos! Nós, hoje também, temos muitos motivos para vivermos ansiosos. 
Contudo, aprendemos com Paulo escrevendo a essa igreja ansiosa, e por ser ansiosa, depressiva, que Deus espera encher nosso coração de paz e alegria em meio às tribulações e injustiças da vida. Aprendemos que, quando ansiosos, devemos apresentar tudo a Deus através da oração, da súplica e, sempre, com ações de graças. Se assim fizermos recebemos uma promessa: que a paz de Deus que excede todo o entendimento guardará o nosso coração em Cristo Jesus!
Dos filipenses fomos estudar o caso de outro grupo, agora um pouco menor: os discípulos. Estudamos a experiência deles no meio do mar da Galiléia quando a falta de fé, evidenciada em meio a uma situação de desespero, lhes derrubou e fez pecar. Vimos, quando em meio ao revolto mar, os fracos discípulos (como nós) em meio às pressões daquele momento agiram confiando em suas próprias forças e sabedorias. Esqueceram-se de falar, de considerar àquele cuja força criou tudo e cuja sabedoria é indescritível. Jesus os repreendera por sua falta de fé. A falta de fé daqueles homens não significava que eles não tinham fé, mas que eles não a punham em ação! Aprendemos que fé, quando convertidos através da graça, é um presente dado por Deus. Portanto, todos os convertidos a têm. Erramos quando não a pomos em prática! Aprendemos com aquela experiência que, quando estivermos passando por tribulação, devemos tomá-la como uma maravilhosa oportunidade para provar a nossa fé, para mostrar a nossa fé, para pô-la em prática, e trazer glória ao Seu Grande e Santo Nome.
Nosso nono caso foi o do Rei Davi. Davi passou um bom tempo em depressão por causa de uma culpa não confessada. Davi chegou a ter febre, dores terríveis no corpo e na alma. Davi estava profundamente abatido, choroso o dia todo e todos os dias. Alguém em uma profunda depressão. No salmo trinta e oito ele nos revela que todo o seu sofrimento se deu devido a pecados não confessados. É assim mesmo na vida de um verdadeiro convertido. Alguém que é verdadeiramente cristão não consegue viver pecando e viver feliz. Pecado traz tristeza. Pecado é tentador e bom, em princípio, mas o seu fim é de morte, de tristeza e depressão, a menos que o confessemos e abandonemos. Aprendemos com a experiência de Davi essa preciosa lição.
Nosso décimo homem a ser estudado foi o sábio Salomão. Salomão nos exorta a sermos cuidadosos com os prazeres, com a fama e com as riquezas. Não há nada de mal em nenhuma dessas coisas. Contudo, Salomão que conheceu tudo isso, Salomão que foi, em seus dias o homem mais satisfeito (com as coisas referentes à carnalidade humana), mais famoso e rico, nos testemunha que nada disso lhe satisfez a alma. E essa, quando insatisfeita, gera descontentamento com tudo e todos e até dores físicas. Salomão nos exortou em Eclesiastes capítulo dois que a riqueza pela riqueza leva a depressão, o prazer pelo prazer leva a depressão. 
Que todos nos cuidemos para não cairmos nesse engano. Sejamos contentes com o que Deus tem nos dado.  Quer seja muito (riquezas) quer seja pouco, louvemos ao Deus da providência sempre, pois nada tem nos deixado faltar. Aprendemos com a experiência de Salomão que, enquanto Deus não for nossa maior satisfação, nossa alma continuará insatisfeita e inclinada para a tristeza e para fazer aquilo que desagrada ao Senhor.
Deus nos ajude, irmãos! Somos fracos, somos pequenos, somos, infelizmente, vacilantes. Que esse fim de semana seja marcado por uma profunda busca por Deus. Marque um horário em sua agenda para ler a Bíblia, marque horários de oração. Não deixe que o dia passe sem que você passe um tempo com seu Salvador. Você e sua alma precisam disso!

Por Wilson Porte Jr.

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