Projeto242Japão Sem fins lucrativos objetivo divulgar a palavra do nosso Senhor Jesus Cristo.
2015/03/31
as pessoas veem anjos na igreja mas não ve do seu lado
"Dê a quem te pede, e não volte as costas àquele que deseja pedir algo emprestado."
(Mateus 5:42)
(Mateus 5:42)
"Pois eu tive fome, e vocês não me deram de comer; tive sede, e nada me deram para beber; fui estrangeiro, e vocês não me acolheram; necessitei de roupas, e vocês não me vestiram; estive enfermo e preso, e vocês não me visitaram. Eles também responderão: Senhor, quando te vimos com fome ou com sede ou estrangeiro ou necessitado de roupas ou enfermo ou preso, e não te ajudamos? Ele respondeu: Digo a verdade: Tudo o que vocês deixaram de fazer a alguns destes mais pequeninos, também a mim deixaram de fazê-lo. E estes irão para o castigo eterno, mas os justos seguirão para a vida eterna".
(Mateus 25:42-46)
(Mateus 25:42-46)
O que é "Esperar no Senhor"?
Olá Leitores! Nesse momento Gostaria de continuar a série de reflexões sobre os jargões do mundo evangélico e analisar o que teria de verdade e de evangelho em tais expressões da cultura religiosa, na nossa meditação anterior refletimos sobre O que é "sentir a presença" de Deus? Sendo essa também uma preciosa viagem aonde aprendemos o sentido dessa expressão.
Hoje Gostaria de trabalhar com essa expressão "Esperar no Senhor". Essa fala é muito usada em todas as esferas da vida para expressar que você estaria na expectativa de acontecer algo que você pleiteia ou busca, seja um namorado, um emprego, uma questão na vida qualquer, porém nesse texto gostaria de refletir sobre sua aplicação na vida dos jovens na área de relacionamentos, porque até um movimento chamado "Eu escolhi esperar" tem tido grande "sucesso" na propagação de idéias que reforçam o jargão do "esperar" e só essa fala tem "doutrinado" muitos jovens com um tipo de espiritualidade meritória e legalista com base no ato de se "esperar".
Antes de tudo gostaria de colar um texto aqui que vai nos servir de Base:
At 16:6 Paulo e seus companheiros viajaram pela região da Frígia e da Galácia, tendo sido impedidos pelo Espírito Santo de pregar a palavra na província da Ásia.
At 16:7 Quando chegaram à fronteira da Mísia, tentaram entrar na Bitínia, mas o Espírito de Jesus os impediu.
At 16:8 Então, contornaram a Mísia e desceram a Trôade.
At 16:9 Durante a noite Paulo teve uma visão, na qual um homem da Macedônia estava em pé e lhe suplicava: "Passe à Macedônia e ajude-nos".
At 16:10 Depois que Paulo teve essa visão, preparamo-nos imediatamente para partir para a Macedônia, concluindo que Deus nos tinha chamado para lhes pregar o evangelho.
Nos versos acima temos Paulo em viagem missionária tentando viajar para uma e outra cidade e em duas tentativas sendo impedido pelo Espírito Santo. Vejamos: Algo não deu certo que não puderam viajar para onde planejavam, O Espírito Santo os impediu no sentido de que aconteceu algo, ou eles sentiram que não deveriam prosseguir, mas também não sabiam para onde deveriam. Logo ficando onde estavam foram dormir e em Sonho Deus deu uma direção para um determinado lugar. O texto não diz que eles estavam parados olhando o tempo "esperando" e sim que eles estavam agilizando e caminhando tomando suas decisões da onde queriam ir e que Deus os impedia. Engraçado que eles não foram para o monte orar para saber a "vontade de Deus", mas fizeram o que tinham em mente. Nos dias de hoje no mínimo diriam que eles não estavam "esperando em Deus" porque quiseram por si mesmos viajar sem autorização divina, ou diríamos que eles estavam na "carne", ou se precipitando, mas não o texto fala de missionários enviados por Deus para viagem.
Quando temos de fato um verdadeiro relacionamento com Deus sabemos que somos livres para atuar na vida, realizar escolhas segundo o bom senso e a racionalidade que o próprio Deus nos concede para tomarmos atitudes e decisões segundo os nossos gostos e paladares e Quando Deus quiser alertar e falar ele é totalmente livre para isso, nos dando sonhos, sinais, nos tirando o sono, ou nos tirando a paz e nos incomodando, em fim, usando seus multimeios na sua multiforme graça, portanto quem de fato se relaciona com ele tem essa convicção e caminha com tranquilidade sem precisar de jargões de nenhuma natureza.
O problema é que os jovens não têm sido ensinados a ter, ou não tem buscado ter um verdadeiro relacionamento com Deus, precisando de psicologias travestidas de teologia cheio de moralismos ou de medos que nos colocam numa vida de barganhas com Deus e de repressão da razão, da vontade, do afeto e tudo mais. Imagina a coisa mais normal do mundo seria dois jovens se gostarem e começarem a namorar e seguindo a frente quem sabe casar, mas tais jargões colocam desconfiados de nossos próprios afetos verdadeiros quase que demonizando-os, colocam nossos gostos pessoais por certo tipo de pessoa em segundo plano como se alguém por ordem de Deus fosse namorar com alguém que acha feio ou que não é atraente por qualquer razão que tem a ver com o individuo, e por fim colocam jovens sinceros angustiados e culpados se querem o que supostamente "Deus não quer", eu não chamaria isso de relacionamento com Deus, chamaria de sinto de castidade psicológico.
Creio que essas idéias nos farão refletir mais e melhor e nos ajude a buscar em Deus uma verdadeira espiritualidade longe dos extremismos. Paz pra todos! Paulo Gustavo
O que é "sentir a presença" de Deus?
Começando de hoje gostaria de fazer uma série de reflexões com base em clichês religiosos evangélicos que ouvimos desde sempre, expressões que se conhecem e se utilizam para designar algo. A primeira expressão ou o primeiro jargão que me ocorreu é sobre esse " sentir a presença de Deus", gostaria de analisar dentre tantas coisas o que poderíamos aproveitar dessa expressão, dando a ela um contorno de significado conforme o evangelho, e não para ser usada na expressão do "crentês" banal.
Essa expressão de uso comum no meio evangélico designa o estado da pessoa em que ela supostamente sente uma "presença" ou uma sensação diferente em que supostamente Deus está se manifestando, por isso presença de Deus. A pessoa relata estar sentindo um poder, uma alegria, em fim.. ela realiza uma catarse emocional sensorial atribuída a presença de Deus. Gostaria de analisar a luz do evangelho de Jesus os contornos de tais expressões e seu impacto na mentalidade dos cristãos.
Definida a expressão que estamos usando hoje pelos que a usam, gostaria de analisar o que era caminhar na presença de Deus em cristo e sua vida. A primeira coisa é que estar ou andar na presença de Deus não depende do que se sente em momento algum, não andamos por sentimento em sim por fé, a fé consiste apenas no fato de que há uma confiança que não aumenta e nem diminui por causa de um sentir ou não sentir " a presença de Deus". Tenho certeza que Jesus pregado no madeiro não estava sentindo nada de bom, nada de gostoso, não estava alegre, não estava emocionado, em fim, não estava com nenhuma sensação que se pudesse atribuir a Deus, mas Jesus nunca jamais saiu da presença de Deus, e nem Deus da sua presença. O próprio Cristo clamou: " Deus porquê me abandonaste?". esse mesmo Jesus ouviu do céu uma voz que dizia: " esse é meu filho amado, nele tenho prazer". O próprio cristo era de Deus e andava na presença do pai e dizia: " eu e o pai somos um" e não saiu da presença de Deus nem quando no madeiro.
Tal expressão também é muito usada para falar do momento no culto em que há uma comoção coletiva ou individual que faça as pessoas chorarem copiosamente, tal ideia transporta a experiência máxima com Deus para o assim chamado culto no templo, tirando do individuo todo restinho de ideia de que Deus deve ser buscado no cotidiano banal, que nas mínimas coisas Deus está presente, não permite que a pessoa desenvolva uma busca a todo momento, e que tenha olhos e coração para sentir Deus a toda momento, a verdade é que sem a verdadeira presença de Deus nada somos e nada podemos fazer, Deus está na tristeza tanto quanto está presente na alegria, e que um momento só não pode resumir ou preencher o cristão.
Outro grande problema do "sentir a presença de Deus" dentro do pensamento popular evangélico é que Deus estar presente é sempre razão para o choro, emoções, perca dos sentidos, e coisas das quais as pessoas vivem e depois do culto não sabem dizer o que aprenderem com a palavra pregada. Nunca nesses lugares as pessoas sentem a presença de Deus pensando, é sempre chorando com grande êxtase misturado com tremidas, línguas mais do que estranhas, e o culto que Paulo chamaria de racional fica emocional até dimais. não que não devamos nos emocionar, isso é parte de nós, mas isso é natural e não deve ser esperado nem emulado, e sim deve sempre tem um sentido final, a edificação.
O que eu vi de gente sentindo a presença de Deus e nunca muda nada, não aprende, não cresce, não fica maduro, tem as mesmas duvidas e inseguranças, seu caráter é abaixo do mínimo, me faz pensar se esse sentir a presença não é ó uma histeria, uma catarse emocional sem valor nem conteúdo, ou traumas ou tristezas enraizadas e misturadas a coisas mau resolvidas. Sentir a presença de Deus na bíblia sempre implicou em mudança de trajetória, arrependimento, melhorias, reflexão profunda, coisas que marcam a pessoa de forma a faze-las pensar diferente de antes e buscar o caminho correto.
espero que esse texto contribua com significado para sua vida não ser levadas por ventos de clichês sem conteúdo que só desenvolvem anões espirituais, pigmeus na vida e na existência.
Paulo Gustavo
Tal expressão também é muito usada para falar do momento no culto em que há uma comoção coletiva ou individual que faça as pessoas chorarem copiosamente, tal ideia transporta a experiência máxima com Deus para o assim chamado culto no templo, tirando do individuo todo restinho de ideia de que Deus deve ser buscado no cotidiano banal, que nas mínimas coisas Deus está presente, não permite que a pessoa desenvolva uma busca a todo momento, e que tenha olhos e coração para sentir Deus a toda momento, a verdade é que sem a verdadeira presença de Deus nada somos e nada podemos fazer, Deus está na tristeza tanto quanto está presente na alegria, e que um momento só não pode resumir ou preencher o cristão.
Outro grande problema do "sentir a presença de Deus" dentro do pensamento popular evangélico é que Deus estar presente é sempre razão para o choro, emoções, perca dos sentidos, e coisas das quais as pessoas vivem e depois do culto não sabem dizer o que aprenderem com a palavra pregada. Nunca nesses lugares as pessoas sentem a presença de Deus pensando, é sempre chorando com grande êxtase misturado com tremidas, línguas mais do que estranhas, e o culto que Paulo chamaria de racional fica emocional até dimais. não que não devamos nos emocionar, isso é parte de nós, mas isso é natural e não deve ser esperado nem emulado, e sim deve sempre tem um sentido final, a edificação.
O que eu vi de gente sentindo a presença de Deus e nunca muda nada, não aprende, não cresce, não fica maduro, tem as mesmas duvidas e inseguranças, seu caráter é abaixo do mínimo, me faz pensar se esse sentir a presença não é ó uma histeria, uma catarse emocional sem valor nem conteúdo, ou traumas ou tristezas enraizadas e misturadas a coisas mau resolvidas. Sentir a presença de Deus na bíblia sempre implicou em mudança de trajetória, arrependimento, melhorias, reflexão profunda, coisas que marcam a pessoa de forma a faze-las pensar diferente de antes e buscar o caminho correto.
espero que esse texto contribua com significado para sua vida não ser levadas por ventos de clichês sem conteúdo que só desenvolvem anões espirituais, pigmeus na vida e na existência.
Paulo Gustavo
O que é uma cosmovisão?
Toda pessoa carrega em sua cabeça um modelo mental do mundo – uma representação subjetiva da realidade externa. Alvin Tofler
Em busca de uma definição
O fato de o termo cosmovisão ser usado em muitas áreas, desde as ciências naturais à filosofia e à teologia[i], torna a sua definição um trabalho espinhoso. Entretanto, para os propósitos deste livro, vamos nos ater às definições utilizadas dentro da perspectiva teológica cristã.
Cosmovisão[ii] é uma tradução da palavra alemã weltanschauung, que significa “modo de olhar o mundo” (welt – mundo, schauen – olhar), ponto de vista ou concepção de mundo. De acordo com Albert Wolters, este termo tem a vantagem de ser claramente distinto de “filosofia” (ao menos no uso alemão) e de ser menos enfadonho do que a frase “visão do mundo e da vida”[iii]. Em poucas palavras, é um conjunto de suposições e crenças que utilizamos para interpretar e formar opiniões acerca da nossa humanidade, propósito de vida, deveres no mundo, responsabilidades para com a família, interpretação da verdade e questões sociais. É como um mapa mental que nos diz como navegar de modo eficaz no mundo[iv].
Norman Geisler[v] nos dá outra representação, em que a cosmovisão é semelhante a uma lente intelectual através da qual enxerga-se o mundo. Se alguém olha através de uma lente vermelha, o mundo lhe parece vermelho. Se outro indivíduo olha através de uma lente azul, o mundo lhe parece azul.
No livro Dando Nome ao Elefante[vi] James Sire faz uma pesquisa profunda sobre o significado do termo. Inicialmente, ele apresente os conceitos usados por vários pensadores cristãos, do passado e do presente:
James Orr – “É a visão mais ampla que a mente pode ter das coisas num esforço de compreendê-las como um todo, do ponto de vista de alguma filosofia ou teologia em particular”.
Abraham Kuyper – “Sistema de vida abrangente”. Toda cosmovisão, sustenta Kuyper, deve tratar de “três relações fundamentais de toda a existência humana: a saber, nossa relação com Deus, com o homem e com o mundo”.
James Olthuis – “É uma estrutura ou conjunto de crenças fundamentais pelas quais vemos o mundo e nosso chamado e futuro nele. Essa visão não precisa ser totalmente articulada: ela pode estar tão internalizada que passa muito tempo sem ser questionada; pode não estar explicitamente desenvolvida na forma de uma concepção sistemática da vida; pode não estar teoricamente aprofundada na forma de uma filosofia; tampouco pode estar codificada na forma de uma credo; pode ter sido bastante refinada por um desenvolvimento histórico e cultural. Não obstante, a visão é um canal para as crenças últimas que conferem significado e direção à vida. É a estrutura integrativa pela qual a ordem e a desordem são julgadas; é o padrão pelo qual se administra e se busca a realidade; é o conjunto de dobradiças pelas quais todos os nossos pensamentos e afazeres diários giram”.
Albert M. Wolters – “Cosmovisão é a estrutura abrangente das crenças básicas de uma pessoa sobre as coisas”.
Ronald Nash – “Conjunto de crenças mais importantes da vida… [é] um esquema conceitual pelo qual, consciente ou inconscientemente, aplicamos ou adequamos todas as coisas em que cremos, e interpretamos e julgamos a realidade”.
John H. Kok – “Cosmovisão pode muito bem ser definida como a estrutura abrangente das crenças básicas de uma pessoa sobre as coisas, mas nosso discurso (crenças reconhecidas ou reinvindicações cognitivas) é uma coisa e nossa conduta (crenças na prática) é outra, e muito mais importante. A cosmovisão vivida define as convicções básicas de uma pessoa; define aquilo pelo qual a pessoa está pronta a viver e morrer”.
David Naugle – “Cosmovisão na perspectiva cristã implica que os seres humanos são imagem e semelhança de Deus e estão ancorados e integrados no coração como a esfera subjetiva da consciência que é decisiva para moldar uma visão de vida e cumprir aquela função tipicamente atribuída à noção de weltanschauung”.
Depois de analisar as definições desses autores, James Sire apresenta aquilo que ele chama de sua definição refinada:
“(…) cosmovisão é um comprometimento, uma orientação fundamental do coração, que pode ser expressa como uma história ou um conjunto de pressuposições (hipóteses que podem ser total ou parcialmente verdadeiras ou totalmente falsas), que detemos (consciente ou subconscientemente, consistente ou inconsistentemente) sobre a constituição básica da realidade e que fornece o alicerce sobre o qual vivemos, nos movemos e existimos.”[vii]
Em seu outro livro, O universo ao lado[viii], Sire explica cada parte do seu conceito:
Cosmovisão como comprometimento: uma cosmovisão envolve a mente; porém, é, acima de tudo, um compromisso, uma questão de alma. É uma orientação espiritual mais que uma questão de mente apenas. De acordo com Sire, a partir da ideia de Naugle, cosmovisões são, na verdade, uma questão de coração. O conceito bíblico de coração inclui: sabedoria (Pv. 2.10), de emoção (Ex 4.14; Jo 14.1), desejo e vontade (ICrs 29.18), espiritualidade (At. 8.21) e intelecto (Rm 1.21).
Expressa como uma história ou um conjunto de pressuposições: Nesse ponto, Sire destaca que uma cosmovisão não é necessariamente um conjunto de pressuposições, mas pode ser expressa dessa maneira. Quando refletimos a respeito de onde viemos ou para onde vamos, a nossa cosmovisão se expressa por meio de uma história. Pode ser uma história contada a partir do ponto de vista naturalista, que se inicia no Big Bang, ou a partir da visão cristã, na qual o nascimento, a morte e a ressurreição de Jesus Cristo constituem o fundamento central.
Pressuposições que sejam verdadeiras (total ou parcialmente verdadeiras ou totalmente falsas), conscientes (ou subconscientemente) e consistentes (ou inconsistentemente): De acordo com Sire, “as pressuposições que expressam o comprometimento da pessoa pode ser plena ou parcialmente verdadeiras ou totalmente falsas”. Significa dizer que a pessoa pode desenvolver pressuposições que não sejam verdadeiras, mesmo que não se conta disso. Em um mundo que não aceita a existência de uma verdade absoluta, o papel da apologética cristã é exatamente apontar as incoerências da cosmovisões não cristãs. Além disso, as pressuposições podem ser conscientes ou inconscientes, consistentes ou inconsistentes.
O alicerce sobre o qual vivemos, nos movemos e existimos. Em geral, assegura Sire, “nossa cosmovisão repousa tão profundamente entremeada em nosso subconsciente que, a não ser que tenhamos refletido longa e arduamente, não temos consciência do que ela é”.
Conforme explica Nancy Pearcey, “cosmovisão não é um conceito acadêmico e abstrato. O termo descreve nossa procura por respostas às questões intensamente pessoais com as quais temos de lutar – o clamor do coração humano na busca de propósito, significado e uma verdade grande o bastante pela qual viver. Ninguém pode viver sem um senso de propósito e direção, um senso de que a vida tem significação como parte da história cósmica”[ix].
Por essa razão, Schaeffer diz que todas as pessoas têm seus pressupostos, e elas vão viver do modo mais coerente possível com estes pressupostos, mais até do que elas mesmas possam se dar conta[x].
As consequências práticas de uma cosmovisão
É exatamente a cosmovisão básica de uma pessoa que vai norteá-la ante as decisões mais importantes da sua vida. Quando o casamento vai mal, qual a decisão a ser tomada? A infidelidade é normal? Como deve ser encarada a questão do aborto e do homossexualismo? Qual a forma de proceder no trabalho? Como educar os filhos? Como encarar a violência? Quais os princípios que devem nortear a economia, a educação e o Direito?
Frente a tais situações práticas, as pessoas tomam suas decisões baseado naquilo que compreendem como sendo verdadeiro ou falso; certo ou errado. A cosmovisão que possuímos norteia nossas decisões e atitudes, e funciona como um guia, dando-nos senso de direção acerca da forma como devemos agir.
Como escreve George Barna, “sempre que tomamos uma decisão, inconscientemente a passamos por um filtro mental e emocional que nos permite decidir de acordo com o que entendemos ser verdadeiro, relevante e conveniente. Esse filtro é o resultado de como organizamos as informações de modo a dar sentido ao mundo em que vivemos”[xi].
Nesse mesmo sentido, Guilherme de Carvalho escreve que a cosmovisão de um indivíduo ou comunidade pode ser comparada à raiz de uma árvore:
“Crenças (pressupostos) vão gerar valores (tronco). Estes valores, por sua vez, determinam o comportamento (galhos) dos indivíduos, que vão originar as consequências (frutos). A premissa “ideias trazem consequências” é fundamental neste sentido. Os corações e mentes dos indivíduos são guiados consciente ou inconscientemente por um sistema de ideias, que vai se refletir nos seus valores, comportamentos e nas consequências oriundas destes padrões. A cosmovisão e os valores que temos é que vão determinar a nossa história, e não o contrário. Muitas vezes, tem-se tentado solucionar os problemas apenas ao nível das consequências, ou seja, atuando nos “frutos” da árvore. Arrancamos o fruto, mas ele volta a nascer e crescer, porque a raiz não foi transformada”[xii].
CONSEQUÊNCIAS
(frutos)
COMPORTAMENTO
(galhos)
VALORES
(tronco)
CRENÇAS
(raiz)
Princípio Religioso
(Terreno)
Logo, se nossas cosmovisões influenciam diretamente nossas vidas e reações diante da sociedade, é particularmente importante para nós conhecer aquilo em que cremos e por quê. Norman Geisler propõe que pensemos nas consequências históricas que advêm direta e logicamente das crenças e convicções. Ele lembra o exemplo de Adolf Hitler, que apelou para o povo de seu país a fim de obter apoio para avançar na realização prática de sua visão naturalista:
“O mais forte deve dominar, não se igualar ao mais fraco, o que significaria o sacrifício de sua própria natureza humana. Somente o indivíduo que é fraco de nascimento pode entender este princípio como cruel. E, se faz isso, é meramente porque é de natureza mais fraca e de mente mais obtusa, pois se essa lei não direcionasse o processo de evolução, o desenvolvimento superior da vida orgânica não seria concebível de forma alguma […] Se a natureza não deseja que os indivíduos mais fracos se igualem aos mais fortes, deseja ainda menos que uma raça superior se misture com uma inferior, porque nesse caso todos os seus esforços, ao longo de centenas de milhares de anos, para estabelecer um estágio evolutivo mais alto do ser, podem-se traduzir em inutilidade”[Mein kampf, p. 161-2][xiii].
As nefastas ideias de Hitler sobre a superioridade da raça ariana e as suas teses racistas e anti-semitas foram responsáveis pelo genocídio de milhares de pessoas, desencadeando, inclusive, a 2ª Guerra Mundial. Percebam que Hitler acabou aplicando os conceitos teóricos de sua cosmovisão naturalista de seleção natural à raça humana. Uma das provas disso foi Auschwitz, campo de concentração e símbolo do holocausto provocado pelo nazismo.
Normais Geisler escreve ainda que “as convicções fortes de homens como Hitler e Mengele mostram que a maneira de ver o mundo (cosmovisão) pode mudar a face deste mundo”, por isso entender o que as diferentes cosmovisões ensinam e as consequências lógicas de cada uma é crucial[xiv].
Elementos de uma cosmovisão
Não é qualquer forma de pensamento que pode ser considerado como uma cosmovisão. Uma visão de mundo deve necessariamente responder às questões básicas do ser humano, especialmente aquelas que dizem respeito aos pontos principais da própria vida, tais como:
De onde viemos?
O que é o ser humano?
O que acontece quando morremos?
Como é possível conhecer alguma coisa?
Como sabemos o que é certo ou errado?
Qual o significado da vida?
Por essa razão, o filósofo cristão Ronald Nash diz que as cosmovisões contêm pelo menos cinco grupos de crenças ou elementos fundamentais: Deus, Metafísica, Epistemologia, Ética e Natureza humana.
Deus – O elemento crucial de qualquer cosmovisão, escreve Nash, é o que ela diz sobre Deus. As diferentes concepções sobre a figura do divino marcam a distinção entre as principais visões de mundo, na medida em que respondem a questões do tipo: Deus existe? Qual sua natureza? Há mais de um Deus? Ele é um ser pessoal? Ou apenas um poder impessoal?
Metafísica – Nesse ponto, Ronald Nash destaca que uma cosmovisão também inclui respostas a questões sobre a Realidade última, como: Qual a relação entre Deus e o universo? Um Deus pessoal e onipotente criou o universo? A existência do universo é eterno? Há um propósito no universo?
Epistemologia – Este elemento diz respeito ao próprio conhecimento. É possível saber, entender e conhecer? Existe verdade? A verdade é absoluta ou relativa? O conhecimento sobre Deus é possível?
Ética – De acordo com Nash, a maioria das pessoas é mais consciente dos componentes éticos de sua cosmovisão do que de suas crenças sobre metafísica e epistemologia, pois “nós fazemos julgamentos morais sobre a conduta dos indivíduos (nós mesmos e outros) e sobre nações”. Portanto, o elemento busca responder indagações sobre a moralidade: Há leis morais que governam a conduta humana? Quais são elas? A moralidade é totalmente subjetiva, ou há uma dimensão objetiva para as leis morais que significa que sua verdade é independente de nossas preferências e desejos? A moralidade é relativa aos indivíduos, culturas ou períodos históricos?
Antropologia – Toda cosmovisão inclui também crenças sobre a própria natureza do ser humano. O ser humano é apenas corpo ou materialidade, ou tem uma dimensão espiritual? Qual sua origem? Existe vida após a morte? A vida tem um propósito?
Elemento
Objeto
Perguntas fundamentais
Teológico
Existência de Deus e sua natureza
Deus existe? Qual sua natureza? Há mais de um Deus? Ele é um ser pessoal? Ou apenas um poder impessoal?
Metafísico
Realidade última
Qual a relação entre Deus e o universo? Um Deus pessoal e onipotente criou o universo? A existência do universo é eterno? Há um propósito no universo?
Epistemológico
Conhecimento
É possível saber, entender e conhecer? Existe verdade? A verdade é absoluta ou relativa? O conhecimento sobre Deus é possível?
Ético
Moralidade
Há leis morais que governam a conduta humana? Quais são elas? A moralidade é totalmente subjetiva, ou há uma dimensão objetiva para as leis morais que significa que sua verdade é independente de nossas preferências e desejos? A moralidade é relativa aos indivíduos, culturas ou períodos históricos?
Antropológico
Natureza humana
O ser humano é apenas corpo ou materialidade, ou tem uma dimensão espiritual? Qual sua origem? Existe vida após a morte? A vida tem um propósito?
As principais cosmovisões
Os nomes e a quantidade de cosmovisões podem variar de um autor para outro, a depender da tipologia adotada. De acordo com Norman Geisler, existem sete visões de mundo diferentes: ateísmo, teísmo, panteísmo, deísmo, politeísmo etc. Ele sintetiza os ensinamentos das três principais cosmovisões da seguinte forma[xv]:
ATEÍSMO
DEUS – Não existe. Existe somente o universo.
UNIVERSO – É eterno; ou casualmente veio a ser.
HUMANIDADE (origem) – Evoluímos, somos compostos de moléculas e não somos imortais.
HUMANIDADE (destino) – Não temos nenhum destino eterno e seremos aniquilados.
MAL (origem) – É real, causado pela ignorância humana.
MAL (destino) – pode ser derrotado pelo homem por meio da educação.
ÉTICA (base) – É criada pela humanidade e fundamentada na própria humanidade.
ÉTICA (natureza) – É relativa, determinada pela situação.
PANTEÍSMO
DEUS – É um, infinito, normalmente impessoal; ele é o universo.
UNIVERSO – É uma ilusão, uma manifestação de Deus, o único que é real.
HUMANIDADE (origem) – O verdadeiro eu (atmã) do homem é Deus (Brahman).
HUMANIDADE (destino) – Nosso destino é determinado pelos ciclos da vida, o carma.
MAL (origem) – É uma ilusão causada pelos erros da mente.
MAL (destino) – Será reabsorvido por Deus.
ÉTICA (base) – Os princípios éticos se baseiam em manifestações inferiores de Deus.
ÉTICA (natureza) – Os princípios éticos são relativos, transcendem a ilusão do bem e do mal.
TEÍSMO
DEUS – É um só, pessoal, moral, infinito em todos os seus atributos.
UNIVERSO – É finito, criado pelo Deus infinito.
HUMANIDADE (origem) – Somos imortais, criados e sustentados por Deus.
HUMANIDADE (destino) – Por escolha seremos eternamente separados de Deus ou viveremos eternamente com ele.
MAL (origem) – É a privação ou imperfeição causada pela escolha.
MAL (destino) – Será finalmente derrotado por Deus.
ÉTICA (base) – Os princípios éticos se baseiam na natureza de Deus.
ÉTICA (natureza) – Os princípios éticos são absolutos, objetivos e prescritivos.
É exatamente nesta cosmovisão que o cristianismo está inserido: o teísmo.
O que é Cosmovisão Cristã?
.
.
O termo cosmovisão, quer dizer o modo pelo qual uma pessoa vê ou interpreta uma realidade. A palavra alemã é Weltanschau-ung, que significa um “mundo e uma visão de vida”, ou “um paradigma”. É a estrutura por meio da qual a pessoa entende os dados da vida. Uma cosmovisão influencia muito a maneira em que a pessoa vê Deus, origens, mal, natureza humana, valores e destino. Francis Schaeffer disse que a comosvisão:”é o filtro através do qual uma pessoa enxerga o mundo ( Livro: Como Viveremos). Há sete visões principais de mundo. Cada uma é singular. Vejamos algumas delas:
Teísmo - Um Deus Infinito e pessoal existe além do e no universo. O teísmo diz que o universo físico não é tudo que existe. Há um Deus infinito e pessoal além do universo, que o criou, que o sustenta e que age nele de forma sobrenatural. É a visão representada pelo judaísmo tradicional, o cristianismo e o islamismo.
Deísmo – Deus está além do universo, mas não nele. O deísmo é o teísmo sem milagre. Deus fez o mundo, mas não age nele. Ele “deu corda” na criação e a deixa funcionar sozinha. Alguns exemplos de pensadores teístas: Voltaire, Thomas Jefferson e Tomas Paine.
Ateísmo – Não existe nenhum Deus além do ou no universo. O ateísmo afirma que o universo físico é tudo que existe. Não existe nenhum Deus em lugar algum, nem no universo ou além dele. O universo é auto-suficiente. Alguns dos ateus mais famosos foram: Karl Marx, Friedrich Nietzschee Jean-Paul Sartre.
Panteísmo – Deus é o Todo/Universo. Tudo é Deus. O criador e a criação são duas maneiras de denotar uma realidade. Deus é o universo ou Todo, e o universo é Deus. O panteísmo é representado por certas formas de hinduísmo: zen-budismo e Ciência Crstã. Politeísmo – Muitos deuses existem além do mundo e nele. É a crença em muito deuses finitos, que influenciam o mundo. Quando um deus finito é considerado chefe sobre outros, a religião é chamada de henoteísmo. Os principais representantes do politeísmo: os gregos antigos, o mórmons e os neopagãos (adeptos da Wicca - É uma religião fundamentada nos cultos da fertilidade que se originaram na Europa. Freqüentemente, Wicca inclui a prática de várias formas de Alta Magia)
Desenvolver uma cosmovisão cristã
Para o cristão, a cosmovisão cristã vai colocar o entendimento do universo como criação de Deus, e todas as esferas de conhecimento, possíveis de estarem presentes na humanidade, como procedentes do Deus único e verdadeiro, Senhor do universo, comunicadas a nós por Cristo “...no qual estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento (Cl 2.3)”. Em nossos dias está em andamento uma movimentação muito intensa, no meio evangélico, para estabelecimento de escolas evangélicas, que ensinem todas as matérias a partir da perspectiva cristã da vida. Para isso, há a necessidade de que se ensine e se dissemine uma cosmovisão cristã. A fé cristã deixa de ser uma “questão religiosa” para o domingo, mas volta a assumir o seu posto original, e que havia sido resgatado pela reforma do século 16. Esse movimento por escolas cristãs, tem características interdenominacionais. A fé reformada sempre enfatizou a questão da cosmovisão cristã. Agora, esse tesouro está sendo procurado por segmentos que até pouco tempo rejeitavam qualquer coisa que tivesse o mais remoto relacionamento com o calvinismo. O que pregadores e autores, durante anos, não conseguiram, Deus, em sua soberania, está fazendo – com a absorção, pela necessidade, dos conceitos transmitidos na idéia de uma cosmovisão cristã. Nesse sentido, Deus tem sido pregado como soberano real do universo em comunidades teologicamente arminianas. Escolas de igrejas que “fogem” da teologia reformada, não piscam quando livros tais como: Calvinismo (de Abraham Kuyper) e E Agora, Como Viveremos (que tem como co-autora Nancy Pearcey – que estudou com o filósofo e teólogo calvinista, Francis Schaeffer), são recomendados, apresentados e suas idéias ensinadas. Tais círculos têm compreendido que é impossível se praticar a verdadeira educação das esferas de conhecimento, sem a coesão proporcionada por uma cosmovisão cristã reformada, na qual Deus é verdadeiramente regente do universo, e não um mero espectador, que reage às circunstâncias, procurando “consertar” as coisas. Por isso é necessário que o pastor e líder cristão, e até nós, leigos, tenhamos uma boa compreensão deste tema. Porque precisamos também orientar os irmãos e familiares nesse entendimento. Cosmovisão cristã, também, tem tudo a ver com o estudo de Governo e Economia, e outras áreas de conhecimento e de atividades humanas que, para serem adequadamente compreendidas e exercitadas, não podem ser divorciadas dos princípios contidos nas Escrituras. (Solano Portela) A Cosmovisão cristã oferece à humanidade as respostas mais contundentes para as suas maiores indagações. Quem somos? De onde viemos? Para onde vamos? Qual o propósito da vida? Por que o mal existe?
Criação – De onde viemos, e quem somos? - Enquanto várias teorias acerca da criação do universo e da origem do homem são inventadas e estudadas pela ciência, Deus revela em sua Palavra que todo o universo foi Criado por Ele (No principio criou Deus o céu e a terra Gn 1.1).
Queda – O que aconteceu de errado com o mundo? O pecado trouxe a morte ao mundo, a morte física e, pior ainda, a morte espiritual. Ainda, o solo se tornou menos fértil e a comida mais escassa. O homem começou a trabalhar mais para obter menos. A humanidade também perceberia logo o efeito que o pecado tem nas relações humanas: crueldade, assassinato, lascívia e desarmonia. Paulo disse da seguinte forma: “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor”, Rm 6.23. Portanto, o que aconteceu de errado, e o motivo do sofrimento no mundo é exatamente o pecado original cometido pelo homem.
Redenção – O que podemos fazer para consertar isso? Jesus Cristo é o único Caminho através do qual o homem pode ser perdoado e viver eternamente com Deus. O interessante da cosmovisão cristã reside no fato dela ser simples, como disse C. S Lewis, como tema de seu livro, “Cristianismo puro e simples”. No entanto, simplicidade não é sinônimo de inverdade ou erro. Pelo contrário, as maiores verdades são simples. Tanto que o pensamento cristão vem ao longo de toda a sua história superando todos os desafios que lhe foram propostos, desde a Igreja primitiva, onde os cristão foram perseguidos, passando pelo período do iluminismo racionalista, o tempo do comunismo, e, atualmente, o pós-modernismo relativista. Em todos estes contextos, a cosmovisão cristã, guardada por próprio Deus, não sucumbiu. Afinal, como disse Jesus: “As portas do inferno não prevalecerão!” Mt. 16.18.
Somos chamados a conhecer teologia e ética, a tratar o texto bíblico com reverência, mas também ter uma mente inquiridora que medita, reflete, constrói o pensamento, que se move em direção a uma cosmovisão cristã da realidade humana. É bom ler obras clássicas da literatura – os grandes romancistas e filósofos nos ajudam a ver o mundo com outros olhos, sem perder nossa referência cristã. Estamos realmente usando as Escrituras como texto, ou como pretexto? Nossas pregações surgem a partir de uma experiência do coração e de uma mente inteligente e geram transformação? Todas essas pregações e estudos bíblicos têm gerado homens e mulheres mais parecidos com Jesus Cristo? SENHOR: “…tu dominas sobre tudo, na tua mão há força e poder; contigo está o engrandecer e a tudo dar força.”(1Cr 29.12)- “…em ti está o manancial da vida; na tua luz, vemos a luz.”(Sl 36.9).
Por - Rev. Ronaldo P. Mendes
__________________
Fontes de pesquisa: Fundamentos da Comovisão cristã - Valmir Nascimento Milomem; Cosmovisão Cristã (uma explicação simples) - Presb. Solano Portela; Como viveremos – Francis Schaeffer; O Deus que intervém - Francis Schaeffer; Cristianismo puro e simples - C.S Lewis.
5 Benefícios de Ser uma Mulher Sábia
Os benefícios de um viver sábio são muito numerosos
A mulher que vive de maneira sábia experimentará, primeiramente, segurança. A mulher sábia é confiante de que está em base segura:
Então, andarás seguro no teu caminho,
e não tropeçará o teu pé.
Quando te deitares, não temerás;
deitar-te-ás, e o teu sono será suave.
(Provérbios 3.23-24)
A mulher sábia não teme, pois confia em Deus; portanto, não precisa ficar ansiosa. Ela confia em um Deus sábio e bondoso, que está no controle de todas as coisas. À medida que a sabedoria aumenta, a ansiedade diminui. O que te faz preocupar-se? As finanças, seus filhos, seu cônjuge – ou a falta disso? A mulher sábia entende que Deus é digno de confiança e que Ele pode e fará tudo para o nosso bem e para Sua glória.
Outro resultado de um viver sábio é orientação. Algum tempo atrás ouvi alguém dizer que a sabedoria não é algo que Deus nos dá, mas é algo que Deus faz por nós; esta verdade é reforçada pela seguinte passagem:
Confia no SENHOR de todo o teu coração
e não te estribes no teu próprio entendimento.
Reconhece-o em todos os teus caminhos,
e ele endireitará as tuas veredas. (Provérbios 3.5-6)
Isto não significa que a direção de Deus é condicional à sua confiança; Ele está sempre orientando ativamente as vidas dos seres humanos. Ainda assim, somente quando confiamos de fato em Deus e nos submetemos aos seus caminhos, é que experimentamos sua orientação num caminho reto, e não cheio de desvios frustrantes provocados por nós mesmas, como aconteceu com Jonas.
Outro benefício da sabedoria é o tranquilo fruir de um senso comum santificado.Não há questão na vida que as Escrituras não abordem, de alguma forma. Há situações obscuras que surgem em nossas vidas e as quais a Bíblia não cita de forma direta. Mas a Palavra de Deus as aborda de alguma forma, mesmo que indiretamente, e a sabedoria é que nos permite usar a Palavra para fazer uma aplicação direta sobre as áreas obscuras de nossas vidas. A sabedoria nos capacita a melhor discernirmos, não apenas aquilo que a Palavra diz explicitamente, mas também o que a Palavra diz de modo implícito, e nós somos gradativamente equipados para aplicar tais verdades a todas as áreas da vida. O senso comum santificado é um resultado da sabedoria. Ainda há outro resultado do viver sábio: o viver razoavelmente bom.
Filho meu, não te esqueças dos meus ensinos,
e o teu coração guarde os meus mandamentos;
porque eles aumentarão os teus dias
e te acrescentarão anos de vida e paz.
(Provérbios 3.1-2)
O livro de Provérbios nos revela como Deus designou que o mundo funcionasse; portanto, geralmente aqueles que vivem de acordo com os desígnios de Deus prosperam, por causa disso. Em outras palavras, os Provérbios não são uma garantia de uma boa vida. Todos nós experimentamos tempos em que as coisas não vão bem, independentemente de nossos esforços para seguir os caminhos de Deus, e isto acontece porque Deus tem muito a nos ensinar por meio do sofrimento, da mesma forma que Ele também nos ensina abençoando-nos com os benefícios práticos da sabedoria. É por isso que o melhor é olhar Provérbios como observações ou princípios, em lugar de vê-los como promessas.
Devemos manter unidas ambas as coisas – os benefícios práticos do viver sábio e os benefícios espirituais do sofrimento – e confiar que o Senhor sabe o que está fazendo em cada situação.
Dito isto, somos inclinados a suspeitar de toda essa ideia de deleitarmo-nos num viver próspero. Isso parece tão mundano! Mas Deus se deleita em abençoar seus filhos, tal como todo pai. Quando Deus nos abençoa com um tempo de prosperidade, podemos magoar o coração de Deus, se deixarmos de nos regozijar nisso. Depois de passar muitos anos economizando dinheiro para comprar uma casa, uma amiga minha foi abençoada com a oportunidade de ter sua linda casa. Mas não podia se deleitar completamente nisso, e disse: “Fico esperando a gota d’água. Se Deus me concedeu isso, o que será que ele está se preparando para tirar?” Tal pensamento rouba tanto de Deus como de nós, o prazer de desfrutar de Suas dádivas. Se Ele nos abençoa com algum bem material, temos liberdade de usufruir. Como Salomão escreveu: “nada há melhor para o homem do que comer, beber e fazer que a sua alma goze o bem do seu trabalho. No entanto, vi também que isto vem da mão de Deus” (Eclesiastes 2.24).
Outro benefício da sabedoria é a felicidade:
Feliz o homem que acha sabedoria,
e o homem que adquire conhecimento;
porque melhor é o lucro que ela dá do que o da prata,
e melhor a sua renda do que o ouro mais fino.
Mais preciosa é do que pérolas,
e tudo o que podes desejar não é comparável a ela. (Provérbios 3.13-15)
Você pode pensar numa definição melhor para a felicidade? Se somos crentes infelizes, o problema não está nas circunstâncias; está em nossa interpretação das circunstâncias, uma interpretação que não possui sabedoria. Mesmo as ocasiões infelizes podem ser vividas com alegria e paz, quando lembramos quem as ordenou e que Ele as permitiu por uma boa razão. A mulher sábia reconhece que a felicidade profunda e duradoura nunca será encontrada nas circunstâncias, mas apenas na Sabedoria, que é o próprio Cristo.
Outro fruto da sabedoria é o auto-conhecimento. João Calvino disse que antes de conhecermos a nós mesmos, precisamos conhecer a Deus. Somente Deus realmente conhece e entende nossos corações, é claro; mas, quanto mais conhecemos a Deus, mais conheceremos a nós mesmas. O auto-conhecimento – e uma parte dele é a consciência de nossa fraqueza pessoal – é vital para resistirmos às tentações, uma vez que as tentações nos atingem em áreas em que somos fracas. A mulher que conhece a Deus está mais capacitada a reconhecer quando está prestes a cair em pecado, e está, portanto, mais preparada para lidar com ele de modo inteligente. O autoconhecimento é um fruto da sabedoria.
Pois debalde se estende a rede à vista de qualquer ave. (provérbios 1.17)
A mulher sabia edifica sua casa..
A Palavra de Provérbios 14.1, assegura que: Toda mulher sábia edifica a sua casa, mas a tola derruba com as suas próprias mãos. Mas em que circunstância o Senhor contempla a sabedoria da mulher e lhe concede virtudes para edificar e abençoar todos sobre a sua casa?
Porventura estaria o Senhor referindo-se a mulher culta, intelectual, com formação acadêmica? Certamente, a palavra não está atribuindo essa dádiva a mulher, pela sabedoria adquirida nos bancos escolares. E a revelação vem no livro dos Salmos 111.10, afirmando que o temor do Senhor é o princípio da sabedoria, e em Provérbios 11.2 diz: Com os humildes está a sabedoria.
O Senhor faz alusão a sabedoria da mulher dotada de humildade espiritual, legada em alguns exemplos clássicos da palavra, como Sara, mulher estéril, sendo da idade de noventa anos, e tendo cessado o costume das mulheres, mas pela sua fé e temor a Deus, não duvidou da promessa do Senhor em lhe abençoar, dando-lhe um filho em sua velhice, colocando-a como mãe das multidões das nações pelo concerto que o Senhor havia feito com o seu marido, o nosso pai na fé, o patriarca Abraão, sendo esse da idade de cem anos (Gênesis cap. 21).
Há referência também da sabedoria de Rute que, entrou na viuvez ainda jovem, mas não abandonou a pobre sogra órfã, antes apegou-se a ela, recusando em voltar para o conforto da casa dos seus pais, terra onde nascera, optou em ampará-la em sua aflição, acompanhando-a junto a um povo que dantes não conhecia, e o Senhor a galardoou pelo seu caráter solidário, pelo seu amor, sua fé e sabedoria.
Não poderíamos deixar de sublimar a sabedoria de Ana (I Samuel (cap. 1), quando atribulada, humilhada, e excessivamente irritada pela sua competidora, porque o Senhor lhe havia cerrado a madre, ela, pois, com amargura na alma, orou ao Senhor e chorou abundantemente, e fez um voto dizendo: Senhor dos Exércitos, se benignamente atenderes para a aflição da tua serva, e de mim te lembrares, e da tua serva não te esqueceres, e a tua serva deres um filho varão, ao Senhor o darei para todos os dias da sua vida, e sobre a sua cabeça não passarás navalha.
E aconteceu que na mesma noite, o Senhor se lembrou de Ana, e concebeu, e teve um filho, e chamou o seu nome Samuel. O Senhor honrou a sua fé, humildade e sabedoria porque buscou no Senhor as suas precisões e alívio das suas angústias e tribulações.
Precisamos enfatizar também, o delírio de algumas mulheres néscias, que pela insensatez traspassaram a si mesma com muitas dores. Fato consumado a mulher de Ló, quando o Senhor fez cair fogo e enxofre sobre Sodoma e Gomorra e as cidades circunvizinhas, essa mulher, em seu desvairo e desobediência, olhou para trás e foi convertida numa estátua de sal depois de ter sido liberta de uma terra onde havia corrupção e pecado em abundância (Gênesis cap. 19).
Acontecimento semelhante ocorreu com a mulher de Jó (Jó cap. 1-3), a qual, pela ausência de fé, não conhecendo os propósitos do Senhor, acabou por blasfemar contra Ele dizendo a Jó: Ainda reténs a sua fidelidade? Amaldiçoa o teu Deus e morra. Jó, repreendeu-a porque falava como uma louca. Em tudo isso não pecou Jó, e pelo Senhor foi agraciado.
Necessário é ressaltar também o desatino de Safira, mulher de Ananias, a qual, em cumplicidade com o seu marido, ambos foram flagrantemente apanhados em mentira ao Espírito Santo de Deus (Atos cap. 5), e morreram, porque os mentirosos não herdarão o Reino de Deus.
ALGUMAS DAS VIRTUDES DA MULHER SÁBIA:
O capítulo 31 do livro de Provérbio de Salomão aconselha e exalta algumas das virtudes da mulher sábia, diante dos olhos do Senhor para que as tomamos como exemplo e testemunho de fé.
Observem: Mulher virtuosa, quem a achará? O seu valor muito excede o de finas jóias. O coração do seu marido confia nela, e não haverá falta de ganho. Ela lhe faz bem e não mal, todos os dias da sua vida. Busca lã e linho e de bom grado trabalha com as mãos. É como o navio mercante: De longe traz o seu pão. É ainda noite, e já se levanta, e dá mantimento à sua casa e a tarefa às suas servas. Ela percebe que o seu ganho é bom; abre a mão ao aflito; e ainda a estende ao necessitado.
Não teme a neve, pois todos andam vestidos de lã escarlate. Faz para si cobertas, veste-se de linho fino e de púrpura. Seu marido é estimado entre os juízes, quando se assenta com os anciãos da terra. Ela faz roupas de linho fino, e vende-as, a força e a dignidade são os seus vestidos, e, quanto ao dia de amanhã, não tem preocupações.
Fala com sabedoria, e a instrução da bondade está na sua língua. Atende ao bom andamento da sua casa e não come o pão da preguiça. Levantam-se seus filhos e lhe chamam afortunada; seu marido a louva, dizendo: Muitas mulheres procedem virtuosamente, mas tu a todas dominas.
Enganosa é a graça, e vã, a formosura, mas a mulher que teme ao Senhor, essa será louvada. Dai-lhe do fruto das suas mãos, e de público a louvarão as suas obras.
Amada irmã em Cristo, você observou a profundidade do concerto que Deus definiu e recomendou especialmente a mulher? Ele não mencionou o homem, por uma questão de funções dentro da família, mas incumbiu a mulher para exaltar a sua casa, edificar os seus entes queridos pelo testemunho de humildade, perseverança, fé e sabedoria no temor aos mandamentos do Senhor.
Portanto mulher, a sua realização está diante de ti, na sua boca e no seu coração, porque com o coração crê para justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação. Sê sábia no Senhor, e serás salva tu e a tua casa.
O DEVER DA MULHER CRISTÃ:
A primeira carta a Timóteo 2.9, 10 descreve que: As mulheres se ataviem em traje honesto, com pudor e modéstia, não com tranças (penteados mirabolantes), ou com ouro, ou pérolas, ou vestidos preciosos, mas (como convém às mulheres que fazem profissão de servir a Deus) com boas obras. O que também fora ratificado na primeira carta universal de Pedro (3.3), a qual relata que o enfeite delas não seja o exterior, no frisado dos cabelos, no uso de jóias de ouro, na compostura de vestes.
E na carta a Tito 2.3-5, a palavra exorta: As mulheres idosas, que sejam sérias no seu viver, como convêm a santas, não caluniadoras, não dadas ao vinho, mestras no bem; para que ensinem as mulheres novas a serem prudentes, a amarem seus maridos, e a seus filhos; a serem moderadas, castas, boas donas de casa, sujeitas a seu marido, a fim de que a palavra de Deus não seja blasfemada.
A VAIDADE MORTAL :
A palavra de Deus relata que a criação está sujeita à vaidade (Romanos 8.20), por isso às vezes, até mesmo por impulso, a mulher, ao deparar com manequins em vitrines de lojas com trajes extravagantes, passa a contemplar, e os seus olhos acabam enchendo o seu coração de cobiça e vaidade. Mas é bom trazer a mente que aquela estatueta manipula pelas mãos humanas não possui alma e nem compromisso com Deus, mas você mulher, tem um espírito que é imortal, e ao deixarmos esta vida, só há dois lugares onde o espírito irá permanecer até o grande dia do julgamento do Senhor Jesus, a saber: O Paraíso de Deus ou o hades (quer dizer inferno) com satanás e sua malignidade.
Observem a menção da palavra em Romanos 6.12 e 13 alertando: Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, para lhe obedecerdes em suas cobiças; nem tão pouco apresenteis os membros do seu corpo ao pecado, como instrumentos de iniqüidade; mas apresentai-vos a Deus, como vivo dentre os mortos, e os vossos membros a Deus, como instrumentos de justiça.
Portando, o Senhor exorta a mulher sobre o seu dever e vigilância, para que a sua beleza seja no seu modo de agir, na pureza e santidade do seu coração, simplicidade no exterior do seu corpo, liberta e desprovida de toda vaidade. Que não se afeiçoe à vaidade, aos costumes mundanos e não ande na loucura das paixões infames.
Porque o resultado da insensatez pela vaidade é desastroso, é só observar os órgãos de imprensa noticiando freqüentemente morte de mulheres após aplicação de alguns produtos usados no tratamento do cabelo ou da pele, pela ação dos produtos químicos no organismo humano. Conhecemos uma jovem empreendedora, executiva de classe média, tendo sido submetida a uma cirurgia de estética para correção dos seios, poucos dias além do pós operatório, foi sucumbida fatalmente pela ação fulminante de uma bactéria letal, adquirida durante o processo de cirurgia.
Lamentavelmente, tornou-se uma prática comum a deformação no corpo de muitas mulheres pelo ato de cirurgia plástica, quando não o óbito por esse procedimento ou pela ingestão de medicamentos incompatíveis, como também uma infinidade de complicações em cirurgias simples de estética, que a mulher acaba perdendo a vida precocemente, pelo desejo de alterar a forma natural que Deus a criou, vitimando a si mesma, pela da vaidade.
A vaidade dá origem a esses e a outros traumas e ainda não citamos a doença da anorexia que vem acompanhada da depressão, angústia e muita dor para o paciente e toda família, tudo motivada pela obsessão na perseguição a um resultado satisfatório para estética e beleza física, o que na maioria das vezes acaba sucumbindo à paciente a morte.
Tudo isso acaba se transformando em suicídio, e os suicidas não herdarão o reino do céu. Mas você mulher, para ser bela para o Senhor seu Deus, não precisa acrescentar e nem deduzir nada no seu corpo. É impossível dimensionar o seu valor e o imensurável amor que o Senhor Deus tem por você. Ele só olha para o seu interior, para a singeleza do seu coração, o que você fizer para ornamentar o seu exterior não tem valor algum para Deus, aliás, Ele abomina toda vaidade.
A palavra do Senhor assegura com clareza que a beleza da mulher não está na moldagem dos seus cabelos pela habilidade do artífice, no fino trato da sua pele ou na extravagância das suas vestes, porque você já tem a luz de Cristo que alumia o seu rosto e faz a diferença entre você e a que não teme a Deus.
Mas quando a mulher se dá ao luxo de usar produtos cosméticos, jóias para melhorar o visual, roupas finas para apresentar-se bem esteticamente, esses acessórios produzem um efeito contrário, ofuscam a luz do Espírito Santo de Deus, porque são coisas inúteis, supérfluas e vãs que desagradam ao Senhor, porque o seu corpo é o templo do Espírito Santo, e esse templo tem que ser íntegro, puro, santificado, porque Deus não olha para a sua beleza externa, mas para o interior do seu coração.
No livro de Eclesiastes, a palavra do Senhor diz que toda vaidade é aflição de espírito, mas a mulher que tem compromisso com os mandamentos de Cristo tem paz no coração, e precisa se conscientizar disso, e saber que a sua beleza não está na aparência física, mas no desprovimento de toda vaidade que muitas de vós estão sujeitas.
A sua beleza está na sabedoria em servir a Deus com toda humildade, santidade e na obediência aos mandamentos do Senhor. A mulher precisa se conscientizar da sua fundamental importância no seio familiar, e ter a confiança que pela sua sabedoria, fé e humildade, vai trazer um relacionamento harmonioso de paz para dentro da sua casa, para que, se algum marido não obedece a palavra, pelo procedimento de sua mulher seja ganho sem palavra (I Pedro 3.1) A palavra na cara em Atos 16.31 recomenda: Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e a tua casa. Louvai ao Senhor!
Assinar:
Postagens (Atom)