2015/04/13

UMA IGREJA DE MENINOS!

“Quando eu era menino... falava..., sentia... pensava... como menino”
I Cor. 13.11

A Bíblia utiliza a figura de criança de vários modos.
Primeiro fala que se não nos tornarmos como crianças de modo algum vamos entrar no Reino, e claro, esta imagem tão preciosa nos mostra a humildade que é o primeiro passo operado pelo Espírito Santo em nossa conversão ao nos tornarmos cristãos.

 Então, também usa a figura de criança nos desafiando a descansarmos em Deus, quando na voz do Salmista nos é dito que como uma criança se aquieta nos braços de sua mãe, assim é nossa alma para conosco no colo de Deus.

De outra forma, porém, também usa não só os lindos aspectos da humildade e dependência que são inerentes à vida infantil, mas também evidencia em comparações sutis, que na vida espiritual há criancice que deveríamos evitar.

 E Paulo, o apóstolo, diz que sempre que deixamos de guiar nossa vida pelo amor de pessoas maduras, a vivência infantil começa a nos prejudicar na vida e na igreja.

Criança espiritual tem um amor imaturo, egoísta, autocentrado, e por vezes rebelde. Falar como criança é sempre um ato de crentes cujo linguajar é impensado, apressado, e frequentemente sem conexão com a razão.

 Sentir como criança é ter na flor da pele as expressões de sentimentos que nos pavios curtos explodem com facilidade, magoam rapidamente, são hipersensíveis; e pensar como criança é raciocinar numa dimensão estritamente pessoal, sem muita capacidade de pensar como os outros, ou avançar na compreensão do próximo.

Ainda o autor aos Hebreus diz que para as crianças a doutrina tem que ser leite, elas são incapazes de avançar um pouco mais na profundeza da palavra, na teologia, na doutrina. Raramente sobem do patamar de “Jesus me salvou, está ótimo” e ficam por ai. Nunca, mas nunca mesmo, podem comer um bife de uma doutrina sólida, profunda, gloriosa.

 Eleição incondicional, Chamada eficaz, Justificação pela fé, Santificação Progressiva, Escatologia Gloriosa, são assuntos que vocês podem imaginar os olhinhos das crianças da Igreja rodopiarem...

Com frequência estão ai a correr de igreja em igreja, atrás de guloseimas, de atrações, de emoções mais fortes; facilmente escandalizam com os irmãos, e o seu amor, claro, é amor de criança: quase nunca aquele amor que tudo crê, tudo sofre, tudo espera, tudo suporta!

Pastorear uma igreja de meninos, não é coisa fácil. Pode ao pastor ser um corre-corre, um deus- nos- acuda, um bolso cheio de bombons... Haja tempo, verbo, choro...
O escritor aos Hebreus nos chama, ao eco de Paulo, à vida madura!

Que Deus nos ajude
Rev. Cleómines.

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