Começando tudo novo
“E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas”
2Co 5.17
Quando nos convertemos a Jesus, algo novo nasce em nós. Tudo o que já aprendemos sobre o Evangelho, o arrependimento, a fé, o significado verdadeiro da cruz, a importância da santidade, e o real significado da ressurreição, fazem com que enxerguemos a vida de um modo novo.
E não é apenas o modo como enxergamos a vida que é novo. Tudo se faz novo quando nos encontramos com Cristo. Nosso passado é perdoado e apagado diante de Deus que faz com que todas as coisas sejam novas.
Nesta nova vida, é importante que compreendamos como agir e viver.
As coisas antigas já passaram
O texto que coloquei acima diz o seguinte:
2Co 5.17: E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas.
A primeira lição que este verso nos dá é que em Cristo somos uma nova criatura. Na verdade, agora esta criatura se tornou filha de Deus. Antes, éramos apenas criatura. Agora, somos uma criatura adotada e transformada em filha(o) de Deus.
Leia João 1.12-13.
Esta nova vida traz consigo a mensagem de que as coisas antigas já passaram. Quais são estascoisas antigas? Estas são as práticas cometidas antes de nosso conversão. Pecados, pensamentos, atitudes, decisões, enfim, tudo o que fizemos antes de nossa conversão é agora apagado por Deus.
As consequências de certos pecados permanecem (se você matou alguém, ainda que Deus possa lhe perdoar, você terá que arcar com as consequências de seu pecado e ir para a prisão). Então, as consequências permanecem, mas a culpa e a condenação diante de Deus são apagadas graças aos méritos de Jesus que são derramados sobre você.
É isso que significa as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas. Deus torna tudo novo. Agora, você possui uma nova vida, uma nova história, e deve escrevê-la para a glória de Deus. Tudo o que foi “escrito” sobre seu passado agora é apagado e lançado no mar do esquecimento.
Leia Miquéias 7.18-19.
A liberdade da nova vida
Aqui encontramos outro aspecto maravilhoso sobre nossa nova vida em Cristo: a liberdade. A liberdade que é obtida na nova vida com Cristo é a primeira causa da paz que o convertido sente. Quando se vê, finalmente, livre daquilo que antes os prendia, alegria e paz enchem a alma dos novos cristãos. Paulo, escrevendo sobre isso, afirmou o seguinte:
Gl 5.1: Para a liberdade foi que Cristo nos libertou. Permanecei, pois, firmes e não vos submetais, de novo, a jugo de escravidão.
Esta é uma informação preciosa. A partir do momento em que estamos com Cristo, estamos livres. Não podemos nos esquecer disso. Digo isso, pois todos sabemos o quanto a força de nossa carne agirá em nosso interior para trazer de volta à escravidão do pecado.
Se Cristo nos libertou, devemos permanecer firmes e não nos submetermos, de novo, a jugo de escravidão. Então, é possível que, mesmo tendo sido libertos, que nos entreguemos novamente ao pecado e nos tornemos escravos outra vez daquilo que, um dia, Cristo nos libertou.
A libertação, de acordo com Paulo, é obra de Deus. O permanecer firme, longe da escravidão, é obra de cada um de nós. Ainda que eu saiba que Deus nos ajude e nos dê graça para que permaneçamos longe do pecado, depende de nós o ficarmos longe do cair em tentação.
Não pense você que é muito fácil permanecer longe do pecado. Ele sempre estará à porta do seu coração. Sempre! Não se submeta a ele. Deus lhe deu poder para fazer com que ele, o pecado, se submeta a você. Não se submeta, pois isso poderá trazer você de novo ao jugo da escravidão.
Gl 5.13: Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade; porém não useis da liberdade para dar ocasião à carne; sede, antes, servos uns dos outros, pelo amor.
Aqui, Paulo nos dá outra razão pela qual devemos lutar contra o pecado a fim de permanecermos livres. Primeiro, porque fomos chamados à liberdade. Há um convite de Deus para a liberdade. Ele nos liberta e nos convida a permanecermos livres. Isso, por si só, já é maravilhoso.
Em segundo lugar, Deus nos exorta a não usarmos a liberdade que recebemos para voltar a pecar. Somos como um pássaro liberto da gaiola que recebe o convite a permanecer longe de arapucas. No entanto, depois de um tempo livres, acabamos voltando à uma arapuca ou gaiola, voltando a nos tornarmos escravos daquilo que, um dia, Deus nos libertou.
Paulo ainda nos dá uma dica sobre como podemos permanecer livres da sedução do pecado: sede servos uns dos outros, pelo amor. Se nós agirmos assim, sem dúvida será quase impossível voltarmos ao pecado. Agir pelo próximo evita que sejamos egoístas. O servir uns aos outros nos guarda de servirmos o nosso próprio coração, que, segundo a Bíblia é enganoso e desesperadamente corrupto (Leia Jr 17.9).
Frutos da carne e frutos do Espírito
Em outra epístola, o Espírito Santo usa Paulo para mostrar quais são os frutos de uma vida onde se satisfaz os desejos da carne (do coração) e de uma vida onde ouve e obedece a Palavra de Deus:
Gl 5.16–25: Digo, porém: andai no Espírito e jamais satisfareis à concupiscência da carne.Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são opostos entre si; para que não façais o que, porventura, seja do vosso querer.Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais sob a lei.Ora, as obras da carne são conhecidas e são: prostituição, impureza, lascívia,idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções,invejas, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, a respeito das quais eu vos declaro, como já, outrora, vos preveni, que não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam.Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade,mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei.E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e concupiscências.
Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito.
Perceba que a carne tem uma ação fortíssima sobre nós. Paulo diz, andai no Espírito. Se não andarmos no Espírito, a carne vencerá. A ordem é que jamais satisfaçamos os desejos de nossa carne. Os desejos da carne nunca deixarão de tentar guiar nossos olhos, nossos gastos, nossas palavras, e tudo o mais em nós. Nosso dever, uma vez libertos, é dizermos não.
O próprio texto nos diz quais são os frutos e as obras da carne. O ponto principal de Paulo é o texto que diz que não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam. Por isso, todos devemos ficar atentos.
Por outro lado, temos as obras do Espírito, as quais são a esperança de todo homem (amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade,mansidão, domínio próprio). Todas estas coisas precisam ser conquistadas pelos homens. Estes, porém, quando possuem o Espírito Santo, não precisam mais correr atrás, visto receberem do próprio Deus.
Os que estão com Cristo já crucificaram sua carne! Nossa carne já está “morta” para Deus. Já estamos libertos dela e de seus frutos. Basta, agora, seguirmos o conselho de viver no Espírito, andar no Espírito.
Conclusão
Nessa nova vida que começamos com Cristo, precisamos ter a consciência de que tudo se fez novo para nós. Hábitos e vícios antigos devem ser abandonados por completo quando nos entregamos a Cristo.
Todos nós trazemos vícios e maus hábitos de nossa antiga vida. Vícios de linguagem (fofoca, boatos, palavrão), vícios de bebida e comida (comer ou beber excessivamente), hobbies pecaminosos (deixar a família toda noite para jogar ou sair com amigos), além de outras práticas que eram comuns em seu passado e que, hoje, você sabe que não são agradáveis ao Senhor.
A conclusão que tiramos desse estudo é que, a partir do momento em que nos convertemos a Cristo, tudo é novo em nossa vida. O passado vai continuar nos assediando. Devemos lutar diariamente. A consequência dessa luta é que receberemos os frutos do Espírito Santo.
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