2015/05/12

EVANGELHO DE NÁRNIA

EVANGELHO DE NÁRNIA: A REALIDADE DA MORTE DE CRISTO PELOS PECADORES POR TRÁS DO IMAGINÁRIO MUNDO DE C.S. LEWIS







Nesse período de celebração da páscoa um bom filme para assistir e trabalhar a temática com as crianças é “Crônicas de Nárnia: O Leão, a feiticeira e o guarda-roupa”. O filme foi lançado pela Disney em 2005 como primeiro da famosa série As Crônicas de Nárnia. Em O leão, a feiticeira e o guarda-roupa, tudo começa quando as crianças Pedro, Edmundo, Suzana e Lúcia fugindo dos bombardeios da Segunda Guerra Mundial em Londres vão para a casa de um professor e lá numa brincadeira de esconde-esconde Lúcia entra num guarda-roupa mágico e chega em Nárnia, uma terra  paradisíaca, mas que está sob o feitiço de Jadis, a feiticeira má. Em Nárnia só existe inverno e o natal nunca chega. Os irmãos não acreditam em Lúcia, até que Edmundo numa noite a segue e também entra no guarda-roupa e constata a veracidade do que a irmã havia falado. Lá Edmundo é enganado pela feiticeira com a promessa de que seria um príncipe e teria seus irmãos como servos caso os trouxesse para Nárnia. Finalmente todos entram na terra encantada e sem saber estão cumprindo uma profecia sobre a vinda de Aslam. Aslam, é um leão, o rei e reverenciado por todos. Edmundo, iludido pela falsa promessa de Jadis, agora é seu prisioneiro. Aslam porém o resgata do domínio da feiticeira. Mas o resgate não será tão fácil assim. Alguém terá de morrer por causa da traição de Edmundo. E o leão Aslam será humilhado e morto na Mesa de Pedra, sendo visto ao longe pelas meninas Lúcia e Suzana. A feiticeira pensa que derrotou Aslam, mas ele ressuscita e pelo seu sopro a vida volta aos animais antes petrificados por Jadis. No final em meio a uma grande batalha a chegada do leão redivivo reforça o exército do rei Pedro que vence o numeroso batalhão da feiticeira.


Clive Staples Lewis, o C. S. Lewis, conhecido pelos amigos como Jack, nasceu em Belfast, Irlanda do Norte, em 29 de novembro de 1898, numa família protestante-presbiteriana. Em sua autobiografia, Lewis diz que era filho de um advogado e filho de uma filha de pastor. Perdeu a mãe aos 10 anos e isso trouxe-lhe o isolamento, tornando-se um voraz leitor dos grandes romances e contos mundiais como um refúgio a morte de sua mãe. Ao tornar-se adulto Lewis passou a descrer em Deus e a rejeitar o cristianismo histórico e a Bíblia. Na verdade tornou-se um ateu, um cético implacável. Lewis explica seu ateísmo com as seguintes palavras: “eu sempre quisera, acima de tudo, não sofrer “interferências”. Queria (desejo insensato) “chamar a minha a minha alma””.[2] Porém, se foi verdade para Sigmundo Freud que uma vez ateu para sempre ateu, o mesmo não aconteceu com C.S. Lewis. Sua amizade com um outro gênio de história ficcionista, o influenciou no retorno ao cristianismo bíblico. Esse amigo era J.R.R. Tolkien (John Ronald Reuel Tolkien), autor da trilogia O Senhor dos Anéis, que ganhou 17 Oscar, um recorde mundial na história do cinema. Tolkien influenciou Lewis a considerar as verdades do cristianismo e agradeceu a Lewis os incentivos para terminar a saga do Senhor dos Anéis. Enquanto Tolkien escrevia O Senhor dos Anéis, Lewis escrevia As Crônicas de Nárnia. Tolkien era um católico praticante e Lewis tornou-se um cristão protestante ligado à igreja anglicana. Ambos agora amigos, cristãos, e professores de literatura, pertenciam aos Inklings, um clube informal de escritores que se reuniam e discutiam ideias para as suas histórias. C.S.Lewis, foi professor de literatura Medieval e Renascentista, na Universidade de Cambridge e Oxford, na Inglaterra. Ele faleceu em 23 de novembro de 1963, no mesmo dia da morte do presidente americano John Kennedy e do ateu Aldous Huxley. Seus livros já venderam cerca de 200 milhões de exemplares no mundo. Nos estados americanos dos EUA, Lewis é leitura obrigatória para as escolas. Tanto na América do Norte como na Europa Lewis é bastante conhecido pelo público infantil através dos sete volumes das Crônicas de Nárnia. 
 

Entre nós brasileiros desde dezembro de 2005 Lewis passou a ser mais conhecido com o lançamento do filme as Crônicas de Nárnia, semelhante a seu amigo Tolkien após o sucesso cinematográfico do Senhor dos Anéis. O lançamento das “Crônicas de Nárnia, o leão, a feiticeira e o guarda-roupa”, trouxe alegria entre os cristãos e indignação entre os não cristãos. Alguns perceberam que o filme trazia uma mensagem cristã e os críticos do cristianismo tentaram logo desacreditar essa intenção do autor. Houve então mobilização de protestantes e críticos. Adam Gopnik, por exemplo, chegou a dizer que Nárnia não podia ser considerada uma alegoria cristã e que não era intenção de Lewis que Aslam representasse Jesus. Mas numa carta, emitida por Lewis a um fã infantil em 1961, ele mesmo escreve: "a história inteira de Nárnia é sobre Cristo." A carta foi encontrada por Walter Hooper, conselheiro literário da obra de Lewis, e silenciou os críticos. A referida carta continua: "supondo realmente que cá era um mundo como Nárnia. . . e supondo que Cristo quis ir para este mundo e salva-lo (como Ele fez por nós) o que pôde ter acontecido?". "As histórias são minha resposta. Desde que Nárnia é um mundo de animais falantes, eu pensei que Ele se transformaria um animal falante lá da mesma forma como se transformou em um homem aqui. Eu o descrevi vindo como um leão lá porque: a) o leão é considerado o rei dos animais; b) Cristo é chamado o ‘o leão de Judá’ na Bíblia." [3]. Os sete volumes das Crônicas de Nárnia de C. S. Lewis são: O Sobrinho do Mago, O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa, O Cavalo e Seu Menino, Príncipe Caspian, A Viagem do Peregrino da Alvorada, A Cadeira de Prata e a Última Batalha. Em todos eles é possível estabelecer comparações com a mensagem e a ética cristã, mas no Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa a morte e ressurreição de Aslam em lugar de Edmundo assemelha-se a morte e ressurreição de Cristo no lugar de pecadores de uma forma incrível. 
















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