Por que orar se Deus já sabe de tudo? Por que orar se somos tão pequenos e ignorantes quanto ao que é melhor para nós? Se Deus é soberano e sabe o que precisamos, por que apenas não descansamos? Aliás, orar não seria silêncio?
Pois bem. Esse foi o tema das duas últimas aulas que dei na Escola Bíblica Dominical da Igreja Batista Liberdade. Aqui, postarei apenas um breve resumo das ideias e colocarei abaixo os dois estudos sobre o assuntos, feitos nos dias 10 e 17 de novembro do presente ano.
Orar é buscar. Quando oramos a Deus, buscamos a Ele e àquilo que dEle esperamos receber. Quando não estamos orando a Deus, estamos a orar para outros seres/deuses quaisquer. Nunca ficamos sem orar. Ou oramos a Deus, ou a outros seres criados. Quando não buscamos a Deus, estamos a buscar algo que se coloque em Seu lugar, algo que nos preencha e satisfaça.
Assim, orar é buscar. Se buscamos o dinheiro como fonte de satisfaça, estamos a orar, buscar, o dinheiro. O dinheiro está a satisfazer tal indivíduo. Já aqueles que buscam na imoralidade sexual sua satisfação, tais estão a orar à imoralidade sexual.
É importante que se lembre: orar diz respeito à uma ação. Os termos constituintes de uma oração são, basicamente, sujeito e predicado. O sujeito é sempre você; o predicado sempre será Deus ou aquilo que ocupa o lugar dEle.
Por isso, cuidado para não continuar buscando em outras fontes a paz e satisfação que somente Deus pode lhe dar. Mas, CUIDADO, pois há algumas proibições quanto às suas orações.
No segundo áudio abaixo, trabalho apenas com este ponto: proibições quanto às nossas orações. R. C. Sproul escreveu:
“Nas Escrituras, há poucas proibições referentes à oração. Em Salmos 66.18, o salmista Davi escreve estas palavras divinamente inspiradas: ‘Se eu no coração contemplara a vaidade, o Senhor não me teria ouvido’. O versículo no hebraico poderia ser traduzido: “Se eu tivesse iniquidade no meu coração, o Senhor não teria ouvido”.
Estas palavras de Davi resumem tudo o que a Bíblia diz sobre o que impede que nossas orações sejam ouvidas e atendidas. Nada, a não ser o pecado, pode nos afastar e separar de Deus. Nada, a não ser nossas iniquidades, podem tapar os ouvidos de Deus às nossas orações.
Neste contexto, o correto é confessarmos. Arrepender-nos, confessarmos nossos pecados, e assim corrermos a buscar novamente prazer em Deus. Somente a vaidade é proibida àquele que deseja orar a Deus. O que é vaidade? Tudo aquilo que é passageiro, fútil, bobo, mas que tem o poder de nos seduzir a ponto de acreditarmos que podem nos satisfazer.
Não nos enganemos, fora de Deus, tudo é vaidade, tudo é passageiro, tudo é como a erva que seca, ou como a chuva que vai.
Por isso, apesar de sabermos e crermos que há um Deus que tudo sabe, tudo vê, tudo determina e tudo governa, orar significa buscarmos a este Deus não apenas para lhe pedirmos coisas, mas para, de sua destra, recebermos todo o prazer e satisfação capaz de preencher nossa alma definitivamente.
Ouça e reflita nas mensagens abaixo. Nelas, vamos mais fundo no estudo destes temas.
Fiquem na paz do Senhor.
Wilson Porte
Nenhum comentário:
Postar um comentário