, a evidência daquilo que não se vê” Hebreus 11:1
Substância. Você sabe o que é substância. Em geral, usamos nossas mãos para verificar essa característica. O que é substancial pode ser tocado. Esperar que amanhã você terá uma barra de ouro em mãos é bem diferente de já tê-la.
Se você espera, você simplesmente espera. Mas se você a tem, não há com que se preocupar. Se você apenas espera, você teme. Mas se ela estiver em suas mãos, não há com que se preocupar. Assim é a fé. Que vida miserável os crentes viveriam se a fé não fosse substância. Mas muitos crentes ainda não compreenderam o real significado da fé e, desse modo, tem dado pouco valor a ela, imaginando que suas esperanças e fantasias são, de fato, fé.
Muitas vezes ouvi esse jargão: “pela fé”. E é realmente lastimável que isso tenha se tornado um jargão, tal como “eu profetizo”, “unção” ou “adoração”. Essas palavras perderam seu significado real no meio evangélico. Poucos crentes, por exemplo, sabem o que é a verdadeira adoração. Da mesma forma, poucos sabem identificar a verdadeira profecia ou a verdadeira fé.
Fé não é esperança, nem desejo, nem mesmo confiança: fé é substância e evidência. Muitos crentes têm feito loucuras que são justificadas com o jargão “pela fé”. Muitos têm se decepcionado por dizer de forma impensada “eu creio”. Quase sempre há esperança – a esperança que um sonho se realize, a esperança que uma catástrofe não aconteça.
Quase sempre há desejo (e, muitas vezes, esse desejo é muito nobre, como o desejo de que um ente querido conheça a Cristo, ou que um irmão tenha seu entendimento iluminado pelo Espírito). Quase sempre há confiança, mas mesmo esta mostra-se vazia quando aquilo que se espera pertence à esfera das coisas inatingíveis, ou cuja realização parece tão improvável, que essa confiança existe apenas para não se dizer que o crente não confia em seu Deus.
Esses sentimentos não são fé. Eles são válidos, sim, entretanto, não são fé. Voltemos ao caso da barra de ouro. Você pode ter esperança de que ela chegará, pode desejá-la ardentemente, e pode confiar de todo o coração que ela chegará às suas mãos, mas, ainda assim, isso não é fé, pois a fé é substância e evidência. Um homem nessa situação ainda estará sujeito a temores e preocupações. Vez ou outra ele pode ser assaltado pela pergunta: “e se ela não vier?”.
A Bíblia nos mostra exemplos maravilhosos de pessoas que creram. A História e a experiência também.
Vejamos, primeiramente, o exemplo de Ana. Sabemos, pelo texto de 1 Samuel, no capítulo 1, que Ana era estéril. Leia o texto até o verso 16. Você vê fé até aí? É certo que não. Ela só aparece nos versos 17 e 18:
“Então respondeu Eli: Vai em paz, e o Deus de Israel te conceda a petição que fizeste. E disse ela: Ache a tua serva graça aos teus olhos. Assim a mulher foi o seu caminho, e comeu, e o seu semblante já não era triste.”
Seu semblante já não era triste! Toda a dúvida se dissipou do coração de Ana, pois ela creu que o Senhor concederia sua petição. O menino ainda não estava em seu ventre, mas Ana tinha tanta certeza de que isso aconteceria quanto teria depois de engravidar.
Essa é a verdadeira fé! Ana experimentou a substância e a evidência daquilo que esperava.
Você já pensou como seria triste a vida do crente se a fé fosse apenas desejo? Oh, quão insípida seria a fé daquele que crê-mas-não-experimenta a salvação! Talvez o homem desejasse ser salvo, esperasse por isso e confiasse em Deus, mas ainda assim não poderia dizer com toda a certeza do universo “sou salvo”.
Você já pensou como seria triste a vida do crente se a fé fosse apenas desejo? Oh, quão insípida seria a fé daquele que crê-mas-não-experimenta a salvação! Talvez o homem desejasse ser salvo, esperasse por isso e confiasse em Deus, mas ainda assim não poderia dizer com toda a certeza do universo “sou salvo”.
O segundo exemplo, que, na verdade, acontece muito tempo antes, é o de Josué e Calebe. Eis mais dois homens que criam de verdade. Leia Números 14. Veja os versos 6 a 9. Ah, que angústia atravessou o coração dos dois. Por quê? Porque eles criam! Leitor, não ouse imaginar essa cena sem uma dose acentuada de aflição. Josué e Calebe tinham visto a terra, e, pela fé, tinham experimentado da substância, da evidência de que entrariam lá e nela habitariam.
Mas, ao ver o povo murmurando e sabendo que somente pela fé eles poderiam entrar lá, seus espíritos se abateram. Veja o que eles dizem a respeito dos cananeus: “são eles o nosso pão”. Ambos já tinham tomado posse da terra.
Mas, hoje, mesmo esse termo, “tomar posse”, tem se tornado um jargão meio sem sentido. As pessoas consideram o “tomar posse” uma questão de posição, uma questão de determinação. Elas fazem cara feia e dizem “eu tomo posse dessa bênção”. E seus corações se enchem de desejo, esperança e confiança, mas a fé vai além do coração. A fé concentra-se nas mãos.
Mas, hoje, mesmo esse termo, “tomar posse”, tem se tornado um jargão meio sem sentido. As pessoas consideram o “tomar posse” uma questão de posição, uma questão de determinação. Elas fazem cara feia e dizem “eu tomo posse dessa bênção”. E seus corações se enchem de desejo, esperança e confiança, mas a fé vai além do coração. A fé concentra-se nas mãos.
E veja como a fé verdadeira não se decepciona. Leia Josué 14 (fácil de lembrar, não? Números 14 – Josué e Calebe espiam a terra, Josué 14 – Josué e Calebe tomam posse da terra). Repare nos versos 6 a 15. Um homem de 85 anos e sua tropa venceram gigante que viviam em cidades numa montanha!
Voltemos um pouco mais no tempo. Vejamos o que Noé nos ensina. Em Hebreus 11:7 lemos “pela fé Noé, divinamente avisado das coisas que ainda não se viam, temeu e, para salvação da sua família, preparou a arca, pela qual condenou o mundo, e foi feito herdeiro da justiça que é pela fé”. Repare nessa palavra: “temeu”! Poucos reparam nela. E eu pergunto: qual é a origem desse temor? Ora, a fé, pois, sendo avisado do dilúvio, creu a ponto de experimentar a substância e a evidência do mesmo.
E Noé é a chave para uma questão importantíssima: a origem da fé. Qualquer crente sensato que estude a Palavra saberá que esse conceito está presente em toda a Palavra: a verdadeira fé é dom de Deus. E, no caso de Noé, a Bíblia é bastante explícita. Leia Gênesis 6:8. “Noé, porém, achou graça aos olhos do Senhor”. Noé não nasceu cheio de fé. A origem da verdadeira fé é Deus. É Ele quem a concede.
Davi é outro exemplo maravilhoso. Como não exultar ao ler 1 Samuel 17? Você pode até pensar: mas que fé é essa, se Davi botou cinco pedras em seu alforje? Pois eu respondo: apenas uma era para Golias. Se você não sabe, os filisteus tinham cinco governantes nas cinco principais cidades, que eram:
Gate, Ecrom, Asdode, Ascalom e Gaza (Josué 13:3). E isso não é muito melhor que levar apenas uma pedra? Não demonstra uma fé muito maior?
“Hoje mesmo o Senhor te entregará na minha mão e ferir-te-ei, e tirar-te-ei a cabeça, e os corpos do arraial dos filisteus darei hoje mesmo às aves do céu e às feras da terra; e toda a terra saberá que há Deus em Israel” (verso 46). Quem pode dizer que Davi tinha “tomado uma posição”, ou “declarado com determinação” tais palavras? Davi, pela fé, já tinha a cabeça de Golias em suas mãos.
“Hoje mesmo o Senhor te entregará na minha mão e ferir-te-ei, e tirar-te-ei a cabeça, e os corpos do arraial dos filisteus darei hoje mesmo às aves do céu e às feras da terra; e toda a terra saberá que há Deus em Israel” (verso 46). Quem pode dizer que Davi tinha “tomado uma posição”, ou “declarado com determinação” tais palavras? Davi, pela fé, já tinha a cabeça de Golias em suas mãos.
E eu não poderia deixar de citar o centurião. Você sabe de quem eu falo. Ele disse para Jesus: “apenas manda com uma palavra, e o meu rapaz será curado. Pois também eu sou homem sujeito à autoridade, tenho soldados às minhas ordens e digo a este: vai, e ele vai; e a outro: vem, e ele vem; e ao meu servo: faze isto, e ele o faz.” (Mateu 8:9). Penso que esse homem tinha mais certeza da autoridade de Jesus que da sua própria!
Oh, crentes! Pensem algumas vezes antes de dizer “eu creio nisso” ou “eu creio naquilo”. Será que você realmente crê? Será que por trás do seu “vou fazer pela fé” há a substância e a evidência? Lembre-se: use as mãos, não o coração, para saber se você tem fé. E que alegria é poder experimentar as maravilhas do Senhor.
Quão agradável é crer nEle. Por isso o crente não pode pensar que sua integridade é que o mantém salvo, pois quem é que ousaria crer em si mesmo? Mas a alma do crente se enche de júbilo ao lembrar que sua justiça é Cristo. Ele não espera isso, ele experimenta.
Você gostaria de crer? Talvez você tenha lembrado de coisas que você deseja muito, mas não pode dizer que crê. Talvez você sempre diga a si mesmo: “eu confio em Deus”, mas não tem experimentado dessa substância, dessa evidência que é a fé. Pois, então, peça a Deus. Diga como o pai do garoto endemoninhado. “E logo o pai do menino, clamando, com lágrimas, disse: eu creio, Senhor! ajuda a minha incredulidade” (Marcos 9:24). Esse é um pedido cheio de angústia, temor, desejo e humildade.
Ah, se chegasse o dia para todos os crentes em que Jesus lhes diz “se tu podes crer, tudo é possível ao que crê”. O pedido do pai não era uma regalia, uma agrado, uma superfluidade. Tratava-se de seu filho! Ele desejava de todo o seu coração crer, e em sua súplica desesperada ele implora: “ajuda a minha incredulidade”.
Que momento glorioso quando o crente derrama sua alma perante o Senhor clamando: “Senhor, faz-me crer! Não me basta esperar, nem desejar! Eu quero a verdadeira fé que vem de Ti!”.
“Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito.” (João 14:26). Peçamos ao Espírito Santo para que Ele nos ensine a crer.
“Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito.” (João 14:26). Peçamos ao Espírito Santo para que Ele nos ensine a crer.
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