2015/06/13

Um engano chamado M.D.A. (O que está por detrás deste método)


quarta-feira, 20 de agosto de 2014



Um engano chamado M.D.A. (O que está por detrás deste método)












“...mantendo a fé e a boa consciência que alguns rejeitaram e, por isso, naufragaram na fé.” 1 Timóteo 1:19







1. Introdução





A alguns anos, algo tem revolucionado as igrejas pentecostais e neopentecostais no Brasil. Estou falando do Modelo de Discipulado Apostólico, o M.D.A. Este suposto método de evangelismo está embasado no que chamam de “discipulado um a um”. Trata-se de um trabalho em células para a igreja local e com isso, um maçante trabalho de “cobertura espiritual”, um elo entre duas pessoas que se chama de discipulador e discipulado.













Muitas igrejas pentecostais pioneiras e tradicionais no Brasil estão mudando completamente seus métodos de ensino e evangelismo, como a igreja Assembleia de Deus, alegando terem descoberto “a roda”; ou seja, afirmando que agora conhecem o verdadeiro evangelho e as implicações da grande comissão de Cristo. Muitos Pastores chegam a dizer que por décadas pastoreando estavam completamente errados na forma de trabalho, mas agora com este modelo estão convictos que esta é a verdadeira comissão deixada por Jesus para a evangelização do mundo nesta última hora. Grande engano!






É incrível como tais pastores se rebaixam na ignorância e insensatez de dizerem que tudo o que viveram e aprenderam estava raso e sem conteúdo. Na verdade tais Pastores precisam entender que o grande problema de suas igrejas e de seus ministérios sempre fora a ignorância, principalmente de usos e costumes e da liberdade em Cristo Jesus. São igrejas amarradas no tradicionalismo exacerbado, que viram vazar fieis ao longo dos anos e desesperados por estarem em igrejas frias e apáticas, abraçam tal método com unhas e dentes.





Sabemos que as empresas de marketing multinível sabem como atrair suas presas. É fácil ludibriar alguém para entrar em algo que não conhecem com promessas de dinheiro fácil. Em nosso caso, também sabemos que o grande desejo de qualquer Pastor com certeza é ver sua igreja cheia. É exatamente aí que o M.D.A. se aproveita; da ganancia Pastoral de ver sua igreja alegre, vibrante, com muitos crentes e automaticamente com mais dízimos. Infelizmente é assim. Antes as inovações que chegavam nas igrejas vinham por crentes (ovelhas) mas logo eram descartadas pela liderança. Neste caso é diferente, a rede é armada para nossos Pastores.






“Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até os escolhidos.” Mateus 24.24. Na maioria das vezes olhamos este versículo e logo pensamos em outras pessoas. Mas lhe digo que você pode ser a pessoa encaixada neste texto. Espero que tenhas coragem e lhe desafio a ler até o final deste artigo para tirar suas próprias conclusões. Se você é alguém que não gosta de leitura e de reflexão, então lhe digo para ficar no seu mundinho e não perca seu tempo de ler até o final. Pois bem, vamos começar do começo.




2. Os objetivos do M.D.A.





“Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo”. 2 Coríntios 5:17




Antes de falar da gênese do MDA falaremos sobre os objetivos deste método. Espero que você leitor, seja reflexivo para um bom entendimento. Analisando com cuidado todo aparato do M.D.A. percebemos que seus objetivos transcendem ao que de início nos é apresentado. Com certeza você se deparará neste artigo com modismos e formulas que não sabias que era deste método. Mas entenda que esta é a ideia, o terreno (você) é muito bem preparado para sempre receber novas ideias. Eles não implantam tudo de uma vez. Pois bem, vamos aos objetivos do M.D.A., segundo a visão do Rev. Onézio Figueiredo da Igreja Presbiteriana quando este fala sobre o G12 em seu livro: Os segredos do G12, cultura cristã:




Angariar a simpatia dos pastores e membros das igrejas estabelecidas e institucionalizadas.
Colocar e manter como posição primaria de suas pregações, enquanto lhe convier e lhe for útil, os
temas mais evidentes da Igreja: Família, evangelização e santificação. (esta é a forma mais atrativa para implantarem suas ideias, pois do contrário seriam negados).
Tentar estabelecer, pela presença de seus “encontristas” no interior de cada denominação, a diferença “qualitativa”, em termos carismáticos, entre os seus membros normais e os “melhorados” pelo MDA e seus encontros. (Nem todos sabem, mas no M.D.A. assim como no G12 se tem os famosos “encontros com deus”, dizem que uma pessoa somente é transformada quando passam por estes encontros).
Impedir, pelo maior tempo possível, a exteriorização de suas doutrinas e objetivos. (Muito parecido com os cultos televisivos do R.R. Soares. Quem vê somente ele pela televisão, não sabe quanto seus cultos em suas igrejas são cheios de adereços como rosa ungida, sabonete ungido, fogueira santa e outras coisas).
Recolher membros das igrejas para atividades religiosas paralelas secretas, às escondidas. E não apenas “sigilo de atividades”, pois o “sigilo de conteúdo” é o mais cuidadosamente preservado: nada de apostila distribuída e nada de gravação e filmagem por qualquer participante.(São os Encontros com “deus”)
Deslocar a obediência e a fidelidade devidas a Cristo para os líderes do M.D.A. e para aqueles pastores que “rezam pela sua cartilha”.
Buscam até enganar os pastores mais conservadores que acham que podem fazer uma divisão do que é bom no M.D.A. e do que não é. Estes estão enganados quando acham que alguma coisa pode se aproveitar. O que acredita ser a parte boa, na verdade é a porta que entra tudo o que não presta.






3. Conheça a fundamentação do M.D.A.






Antes de nos aprofundamos na fundamentação do M.D.A. vamos deixar claro qual é a simpatia do Abe Huber acerca de métodos que fora condenados por várias igrejas no passado. Confira o texto feito pelo Pr. Abe Huber da igreja da Paz. Este material você pode encontrar no seguinte endereço: http://pt.scribd.com/doc/60169252/A-IMPORTANCIA-DA-IGREJA-LOCAL-NA-VISAO-DO-MDA, ou clique aqui - Apostila Abe Huber.








Fiz questão de deixar marcado alguns pontos para verificação.








Percebam que antes de tudo ele deixa claro que estudou diferentes modelos de igrejas em células, observou de perto, gastou tempo com líderes que já trabalhavam o assunto e encontrou vários bons modelos. Para legitimar todo o empreendimento e dedicação, na sina de montar algo pessoal, diz mais tarde que teve uma revelação de cerca de duas horas para o que chamamos hoje de M.D.A. Veja o vídeo clicando aqui.




Estudou e passou um tempo com o modelo 5x5 do Reverendo David Yonggi Cho, estudou o Modelo dos Grupos de Interesse, do Dr. Ralph Neighbour Jr., e também estudou o Modelo do Governo dos 12,



passando um tempo com o Pastor Cesar Castellanos, da Colômbia; ou seja, foi catequisado e possuiu o aprendizado no G12. Aí você poderia dizer, mas ele simplesmente foi conhecer, mas veja que ele ainda diz que “todos eles são bons e funcionáveis nos contextos em que são aplicados, para aqueles que seguem seus princípios”. Abe Huber pescou em cada modelo o que se tinha de “melhor”, ou


pior, e deixou com a cara das igrejas pentecostais. O resultado? Muitas igrejas adotaram o processo. As consequências? Você verá daqui uns 3 anos (Muitos já estão colhendo).






4. A gênese do M.D.A. (Do Opus Dei à visão celular dos 12 “G12”)





Acredito que uma das bases que todo crente precisa ter é a base histórica, seja da igreja, seja da história geral. Entender a história nos ajuda a evitarmos erros já evidenciados no passado. A igreja peca quando não olha a história e peca ainda mais quando nega a história. Quem conhece a história da igreja, dificilmente cairá em erros que já foram analisados e condenados pela igreja.








Partindo desta premissa analisaremos a história para que você entenda que tal modelo ou método evidenciado aqui, não tem nada de novo. Pelo contrário, o M.D.A. é uma cópia quase que exata de modelos antigos e que foram negados pela igreja, porém agora com uma forma inovadora, uma nova roupagem, e empolgante com floreios e maquiagem que tem enganado a muitos pastores. Alias, estes modelos celulares não eram trabalhados pelas igrejas 25 anos atrás. Só não me venha dizer que faz 25 anos que a igreja “achou a roda”. Nós somos frutos desta igreja que hoje dizemos que não caminha. Viajemos na história para um melhor entendimento.












Josemaria Escrivá



Tudo começou com o Padre espanhol chamado José Maria Escrivá de Balaquer. Nascido no dia 09 de janeiro de 1902 e falecido em Roma no dia 26 de junho de 1975, este sacerdote católico foi o fundador de uma estrutura institucional da igreja católica que se dedicava à atividades pastorais especificas chamada “Opus Dei” do latim “Obra de Deus”. É desta estrutura montada que encontramos a fundamentação também do G12 (grupo dos 12 de César Castellanos). No dia 02 de Outubro de 1928, na festa dos “santos anjos da guarda” durante os dias de um retiro espiritual, muito comum na igreja católica, surge o Opus Dei como um caminho para a santificação.









A origem do Opus Dei, aconteceu após a junção de 13 clérigos, com votos do romanismo: Obediência, castidade e pobreza, quando entre eles um acabou saindo e se casando, restando apenas 12 padres, estes acabaram sendo fieis e submissos ao movimento. Estes 12 acabaram se comparando a Cristo e seus 12 apóstolos. Os objetivos era recrutar leigos nos mais diferentes esferas sociais, e trabalhar neles o silêncio. Mas para realmente terem a certeza de que estes leigos, em determinado momento, eram fieis seguidores, ao participarem destes retiros, e alguém perguntando a eles o que acontecia nestes encontros: eles deveriam responder que não havia nenhum segredo. Na verdade a intenção era exatamente, provocar a curiosidade nas pessoas, para que o Opus Deis fosse cada vez mais divulgado.








O plano desses “12”, ou do “G12” do Padre Josemaría Escrivá, era um plano de marketing: provocar curiosidade aos que seriam futuramente novos adeptos e automaticamente nunca revelariam o que de fato acontecia nestes encontros. Porém as manifestações ou obras externas que este grupo deixava transparecer eram os Cursilhos da Cristandade: um sistema de evangelização, que ainda hoje é usado dentro da igreja católica. “Trabalhavam” especialmente os casais, retirados de seus filhos e demais parentes e levados para lugares por eles completamente ignorados. A quebra de vínculos familiares implicava o rompimento das “raízes tribais” e consequentemente implantava nos participantes destes encontros o comprometimento com o clero engajado na Opus Dei, a quem deveriam devotar irrestrito amor, respeito, obediência e submissão. O M.D.A. é somente uma cópia dos Cursilhos da Cristandade. Um recrutamento.






Da Espanha o Opus Dei passou à América Latina, aportando-se na fragilíssima e, por isso mesmo, catolicíssima Colômbia, onde encontrou campo fértil. Dominou todo clero e penetrou fundo no mundo leigo. O “G12” até então não era aquele que chegou ao Brasil por volta do ano de 1991, mas um “G12” católico, uma idealização do Padre Josemaría Escrivá. O “G12” evangélico como conhecemos, na verdade é uma junção e adaptação do Opus Dei do sacerdote Escrivá e também na igreja em célula do Evangelho Pleno do Pr. David Young Sho (como veremos a seguir).








A cerca de 16.000 km da Colômbia, temos Seoul, Coréia do Sul. É ali que o Pr. David (Paul) Yonggi Sho por volta do ano de 1961, criou um método revolucionário de crescimento de igreja. Sho tinha o padrão de célula de 10 fieis, reunido em grupos de cinco, sendo cada célula com um líder, e o conjunto de 5 células ficava ao comando de um supervisor. Eles descobriram o poder de uma igreja em células, mas não somente em células, também outros adereços que serviriam para regimentar ainda mais o trabalho. Que é a corrente que precisa ser criada, no caso do M.D.A., chamado de discipulado. Aqui abro um parêntese para dizer que creio no método de grupo familiar e também acredito que a igreja se originou desta forma. O problema é que tais métodos como conhecemos tem crescido não pelo evangelho, mas pelo poder piramidal de marketing multinível a exemplo de Herba Life, Mary Kay, Telexfree, BBOM, ou coisas do gênero. Os créditos para o crescimento tem sido dado ao método, ao líder, ao Pastor, menos ao Espírito Santo, quem convence o homem.










Pr. César Castellanos



Em 1983 surge outro movimento de crescimento de igreja. César Castellanos Dominguez, um Pastor evangélico colombiano, fundador da igreja Missão Carismática Internacional, foi tremendamente influenciado pelo modelo e a forma de trabalho do Pr. David (Paul) Younggi Cho na Coreia. Impactado com o crescimento da Igreja Coreana, Castellanos percebeu que aquele era o “passo” certeiro. Ele iniciou copiando o modelo do Pr. David e implantando este modelo em seu ministério. Porém o método da Coreia não funcionou como César esperava. Ele queria um modelo ainda mais eficaz de crescimento. Então resolveu buscar em outras fontes respostas para que numa mesclagem ainda mais ousada, obtivesse melhores resultados. Castellanos busca no movimento do Opus Dei de Josemaría Escrivá o G12, mais especificamente os Cursilhos da Cristandade. Então entre os anos de 1991 e 1992, César Castellanos implantou o movimento G12 evangélico como conhecemos. Que nada mais é do que a união da igreja celular da Coreia e também o movimento de Josemaría Escrivá, os Cursilhos da Cristandade do Opus Dei. Confira pelo próprio César Castellanos:






“…o princípio dos doze é um revolucionário modelo de liderança que consiste em que a cabeça de um ministério seleciona doze pessoas para reproduzir seu caráter e autoridade neles para desenvolver a visão da igreja, facilitando assim a multiplicação; essas doze pessoas selecionam a outras doze, e estas a outras doze, para fazer com elas o mesmo que o líder fez em suas vidas” (FRANÇA, 2011)






Resumindo, o que foi nos apresentado como modelo celular do G12 evangélico no Brasil, na verdade é uma mistura. Ele aproveitou do que considerava ser melhor entre Cho e Escrivá. Do modelo Cho, Castellanos retirou a “célula”, embasada na família e liderada por um líder subordinado ao supervisor e


ao chefe geral. Do modelo Escrivá, o G12 romano, aproveitou: A) O sigilo rigoroso de programação e de conteúdo. B) A concentração de atividades, para não permitir reflexão ou desvio de atenção, isto é, fuga mental do “esquematizado” e o hermético/fechado “Encontro”. C) O psicologismo pelo qual se faz a “conquista” do encontrista (quem faz o encontro) ou, em outras palavras, sua lavagem cerebral. D) A triagem e o preparo da clientela pelos pré-encontros. E) A implantação da ideia de que nada existe melhor que o “Encontro”: a Igreja não é capaz de, pelas atividades comunitárias, fazer igual. Tal ideia é “plantada” no encontrista e, por meio dele, implantada na Igreja institucional de que “fazia” parte.











Fonte: http://graca-irresistivel.blogspot.com.br/







Fonte: http://edsonricardo.blogspot.com.br



O conhecido atualmente como Paipóstolo Renê de Araújo Terra Nova, fundador do Ministério Internacional da Restauração, após participar de um encontro da MCI em Bogotá, conheceu o trabalho do colombiano César Castellanos, e logo arrumou uma forma de trazê-lo ao Brasil. No ano de 1998 implantou no Brasil o movimento G12. Com o passar dos anos, e percebendo que ele precisava ter autonomia de adaptação do modelo para o Brasil, em 2005, Renê abandonou a cobertura de Castellanos, e adaptou o G12 para o Modelo dos Doze (M12), que assim como o G12 é praticado em centenas de igrejas no Brasil e no exterior. A razão da alteração de nome aconteceu, pois Castellanos impediu Terra Nova de usar a logomarca G12. Por isso Terra Nova criou o termo M12. Neste blog você poderá ver esta separação http://visao12.blogspot.com.br/2010/08/rompimento-entre-terra-nova-e.html











Fonte: http://diariotorah.blogspot.com.br/







Fonte: http://equipeish.blogspot.com.br/



As primeiras igrejas a receberem estas novas estratégias de célula de Rene terra nova foram as igrejas de Valnice Milhomens, Igreja nacional do Senhor Jesus Cristo, e a igreja Sara Nossa Terra de Robson Rodovalho. Muitos foram os problemas apresentados e muitas foram os apontamentos de erros teológicos destes movimentos que na verdade tinham outras intenções. Mas de uma coisa ninguém negava, a capacidade de crescimento ou inchaço destas igrejas. Percebe-se uma gradativa forma de trabalho, porém sempre com a mesma essência. Resumindo: Tudo se inicia com o padre Josemaría, em seguida o Pr. Coreano Cho, depois César Castellanos, e no Brasil Rene Terra Nova, Valnice e Robson Rodovalho, até chegarmos num novo nome e numa aparente nova proposta de crescimento, o Apóstolo Abe Huber e consequentemente uma “nova forma” de ser igreja.










Fonte: http://cirozibordi.blogspot.com.br/2014/02/o-evangelho-show-do-mda-do-m12-e-do-g12_10.html



Caso você queira conhecer mais sobre o G12 diretamente dos nossos irmãos Colombianos, veja os vídeos abaixo:





· A manipulação da seita g12 - https://www.youtube.com/watch?v=vvCWz4jvoZs


· Trágico testemunho de um ex g12 - https://www.youtube.com/watch?v=lhdeEurVl8k


· Desmascarando o g12 - https://www.youtube.com/watch?v=wWF-qBMcj_E


· Testemunho de ex lideres do g12 - https://www.youtube.com/watch?v=FQkvX7iArqQ


· A verdade oculta detrás do g12 - https://www.youtube.com/watch?v=_rUKgyTFlik






6. Analisando o M.D.A.






Você que aderiu ao método de crescimento M.D.A. provavelmente está irritado ou duvidoso com algumas afirmações deste artigo. Pode ser que tudo o que lhe foi apresentado ainda não lhe convenceu da armadilha que é o M.D.A. Porém lhe digo, que daqui para frente lhe apresentarei provas que vão lhe convencer.






Tudo se inicia dentro da visão do M.D.A. como um “inocente” “encontro”, algo que “pretende” agir como “apoio” das igrejas, “cooperar” com elas, “entusiasmar” seus membros, “evangelizar” para elas. Conseguindo a “simpatia” de pastores e a adesão dos membros mais proeminentes das várias denominações, o M.D.A. implanta-se, fixa-se, adquire sede, monta esquema definitivo, divulga endereço e telefone, institucionaliza-se. Pronto, a igreja foi fisgada.
















Você Pastor, pare e pense como foi que você conheceu este inovador modelo de evangelismo. Reflita e verás como você caiu no “conto do vigário”






Se você possui a apostila de iniciação do M.D.A. da Igreja da Paz escrita por Abe Huber, quero lhe pedir que esteja com ela em mãos para analisarmos alguns pontos. Caso não tenha, clique aqui para acessa-la. Analisemos alguns pontos desta apostila para entendermos melhor a real intenção da visão M.D.A.






Na página 3, no tópico A IGREJA EM CÉLULAS NA VISÃO DO M.D.A. está escrito:






Todas as maiores igrejas locais do mundo já estão neste novo paradigma promovido pela Segunda Reforma, todas são Igrejas em células. Existem, porém, diversos modelos de Igrejas em Células. O modelo 5x5 é usado pelo Pr. Davi Yonggi Cho [...]. Este modelo organiza cada 5 grupos debaixo de um supervisor e assim por diante. Talvez, mais que qualquer outro homem, Deus tem usado o Pr. David Yonggi Cho para motivar muitas e muitas igrejas, para entrarem na visão de células. [...] Ultimamente muitas igrejas estão implantando um modelo que se chama “G12” (Grupo de discipulado de 12 pessoas) que tem tido um sucesso impressionante na igreja evangélica “missão carismática internacional” de Bogotá, Colômbia. A visão é de que todos sejam líderes, e uma das vantagens deste modelo é que o discipulado tem vínculos mais duradouros (HUBER, 2012)






Você ainda tem dúvidas que o M.D.A. tem um altíssimo grau de parentesco com o “G12”? O próprio Abe Huber afirma isso. E não vá achando que ele pegou só o que era bom e deixou o que não prestava. Ainda chegaremos lá. Por enquanto só quero fundamentar as bases de que assim como o G12 de César Castellanos é uma cópia fiel do G12 e do Opus Dei de José Maria Escrivá, o M.D.A. é uma versão melhorada de todos estes métodos que até agora apresentamos (G12 católico, G12 de César, Células de Cho, e M-12 de Renê Terra Nova).






Ao continuarmos a analisar a apostila, Abe Huber ainda diz:








Um modelo ainda mais recente que tem surgido é o A.D.M. (Apostolio Discipleship Model), que em português é o M.D.A. (Modelo de Discipulado Apostólico). Este modelo prioriza o discipulado um a um e também procura aproveitar as vantagens dos outros modelos. (HUBER, 2012)






Aqui está o diferencial do método e o segredo ao mesmo tempo. O próprio Abe diz que a diferença do M.D.A é a priorização do discipulado um a um e o melhor dos outros métodos (Opus Dei e também o G12 de César Castellanos). Perceba que o foco do M.D.A é que todos sejam líderes (uma forma atraente de chamar as pessoas, para que elas queira fazer parte de algo) Muito semelhante as empresas de marketing multinível. Sempre com palavras que “encham” os olhos das pessoas. É o politicamente ou religiosamente correto. É a mudança da palavra “funcionário” para “colaborador”, de “empregada” para “secretária do lar”, de “mantenedor” para “patrocinador”, enfim, neste modelo não é diferente. Líder aqui não tem nada haver com a liderança bíblica de fazer discípulos, mas é o que encaixa perfeitamente nos moldes da igreja e é o que é religiosamente e atrativamente correto.






Vamos perceber ainda mais a semelhança com as empresas piramidais, quando “sacamos” que em todo M.D.A., ou em toda empresa de marketing multinível, tem-se frases de efeito. O Pr. Abe, sempre usa “isso é só o começo”. Ou no encontro “O encontro foi: tremendo!” Ou em términos de pregações “Que palavra”. Tudo isso são estratégias. Sempre com a ideia de vem algo melhor, e pela curiosidade humana as pessoas ficam esperando. Nos encontros (o que nos aprofundaremos mais tarde) também, a cada ministração, sempre é enfatizado que “só está começando”. O que também nos chama atenção, além da falta de conteúdo teológico para os que já estão engajados neste processo, é que todos os fundadores destes modelos possuem a mesma conversa de que tais métodos vieram por revelação divina. Josemaría Escrivá afirmou isso, assim como Castellanos que diz ter recebido uma revelação que levou cerca de 45 minutos. Algo que está registrado em seu livro: “Sonha, porque os sonhos são a linguagem do meu Espírito. A igreja que tu pastoreias será tão numerosa como as estrelas do céu ou como a areia do mar, que, de tanta gente, não poderá contar” (CASTELLANOS, 1999).






Abe Huber não é diferente, também afirma em seu vídeo que se encontra no site (http://www.visaomda.com/a-visao-mda/) que recebera uma revelação divina. É estranho que muitos homens que apareceram com uma nova visão ou uma nova forma de culto, todos precisaram legitimar suas mentiras com sonhos ou revelações. Pense nisso!






7. As cores do M.D.A.






É nítido para quem já possui um certo contato com a visão mda, o grande uso das cores. Mas não se trata de um uso indiscriminado. É um uso consciente e com propósitos definidos. Seja no logo, no site ou nas festas de celebração, as cores são sempre nítidas nas bandeiras, camisetas e balões. São elas, o vermelho, o azul, o verde e o amarelo. O que é espantoso no uso destas cores pelo M.D.A é a semelhança com os Cursilhos da Cristandade e do G12. Os Cursilhos, sendo caracterizado pelos retiros, algo originado pelo Opus Dei de Escrivá, primavam por cores e pelos encontros espirituais. A cada novo encontro e com a volta dos que lá estiveram, eram realizados festas, ou a festa das cores. Não somente as cores era algo padrão, mas também a canção que era entoada “Decolores”. Veja o que diz o site do movimento Cursilhos de Cristandade de Curitiba (http://www.cursilhocuritiba.com.br)






De Colores é uma canção de origem espanhola, tradicional e de autoria desconhecida, cuja letra contempla as belezas da natureza e da criação. Desde os primeiros Cursilhos, ainda na Espanha, esta música é cantada nos retiros.






Junto com a música temos as cores que expressam o Cursilho.








No M.D.A. encontramos a celebração das cores, assim como nos cursilhos da cristandade.






Veja a semelhança de festas nestes vídeos:





Festa de célula com Abe Huber – veja as cores












Cursilhos da Cristandade – veja as cores





8. A fundamentação teológica do M.D.A.






Sempre que escuto acerca de um novo movimento, ou método ou sistema, minha preocupação é saber quem é a pessoa por detrás, ou quais são as fundamentações que sustentam tal ideia. É como você ver um livro e apesar da beleza deste, você procurar saber quem é o autor, e não somente isto, mas quais são os referencias que legitimam tal obra. A ideia pode ser assemelhada ao cuidado que qualquer um precisa ter ao fazer uma compra na internet; antes de comprar você procura saber se o site é confiável e outras coisas mais. Se formos aplicar estas mesmas regras ao M.D.A. você terá uma grande decepção. Se formos pensar de forma lógica, o correto seria pensar. “Algo tão revolucionário e tão divino, deve ter sido visto ou ensinado pelos pais da igreja, ou pelos grandes nomes da teologia”. Não posso negar a história da igreja quando nos falam de tantos nomes que deram tantas contribuições a teologia. Isto quer dizer que, quem sabe tal método fora ensinado por Tertuliano, Atanásio, Agostinho, ou por Tomás de Aquino, João Wycliff, ou quem sabe Zwínglio, ou Martinho Lutero, John Knox, ou João Calvino, Jacó Armínio, Jonathan Edwards, John Wesley, Charles Spurgeon, Louis Berkhof, F.F. Bruce, Emílio Conde, C.S. Lewis, Francis Schaeffer, John Stott, Augustus Nicodemus Lopes, Caio Fabio, Norman Geisler, Russell Shedd, Wayne Grudem, ou ainda Hernandes dias Lopes, ou Ed Renê Kivitz, Luis Sayão, Jonas Madureira, Hermisten Maia, Paulo Romeiro ou ainda dentro das Assembleias de Deus, Elienai Cabral, Ciro Sanches, Antônio Gilberto, Esequias Soares, Claudionor de Andrade, aprovação de alguma convenção, ou de algum líder de expressão com sensatez. Mas para nossa tristeza, não temos nenhum referencial destes dentro do M.D.A.






Quem são os referenciais então? Você já fez esta pergunta? Para início de conversa de uma olhada para a apostila do Abe Huber no capítulo 7 “discipulando com eficácia – materiais de discipulado”. Veja quais são os referenciais do M.D.A. pelo próprio Abe Huber:






Além destes materiais, é provável que o Espírito Santo lhe dirija a estudar um livro da Bíblia com seu discípulo. As vezes você se sente direcionado por Deus para estudar um bom (ele disse bom) livro evangélico. Livros do Pastor David Yonggi Cho, Kenneth Hagin, Watchman Nee, Benny Hinn e outros autores de confiança. (HUBER, 2012)










Fonte: http://informativo-cristao.blogspot.com.br/







Fonte: http://projeto-mobilizacao.blogspot.com.br/



Kenneth Hagin? Benny Hinn? Você sabe quem são estes? Kenneth Hagin, chamado de “papai” pelos adeptos da confissão positiva é alguém que diz possuir mais poderes do que Jesus para expulsar demônios (ROMEIRO, 1993, p. 31) e que Jesus ao morrer assumiu a natureza de satanás. E quanto ao Benny Hinn? Alguém que levou os membros da igreja a dizerem “Eu sou um deus-homem”, que disse que o Espírito Santo falou a ele que o plano original de Deus era que as mulheres dessem a luz pelos lados, e quando pressionado, admitiu que havia tirado esta besteira da Bíblia de referência anotada Dake, um mentiroso que dizia ter sido curado de gagueira, quando nunca havia sido gago, também falou que Adão foi o primeiro super-homem, pois ele voava para o espaço e podia mergulhar sem perder o folego e que Eva fazia tudo isso também; Este mesmo homem disse, segundo o Jornal Mensageiro da Paz em 1992, que existem nove deuses na Trindade. Estes são os referenciais de Abe Huber? Que Deus tenha misericórdia dos leitores destas aberrações. Para você entender melhor isso lhe convido a conhecer o trabalho do Dr. Paulo Romeiro “Super Crentes”, um livro prefaciado pelo Dr. Russell Shedd e que embasa este paragrafo.






Vá para qualquer livro da mda publicações e você verá. Abaixo estão fotos da bibliografia do livro “Treinamento de líderes de células” escrito pelos “grandes nome” da teologia: Abe Huber e Ivanildo Gomes. E olha que foi somente este que eu encontrei bibliografia. Nos livros Discipulado um a um, e no livro grupo de evangelismo de Rone Feijão não se tem referências. Pelo amor de Deus, como isso?




















































Veja quais são as referências do próximo livro. Será que conhecemos alguém?


Até Parece piada estas referências. Nem vou comentar.






9. Os famosos “Encontro com Deus” na visão M.D.A.








Em qualquer sistema piramidal, ou no Opus Dei de Josemaría, ou nos sistemas G12 de Cesar Castellanos ou no sistema M12 de Renê Terra Nova, tudo precisa acontecer ou existir exatamente como está na apostila elaborada por Abe Huber. A partir de agora iremos ver os processos de introdução do modelo M.D.A. na igreja, segundo o Pr. Abe. Tudo é metodologicamente arquitetado, minuciosamente elaborado, hermeticamente executado. As etapas não podem ser quebradas, um ponto vem atrás do outro, nada é verificado seguindo a individualidade de cada um, mas todos precisam estar encaixados exatamente como manda o “figurino”. Era assim que Jesus trabalhava? Lidou com todos da mesma forma?






Olhando a apostila iremos perceber uma ordem e um objetivo, tudo se converge para “um tal” encontro. Na visão M.D.A. alguém se batiza somente após o famoso encontro. Mas o que é este encontro? O que acontece de tão especial? Qual o valor deste encontro para que somente após este, uma pessoa esta gabaritada para se batizar? Antes de analisarmos o encontro continuemos a verificar na apostila o valor que é dado ao evento.






Ainda na apostila do mda, Abe diz os degraus da escada para o sucesso são cinco e são os seguintes: Ganhar, Consolidar, Edificar, Treinar e Enviar. Aqui mais uma vez vemos a importância dada para tais “encontros”. Encontros que, os que ali adentram são proibidos de contarem o que viram e ouviram. Como uma empresa piramidal, o MDA se vale de métodos engessados para um sucesso avassalador, porém que tem prazo de validade (3 à 5 anos).






O suposto sucesso do Opus Dei (cursilhos da cristandade), G12 e M12 era exatamente os “encontros”. O ponto alto e chave do MDA também é o encontro. Trata-se de retiro de 3 dias com cristãos de várias igrejas e que normalmente acontece após um pré-encontro. Um evento que sublinha o arrependimento, perdão, quebra de maldição, libertação e cura interior e toda “presepada” que você possa imaginar. Pulação, pacto de silêncio, adoração a suposta “arca da aliança”, anotação de pecados, apelo emocional, conversas em língua-estranha, unção do riso, unção com óleo “à rodo” e muito mais. Ali todos, até os pastores se lá estiverem, precisam de libertação. Um pastor que vai a vários encontros destes, já está comprado pelo movimento. Quanto mais encontros, mais envolvido se estará. Depois de catequizado no encontro do MDA, o “adepto” passa a negar a Igreja comunitária tradicional e a vê como: ineficiente, desatualizada, apática e descompromissada coma evangelização.






Este encontro assim como em toda visão celular, seja no G12, o M12 ou no M.D.A, trabalham a proposta, segundo eles, inovadora para alcançar a muitos para o reino de Deus. Uma espécie de um rito de passagem, que acaba vendo todos que ali estão como perdidos e impuros que precisam de limpeza espiritual para o trabalho da grande comissão. Como já dito, mas é importante ser frisado que o “encontro” era uma prática dos Cursilhos da Cristandade de Josemaría Escrivá e também muito usado por César Castellanos no G12, no M12 e agora no MDA, enfim, todos com algumas mudanças, mas com os mesmos métodos e efeitos do G12 do Opus Dei. Efeitos estes que buscam a neutralização da razão e do pensamento, mesmo que é dado grande ênfase em Romanos 12, acerca do culto racional. A simples menção repetidas vezes, acaba gerando no encontrista a sensação de que aquilo é realmente algo racional.






Quem já foi para o encontro sabe que a concentração de intensas informações, palestras, meditações, orações, reflexões individuais e coletivas, reuniões litúrgicas com muitos cânticos “apropriados”, horários rígidos, monitoramento implacável, momentos de emocionalização, “surpresas” de ordem conjugal, declarações “inesperadas” de amor, confissões de pecados, regressões psíquicas, “separações” de cônjuges para auto-avaliação, isolamentos sociais (tudo em curtíssimo tempo), contribuem para a irracionalização, por um lado, e intensíssima emoção, por outro, dando ao participante a sensação de um “antes” ruim, um “durante” angélico”, indescritível, e um “depois” restaurado, maravilhoso. Era exatamente esta a técnica dos cursilhos da cristandade, e de César Castellanos no G12 e também agora usada pelo MDA, entrado como um rolo compressor nas igrejas Assembleias de Deus.






9.1. As técnicas usadas no “Encontro com Deus” na visão M.D.A.






Segundo o Rev. Onézio Figueiredo (2000) é apropriado as técnicas de emocionalização; esta leva ao condicionamento, à submissão passiva; resultando, finalmente, na “lavagem cerebral” ou “reconversão” do “paciente”. Quem cai no “encontro secreto” pode desencontrar-se, e sem perceber, apassivar-se. O cérebro que se habitua a somente receber, perde a capacidade de ação e reação. O emocional, o lúdico, o prazeroso, o apelativo ao imediato, são excelentes “iscas” para atrair e prender os latinos/brasileiros, “quentes” e emotivos por natureza e cultura; muitos, necessitados e abandonados por governos eclesiásticos ditatoriais e ruins. Fica fácil entender como assembleianos de berço, se submetem a tais






Fonte: http://www.hermesfernandes.com/


“cirurgias espirituais” de forma tão passiva. Viviam numa igreja na qual era valorizado mais a severidade de Deus do que Seu amor, numa igreja que estagnou com o tempo, numa igreja que na verdade é um reduto de mau-amados, amargurados e radicais. Caindo num encontro como este, a “libertação” que sempre buscavam, aparentemente está ali. Ambiente que se tem a falsa ideia de soltura das amarras dos usos e costumes, ficam “livres” do ostracismo, e ali podem receber do Espirito Santo, o que sempre buscavam em suas igrejas. Desta forma são facilmente enganados mais uma vez, pois não somente agora estão errados, mas já possuíam uma visão completamente equivocada de Deus e sua forma de agir.






Como uma cópia fajuta do Opus Dei e do G12, Abe Huber tem a preocupação de que tudo seja como ele direciona. Veja o que ele diz em seu livro “Discipulado um a um, crescimento com qualidade” sobre o encontro.






Em menos de 24 horas após sua decisão, começa o cuidado do novo convertido; [...] No decorrer da primeira semana, ele já está na célula e já começa a ser discipulado, envolvido no relacionamento um a um; já está vindo para a reunião; já está sendo preparado para o final de semana que chamamos O Encontro com Deus, nos moldes da visão do MDA. (HUBER, 2012, p. 74).






Este encontro do M.D.A. é caracterizado pelo alto grau de espiritismo, mistura de psicologia, psicanalise e terapia de vida passada (espiritismo), técnicas psicoterápicas, budismo, seixo-no-ie, técnica de marketing e de auto-sugestão. Quando se entra é proibido a comunicação entre os presentes e também não se pode falar o que aconteceu lá dentro. Você consegue enxergar algo de Deus em algo tão obscuro? “Porque todos vós sois filhos da luz e filhos do dia; nós não somos da noite nem das trevas.”1 Tessalonicenses 5:5.






O encontro é um lugar na qual o Espírito Santo é completamente banalizado e um lugar que cantam sempre os mesmos hinos. Quanto a proibição da fala, dizem que na verdade é para que o encontrista escute somente a voz de Deus. Mas com um pouco de reflexão logo iremos perceber o que na verdade está por detrás. Quando muitos chegam ali, no primeiro dia já desejam ir embora, logo no início já percebe-se erros e equívocos, porém por não poder conversar com um companheiro, nunca se sabe se ele está gostando ou não, portanto todos acabam se submetendo a todo o processo. O budismo possui uma técnica parecida que a chamam de nobre silencio, para esvaziar o corpo. Os crentes precisam parar de serem estúpidos ao pensarem que algo aparentemente tão bom é algo perigoso. E quando uma seita irá falar que o que acontece ali é perigoso? Quando uma heresia se mostra como errada? Desculpe-me, mas é “burrice” pensar assim.






Algo muito importante a ser dito é que sem música os organizadores teriam dificuldade de fazer o evento. A música tem um papel importantíssimo no encontro. Sabemos o quanto a música influencia em nossas emoções: Musicoterapia. Ali em momentos estratégicos, após ignorantes ministrações, apagam-se as luzes e com uma música apropriada e ligada ao tema da ministração as emoções vão “a mil”. Quanto mais descompensada é pessoa, mais está será influenciada: gritam, urram: Os maiores problemas do ser humano se afloram, evidenciando com a estrutura deste trabalho é hipnótica.






Além de todo “apetrecho” utilizado, algo muito comum nestes encontros são os jargões utilizados. Desde o “vire para seu irmão e diga” até o “só está começando” ou “isso é só o começo”, tudo como forma de inculcar as supostas benesses do evento. O jargão mais enfatizado nesses encontros, conta com a participação do dirigente (animador de torcida) e dos encontristas (ovelhas que vão ao matadouro). Ele diz: O encontro foi? E as tietes pentecostalizadas respondem: TREMENDO! Os encontristas também são orientandos a terem uma única resposta, quando lhes forem perguntados sobre o evento: Foi tremendo. (na verdade foi uma tremenda enganação).






Abaixo a chegada na igreja Batista Shalon, de um "Encontro com deus" em Abril de 2013









Futuramente postarei mais coisas sobre o que acontece no encontro. Por enquanto não gastarei mais tempo refutando. Mas gostaria que você refletisse a partir do acabou de ler e tire suas conclusões em Cristo Jesus. Quanto a mim, faço uso das palavras de Martinho Lutero caso você ache que eu estou equivocado.






A menos que vocês provem para mim pela Escritura e pela razão que eu estou enganado, eu não posso e não me retratarei. Minha consciência é cativa à Palavra de Deus. Ir contra a minha consciência não é nem correto nem seguro. Aqui permaneço eu. Não há nada mais que eu possa fazer. Que Deus me ajude. Amém. (MARTINHO LUTERO)


10. Discipulado um a um, o que está por detrás desta aparente verdade Bíblica de cobertura espiritual.






Até quando, ó simples, amareis a simplicidade? E vós escarnecedores, desejareis o escárnio? E vós insensatos, odiareis o conhecimento? Provérbios 1:22






Algo muito enfatizado na visão M.D.A., além do que já foi apresentado, é a questão da liderança que todos precisam se submeter. É dever de cada um ter uma cobertura espiritual. Utilizam-se de textos Bíblicos descolados e fora do contexto que aparentemente dão a ideia de que realmente isso é algo benéfico e divino. Porém na verdade esta cobertura tem uma outra finalidade: um direcionamento passivo para cada membro, uma vez que você não poderá ir contra sua liderança.






Afirmam-se como uma nova “face” da igreja. Levando a ideia de que qualquer um pode exercer liderança espiritual, ou ser um líder. Cuidado com isso. Jesus deixou pessoas especificas para cuidar da igreja. Deus levantou pastores, homens capacitados para cuidar do povo. Deus nunca deixou o cuidado da igreja, na mão da igreja, mas dos apóstolos especificamente escolhidos. Jesus nunca deixou o cuidado eclesiástico na mão do povo, mas de seus discípulos.






Olha o que acontece quando pega-se o ministério e coloca na mão do povo. Este é um dos trabalhos da igreja da paz de Santarem, igreja que era pastoreada pelo Pr. Abe Huber:








Em sua apostila Abe Huber diz: “...ninguém pode abusar da autoridade a ele conferida”. Se referindo ao líder e a obediência passiva que o discípulo precisa ter, na verdade ele está fechando um cerco. Este elo, ou esta ligação submissa, faz com que automaticamente todos estejam envolvidos de uma forma cega e sem reflexão. Mesmo que seu discipulador seja um menino na fé, ou leigo, você no máximo poderá ir ao discipulador do seu discipulador, mas nunca quebrar a corrente montada. Basta o do topo falar e todos irão obedecer. E não ache que no topo está você Pastor, porque na verdade quem manda neste caso é a cúpula do MDA.






Vamos encontrar este método de elo, em Josemaría Escrivá o criador da Opus Dei. Em 1939 ele publicou um livro chamado “caminho”. Este livro revelava o projeto espiritual de Josemaría e do Opus Dei. Falava de caráter, oração e tática, sem se esquecerem da privacidade quase que absoluta do grupo e do que ali faziam. Um livro com 999 sentenças ou pontos de reflexão. Veja alguns:


941 – Obediência um caminho seguro. Obedecer cegamente o superior é caminho de santidade.

643 – Não exiba facilmente a intimidade do seu apostolado. Não ves que o mundo esta cheio de incompreensões egoístas? (ESCRIVÁ)






Ou seja, uma das técnicas deste Padre é criar um ambiente seguro, sem reflexões, muito sigilo, e acima de tudo, uma forma de blindar os líderes maiores de falarem exatamente o que é aquilo. Tudo a partir de uma explicação aparentemente coerente. Jesus não veio apresentar algo que deveria ser obscuro. Ele é a luz do mundo. Claridade em tudo, sempre foi o objetivo de Jesus. Lc 8.17.






Vamos verificar um pouco mais o que a apostila do centro de treinamento de líderes de Abe diz sobre discipulado:






As vezes, acontece que um irmão mais antigo na fé de repente se encontra debaixo da cobertura espiritual (na hierarquia da Célula) de alguém bem menos experimentado, ou que até conhece menos da Palavra de Deus. E aí? Normalmente a vontade de Deus é que este irmão (que é mais experimentado, etc) se humilhe debaixo da soberania de Deus e seja discipulado pelo irmão menos experiente. Deus vai usar estes momentos para tratar profundamente com o ego de todos os dois, e ajuda-los a crescerem ainda mais. Lembre-se: Discipulador não é discípulo que escolhe. É Deus! (HUBER, 2012)






Em outras palavras, você não tem o “direito” de escolher o seu discipulador. E precisará se submeter a pessoas néscias e que não possuem bagagem nem maturidade Cristã. Agora eu pergunto. Qual a base bíblica para isso? Você viu Timóteo discipulando a Paulo, ou João Marcos discipulando a Pedro? Você não percebe que tem algo por detrás disto?






Aqui esta uma imposição clara. Toda organização sabe que para crescer e se alastrar precisa do comprometimento de seus adeptos. Aqui não é diferente. Nosso irmãos mais velhos, tem sido coagidos dentro da igreja e são chamados de insubmissos e orgulhos, por não se submeterem ao discipulado de neófitos da fé. As vezes pessoas que possuem pouquíssimo tempo de crente estão discipulando anciãos na igreja. Não é isso que vemos biblicamente. Olhe o caso dos anciãos, ou presbíteros que eram colocados na igreja, eram pessoas idôneas e experientes. Diferentemente no caso do chamado Pastoral. A exemplo disto temos Timóteo, que solteiro pastoreou a igreja em Éfeso, porém fora advertido a saber trabalhar com os presbíteros.






A Bíblia aqui é usada como pretexto. Imagine o que será da igreja daqui a uns anos quando as pessoas idôneas ao invés de instruir as que vão chegando, agora são os néscios que discipulam os mais velhos. E mais, Abe ainda diz... “O importante é lembrar que nada serve de desculpa para você não se submeter alegremente ao discipulador que Deus na Sua sabedoria colocou sobre você.”






Biblicamente vamos ver a importância do estudo para o exercício do ministério. Jesus se preparou 30 anos para exercer um ministério de 3, Moisés se preparou 80 anos para exercer um ministério de 40, Paulo também se preparou muito tempo para ir ao campo, assim como muitos outros. Em nossas igrejas, uma pessoa passava um bom tempo se preparando para exercer um ministério ou para ensinar. Paulo sempre condenou a falta de preparo. Mas na visão M.D.A. com a prerrogativa que todos podem ser líderes, muitos tem ocupado de liderança espiritual (pastorado – pastorear é exercer liderança espiritual) sem serem chamadas ou sem serem preparadas. Se você que está lendo isto diz, mas o Pastor está observando, então você é mais “inocente” do que imaginas. Quando isto toma proporções maiores, não existe controle. E o resultado é palhaçada, invencionices, e crentes machucados.






Na visão, o importante para exercer uma liderança espiritual sobre outro, não é sua índole, ou seu chamado, basta ser obediente ao seu superior. Meu irmão isso é doutrina do Hare Krishna. Observe Atos 6.3 “Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais constituamos sobre este importante negócio.” Veja a necessidade de se ter pessoas preparadas e veja que aqui não existe imposição. Não estou falando de chamado para salvação, mas para o ministério. Se não fizermos algo, II Tm 3.6 continuará se cumprindo em nossos dias: “São esses os que se introduzem pelas casas e conquistam mulheres instáveis sobrecarregadas de pecados, as quais se deixam levar por toda espécie de desejos”.






Na visão do M.D.A. cada cristão deve estar sendo e fazendo discípulos (a ideia Bíblica é outra, já falaremos), participar de uma célula, abraçar a visão da igreja local, buscar a unidade da igreja mundial e colocar em primeiro lugar o reino de Deus. Você praticamente é obrigado a tudo. E aqui percebemos a obrigatoriedade da visão e no final o “buscar o reino de Deus”. Acontece com o M.D.A. a mesma coisa que acontece com o sistema de pirâmide. O povo é atraído pelo dinheiro, pela vontade de ficar rico. Agora siga esta mesma dinâmica na igreja. O que mais um pastor quer? Ele quer crescimento na sua igreja. É por isso que o M.D.A. tem entrado, porque ele inicia não com as ovelhas, mas com os Pastores. Pela “ganancia” em ver o crescimento e o fruto do seu trabalho, os pastores tem entrado de cabeça neste sistema. De uma olhada neste quadro abaixo da apostila.










Fonte: http://dc380.4shared.com/doc/wAgyQ5xa/preview.html











É nítido que o sistema todo se resume a regras e formulas, como se o reino de Deus fosse uma formula mágica. Sendo assim o êxito ou a conversão não está mais no Espirito Santo, mas no seguir rigorosamente as regras do modelo MDA. Como: cumpra isso e tenha resultados. O contrário também se aplica ao modelo. Quando não se vê os resultados, achamos que o problema está na fórmula ou no líder. O Pastor Ciro Sanches Zibordi em seu blog disse:






Jesus sempre prezou a liberdade do ser humano. Vemos isso claramente na parábola do semeador (Mt 13). Este saiu a semear, e uma parte da semente caiu à beira do caminho, outra, entre os espinhos, outra, entre os pedregais, e outra, em boa terra. Apenas 1/4 — ou 25% — do que foi semeado prosperou (v. 8). Ou seja, digamos que dentre 400 pessoas que receberam a Palavra do Senhor, durante algum tempo, apenas 100 delas permaneceram firmes, obedientes à sã doutrina. Mas veja que interessante. Jesus não disse que o semeador é o culpado pelos 3/4 que não produziram. Ele não afirmou, por assim dizer, que a maioria se desviou por falta de discipulado! Na verdade, o Mestre deixou claro que a nós, pregadores do Evangelho, cabe pregar e ensinar a verdade, e as pessoas que nos ouvem são responsáveis diante de Deus, uma vez que já receberam a “boa semente” (Mt 13.18-23). http://cirozibordi.blogspot.com.br/2014/02/o-discipulo-de-cristo-e-o-discipulado.html






Quer ainda ver coisas mais absurdas? Deus nos obriga a alguma coisa? A bíblia sempre primou pela liberdade e sempre pregou a liberdade e o livre arbítrio. Porém na visão M.D.A. as pessoas não são livres para escolherem seus líderes. Veja.






Fonte: http://dc380.4shared.com/doc/wAgyQ5xa/preview.html







Percebes a maquinação por detrás? A aparente bondade e mansidão primária se transformam num jogo de imposição ditatorial.






Mas ainda tem mais. Você verá nesta mesma apostila do Pastor Abe Huber ele colocando no lixo, todo investimento que as igrejas fizeram até hoje com relação ao cuidado pastoral e no treinamento de novos líderes.










Fonte: http://dc380.4shared.com/doc/wAgyQ5xa/preview.html



































Aqui ele faz afirmações ainda mais fortes. Segundo a pesquisa do Dr. Carl, porém com aprovação ou simpatização dele (pois tal pesquisa se encontra em sua apostila). Ele afirma que NENHUM líder foi produzido pelos púlpitos em reuniões públicas de ensino ou pregação. Ele está dizendo que nenhum líder até hoje das igrejas tradicionais ou pentecostais fora produzido por Escolas Bíblicas, Simpósios, Palestras, Cultos, etc. Percebeu? E nossos seminários teológicos? Seminários como IBAD, que existe a mais de meio século, ou escolas como EETAD, SETAD, IBADERJ, FAETAD, ou ainda instituições de outras denominações que trabalham o ensino teológico. Nenhum tem valor? Ainda diz que NENHUM líder foi produzido pelas Escolas Dominicais que até hoje funcionam em nossas igrejas. Você entendeu isso? Concorda? A EBD não gerou frutos? “Robert Kalley deve ter se mexido no túmulo”.






12. Cobertura Espiritual e confissão de pecados, a Verdade Bíblica.






Se você chegou até aqui, acredito que você terá a coragem de ver até o final. Veremos o que a Bíblia fala sobre cobertura espiritual.






Paulo mostra que a relação dele era com Jesus. Não foi com um apostolo, não teve um discipulador, o que teve foi uma orientação por Barnabé. Sobre os detalhes desta orientação a Bíblia se cala, evidenciando assim a falta de interesse da Bíblia pelo assunto. A relação de Barnabé com Saulo é a relação que a Bíblia nos orienta quanto aos que vão chegando para caminhar na fé conosco, orienta-los como bebes recém-nascidos e com o passar dos dias ir dando alimento mais sólido. Não vejo Jesus dizendo para João discipular Pedro, ou para Tomé discipular Judas, ou para Tiago discipular Bartolomeu. Nada de confessionário pessoal ou particular. Se fossemos seguir a risca o que Abe Huber fala quanto a proibição de nos separarmos do discipulador, como explicaríamos o fato de que Paulo discordou de Barnabé a acabaram se separando?






A Bíblia diz, “eis que vos envio como ovelhas para o meio dos lobos”. Não diz nada sobre cobertura espiritual. O evangelho é nossa cobertura. Fico me perguntando nesta visão do M.D.A. como um crente em Jesus que mora sozinho num lugar longínquo faria? Ele estaria sem cobertura espiritual? Estaria ele sem a benção divina? Pelo amor de Deus. Jesus é nosso mediador. Ele é nosso acesso a Deus, e não um discipulador.






12.1. Confissão de pecados segundo a Bíblia












O Pr. Abe Huber usa o texto de Tiago 5.16 para fazer suas afirmações sobre a necessidade de cada um ter um discipulador para que cada discípulo possa se confessar. E ainda possuem um jargão: Quem confessa tentação, não confessa pecado! Meu Deus! Para estes, tenho um texto para meditação.






“Mas agora, conhecendo a Deus, ou melhor, sendo por ele conhecidos, como é que estão voltando àqueles mesmos princípios elementares, fracos e sem poder? Querem ser escravizados por eles outra vez?” Gálatas 4:9.






Percebe-se a tamanha falta de compreensão bíblica, hermenêutica e exegética, o esticamente e forçação “de barra” num texto que não quer dizer nada disto. O Pr. Abe tira completamente o texto do contexto e aplica de forma forçada ao que lhe convém. Para nossa compreensão vamos para o que o Dr. Douglas J. Moo, professor de Novo Testamento na Trinty Evangelical Divinity Scholl, diz quando faz seu comentário de Tiago. Ele diz que acima de tudo precisamos analisar todo o contexto e que o versículo 16 aqui referido trata-se de uma resposta a promessa de Deus de responder a oração. Para isso é preciso confessar uns aos outros. Tiago está dizendo que a mútua confissão de pecados incentiva a prática habitual e é benéfica para a vitalidade espiritual da igreja.






Mas, de que pecados estamos falando? Que o irmão olhou para a mulher do outro? Que o jovem tem a prática da masturbação? Que o discípulo desejou a mulher do discipulador? Que a irmã tem sonhos eróticos? Que a pessoa tem desejos de morte? Imagine o que não será de uma igreja, onde tais pecados são trabalhados deforma tão leviana por discipuladores inexperientes e místicos. Imagine que uma vez que este ciclo é iniciado dificilmente volta atrás, pois ninguém desejará se desvincular de seu líder, pois este conhece todos os seus “podres”; Pronto! Todos caíram na rede. Este ambiente é mais do que propício para estratagema do mal, leviandade, lascívia, maquinação de pensamentos eróticos, borbulhação de homossexualismo, etc. Então, de que pecados Tiago fala?






Os versículos anteriores deixam claro de que pecados se tratam. Tiago está falando dos pecados que podem ter causado a doença que levou ao chamamento do presbítero. Apesar de alguns trabalharem ou acreditar que tal cura venha de questões espirituais, quando vemos no texto original, a palavra cura “iaomai” consistentemente é aplicada para aflições físicas. Trabalhando aspectos psicológicos, não podemos negar que muitas pessoas acabam sofrendo no físico, aquilo que é uma doença na sua alma. Muitos por problemas de discórdias, amargura, ou brigas, acabam desenvolvendo doenças, como resultado da falta de comunhão e de acerto entre os irmãos. Aqui é como se fosse uma roda familiar ou numa terapia de grupo, na qual por muito tempo as pessoas não se conversam ou desenvolveram problemas psicossomáticos por pecados e práticas erradas, e ali começam a colocarem os pingos nos “is”; ou seja, abrindo os corações para que pela exposição de seus erros, haja paz e cura de sua enfermidade física, que na verdade tem como causa seus erros.






Portanto, uma vez que o propósito da confissão e oração é a cura física, é melhor entender a confissão como estando a envolver quaisquer pecados que possam colocar obstáculo à cura, e as orações como sendo especificamente em favor da cura das aflições corporais. Com tal explicação do texto, fica claro que o “discipulado um a um” de Abe Huber, fere completamente a essência do texto e sua aplicação. Ei irmão, só uma lembrança: O véu do templo já se rasgou!






Nas páginas 114 e 115 do referido livro do Pr. Abe Huber ele diz:






Poderia usar o exemplo de pessoas que tem o hábito de falar mal dos outros. Elas prometem a Deus não falar mais assim mas numa oportunidade em que têm que escolher entre ficarem quietas ou falar dos outros, acabam ressurgindo o pecado. Ou então, o exemplo de quem tem dificuldades com os olhos. Ele chega a casa e todos já estão dormindo. Então ele liga a televisão ou entra na Internet para ver as notícias, mas numa propaganda, vê uma mulher bonita, com apelo para a sensualidade. Ao invés de mudar de canal ou sair daquele site, ele fica olhando. Ele bebe uma pouco daquela fonte de impureza, o que gera em seu espírito a sensação desagradável do pecado. Ele se arrepende e pede perdão a Deus. E Deus o perdoa, conforme nos é dito em I João 1.19. Passa algum tempo e este fato acontece de novo. Mas agora ele fica um pouco mais olhando aquilo e, talvez segue olhando o filme que vem depois, como mais cenas de sensualidade. Ele bebe mais um pouco daquela mesma fonte. Novamente vai e pede perdão a Deus por ter deixado que, pelos seus olhos, entrasse a impureza. Deus perdoa novamente. O problema é que isto poderá piorar para pecados que geram consequências cada vez mais graves. Se este homem cometer mil vezes o mesmo pecado e mil vezes pedir perdão a Deus, o Senhor o irá perdoar, por causa do sangue de Cristo e de sua palavra, [...]. Mas Deus não quer que isto continue assim. (HUBER, 2012)






Esta exposição esboça a podridão e o ciclo vicioso que estão em nossas igrejas. Um maior problema é acreditar que tudo isso será resolvido quando eu me confessar à alguém. Meus queridos, a transformação e cura vem pela Palavra. Muitas igrejas tem pregado tradição, dogmas, usos e costumes, um besteirol sem limites e não tem visto resultado e depois acredita que isto será a salvação de todos os crentes; pelo amor de Deus! Prega a palavra pura e simples e você verá a transformação que cada um buscará em Deus. Veja só a incoerência e o cúmulo da hipocrisia: Numa igreja, se o Pastor ouvir a confissão de um crente que ele “pulou a cerca”, ou que se masturbou ou coisa do gênero, automaticamente já coloca a pessoa em disciplina, leva o caso para a reunião, expõe para a igreja e assim por diante (o que não concordo). No discipulado “um a um”, quando alguém confessa (e não serão poucos os pecados), tudo fica como está, o tratamento é outro. Parece até uma piada.






Não acredito que a primeira ou a segunda forma estejam corretas. Acredito que a Palavra purifica, molda, transforma e exorta. A transformação acontece de dentro para fora e não ao contrário. Tudo isso é a demonstração fiel de como muitos Pastores estão equivocados e pregando um evangelho particular e baseado na sua forma mesquinha de analisar a Bíblia e o evangelho. A Bíblia nos informa que a forma de sermos curados é seguirmos os passos de Jesus, ou fazermos o que ele fez, andarmos pisando em suas pisadas. “E pelas suas pisadoras fomos sarados” Isaías 53:5. Outro caso a se pensar é a grande ênfase de pecados de ordem sexual. Todo líder espera ouvir problemas sexuais e até forçam seus discípulos a confessarem isto. O que mais é falado nos livros do M.D.A. no diz respeito a confissão são questões eróticas e sexuais. Isto revela a pobreza intelectual, teológica e do evangelho que estes homens possuem. Na verdade o que mais lhes afligem são tais problemas, eles provavelmente vivem com esta “maquinação”. Ainda não foram libertos por Jesus e vivem se confessando uns aos outros. Isto é macabro e insuportável para um ser humano. “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”.






Outro texto que usam para fundamentar o carro chefe do M.D.A. (o discipulado um a um) é versículo que está em Mateus 28.19 “Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo”. Aqui se agarram na certeza de que tal texto sublima a ideia do discipulado como estipularam. Você não percebe que assim como qualquer movimento repetido na história, todos precisam de um diferencial atrativo e que pareça bíblico?






De acordo com o Professor R. V. G. Tasker, no texto de Mateus 28.19 a palavra discípulo no grego é “matheteuo”. É encontrada também em Mateus 27.57. “E, vinda já a tarde, chegou um homem rico, de Arimatéia, por nome José, que também era discípulo de Jesus”. A tradução do discípulo nestes textos é “aprendiz de”. Quando Jesus nos manda ir (ide) e fazei discípulos, precisamos entender que: 1. O “ide” está no gerúndio, ou seja, “indo”; é um ato continuado. 2. Fazer discípulos a quem? Os discípulos são de Jesus. Somente pregamos, instruímos e fazemos discípulos de Jesus ou para Jesus. Não se trata do que tão comumente ouvimos no M.D.A.: O discipulador diz “meu discípulo” ou o discípulo diz “meu discipulador”. Como se ser discípulo é ser de uma pessoa que a mim fora imposta por um superior. Meu Deus! Fazer discípulos, é sair de nosso comodismo e anunciar o evangelho nos bairros, nas casas, na internet, nas cidades, é fazer menos shows e ter mais amizades e comunhão para ministrarmos, é não estarmos engessados com lugares, mas abraçar a todos em qualquer lugar, é fazer menos prédios e termos mais companheirismo, é dar o exemplo de como amamos a Jesus através de nossos atos, é priorizamos as pessoas como são, ao invés de priorizarmos prédios e angariação de fundos para benefícios denominacionais, fazer discípulo é amar ao próximo, é liberta-lo da culpa do pecado pela cruz, fazer discípulos é servir, é enviar outros, é fazer menos festas e darmos mais instruções a cada um em sua profissão, para que o padeiro seja um professor do evangelho, que o médico seja um pacificador, para que a criança seja um profeta da salvação, que a professora seja uma evangelizadora, para que o operário seja um apascentador. Enfim, como Jesus fez, como Paulo fez, como os apóstolos fizeram. Esta é nossa missão, este é nosso chamado: amar, libertar, servir e ir onde se fazer necessário: Isto é fazer discípulo, isto é ser IGREJA, e não este reduto pregado pelo Abe Huber, esta bolha exclusiva de proliferação de doenças na alma do “discipulado um a um” do M.D.A. Minha oração é que você se liberte em nome de Jesus.






13. Conclusão






Creio que o trabalho em células pode ser feito com eficácia e com conteúdo bíblico, porém acredito que cada igreja poderá desenvolver a melhor forma de trabalho, baseado nas afirmações Bíblicas. Mas caso você queira insistir com a visão M.D.A. veja o futuro da sua igreja abaixo. Todas estas fotos são igrejas que possuem a visão.







https://www.youtube.com/watch?v=eNKC9ao3yw4


















Fonte: http://igshalon.com




14. Referências






Bíblia Sagrada






BORCHET, Otto. O Jesus Histórico. Ed. Vida Nova, 1985






CASTELLANOS, César. Sonha e ganharás o mundo. São Paulo. Palavra da Fé,1999.






FEIJÃO, Rone. Grupo de evangelismo: A plataforma para o crescimento da igreja. Fortaleza: Mda Publicações, 2012. 128 p.






FERREIRA, Franklin; MYATT, Alan. Teologia Sistematica: uma análise histórica, bíblica e apologética para o contexto atual. São Paulo: Vida Nova, 2007. 1218 p.






FRANÇA, Cami. G12: Conheça e saiba o que é este controverso modelo de igrejas evangélicas. 2011. Disponível em: . Acesso em: 08 ago. 2014.






GOMES, Adílio S.. Rompimento entre Terra Nova e Castellanos. 2011. Disponível em: . Acesso em: 08 ago. 2014.






GRUDEN, Wayne. Teologia Sistemática. Ed. Vida Nova, 1999






HUBER, Abe. A importância da igreja local na visão do mda: um pouco da gênese do mda. 2013. Disponível em: . Acesso em: 08 ago. 2014.






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Vídeos






Visão celular_A verdadeira origem_Do Opus Dei ao M.D.A: https://www.youtube.com/watch?v=XAynb-ZGFgw






Festa das células mda - igreja da paz - fortaleza: https://www.youtube.com/watch?v=KmhzPVu9mrE






Eternos radicais: https://www.youtube.com/watch?v=eNKC9ao3yw4






Tràgico Testimonio de Ex G12 Ambar Diaz: https://www.youtube.com/watch?v=lhdeEurVl8k






Vídeo de chegada dos encontristas: https://www.facebook.com/photo.php?v=583109611800332






Testimonio de Ex lideres G12: https://www.youtube.com/watch?v=FQkvX7iArqQ






Teatro do 3º Encontro com Deus da rede Piedade e Paixão: https://www.youtube.com/watch?v=fhwryCWaRVA






La Manipulación de la secta G12: https://www.youtube.com/watch?v=vvCWz4jvoZs






Desenmascarando al G12: https://www.youtube.com/watch?v=wWF-qBMcj_E






Cursilhos de Cristandade: 50 anos em Portugal: https://www.youtube.com/watch?v=BtRgxljgo4M






La verdad oculta detras del g12: https://www.youtube.com/watch?v=_rUKgyTFlik






Pr. Abe Huber fala sobre os 15 anos da Visão MDA: https://www.youtube.com/watch?v=zVSv3wJ7DME&feature=youtu.be






Encontro face a face com Deus para Homens na Shalon Paranavaí: https://www.youtube.com/watch?v=z8m0KRXwecc






Eternos radicais igreja da paz santarem: https://www.youtube.com/watch?v=FBdh3wKyWrs










Autor: Em Breve.

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