Projeto242Japão
Projeto242Japão Sem fins lucrativos objetivo divulgar a palavra do nosso Senhor Jesus Cristo.
2015/08/14
CUIDADO com os Ensinos de: JOYCE MEYER
Joyce Meyer ficou muito popular através dos vários livros que escreveu e por suas pregações sobre Teologia da Fé/Prosperidade, a qual como a maioria dos seus mestres, tem transformado o sangue de Cristo em um líquido viscoso e dourado e este, por sua vez, é cunhado em barras de ouro para enriquecer os pregadores e embalar em sonhos dourados os que acreditam nessa teologia.
Infelizmente, nem tudo que reluz é ouro... Conforme o provérbio popular, e os ensinos de Joyce Meyer contêm algumas heresias embutidas e disso vamos dar alguns exemplos, antes de delinear a vida faustosa que essa “mulher de Deus” tem usufruído graças aos ensinos que agradam os ouvintes e lhe rendem altos dividendos.
Joyce Meyer, como Copeland e Haggin, não crê que Jesus tenha efetuado na cruz a completa reparação dos nossos pecados, conforme a Bíblia ensina. Ela acredita e ensina que Jesus precisou ir ao inferno e ser ali atormentado durante três dias, a fim de completar a reparação dos pecados da humanidade:
“Durante o tempo em que Ele permaneceu no inferno, o lugar para onde você e eu deveríamos ir, por causa dos nossos pecados... Ele ali pagou o preço... Nenhum plano seria extremo demais... Jesus pagou na cruz e no inferno... Deus levantou do Seu trono e disse aos poderes demoníacos que atormentavam o Seu Filho impecável: ‘Deixem-no ir’. Foi então que o poder da ressurreição do Deus Todo Poderoso entrou no inferno e encheu Jesus... E ressuscitou dos mortos o primeiro homem nascido de novo.” (“The Most Important Decision You Will Ever Make: A Complete And Thorough Understanding of What It Means To Be Born Again”, 1991, páginas 35-36 do original de Joyce Meyer).
Joyce continua: “Não existe esperança alguma para ir ao céu, a não ser que se acredite de todo o coração nesta verdade... Que Jesus tomou o nosso lugar. Ele se tornou o nosso substituto e sofreu todo o castigo por nós merecido. Ele carregou todos os nossos pecados. Ele pagou o débito... Jesus foi ao inferno em nosso lugar. Ele morreu por nós” (p. 45 do mesmo livro)
Joyce Meyer declara ostensivamente que não existe esperança alguma para se chegar ao céu, a não ser que se acredite nesta “verdade” que ela está ensinando, ou seja, que Jesus desceu ao inferno, sofreu nas mãos dos demônios e ali nasceu de novo. Isso é pura heresia. Mas vejamos outra heresia contida em sua obra. Joyce se considera impecável, conforme podemos escutar em sua fita de áudio intitulada: “What Happened from the Cross to the Throne?"
"... Eu não deixei de pecar, até que finalmente entrou em minha cabeça dura que eu já não sou uma pecadora... Ora, a Bíblia diz que sou justa e não posso ser justa e pecadora ao mesmo tempo. Tudo que me ensinaram a dizer foi: ‘Sou uma pobre e miserável pecadora’. Ora, eu não sou pobre, nem miserável pecadora. Isso é uma mentira das profundezas do inferno. Isso é o que eu era, antes de nascer de novo, e se continuo sendo isso, então Jesus morreu em vão”.
Contudo, a Bíblia ensina na 1 João 1:8: “Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós”. Quem está mentindo: O Apóstolo João ou Joyce Meyer?
Como todo pregador de heresias, Joyce admite que recebe parte dos seus ensinos dos próprios anjos. Para ela e outros visionários a Palavra de Deus não é suficiente...
“Ora, os espíritos não têm corpos e, portanto, não podemos vê-los. Mas eu creio que existem vários anjos aqui, esta manhã, pregando para mim. Creio exatamente que, antes de fazer qualquer declaração, eles se inclinam para mim e me dizem ao ouvido o que eu devo transmitir a vocês” (“Witchcraft and Related Spirits - Fita de Áudio, Parte 1, 2A-27).
Como todo pregador de teologia ao gosto do ouvinte, Joyce Meyer tem uma legião de seguidores e na entrevista abaixo veremos a quanto chegam o seu prestígio e sua fortuna. Eis uma reportagem completa feita pelos repórteres americanos Carolyn Tuft e Bill Smith sobre a vida e riqueza dessa importante figura dos meios carismáticos, a qual, aos 60 anos de idade, ostenta uma fortuna milionária como somente os pregadores da fé/prosperidade conseguem acumular. Têm a palavra os dois repórteres supracitados.
Joyce Meyer garante que tudo que ela possui veio diretamente dEle. Uma empresa internacional com capital de US$10 milhões; um Sedan Mercedes Benz cinza prata de US$107 mil (do seu marido); uma casa residencial de U$2 milhões e outras casas, (dos pais e dos 4 filhos) cada uma avaliada no mesmo preço, tudo isso, segundo ela diz, constitui-se em bênçãos vindas diretamente das mãos de Deus. [N.T - Ou como está claro, dos bolsos dos iludidos pelo desejo de enriquecer facilmente, seguindo a sua teologia]. Ela diz que tem sido uma carreira admirável, nada sem um milagre acoplado e sem um contador que dirige um dos maiores ministérios televisivos do mundo. Seu ministério espera arrecadar este ano nada menos de US$95 milhões.
“Olhem ao redor”, ela disse aos repórteres no mês passado, sentada atrás de sua escrivaninha, no 3º. andar do edifício de escritórios do seu ministério, no Condado de Jefferson. “Aqui estou eu, uma ex-dona de casa de Fenton, com uma educação do segundo grau... Como poderia alguém olhar para isso e ver outra coisa que não fosse de Deus?”
Em muitos aspectos, Joyce Meyer é uma Cinderela americana.
Descrevendo-se como tendo sido sexualmente abusada, negligenciada e abandonada quando era uma jovem esposa [no primeiro casamento], Meyer se transformou numa das mais famosas e bem remuneradas pregadoras da nação americana. Ela obteve sua “prosperidade” por meio da “fé”, que prega a milhões de pessoas. “Se você permanecer firme em sua fé, vai receber o pagamento... Eu agora estou vivendo na retribuição”, disse Meyer a uma audiência em Detroit...
Aos 60 aos de idade, Meyer é uma avó, dirige o ministério junto com o marido Dave e os quatro filhos, com as respectivas esposas. Todos da família, inclusive as noras, recebem salários do ministério.
Mas, a maneira pela qual Meyer gasta o dinheiro do ministério com ela e a família pode estar violando uma lei federal, dizem os peritos em leis sobre impostos e taxas. Essas leis condenam os líderes dos grupos religiosos e outros grupos beneficentes que usam o dinheiro arrecadado para benefício próprio, aproveitando a isenção de impostos.
Wal Watchers, um dos grupos observadores, entre os que monitoram as finanças dos grandes grupos cristãos, foi convidado pelo International Revenue Service (IRS) para investigar Meyer e mais seis pregadores da TV, a fim de verificar se o seu status de isentos de impostos deve ser revogado.
Meyer e o seu advogado afirmam que ela está cumprindo escrupulosamente as leis federais. Conforme a revista Christian Life, Meyer é a mulher mais popular da América. No ano passado, ela foi a preletora principal da Christian Coalition’s Road Victory, um ajuntamento de alguns dos mais influentes líderes da política conservadora. Hoje em dia, os seus shows na TV, suas conferências regionais e arrecadação de fundos através do seu website, rendem em média U$8 milhões mensais. Desse total, o ministério afirma que despende cerca de 10%, ou uma média de US$880 mil mensais, com obras de caridade através do globo.
A estrela de Meyer tem brilhado tanto que até ela mesma fica admirada. “Dave e eu nos sentimos quase como: será que esses aí somos nós mesmos? Sentimo-nos como sendo as pessoas mais abençoadas e honradas da terra!”.
Cada nação, cada cidade - O ministério de Meyer se estende por todo o globo. De uma área de shows radiofônicos, em 1983, distante cinco minutos de St. Louis, ele se expandiu por transmissão via satélite e pela Internet. Nos EUA, o show de TV “Life in the Word” chega ao ar a 43 estados, através de canais locais, desde Pembina, N.D., e Crowley, LA, até Boston, Detroit, Los Angeles e St. Louis.
Meyer se tornou o modelo da dona de casa nas áreas do Canadá, México, América do Sul, Europa, África, Austrália - uns 70 países ao todo, conforme está escrito na revista do seu ministério. Ela diz que o ministério recebe 15 mil cartas por mês, somente da Índia. Em setembro, a tradução do seu programa na língua árabe já começou com seis transmissões diárias na rede de TV Life Channel, no Oriente Médio. Meyer espera usar a rede de TV para levar a mensagem do Cristianismo a 31 nações islâmicas.
“Vocês precisam colocar em mente que pessoa alguma jamais conseguiu fazer isso... quando uma mulher do Ocidente se apresenta em trajes ocidentais pregando o evangelho de Jesus na língua árabe pode ser bem interessante!”, disse Meyer. Ela e seu marido afirmam que o ministério tem o potencial para atingir 2,5 milhões de pessoas em cada dia da semana.
Apesar de tanto sucesso no ministério o casal afirma que ainda tem muito trabalho para fazer. “Cada vez que nos sentimos como se tivéssemos chegado ao ápice, Deus nos abre mais portas”, diz Meyer.
O recente slogan do casal, impresso em um poster colocado no quartel general do ministério e nas flâmulas de suas conferências, estabelece um objetivo ambicioso para o futuro: “cada nação, cada cidade”.
Seguidores fiéis e críticos ferozes
A pregação convincente e às vezes humilde de Meyer tem angariado uma legião de seguidores, principalmente mulheres, que nela vêem tanto uma ministra como uma amiga confiável. “Ela é tão prática... Ela faz com que tenhamos a impressão de que ela é nossa irmã, que se relaciona e nos compreende sem condenação e sem julgamento”, disse a motorista de ônibus, Eva McLemore, de 43 anos, em uma das conferências de Meyer em Atlanta. [N.T. - Aqui está o segredo do sucesso de todo pregador que prega somente o amor de Deus, sem jamais fazer qualquer advertência contra o pecado, ressaltando a necessidade de arrependimento].
O estilo de Meyer tem angariado a crítica dos que a consideram uma propagandista do carnaval do “fique-rico-depressa”, o qual tem como único foco: conseguir o máximo de dinheiro do maior número de pessoas no menor espaço de tempo.
Ole Anthony, líder da Trinity Foundation, uma instituição religiosa de observação, situada em Dallas, diz: “Ela pertence ao gênero típico dos tele-evangelistas que enriquecem à custa das pessoas pobres a quem supõem estar ministrando”.
Além de ser uma pregadora carismática, Meyer é autora de 50 livros sobre uma variedade de tópicos, desde livros de auto-ajuda, sobre dietas e casamento até os mais profundos temas filosóficos. Dois dos seus livros mais recentes - “Knowing God Intimately” (Conhecendo Deus Intimamente) e “How to Hear From God” (Como Escutar Deus) - tratam da edificação de um relacionamento com Deus, embasado na fé. Ela também vende fitas de áudio e vídeo, em quantidade bastante para preencher várias páginas do catálogo do seu ministério.
Meyer não se desculpa por oferecer os seus livros e fitas e nem por solicitar, incansavelmente, em seu website, nos shows da TV e em suas conferências, ajuda para o seu ministério, explicando: “Eles não me dão a TV de graça... O evangelho é grátis, mas os seus meios de divulgação custam caro!”
Uma inclinação pelas coisas bonitas
Meyer gosta de coisas bonitas e de gastar com as mesmas. Desde um relógio francês de US$11 mil, no quartel general em Fenton, até um barco Crownline de US$105 mil, ancorado em sua mansão de férias no Lago Ozarks. Está claro que o seu gosto tende mais a Perrier [água mineral parisiense de luxo] que para água da bica. “Você pode ser um rico homem de negócios aqui em St. Louis e todo mundo vai achar isso maravilhoso, mas quando você é um pregador, isso logo se transforma em problema... Mas a Bíblia diz: “Daí e dar-se-vos-á”, Meyer disse.
O quartel general do ministério é uma jóia de três andares construída em tijolos vermelhos, com um esmeraldino gramado na parte externa, assemelhando-se a um luxuoso hotel resort. Construído há três anos, ao custo de US$20 milhões, o edifício e os jardins são um perfeito cartão postal, com canteiros de flores feitos à mão e belas alamedas para se alcançar uma cruz iluminada. A entrada para o complexo de escritórios é ladeada por bandeiras das nações já alcançadas pelo ministério. Uma grande escultura representando a Terra está no alto do edifício, com uma Bíblia aberta, perto do estacionamento. Do lato externo da entrada principal, vê-se a escultura de uma águia pousada no galho de uma árvore, próxima a uma queda d’água artificial. Uma mensagem em letras douradas saúda os empregados e os visitantes, na via de entrada:
“Vejam o que o Senhor tem feito!”
Umas 510 pessoas trabalham ali. O escritório do ministério é igual a qualquer outro escritório comercial, onde os funcionários abrem a correspondência; os contadores contam o dinheiro; os editores empilham fitas de vídeo a serem enviadas para os clientes. O único sinal de igreja ali dentro é uma capela, a qual permite exclusivamente aos empregados o acesso à adoração. O edifício é decorado com pinturas e esculturas religiosas e móveis de alta qualidade. Muitos desses, diz Meyer, foram escolhidos por ela mesma.
Uma lista de acesso ao Condado de Jefferson oferece um lampejo de muitos desses itens: um par de vasos de Dresden (US$19 mil); seis vasos de cristal da França comprados por US$18.500; uma porcelana de Dresden pintada com a Natividade (US$8 mil); dois gabinetes originais (US$5.800); uma porcelana com a crucifixão (US$5.700); um par de vasos alemães comprados por US$5.200. [Somente aqui temos mais de US$60 mil em peças delicadas].
A decoração dos escritórios inclui uma mesa redonda em malacacheta, de US$30 mil; uma cômoda antiga com tampo de mármore de Carrara (US$23.000); uma estante de escritório de US$14.000; uma porcelana de Dresden mostrando a Via Sacra (US$7 mil); a escultura de uma águia sobre um pedestal (US$6.300), uma águia de prata comprada por US$5.000 e inúmeras pinturas adquiridas ao preço de US$1mil e US$4 mil cada uma.
No interior do escritório de Meyer, está uma mesa de conferência com 18 cadeiras, comprada por US$49.000. As obras de madeira em seu escritório e no do seu marido custaram US$44 mil. O registro total da propriedade pessoal do ministério apresenta uns US$5,700 milhões em móveis, obras de arte, porcelanas, cristais e um equipamento de última geração em maquinaria que enche os 158.000 metros quadrados do edifício. [N.T. - Neste complexo de tanta prosperidade caberiam nada menos de 3.160 apês iguais ao da tradutora, a qual, até o momento, só conseguiu prosperar na GRAÇA!].
Até este verão, o ministério também possuía uma frota de veículos no valor médio de US$440 mil. O assessor do Condado de Jefferson tem-se empenhado para que o complexo e o seu conteúdo entrem no rol dos impostos, mas até agora nada conseguiu.
Carros esporte e aviões de alto estilo
Meyer dirige um carro esporte conversível Lexus SC, modelo 2002, avaliado em US$53 mil; seu filho Don, de 25 anos, dirige um Sedan Lexus 2001, do ministério, avaliado em US$46 mil. O marido de Meyer dirige um Sedan Mercedes Benz S 55 AMG e Meyer diz: “Meu marido gosta muito de carros”. Os Meyers mantêm, no Aeroporto de Chesterfield, um jato Canadair CL-600 Challeger, do ministério, o qual, segundo Meyer, vale US$10 milhões. O ministério emprega dois pilotos em tempo integral, para levarem os Meyers às conferências ao redor do mundo. Meyer chama esse avião de “o salva vidas” dela e da família: “Ele nos capacita em nossa idade a viajar literalmente pelo mundo inteiro, a fim de pregar o evangelho... e com muito maior segurança do que os vôos comerciais”.
A segurança é muito importante para Meyer, a qual declara que já recebeu ameaças de morte. Ela tem uma divisão do ministério dedicada à segurança. Seus oficiais usam pistolas; eles guardam o portão de entrada do quartel general, mantendo lá fora quaisquer pessoas que não sejam empregados ou visitantes convidados. O ministério comprou uma casa de US$145 mil, onde reside o chefe da segurança, sem pagar aluguel, a fim de que ele fique próximo ao quartel general do ministério.
O composto familiar
O ministério também comprou casas para os empregados principais. Desde 1999, o ministério tem gasto pelo menos US$4 milhões em cinco casas para Meyer e seus filhos, perto da Interstate 270 e da Gravois Road, no Condado de St. Louis, conforme registrado no Condado. A casa de Meyer, a maior das cinco residências, tem 10.000 metros quadrados em estilo Cape Cod, com um anexo para convidados e uma garagem com capacidade para oito veículos, a qual pode ser independentemente aquecida ou resfriada. A propriedade de três acres tem uma grande fonte e um lavabo alto, com vista panorâmica, uma piscina e uma casa anexa, onde o ministério construiu recentemente uma sauna de banho de US$10 mil.
O ministério assume as despesas do uso, manutenção e vista panorâmica das cinco casas. Ele também paga as reformas. Os Meyers autorizaram a principal obra de reforma à custa do ministério, logo depois que o ministério comprou 3 das cinco casas.
Por exemplo, o ministério comprou uma casa, nivelou o terreno e em seguida construiu uma nova casa no sítio, para a filha do casal Meyer - Sandra - e seu marido, conforme registros no Condado.
Até mesmo os impostos da propriedade - US$15,629 anuais - são pagos pelo ministério. Meyer diz que este é um “bom investimento” para o ministério e que ele mantém o custo da posse e manutenção porque a família é ocupada demais para cuidar dessas tarefas.
“É duro demais ocupar-se com alguma coisa quando se viaja tanto como nós viajamos” , diz Meyer. Ela disse que as leis federais permitem que os ministérios comprem habitações para os seus empregados, de modo que esse arranjo não viola qualquer proibição aos benefícios pessoais. Ela disse ainda que a decisão de manter a família reunida foi a maneira de construir uma barreira de proteção, a fim de assegurar a todos maior privacidade e segurança. “Colocamos boas pessoas ao nosso redor... Obviamente se eu tentasse esconder alguma coisa ou pensasse em fazer algo errado, não residiria na esquina da Gravois e na 270...”
Seguro Irrevogável
Meyer diz que espera o melhor de onde ela mora e, como é muito observada, o seu vestuário é talhado em alta escala na loja de roupas do West County. Em suas conferências, ela sempre usa jóias com muito brilho, inclusive um enorme anel de diamante que afirma ter recebido de presente de um dos seus seguidores. Ela tem um cabeleireiro particular e, há alguns anos, contou a alguns empregados que iria fazer um “lift” facial. Nem tudo é pago pelo ministério.
No ano passado, os Meyers compraram um rancho por US$500 mil, em frente a um lago, em Porto Cima, no quarteirão de um clube particular de Ozarks. Algumas semanas depois, eles compraram dois jet-skis idênticos e um barco Crownline de US$105 mil, pintado de vermelho, branco e azul, o qual foi batizado de “Patriota”. No ano 2000, os Meyers também compraram para os seus pais uma casa de US$130 mil, a poucos minutos de onde residem. Os Meyers colocaram o carro Mercedes, a casa do lago e a residência dos pais num seguro irrevogável, um arranjo que os peritos dizem que ajuda a protegê-los de quaisquer problemas financeiros do ministério.
Meyer diz que não precisa defender-se do modo como gasta o dinheiro do ministério. Ela diz: “Nós ensinamos e cremos biblicamente que Deus deseja abençoar o povo que O serve; portanto, não há necessidade de nos desculparmos porque somos abençoados.”
O pessoal de confiança
Para a maioria das pessoas, Meyer pode gastar o dinheiro do ministério da maneira que lhe aprouver, pois o pessoal da diretoria é escolhido a dedo. Esse pessoal consiste de Meyer, seu marido e os 4 filhos - todos eles remunerados - além dos seis amigos mais íntimos do casal (Os oficiais do ministério disseram que a filha Laura Holtzmann pediu demissão, mas nos registros estaduais o nome dela ainda consta).
“Nossa família é de ajuda imensa para nós... Jamais poderíamos fazer tudo isso sem ter alguém em quem pudéssemos confiar”, diz Meyer.
Os membros do staff - Roxane e Paul Schermann - são amigos tão chegados que durante mais de uma década residiram na casa dos Meyers. O ministério empregou os dois como gerentes de alto nível e em 2001 comprou para eles uma casa de US$334 mil. Roxane e Paul Schermann já não trabalham no ministério, embora Schermann continue como gerente remunerado da divisão. Os Schermanns compraram a casa do ministério, pelo mesmo preço, em janeiro.
Delanie Trusty, a contadora do ministério, também serve como secretária da diretoria. A diretoria decide como deve ser gasto o dinheiro do ministério. Os salários de Meyer e de sua família são estabelecidos pelos membros da diretoria, que não são membros da família nem empregados do ministério. O advogado de Meyer diz que os arranjos concordam com os regulamentos do IRS.
“Nós certamente não gostaríamos de ter inimigos nem pessoas desconhecidas na diretoria, pois isso não faria sentido... Qualquer pessoa deseja ter uma diretoria a seu favor”, disse Meyer. Os salários de Meyer, do marido, dos filhos e respectivos cônjuges é um segredo que o ministério recusa-se a revelar. “Não faço mais do que devo... E estamos definitivamente dentro dos regulamentos do IRS”, disse Meyer.
...
Os seguidores continuam leais
Os seguidores de Meyer parecem não se preocupar com o que ela gasta consigo mesma, do dinheiro do ministério. Em entrevistas com alguns desses seguidores, em sua conferência em Atlanta, em Agosto, todos disseram que Meyer os ajuda espiritualmente e, portanto, merece a sua riqueza.
William Parton, 32 anos, policial em Atlanta, disse que as pessoas não deveriam se preocupar com o que Meyer faz com o dinheiro e disse: “Eu acho que os Meyers estão fazendo o que Deus os chamou para ser feito; eles têm os seus seguidores e as pessoas gostam de ouvi-los, mesmo que seja apenas para efeito de entretenimento, exatamente como fazem com os atletas do esporte, e eles merecem viver conforme os seus meios lhes permitam viver”.
Michael Scott Horton, professor de teologia no Westminster Theological Seminary, em Escondido, CA, disse que atitudes como a de Parton são exatamente as de que tele-evangelistas como os Meyers se aproveitam: “Essa pobre gente do povo deseja acreditar que possui esse tipo de fé... a ponto de arriscar tudo para comprová-la, conforme o ensino de um suposto homem de Deus que está diante dela”.
Nenhum dos seus críticos parece perturbar Meyer. Ela garante que o seu sucesso material é um reflexo do seu compromisso com Deus. Conforme ela mesma coloca, “a Bíblia inteira realmente tem uma só mensagem: ‘obedeçam-me, fazendo o que eu ordenar, e então serão abençoados’.” [N..T., Só esta mensagem? E onde ficam as mensagens da cruz, do arrependimento, e do amor ao próximo? Paulo diz em Gálatas 5:14: “Porque toda a lei se cumpre numa só palavra, nesta: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo”. Será que um evangelista que prega o espúrio evangelho da fé/prosperidade ama realmente o próximo... OU simplesmente a sua conta bancária?]
2015/07/14
Higienização ou Santificação?
Higienização ou Santificação?
Por Bob DeWaay
Um leitor me telefonou recentemente e explicou como ele viu igrejas se afastarem da Bíblia através da implementação de vários programas e métodos para se ter uma vida melhor. Ele fez uma declaração intrigante: “Esses programas não santificam, eles higienizam”. E ele estava absolutamente certo sobre isso. Deixe-me descompactar essa idéia e mostrar a partir da Escritura como isso funciona.
É possível usar a sabedoria humana e programas que se baseiam em bons conselhos, a fim de ajudar as pessoas a alcançarem uma vida melhor. É possível transformar um alcoólatra num homem sóbrio, um marido abusivo em um ser atencioso e carinhoso, um jogador compulsivo que rasga o dinheiro da família, em uma pessoa focada em dar uma vida confortável para os seus, uma pessoa infeliz a se tornar feliz. Tudo isso pode ser feito sem nenhum trabalho especial da graça de Deus. Na verdade, isso pode ser feito sem religião nem fé.
Uma vez ouvi um debate entre dois professores universitários, um ateu e outro cristão. No final do debate, o ateu fez uma declaração interessante. Ele disse: “Você não precisa de um Deus ou religião para ter uma vida boa e feliz. Fui casado por muitos anos, tive filhos e netos maravilhosos, vivi uma vida moralmente correta, e não poderia querer mais nada da vida, sou um homem realizado. Eu não preciso de religião e nem você.”Infelizmente, muitos cristãos têm redefinido, mudado tanto o caráter do cristianismo que simplesmente não saberiam como responder a tal declaração. A verdade é que muitas pessoas são felizes, levam uma vida relativamente correta moralmente falando, e isso tudo sem Deus. Mas o que não podem obter é legitimidade diante do Deus Santo que criou o universo.
Quando o cristianismo se reduz a uma melhora de vida através da religião, ele não pode oferecer nada mais do que os programas de alguns ateus já têm. Isso é explícito em igrejas que enchem sua programação com seminários, encontros e pregações destinados a ajudar as pessoas a resolverem os problemas da vida através da revelação geral. O que chamo de “Revelação Geral” é o montante do conhecimento humano, colhido através de séculos de experiência social, e que está disponível para todos através dos meios normais do conhecimento. Todas as sociedades têm os seus próprios aforismos, uma espécie de sabedoria social, que passam ao longo dos tempos os seus “bons conselhos”. Não é pecado dar às pessoas bons conselhos recolhidos a partir da revelação geral, mas também não podemos confundir esses conselhos com ordenanças de Cristo.
“Ensinando-os a observar tudo quanto vos ordenei” ( Mateus 28:20).
Duas diferenças fundamentais dos bons conselhos sociais dos mandamentos das Escrituras:
1) Um bom conselho pode ser ignorado.
2) Um bom conselho não é santificação, não significa obedecer a Deus.
O ateu com uma boa família e uma vida feliz é claramente uma pessoa não santificada. O termo “santificação” significa ser feito santo. Segundo a bíblia, o individua que renuncia ao seu ponto de vista pessoal e ao da sociedade, e concede que apenas a palavra de Deus dirija a sua vida, é considerado santo, e portanto, bem visto aos olhos de Deus. A bíblia também informa que a Santidade não pode ser adquirida a partir da revelação geral. Portanto, aqueles que são ajudados por bons conselhos extraídos da sabedoria humana, podem ser higienizados, o que significa ter uma vida humanamente equilibrada, mas a menos que se arrependam e creiam no evangelho, nunca serão santificados. A santificação vem através da redenção pelos meios da Graça. Paulo escreveu:
“Mas vós sois dele, em Jesus Cristo, o qual para nós foi feito por Deus sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção; Para que, como está escrito: Aquele que se gloria glorie-se no Senhor. I Coríntios 1:30-31
Aquele ateu estava ostentando seu orgulho pessoal contra o Senhor, baseado no sucesso da aplicação da sabedoria humana! Mas o cristão só pode se orgulhar do Senhor, pois seu equilíbrio espiritual, que é o que realmente conta, depende exclusivamente de Deus.
A aplicação da sabedoria humana pode produzir muitos clientes satisfeitos. Um pastor local, conhecido por pregar o evangelho da prosperidade, foi exposto em um jornal local de uma cidade pelo seu luxuoso estilo de vida e possível desapropriação de fundos da igreja. Um de seus membros escreveu uma carta ao editor do jornal defendendo o pastor. O autor da carta citou todas as mudanças positivas que aconteceram desde de que passou a frequentar a dita igreja daquele pastor: uma família melhor, finanças melhor, libertação do vício e assim por diante. Mas ele não mencionou nada que fosse característico ao cristianismo. Algumas pessoas que acreditam que o evangelho de Jesus produz saúde e riqueza, na verdade poderão se tornarem saudáveis e prósperas materialmente, mas o que elas não observam é que assim também são as vidas de muitos ateus.
Muitas igrejas simplesmente desistiram de pregar a salvação e a santificação e se estabeleceram como uma espécie de “agência” para a higienização limpa e feliz da vida “cristã”, sem levar em conta a santidade aos olhos de Deus. Paulo fala sobre isso em Colossenses:
“Se, pois, estais mortos com Cristo quanto aos rudimentos do mundo, por que vos carregam ainda de ordenanças, como se vivêsseis no mundo, tais como: Não toques, não proves, não manuseies? As quais coisas todas perecem pelo uso, segundo os preceitos e doutrinas dos homens; As quais têm, na verdade, alguma aparência de sabedoria, em devoção voluntária, humildade, e em disciplina do corpo, mas não são de valor algum senão para a satisfação da carne”. Colossenses 2:20-23
O “limpo” pecador ainda é “carnal”, porque a única alternativa para a carne é o Espírito, e as pessoas não recebem o Espírito pelas obras da lei:
“Pensai nas coisas que são de cima, e não nas que são da terra; Porque já estais mortos, e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus”. Colossenses 3:2-3
Observe que não há artigo definido no grego com relação a palavra “lei” no sentido de mosaica. Isso significa que Paulo não está se referindo especificamente as “obras da lei” judaica, mas a qualquer regra de vida que possa existir. Isso significa que as pessoas não recebem o Espírito Santo por se deixarem moldar por bons programas, filosofias humanitárias, ou qualquer outro conhecimento que as leve a ter uma vida socialmente equilibrada.
Esse detalhe se aplica a qualquer pessoa sem o Espírito Santo, consequentemente não salva e santificada:
“Para que a justiça da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito. Porque os que são segundo a carne inclinam-se para as coisas da carne; mas os que são segundo o Espírito para as coisas do Espírito. Porque a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito é vida e paz. Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser. Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus.” Romanos 8:4-8
Se aplica a qualquer pessoa sem o Espírito de Deus, motivada 100% pela natureza humana:
“Porque tudo o que há no mundo, o desejo da natureza humana, o que os olhos desejam e o orgulho da vida, não é de Deus, mas do mundo. E o mundo passa, e os seus objetos de desejo também; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre.” I João 2:16-17
Uma pessoa pode ser capaz de fazer uma higienização de seus desejos através da sabedoria humana, através de um programa, mas ninguém pode escapar das paixões do mundo, por qualquer meio, exceto por um trabalho da Graça de Deus através do evangelho. Leis, regras, programas ou filosofias, podem restringir o mal, mas não podem produzir santidade. Nós não podemos escapar da corrupção do mundo por outros meios que não sejam as promessas de Deus encontrados na Bíblia.
“Pelas quais ele nos tem dado grandíssimas e preciosas promessas, para que por elas fiqueis participantes da natureza divina, havendo escapado da corrupção, que peles desejos há no mundo.” II Pedro 1:4
Sendo este o caso, por que tantas igrejas encheram seus sermões e programas com idéias recolhidas através da revelação geral, se cercando de uma multidão de bons conselhos sociais? A resposta se encontra provavelmente na política de manutenção de seus membros. E a santificação é tão determinante assim? Claro, a Palavra de Deus ensina a santificar aqueles que são verdadeiramente salvos. Jesus orou:
“Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade” ( João 17:17 ).
Isso significa que Deus faz uma obra da Graça no interior das pessoas, e muda as motivações do coração e não apenas certos comportamentos.
“Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração” Hebreus 4:12
Nesse contexto o comportamento se altera de forma radical, porque a Bíblia contém instrução sobre a vida piedosa, que deve ser ensinada como elo de ligação a Deus. Estas instruções são comandos, não bons conselhos. Elas não podem ser ignoradas ou serem vistas como opitativas. Mas a boa notícia é que a Graça de Deus vem a nós através de Sua palavra, habilitando-nos e motivando-nos a obedecê-lo há partir de um conceito racional espiritualizado.
A igreja torna-se cheia de pessoas que não foram salvas, quando ensinamentos e programas sobre “uma vida melhor através de Jesus”, se tornam a norma e não a pregação do evangelho e o ensino da Bíblia. Nessas igrejas as pessoas são atraídas ali para encontrar o tipo de vida que aquele ateu se gabava de ter. Elas realmente podem ter uma vida agradável e feliz através da sabedoria humana que lhes foi dispensada em
nome do cristianismo, isso é um fato.
Mas a santidade é o que essas pessoas não poderão encontrar através da sabedoria humana. Santidade vem de uma obra da Graça, e não de uma decisão de mudar algumas coisas para melhor. Pecadores sem o evangelho, mas higienizados através de um programa de igreja, podem acabar em uma condição pior do que antes. Se, em nome do cristianismo, os problemas da embriaguez ou do casamento possam ir embora, aqueles que se beneficiaram podem pensar que são salvos, quando na verdade, eles estão higienicamente perdidos. Essa falsa segurança é perigosa, e caso não seja detectada, certamente levará à condenação eterna.
O fracasso da abordagem dos problemas humanos com os métodos humanos está em pressupor que os seres humanos possuem a motivação e a capacidade correta de que necessitam, o que está lhes faltando simplesmente são instruções sobre como colocar para funcionar o potencial para o bem que eles já possuem. A situação real é que somos pecadores sem esperança e sem um Deus no mundo como Paulo afirma em Efésios:
“Que naquele tempo estáveis sem Cristo, separados da comunidade de Israel, e estranhos às alianças da promessa, não tendo esperança, e sem Deus no mundo.”Efésios 2:12
Nós não temos um problema de engenharia, temos um problema espiritual. Esse problema espiritual é remediado unicamente pelo o que Deus faz pela Graça mediante a fé.
“Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. “ Efésios 2:8
Esse problema é insolúvel por meio de sabedoria humana. A Bíblia nos diz para “seguir” a santificação:
“Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor.” Hebreus 12:14
Apenas santificação através do sangue de Jesus, na força do Espírito Santo, nos torna aptos para ver o Senhor. Higienização interior através de bons conselhos, programas ou filosofias, jamais poderão fazer isso.
Fonte: Twin City Fellowship Critical Issues
Bem, é exatamente isso que as igrejas de um modo geral estão fazendo. Elas estão mudando o foco da pregação, antes centrada na salvação da alma, para um enfoque social. Todo o trabalho da maioria das igrejas tem se centrado na salvação social do indivíduo, e não de sua alma.
No contexto cristão pós-moderno, o problema crucial do indivíduo não está mais em seu coração, mas em sua adaptação aos desafios da realidade contemporânea. Isso se caracteriza como uma alteração de diagnóstico da realidade do homem segundo a bíblia. Interferir no diagnostico que Deus faz da problemática de sua própria criatura, supostamente motivado pela “boa” intenção em ajudar ao próximo, é externar um grau de estupidez colossal usando a infeliz idéia de melhorar o ótimo.
A bíblia nos ensina que o orgulho vem imediatamente antes do tropeço, “A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito precede a queda.” Provérbios 16:18 O coração do homem é ruim por essência. Brincar de concertar o homem como a igreja evangélica contemporânea está brincado, é o mesmo que brincar de ser Deus. Esse posicionamento é estranho, e só comprova que o sistema moderno da igreja evangélica do século XXI está fadado ao fracasso, assim como estava o seu antecessor, o sistema religioso dos irreconciliáveis judeus. Assim como sucedeu com seus irmãos mais velhos, toda essa fétida estrutura afundará sobre o seu próprio peso. E aos genuínos cristãos caberá, mesmo não podendo abandonar o sistema, não se contaminarem, restando-lhes o consolo de serem recebidos por aquele que é incorruptível e cheio de misericórdia não fingida.
Que só Deus nos influencie!
Roberto Aguiar
Mas a santidade é o que essas pessoas não poderão encontrar através da sabedoria humana. Santidade vem de uma obra da Graça, e não de uma decisão de mudar algumas coisas para melhor. Pecadores sem o evangelho, mas higienizados através de um programa de igreja, podem acabar em uma condição pior do que antes. Se, em nome do cristianismo, os problemas da embriaguez ou do casamento possam ir embora, aqueles que se beneficiaram podem pensar que são salvos, quando na verdade, eles estão higienicamente perdidos. Essa falsa segurança é perigosa, e caso não seja detectada, certamente levará à condenação eterna.
O fracasso da abordagem dos problemas humanos com os métodos humanos está em pressupor que os seres humanos possuem a motivação e a capacidade correta de que necessitam, o que está lhes faltando simplesmente são instruções sobre como colocar para funcionar o potencial para o bem que eles já possuem. A situação real é que somos pecadores sem esperança e sem um Deus no mundo como Paulo afirma em Efésios:
“Que naquele tempo estáveis sem Cristo, separados da comunidade de Israel, e estranhos às alianças da promessa, não tendo esperança, e sem Deus no mundo.”Efésios 2:12
Nós não temos um problema de engenharia, temos um problema espiritual. Esse problema espiritual é remediado unicamente pelo o que Deus faz pela Graça mediante a fé.
“Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. “ Efésios 2:8
Esse problema é insolúvel por meio de sabedoria humana. A Bíblia nos diz para “seguir” a santificação:
“Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor.” Hebreus 12:14
Apenas santificação através do sangue de Jesus, na força do Espírito Santo, nos torna aptos para ver o Senhor. Higienização interior através de bons conselhos, programas ou filosofias, jamais poderão fazer isso.
Fonte: Twin City Fellowship Critical Issues
Bem, é exatamente isso que as igrejas de um modo geral estão fazendo. Elas estão mudando o foco da pregação, antes centrada na salvação da alma, para um enfoque social. Todo o trabalho da maioria das igrejas tem se centrado na salvação social do indivíduo, e não de sua alma.
No contexto cristão pós-moderno, o problema crucial do indivíduo não está mais em seu coração, mas em sua adaptação aos desafios da realidade contemporânea. Isso se caracteriza como uma alteração de diagnóstico da realidade do homem segundo a bíblia. Interferir no diagnostico que Deus faz da problemática de sua própria criatura, supostamente motivado pela “boa” intenção em ajudar ao próximo, é externar um grau de estupidez colossal usando a infeliz idéia de melhorar o ótimo.
A bíblia nos ensina que o orgulho vem imediatamente antes do tropeço, “A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito precede a queda.” Provérbios 16:18 O coração do homem é ruim por essência. Brincar de concertar o homem como a igreja evangélica contemporânea está brincado, é o mesmo que brincar de ser Deus. Esse posicionamento é estranho, e só comprova que o sistema moderno da igreja evangélica do século XXI está fadado ao fracasso, assim como estava o seu antecessor, o sistema religioso dos irreconciliáveis judeus. Assim como sucedeu com seus irmãos mais velhos, toda essa fétida estrutura afundará sobre o seu próprio peso. E aos genuínos cristãos caberá, mesmo não podendo abandonar o sistema, não se contaminarem, restando-lhes o consolo de serem recebidos por aquele que é incorruptível e cheio de misericórdia não fingida.
Que só Deus nos influencie!
Roberto Aguiar
2015/07/12
2015/07/04
Ministério feminino versus Ministério feminino ordenado à luz da Bíblia
.
Por Pr. Pedro Inácio de Lima Neto
“Sou a favor do ministério feminino, mas sou contra o ministério feminino ordenado”(Augustus Nicodemus)
A história nos ajuda a compreender o presente. Na história das religiões mundiais, percebemos a presença das mulheres como deusas, sacerdotisas, exercendo em muitas delas autoridade espiritual.
No Egito, na Suméria, na Babilônia, na cultura Chinesa, na Hindu, na Ilha de Creta (crentenses), nas civilizações minóicas, Persas, nas civilizações Grega e Romana todas estas eram politeístas (crença em vários deuses).
Já na história do povo judeu, temos a Bíblia (Velho Testamento), como a principal fonte de estudo dessa civilização, encontramos uma ruptura com esta prática, e gostaria de juntos fazermos uma reflexão.
Abraão, que veio da Suméria, conhecedor de um panteão de deuses e deusas, sendo os primeiros grandes poemas sumérios escritos por uma mulher, Enheduanna, que foi tanto uma sacerdotisa (EN) do deus Nanna na cidade de Ur, e princesa real, filha do rei Sargão, o Acádio. Esta deusa tinha uma grande influência em toda aquela região. O que nos leva a pensar é por que Abraão não continuou com esta prática a partir do seu chamado em Gênesis 12:1-5 “Ora, o SENHOR disse a Abrão: Sai-te da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei. E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei e engrandecerei o teu nome; e tu serás uma bênção. E abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão bendita s todas as famílias da terra. Assim partiu Abrão como o SENHOR lhe tinha dito, e foi Ló com ele; e era Abrão da idade de setenta e cinco anos quando saiu de Harã. E tomou Abrão a Sarai, sua mulher, e a Ló, filho de seu irmão, e todos os bens que haviam adquirido, e as almas que lhe acresceram em Harã; e saíram para irem à terra de Canaã; e chegaram à terra de Canaã.”
Moisés nasceu e viveu na cultura egípcia (África) dividida em alguns níveis, cada uma com suas atividades próprias. Nessa sociedade a mulher era muito prestigiada. O Antigo Egito, por exemplo, ficava no nordeste da África onde é hoje a República Árabe do Egito. O nordeste da África é a região onde o Antigo Egito, propriamente dito, começou a se desenvolver. O rio Nilo (6.500 km e 6 cataratas) cortava o seu antigo território. Situa-se entre os dois desertos (deserto da Lídia e deserto da Arábia). O faraó era um rei onipotente, proprietário do todo o país. Ele era a um só tempo, ou seja, simultaneamente, monarca, autoridade judiciária, sacerdote, tesoureiro, general. Era ele que fazia as decisões e a direção de tudo o que via, porém não podendo ter condições de ir a todos os lugares do reino, distribuía ocupações para mais de cem funcionários que o assessoravam na administração do Egito. A imagem divina do faraó era subsídio essencial para a unidade de todo o Egito. O povo acre ditava que o faraó era a certeza de que ele próprio sobreviveria ao longo dos tempos e esperava ser feliz.
Os sacerdotes eram grandemente prestigiados e poderosos, tanto espiritualmente como materialmente, pois dirigiam as riquezas e os bens dos valiosos templos de dimensões avantajadas. Eram também homens intelectualmente privilegiados (vulgo sábios) do Egito, guardiões dos segredos científicos e dos mistérios da religião que se relacionavam com seus numerosos deuses.
Os egípcios eram um povo profundamente religioso, portanto, acreditavam em vários deuses. Esta era a importância da formação civilizatória e organizacional da sociedade. O tipo de crença era o politeísmo. A partir dos primeiros tempos da história da humanidade, os cidadãos do Antigo Egito prestavam culto a inúmeras e estranhas divindades. Os mais antigos foram indivíduos do reino Animal e cada ser humano tinha o seu animal-deus como protetor. Prestavam cultos a gatos, bois, serpentes, crocodilos, touros, chacais, gazelas, escaravelhos, entre outros.
O que me impressiona é o porquê Moisés não leva todo esse panteão de deuses e deusas para o deserto junto com o povo, pelo contrário recebe uma orientação de Deus para construir o tabernáculo no deserto e praticar uma religião e uma espiritualidade diferentemente do que viu no Egito, ou seja, Moisés segue a religião monoteísta.
Estas práticas culturais, simbólicas e religiosas migraram para muitos povos, os babilônicos, fenícios, persas, gregos, romanos, inclusive o Código de Hamurabiinfluenciou a Cultura Bíblica, principalmente o Velho Testamento, mas percebemos claramente uma ruptura com a questão da ordenação do ministério feminino ao sacerdócio em todo o Velho Testamento não temos a esposa do sacerdote sendo sacerdotisa.
Destacamos algumas mulheres que exerceram o seu ministério na história do povo judeu, e nenhuma delas exerceu o sacerdócio ordenado. Vejamos: EVA, a mãe de todos os viventes (Gênesis), SARAH, uma esposa submissa (Gênesis). REBECA, uma mulher de fé hesitante, MIRIÃ, uma líder nata (Êxodo). RAABE, uma salvadora sagaz (Josué). DÉBORA, uma juíza diferente. A líder de Israel (Juízes), RUTE, uma fiel moabita (livro de Rute). ANA, uma mãe dedicada (1º Samuel), ABGAIL, uma beldade inteligente (1º Samuel). RISPA, uma testemunha silenciosa (2º Samuel). A viúva de Sarepta (1º Reis). A rainha de Sabá (1º Reis). A serva de Naamã, um instrumento de benção (2º Reis). HULDA, a profetisa que mudou uma nação (2º Reis). JEOSABEATE (2Cr 22.11), a esposa de um sacerdote (2º Crônicas), ESTER, uma rainha corajosa (livro de Ester), A noiva sulamita (Cântico).
“Sou a favor do ministério feminino, mas sou contra o ministério feminino ordenado”(Augustus Nicodemus, teólogo, ministro presbiteriano, Profº da Universidade Presbiteriana Mackenzie). Segundo o citado pastor em uma palestra no Youtube, o mesmo faz um relato histórico em toda a história bíblica e admite a impossibilidade doutrinária, histórica, bíblica teológica do ministério feminino ordenado. O mesmo fala do ministério das mulheres na Bíblia e cita Débora como juíza (função civil), Hulda como profetisa (o ministério de profeta não era ordenação). Admite que a mulher é inteligente e dedicada, o seu empenho e papel na história, principalmente nas religiões que sejam cristãs ou não. Diz que Jesus Cristo, no momento da escolha dos apóstolos, poderia ter chamado Maria, sua mãe para ser apóstola, mas não o fez.
Jesus deu dignidade e valor a mulher, expulsou demônio de Maria Madalena, permitiu que Maria, a prostituta beijasse sues pés, as mulheres foram as primeiras a anunciar a ressurreição, utilizou muitas mulheres nobres a serviço do reino, considerou o ministério feminino, mas nunca ordenou nenhuma delas a liderança espiritual, ou até mesmo permitisse que uma delas exercesse os atos ministeriais. Quando na escolha do novo apóstolo, para substituir Judas, os apóstolos poderiam ter escolhido Maria, mãe de Jesus, mas escolheram homens. Segundo Augustus Nicodemus, o que podemos concluir é que Deus, na sua soberania, resolveu designar esse ministério ordenado para os homens. Quando os irmãos reclamaram das viúvas que estavam sendo desprezadas na distribuição diária, convocou-se uma assembléia (havia mulheres presentes) e escolheram sete homens de boa reputação (Atos 6), o ideal seria escolher sete mulheres para cuidar da beneficência e das viúvas, mas não o fizeram. Isto nos deixa muito claro que na Bíblia não há espaço algum para o ministério feminino ordenado, e sim todo um incentivo ao ministério feminino.
O apóstolo Paulo era conhecedor profundo da cultura greco-romana, e presenciou nas suas viagens a religiosidade do povo e os deuses e deusas, (diversidade religiosa), mas não admitiu tal cultura na pregação do evangelho, e não designou nenhuma mulher para o presbitério, apesar de contar com o apoio ministerial feminino, e manda saudações e agradecimentos a várias mulheres que cooperaram com o seu ministério.
Ao examinarmos o Novo Testamento, descobrimos a posição das mulheres piedosas, honradas e belas no mais alto grau. Maria –"agraciada"–"bendita entre as mulheres"; sua prima Isabel, mãe de João Batista. Ana, idosa viúva de oitenta e quatro anos, dedicada ao serviço de Deus, são as mais belas personagens diretamente ligadas ao nascimento de Cristo. Maria, irmã de Lázaro,"escolheu a melhor parte", ao colocar-se aos pés do Senhor para ouvir-lhe os ensinamentos. Foi ela que O ungiu para o Seu sepultamento, uma ação que jamais perderá a sua fragrância "onde quer que este Evangelho for pregado, em todo o mundo,será também contado o que ela fez para memória sua" (Mt 26:13). Febe, foi uma servidora da igreja e socorreu a muitos (Rm 16:1). Lídia hospedou o apóstolo Paulo em sua casa (At 16:40). Priscila, ajudou Áquila a expor com mais exatidão o caminho de Deus a Apolo (At 18:26). Lembramos também das "mulheres gregas da classe nobre" que creram (At 17:12). Paulo, no final da carta à igreja em Roma, faz uma saudação e um claro elogio a Trifena, Trifosa e Pérside, mulheres que trabalhavam no Senhor (Rm 16:12). A Maria Madalena foi concedida a alta honra de transmitir aos demais discípulos a ressurreição de Cristo (Jo 20:17). E o que dizer de “Joana, mulher de Cuza, procurador de Herodes, Suzana e muitas outras, as quais lhe prestavam assistência com os seus bens” (Lc 8:3). Mulheres que foram alcançadas pelo toque, pela presença poderosa de Jesus. Sara, apesar de não estar na lista das mulheres do Novo Testamento, é nele citada com destaque e permanece como o exemplo das "santas mulheres que esperavam em Deus, e estavam sujeitas aos seus próprios maridos", pois lemos que "Sara obedecia a Abraão, chamando-lhe senhor; da qual vós sois filhas, fazendo o bem" (1Pe 3:5,6).
Considerações Finais
Que belo e honrado caminho foi trilhado por essas mulheres! Que possamos encontrar as descendentes dessas piedosas mulheres entre nós! Os apóstolos Paulo e Pedro estabeleceram algumas qualidades destinadas especificamente às mulheres. Estas características servem como critérios para avaliar o perfil da mulher no Novo Testamento:
“Da mesma sorte, quanto a mulheres, é necessário que sejam elas respeitáveis, não maldizentes, temperantes e fiéis em tudo”. 1Tm 3:11
Pregamos que a Bíblia é a nossa regra de fé e prática. Então, já que não há na Palavra de Deus nenhuma orientação clara, com relação ao ministério feminino ordenado, por que avançar um sinal que não está favorável (verde)? Estamos forçando o texto bíblico, estamos praticando uma cultura religiosa pagã e estamos desobedecendo a Deus, causando grandes prejuízos para as nossas igrejas, a nossa denominação e a nossa sociedade, e levando as mulheres a assumir um ministério ordenado que Deus, o nosso pai não ordena.
Parabéns as mulheres pelo ministério que o Senhor Jesus tem confiado a cada uma, continuem exercendo com amor e dedicação. Os sacerdotes, os profetas, os reis, os apóstolos, os pastores, as igrejas, não teriam produzido, avançado tanto, sem o ministério das mulheres.
***
Sobre o autor: Pedro Inácio de Lima Neto é pastor da 1ª Igreja Evangélica Congregacional em Mangabeira - João Pessoa/PB.
2015/07/02
LÍNGUAS ESTRANHAS EM ATOS (Direto ao ponto)
Sei que este assunto já foi discutido por décadas, e que não vai ser esta interpretação, que vai por fim ao debate. Enquanto pastoreava a última igreja houve como tema da CBBrasileira, para um ano, a questão dos dons. Assim sendo, às quartas-feiras à noite, estudamos todos os dons possíveis de achar na Bíblia. Das fontes de estudo, consegui reunir 30, das que estão anotadas nas folhas do estudo. Que ao todo deram 88 páginas manuscritas. Pelo menos foi o que eu achei, pois nos separam mais de dez anos deste estudo, até hoje. Não vou me basear neste estudo, apenas o que ficou na mente, e o que lembro quando leio o texto bíblico.
Lucas, autor do Evangelho e de Atos dos Apóstolos, nos ajuda muito no sentido de esclarecer como o texto deve ser interpretado.
Em Atos 1:15 o texto diz que naquela ocasião havia “quase cento e vinte pessoas” quando Pedro tomou a palavra para a eleição de um apóstolo que substituísse Judas. O capítulo 2:1 começa assim: “E, cumprindo-se o dia do pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar;” O texto , aqui não diz se eram os cento e vinte ou os doze. Mas deixa claro que foi num outro dia, “Cumprindo-se o dia do pentecostes…” Em Atos 2:14 diz: “Pedro, porém, pondo-se em pé com os onze”… Para alguns pode fazer diferença, se foram cento e vinte ou doze. Pedro, mais onze, igual a doze. Creio que é um assunto no qual não adianta se deter.
No mais o estudo ficará no contexto em Atos, e no uso das palavras gregas: glôssa e diálektos. Lucas usa a palavra glôssa 6 vezes no seu livro, enquanto que a palavra diálektos é usada também 6 vezes. Destes usos só Atos 2:26, fala da língua como membro do corpo humano. E Atos 2:3 fala da representação do Espírito Santo ao descer sobre os apóstolos, “E foram vistas por eles línguas(glóssai) repartidas…” E Atos 1:19 fala de diálekto, como idioma dizendo: “de maneira que na sua própria língua (diálekto) esse campo se chama Acéldama, …” , não tendo nada a ver com nosso estudo, a não ser o fato de Lucas usar a palavra diálekto para idioma.
Em Atos 2:4,11; 10:46; e 19:6; é usada a palavra glôssa. Enquanto que a palavra diálekto, é usada em: 2:6,8; 21:40; 22:2; e 26:14. Conferindo os textos veremos que Lucas usa a palavra glôssa quando se fala de língua estranha. E usa a palavra diálekto, quando quer falar de idioma. Com uma exceção, se eu posso dizer assim, pois não sei o que Lucas pensava naquele momento. Atos 2:11parece que está falando de idioma e não de língua estranha: “Cretenses e árabes, todos os temos ouvido em nossas próprias glóssais falar das grandezas de Deus.”
Em Atos 2:4 diz: “E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas (glóssais), conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem.” Este texto sozinho não pode ser interpretato ele precisa do restante do texto. Depois deste versículo, somente no versículo 11 reaparece a palavra línguas (glóssais), mas que não pode ser traduzido por “língua estranha” em virtude do seu contexto. A tradução óbvia é: idioma. Veja o texto: “Cretenses e árabes, todos os temos ouvido em nossas próprias línguas falar das grandezas de Deus.”
Neste capítulo, ainda temos os versículos que falam em idioma: Atos2:6 e 8: “E, correndo aquela voz, ajuntou-se uma multidão, e estava confusa, porque cada um os ouvia falar na sua própria língua(dialékto).” “Como pois os ouvimos , cada um, na nossa própria língua(dialékto) em que somos nascidos?” Nos dois versículos, também fica claro que se fala de idioma.
Vejam, estou sendo simples como o texto. Agora, como podemos entender a situação como um todo, deste capítulo. As línguas estranhas foram um sinal? Como provamos, com um texto apenas, que foram línguas estranhas? Este fato não será provado aqui, mas depois. Como já foi dito, não há dúvida que Lucas fala de idiomas ao usar a palavra diálekto. Mas isso também pode ser debatido.
Então vamos deixá-los quietos e tanger um outro assunto, usando como premissa, que estas duas palavras são usadas no sentido dado acima.
Se eram línguas estranhas, ou ininteligíveis, como o povo os ouvia no seu próprio idioma? Vejamos algo interessante: Atos 2:6 “…cada um os ouvia falar…” 2:8 ”Como pois ouvimos,…” 2:11 “…todos os temosouvido em…”. Pela fala do povo, os discípulos não estavam falando em língua estranha, mas nos idiomas deles. Era assim que elesouviam. O que não significa que os discípulos não estivessem falando em língua estranha.
Outro detalhe: As pessoas que estavam entendendo o que eles diziam se maravilhavam disso. Estavam abertos para ouvir. Não estavam preconcebidos. E as pessoas preconcebidas não entendiam nada. Para estes os discípulos não falavam em idiomas. Por isso zombavam e diziam que estavam bêbados, ou loucos.
O que significa isso? Significa o que, pelo menos dois comentaristas, dizem que pode ter acontecido. Que na ocasião houve três fatos importantes: o derramamento do Espírito Santo, o falar línguas estranhas pelos discípulos, e a interpretação das línguas pelo Espírito Santo às pessoas que de coração aberto e perplexos queriam saber o que estava acontecendo. Convenhamos, deixaria Deus faltar alguma coisa, para que o fato não pudesse ser entendido e o seu nome glorificado? Para nós pode parecer algo grandioso demais, mas sabemos que para Deus não é. Para Deus isso foi simples. Muito simples.
Seguimos para Atos 10:44-46 “E, dizendo Pedro ainda estas palavras, caiu o Espírito Santo sobre todos os que ouviam a palavra. 45 E os fiéis que eram da circuncisão, todos quantos tinham vindo com Pedro, maravilharam-se de que o dom do Espírito Santo se derramasse também sobre os gentios. 46 Porque os ouviam falarglóssais, e magnificar a Deus.” Por que os “da circuncisão” sabiam que havia sido derramado o Espírito Santo? “Porque os ouviam falar línguas (glôssa)” . Se estes estivessem falando em outros idiomas, seria um sinal? Lucas poderia ter usado a palavra diálekto.Certamente não quis dificultar o entendimento do texto.
E Pedro usa este fato para dar testemunho em Jerusalém, de que os gentios haviam recebido o Espírito Santo. Atos 15:8 “E Deus, que conhece os corações, lhes deu testemunho, dando-lhes o Espírito Santo, assim como também a nós.” “Lhes deu testemunho”. “Lhes deu um sinal”. Um sinal não somente para os gentios, mas para os judeus que lá estavam e para Pedro, que pregava. Se eles falassem em idiomas, seria um sinal? Em Cesaréia, cidade importante em todos os sentidos: comercial e político. Havendo pessoas de todos os lugares. Por isso glôssa e não diálekto.
Seguimos para Atos 19:5-7. “E os que ouviram foram batizados em nome do Senhor Jesus. 6 E, impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo; e falavam glóssais e profetizavam. 7 E estes eram, ao todo, uns doze varões.” Novamente, Lucas não usadiálekto, isto é idioma. Apesar de não haver argumento maior, o uso da mesma palavra pelo evangelista, nos dá a entender que falaram em línguas estranhas.
Seguimos para Atos 21:40 “ E, havendo-lhe permitido , Paulo pondo-se em pé nas escadas, fez sinal com a mão ao povo; e, feito grande silêncio, falou-lhes em dialékto hebraico.”
Sigamos logo para Atos 22:2 “(E, quando ouviram falar-lhes emdialékto hebraico, maior silêncio gurdaram.)
Sigamos logo para: Atos 26:14 “E, caindo nós todos por terra, ouvi uma voz que me falava, e em dialékto hebraico, dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues? Dura coisa te é recalcitrar contra os aguilhões.”
Há aqui alguma dúvida de que está se falando de idioma? Certamente não. Porque o texto cita o idioma. E estes textos foram escritos pelo mesmo autor dos outros textos, onde se usa a palavraglôssa. Por que Lucas faria o esforço de usar termos diferentes sem ter um motivo para isso? Tanto em Atos 2, como em 10, e 19, ele usa o mesmo termo. Por que eu traduziria, ou interpretaria de forma diferente?
Não preciso atender problemas eclesiásticos, ou religiosos (o que é muito pior), para amoldar um texto ao desejo de um grupo que não consegue ver Deus como um Deus livre e que pode fazer até coisas que eu não quero. Mas que vão contribuir para a divulgação do evangelho. Quem sou eu, ou melhor dizendo, como Deus perguntou a Jó 28:4ª “Onde estavas tu, quando eu fundava a terra? Faze-mo saber, se tens inteligência.”
Precisamos ressaltar, que em nenhum lugar deste livro é falado sobre a repetição de qualquer um destes eventos. Digo: qualquer um, porque todos foram diferentes. Em Atos 2, foi o derramamento do Espírito Santo, propriamente dito, conforme promessas de Jesus em João 14 e 16. Já na casa de Cornélio, não houve um derramamento do Espírito Santo, mas uma manifestação do Espírito Santo, que já havia sido derramado em Atos 2. O mesmo acontece em Éfeso. As situações também foram diferentes: Em Atos 2, os discípulos receberam o Espírito Santo manifesto em línguas de fogo pousando sobre cada um deles, para prova para eles mesmos do que estava acontecendo. Em Cesaréia, a manifestação aconteceu enquanto Pedro falava, diríamos que ele ainda não havia feito o apelo para crer em Jesus; não temos certeza se todos os presentes já haviam crido. Mas foi uma prova para os judeus e para Pedro. E em Éfeso, os discípulos já haviam sido batizados com o batismo do arrependimento de João Batista, eles foram, pois, batizados em nome de Jesus, e depois Paulo impondo as mãos, receberam o Espírito Santo
Tendo estes três textos, também não encontramos em nenhum deles, ou num outro de Atos que é necessário que o novo convertido fale em línguas estranhas. Quando Pedro foi perguntado em Atos 2:37-38 “… Que faremos varões irmãos?” Pedro respondeu “Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo.” Que ocasião propícia para falar que deveriam falar em língua estranha, se isso fosse necessário. O versículo 42 diz que se converteram “quasi três mil almas.” E não fala nada em alguém ter falado em línguas estranhas. Da mesma forma em Atos 4:4 onde se converteram “Muitos, porém, dos que ouviram a palavra creram, e chegou o número desses homens a quasi cinco mil.” Destes também não se fala que alguém tivesse falado em línguas estranhas. E só mais um exemplo: Nem o apóstolo Paulo, indo a Damasco, tendo visto a forte luz, ouvindo Jesus falar com ele, não falou em língua estranha, apesar de ter sido um momento muito divino. Ainda Paulo, quando recebeu a visita de Ananias. Ananias diz que ele fora enviado para que Paulo “tornes a ver e sejas cheio do Espírito Santo”. Nem mesmo neste momento Paulo falou língua estranha. Diz o texto que “levantando-se foi batizado.”
Não há pois prova nenhuma no livro de Atos, que mostre que o crente deve ter uma experiência especial que comprove que ele é crente em Jesus Critso, falando línguas estranhas. Aliás, quem crê não precisa de provas. E há aqueles que falam línguas estranhas, que nem crentes são. Mas isso veremos ao estudarmos As Línguas Estranhas em I Corintios.
É melhor ficarmos no que está escrito, e agradecer pela misericórdia que Deus teve para conosco. Pregarmos o evangelho sem tirar o olhar da cruz, pois é isto que as muitas discussões fazem. Que Deus nos abençoe.
Pr.HW Rosin
O que significa atos proféticos? É bíblico?
Provavelmente você já deve ter se deparado alguma vez com a notícia de um ato profético. Certa vez um pastor levou várias vassouras para o altar da igreja, chamou alguns membros e todos passaram a varrer o chão do altar. Aquele ato, segundo ele, simbolizava a profecia de que o pecado seria varrido da vida das pessoas daquele lugar. Outro pastor levou à igreja um grande cálice com cerca de 12 litros de óleo ungido. Em um momento do culto o pastor ajoelhou e os 12 litros de óleo foram jogados sobre a cabeça dele num ato profético que simbolizava uma unção além da medida para o povo de Deus daquele lugar. Ainda temos um pastor que alugou um helicóptero e sobrevoou uma cidade derramando um óleo ungido sobre os limites da cidade e profetizando que, a partir daquele ato profético, aquela cidade era do Senhor Jesus.
Enfim, os tipos de atos proféticos são variados. Mas vamos entender melhor o que significa toda essa história de atos proféticos e verificar o que a Bíblia diz a respeito disso.
Atos proféticos, o que a Bíblia diz?
(1) Segundo aqueles que os realizam, os atos proféticos são ações realizadas por profetas de Deus, homens consagrados. Esses atos são realizados através de ações e símbolos que apontam para realidades espirituais e tem impacto no mundo físico. Exatamente como no exemplo citado no início, onde um pastor usou uma vassoura e o varrer dessa vassoura como símbolo de algo espiritual (a vitória sobre o pecado) que teria impacto no mundo físico (as pessoas parando de pecar).
(2) Aqueles que defendem o uso de atos proféticos costumam utilizar passagens bíblicas onde Deus se usou de símbolos e ações de Seus profetas para transmitir mensagens ao povo. Por exemplo, o toque de trombetas ou shofar (Josué 6.2-16); derramar óleo sobre lugares e pessoas (Levítico 8); usar desenhos e maquetes de lugares para profetizar e ungir (Ezequiel 4.1-4); enterrar e desenterrar um cinto (Jeremias 13.1-11), etc. Os defensores dos atos proféticos se utilizam dessas passagens para dizer que Deus apoia esse tipo de ato e, inclusive, usou desse tipo de ação na Bíblia. Sendo assim, segundo eles, Deus quer que esse tipo de ato continue.
(3) Avaliando essa questão, precisamos entender que a Bíblia nos traz passagens descritivas (que descrevem fatos como ocorreram, a história) e passagem que são mandamentos (ordens de Deus que devemos cumprir). Cada uma dessas passagens precisa ser interpretada de acordo com o que representa. Por exemplo, a Bíblia nos traz uma passagem descritiva mostrando que Judas traiu o Senhor Jesus (João 13:26-27). Isso significa que devemos trair Jesus? Obviamente que não. Outro exemplo: a Bíblia cita que Moisés tirou as sandálias dos pés quando chegou até a sarça ardente porque, segundo Deus disse, aquela terra era sagrada (Êxodo 3:5). Isso significa que devemos tirar o calçado que vestimos quando estivermos diante de uma terra sagrada? Obviamente não. São passagens descritivas e não passagens com mandamentos. Já no caso de passagens bíblicas com mandamentos, elas são bastante claras a nós: “Respondeu-lhe Jesus: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento” (Mateus 22:37). Isso é claramente um mandamento, é ordem de Deus que deve ser seguida. Bem diferente do primeiro exemplo.
(4) As passagem bíblicas citadas como embasamento pelos que fazem seus atos proféticos devem ser interpretadas e entendidas à luz de seu contexto e objetivo. Geralmente Deus utilizava desses expedientes de forma didática ao seu povo e de forma pontual, sem que aqueles atos fossem novamente repetidos. Quando Jeremias comprou um cinto e o enterrou e, após alguns dias voltou até onde enterrara o cinto e este estava podre, Deus mostrou que Seu objetivo era apontar para Judá e Jerusalém que Ele iria fazer apodrecer a soberba deles, pois estavam longe de Deus, andando em maus caminhos (Jeremias 11.9-11). O objetivo era o ensino e não trazer questões espirituais a existência no mundo físico e nem decretar vitórias que venham por causa do ato realizado. Aquele pastor que citei no início, que levou um monte de vassouras para a igreja para varrer o pecado, tenho por certo, não conseguiu varrer o pecado da vida das pessoas. Ele deveria ter usado a Bíblia para ensinar o que é ter uma vida santificada.
(5) O que ocorre é que aqueles que se usam de passagens descritivas para embasar seus atos proféticos, principalmente do Antigo Testamento, erram fazendo isso, primeiro porque incorrem em um erro de interpretação da Bíblia; segundo porque trazem para igreja elementos estranhos ao culto e tomam de um tempo precioso que deveria ser usado para cultuar a Deus e levar o povo ao aprendizado da Palavra de Deus. Infelizmente levam o povo a uma superstição prejudicial e que minimiza o poder da Palavra de Deus (e do próprio Deus), enquanto ampliam o “poder” dos grandes “homens de Deus” que fazem seus atos proféticos tão “necessários” para que a igreja alcance bênçãos.
(6) As práticas atuais de atos proféticos dos mais diversos e, diga-se de passagem, cada vez mais absurdos, têm afastado as pessoas da verdade da palavra de Deus. Essas pessoas, ao invés de serem libertas das superstições pela pregação da palavra de Deus, têm vivido cada vez mais dependentes de símbolos e de homens que seriam a “chave” para alcançarem as bênção de Deus. Um verdadeiro absurdo! Por exemplo, vi um vídeo de um pastor que fez um ato profético onde cada pessoa deveria se sacrificar e ofertar na igreja uma boa quantia e levaria um mini tijolo ungido, que representaria a conquista da casa própria muito rapidamente. Ora, isso é totalmente absurdo! Uma oferta financeira e um mini tijolo ungido não darão casa própria a ninguém! Antes, as pessoas deveriam ser orientadas dentro da Palavra de Deus a trabalhar honestamente e buscar em Deus a concretização de seus sonhos. Esse é o caminho terrível dos atos proféticos!
(7) Além disso, não temos nenhuma menção na Bíblia de qualquer ordem mandando que reproduzamos atos proféticos. Quando Paulo instruiu o pastor Timóteo, não mandou que fizesse atos proféticos, antes, orientou: “Conjuro-te, perante Deus e Cristo Jesus, que há de julgar vivos e mortos, pela sua manifestação e pelo seu reino: prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina” (2 Timóteo 4:1-2). A base de nossas ações deve ser sempre as Escrituras Sagradas. O povo deve ser ensinado a buscar na Bíblia as orientações para todas as questões da vida. Atos proféticos são uma espécie de “circo” que distrai as pessoas e as levam para ainda mais longe dos verdadeiros ensinos da Palavra de Deus. Uma pena que tenha gente que ainda baseie sua fé nesse tipo de coisa!
Assinar:
Postagens (Atom)