2015/04/21

Filhos: o que a Bíblia diz?



O Que Diz A Bíblia Sobre
Os Filhos do Lar
Todos os males da sociedade, sejam financeiros, políticos, trabalhistas, escolares ou religiosos têm a sua origem no coração do homem. Sabemos como é o coração do homem (Jer. 17:9; Rom 3:10-23). A instituição que Deus estabeleceu, ainda no jardim do Éden, que ajuntou duas pessoas em maneiras especificas para ser uma unidade é o que chamamos de família. O ambiente que é formado pelo amor exercitado entre todos da família cria o que chamamos de “o lar”. O lar tem suma importância na vida humana pois é o berço de costumes, hábitos, caráter, crenças e morais de cada ser humano, seja no contexto mundial, nacional, municipal ou familiar. Então, podemos dizer, como vai o lar vai o mundo, e também, o que é bom para a família é bom para o mundo.
Tal lar, tal mundo
Reconhecendo a existência e influência do pecado, sabemos que todos os lares não estão operando com as mesmas regras e propósitos com os quais um lar cristão opera. Aprender o que a Bíblia ensina sobre o assunto do lar é uma garantia de que atingiremos o alvo o que Deus tem para nós na relação de família.
Filhos - Herança do SENHOR
I. Os Filhos - Uma Bênção
De acordo com a Bíblia, filhos são uma benção que vem do Senhor, “o fruto do ventre o seu galardão.” (Sal 127:3). Não são só os filhos que são uma benção, mas também os filhos dos filhos são “a coroa dos velhos” (Prov. 17:6). Tanto mais os filhos quanto mais as bênçãos parecem ser o que a Bíblia relata sobre os filhos (Sal 127:3-5). O fato de não ter filhos era uma vergonha (Gên. 30:22,23) e opróbrio (Lucas 1:25). Quando Deus queria abençoar um casal Ele dava filhos (Abraão e Sara - Gên. 17:20; Ana - I Sam 1:3-27; Elizabete - Luc 1). Se vamos ter a mesma atitude que Deus tem deste assunto devemos já nos dobrar à idéia que filhos, em qualquer época, não são menos que uma bênção. Para um estudo desta atitude, estude Gên. 30:1-24 e veja as reações das esposas de Jacó em terem filhos.
Muitas vezes, quando os filhos são menos que uma bênção para os pais, os pais reclamam que são um peso. É fato que “o filho insensato é a tristeza de sua mãe” (Prov. 10:1), mas a maioria destes casos foram os pais quem deram causa a tal insensatez pelo descuido no treinamento do filho. Examine Provérbios 22:15; 29:15, 17 em relação a este aspecto. Pais, não culpem os seus filhos pela vossa desatenção. Assume a responsabilidade e procure a graça de Deus para por a casa em ordem seguindo os princípios da Palavra de Deus tão claramente estipulados e por muito tempo ignorados.
II. Os Filhos - Obediência é a sua única virtude.
Examine a Bíblia toda e irá concluir que “obediência aos pais não é só uma virtude; é a única virtude da criança.
A obediência inclui tudo que é bom que pode ser exigido ou esperado dele.” (The Christian Family, p.61). É chamada a ‘única virtude’ porque é o único mandamento para as crianças guardarem (Êx 20:12; Efés. 6:1-3; Col 3:20). Há o princípio de I Tim 5:4, “recompensar seus pais” mas isso não é nada menos que o cumprimento de Êx 20:12, “Honra a teu pai e a tua mãe.” Jesus recebeu os meninos e disse, “dos tais é o reino de Deus.” (Mar 10:14). Se a obediência completa é a única virtude da criança, então pode saber que qualquer que queira ver o reino de Deus deve ter prontidão de espirito de obedecer em amor tudo que Deus mandou. Temos estudado já que o homem do lar tem responsabilidade de ensinar, ser exemplo, ser o cabeça, ter a iniciativa, e treinar os filhos. Temos estudado já que a mulher do lar tem a sua responsabilidade no lar de submeter-se à cabeça do lar e ser uma ajudadora idônea para ele. Os filhos do lar tem a única responsabilidade de obedecer os pais. Isso em si fornecerá para os filhos um ambiente no qual eles tenham o mínimo de estresse para que eles possam desenvolver bem em todos os sentidos. O filho que sai desta posição de bênção, quer dizer o rebelde ou a criança de natureza obstinada, traz para si uma multiplicidade de problemas à sua vida e às vidas ao redor dele.
A obediência aos pais pressupõe outras qualidades boas tanto quanto a desobediência pressupõe qualidades más. Comparando obediência e desobediência na Bíblia podemos ver que tipo de companhia filhos obedientes ou filhos desobedientes têm e quais as expectativas podemos esperar de cada um.
Obediência:
Fé e salvação - Gên. 7:7 (Noé e família)
Prontidão em ouvir O Senhor - I Sam 3:4
Tenro - Prov. 4:3
Apreender a verdade - Prov. 31:1
Amor - João 14:15
Sujeição, submissão, bom testemunho - I Tim 3:4,12
Humildade, fidelidade - Fil. 2:8
Pronto para agradar, abençoado - Efés 5:1
Vá bem, vida longa - Efés 6:3
Desobediência:
Tolice - Juízes 14;2
Morte, “a glória se foi” - I Sam 4:11
Ódio, morte, fuga, desperdiço, dissolução - II Sam 13:22,28,34; 15:13
Desrespeito, morte - II Reis 2:23,24
Romanos 1:29- Iniquidade, prostituição, malícia, avareza, maldade, inveja, homicídio, contenda, engano, malignidade,
Romanos 1:30 - sendo murmuradores, detratores, aborrecedores de Deus, injuriadores, soberbos, presunçosos, inventores de males
Romanos 1:31 - néscios, infiéis nos contratos, sem afeição natural, irreconciliáveis, sem misericórdia
II Tim 3:2 - homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos
II Tim 3:3 - sem afeto natural, irreconciliávies, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons
II Tim 3:4 - tridores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus
II Tim 3:5 - têm aparência de piedade, mas negam a eficácia dela
Obediência - O Caminho Abençoado!
Obediência traz consigo muitas outras bênçãos pois submissão aos pais é submissão a Deus, quem mandou aos filhos obedecerem os pais. Quando uma criança aprende submissão (e tem que ser aprendida, o mais cedo possível - Prov. 22:15) ela aprende submeter-se a uma vontade mais alta que a sua. Sabendo submeter-se a uma autoridade mais alta pode treinar o filho pequeno a responder até ao chamado de Deus à salvação pois salvação é uma resposta em obediência a chamado de Deus pela Palavra dEle (Prov. 23:13,14; Veja o exemplo de Noé - Gên. 7:1-7). O filho que sabe submeter-se aos pais sabe obedecer os mandamentos de Deus “não de uma força externa mas de uma consciência e impulso interno” (The Christian Family, p. 62).
III. Os Filhos e os Velhos
O mandamento de Êxodo 20:12, “Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o SENHOR teu Deus te dá.” , e repetidos em Deuteronômio 5:16 e Efésios 6:2 não são só para a criança enquanto esteja no lar mas estão em efeito enquanto ela tenha pais.
Para que a igreja não tenha a responsabilidade de cuidar financeira, medica, emocional ou literalmente é constatado por Paulo que “os filhos, ou netos, aprendam primeiro a exercer piedade para com a sua própria família, e a recompensar seus pais; porque isto é bom e agradável diante de Deus.” (I Tim 5:4). Isto relata que os filhos têm uma obrigação para com os pais e até outros parentes como avós (I Tim 5:8,16). Como os pais ministraram incansavelmente, dia e noite, na conveniência e na inconveniência, no suor e no labor para com os filhos, os filhos devem “recompensar” os pais. Pode chegar o dia em que o filho, por um tempo indeterminado, precise ministrar incansavelmente, dia e noite, na conveniência e na inconveniência, no suor e no labor para com os pais. O filho retribuindo esta atenção e cuidado é “bom e agradável diante de Deus” e há de honrar os seus pais pois ele “está mostrando respeito em consideração à sua excelência e superioridade” (Matthew Henry). Quando os pais têm mais que um filho, esta responsabilidade pode ser distribuída entre todos os filhos sem que o peso total seja levado por só um ou dois. Mas, mesmo não tendo outros que levam a responsabilidade, o filho único, tendo recebido toda a atenção dos pais quando era criança, deve agora incansavelmente dar tudo que pode aos pais.
Como os Pais aos Filhos - Os Filhos aos Pais
IV. Os Filhos e a geração futura
A continuidade das instruções de Deus para futuras gerações cabem aos filhos. Salmos 78:4-7. Os filhos são os elos que fazem a ligação de agora para com o futuro. Os pais devem criai-os “na doutrina e admoestação do Senhor” (Efés. 6:4), e os filhos criados assim tenham uma responsabilidade também, “Para que a geração vindoura a soubesse” sim, “os filhos que nascessem, os quais se levantassem e a contassem a seus filhos” (Sal 78:6; 48:13; 71:18; 102:4; Deut 6:2).
Os filhos que guardam as instruções dos pais para as obedecerem levam uma prática e exemplo para as suas famílias futuras que influenciarão a sociedade que ainda virá. Não pode ser dada ênfase demais a importância dos filhos atentarem para os conselhos dos pais. É aqui que se pode ver o significado do ditado: como vai o lar, vai o mundo, pois os filhos levam as qualidades adquiridas no lar para sucessivas gerações (Mal 2:15).
V. Filhos e os Pais
Que filhos necessitam de pais é evidente pela criação de Deus. Só os filhos de seres humanos têm longo período de amadurecimento. Durante este tempo é necessário o cuidado, correção, exemplo e amor dos pais. Não sejam enganados, filhos, vocês precisam de pais, e pais que usam a autoridade para marcar os limites. Que filhos precisam de pais é evidente pelos versículos seguintes:
Provérbios 22:6, “Educa a criança no caminho em que deve andar; ...”
Provérbios 22:15, “A estultícia está ligada ao coração da criança, mas a vara da correção a afugentará dela.”
Provérbios 29:15, “... a criança entregue a si mesma, envergonha a sua mãe.”
I Cor 13:11, “Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.”
Efés 4:14, “para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina”
(Veja também Provérbios 31:1; II João 4)
Os filhos, no nascimento, e pelos primeiros anos até que sejam adultos, não estão completos física, experiência ou mentalmente. Não estão capacitados a exercerem todas as responsabilidades necessárias para lidar com uma vida adulta e equilibrada até que sejam de fato adultos. A vida verdadeira e real opera com princípios realísticos que são altamente desenvolvidos. Só quando a capacidade racional, lógica, emocional, experiência e física dos filhos está madura ao nível de desenvoltura da vida verdadeira é quando a responsabilidade da vida adulta deve mesmo tornar-se uma realidade.
Até aquele ponto em que os filhos podem andar responsáveis com os princípios que dirigem a vida, precisam de pais amorosos, cuidadosos, sábios e firmes. Por causa dos limites que uma vida ainda não completamente madura requer, os pais precisam fixar os limites dos filhos. Estes limites dependem tanto da capacidade dos filhos quanto dos objetivos dos pais. Qualquer limite deve ser fixado amorosamente e explicado em primeira instância. Depois que estejam fixados, os limites devem ser mantidos com sentimentos de firmeza e consideração para o bem dos que estão sendo treinados. Um sistema de fixar e manter limites que realmente merece consideração é a própria maneira que Deus nos ensina. Veja como a Bíblia inspirada é proveitosa para todos que a ela se submetem. Em II Tim 3:16,17 a Escritura é proveitosa para:
Veja esta ordem cuidadosamente:
1) ensinar - instrução; a função dela ou a informação dada. (Strong’s #1319). - Isso é de levar o filho a ser ciente do que é certo ou errado. É a atividade de comunicar fatos. Note que a comunicação dos fatos vem primeiro. É necessário ensinar a criança do que é certo e errado antes de reprovar ou corrigir ela por fazer qualquer erro.
2) redargüir - prova ou convicção (Strong’s #1650). - Uma vez que a instrução tenha sido dada é necessário dar provas dela. Quando a criança começa a afastar-se da obediência, da instrução já dada, os pais precisam chamar a atenção ao delito. É necessário que a criança entenda de que tal ação ou atitude está em conflito com a instrução dada.
3) corrigir - colocar em dia; retificar; reformar (Strong’s #1882). - Se a ação ou atitude estiver repetida depois de chamar a atenção ao delito, é preciso que uma ação da parte dos pais seja exercitada que modifique o comportamento do filho. O objetivo da correção é de tornar retas as ações dos filhos e não de descaracterizar ninguém. Deve ser aplicado numa maneira firme e amorosa no mesmo tempo e nunca com cólera ou sentimentos de vingança.
4) instruir - tutorar, como em educar ou treinar (Strong’s #3809). - Essa palavra é traduzida “doutrina” em Efésios 6:4.Quando há insistência na parte dos filhos a fazerem contrário aos limites fixados pela autoridade, mesmo depois da prova do delito e da tentativa de colocar em dia as ações deles, é necessário usar uma correção disciplinadora outra vez. Esta correção precisa de ser repetida tantas vezes quantas as ações não desejadas estejam repetidas até que tudo esteja em conformidade ao que foi ensinado.
A opção de usar um sistema firme como o da Bíblia é de aplicar filosofias humanas ou técnicas de persuasão emocional. Esta persuasão emocional vai de manipulação mental em um extremo, à de força brutal no outro extremo. Uma observação conservadora dos filhos que têm sido submetidos a estas idéias humanas deixa um comentário convincente que a maneira Bíblica é demasiadamente a melhor.
A opção de fixar limites para uma criança é de deixar a criança entregue às suas próprias forças imaturas. Isso certamente trará vergonha à sua mãe. Não só o coração do filho é ligado à estultícia mas as capacidades dele não são ainda desenvolvidas ao ponto de equilibrar-se com o alto desenvolvimento dos princípios da vida real.
“Filho meu, guarda o mandamento de teu pai, e não deixes a lei da tua mãe; Ata-os perpetuamente ao teu coração, e pendura-os ao teu pescoço. Quando caminhares, te guiará; quando te deitares, te guardará; quando acordares, falará contigo. Porque o mandamento é lâmpada, e a lei é luz; e as repreensões da correção são o caminho da vida”Provérbios 6:20-23
VI. Os Filhos e a morte prematura
Mesmo que a Bíblia nos diz que “Os dias da nossa vida chegam a setenta anos” (Salmos 90:10) a Bíblia também nos ensina que o Senhor pode dar e também pode tomar (Jó 1:21). Há os casos na Bíblia que os filhos pequenos dos filhos de Israel eram mortos várias vezes (Faraó mandou isso em Êx 1:22 e Herodes mandou isso em Mat. 2:16). Mesmo que o desejo é de viver, às vezes o desejo não é realizado. Não há garantia do dia de amanhã pois a nossa vida, de qualquer numero de anos, “é um vapor que aparece por um pouco, e depois se desvanece” (Tiago 4:14).
A. O que acontece quando um filho morre pequeno?
A Bíblia não fala diretamente para onde vão os filhos que morrem. Pela comparação de um versículo com um outro e procurando ser fiel com toda a verdade apresentada na Bíblia podemos achar algumas respostas desta pergunta. Os filhos que morrerem prematuros, antes da idade da razão, podem ir para o céu. Quando Davi perdeu a sua criança de poucos dias ele pronunciou, “Eu irei a ela, porém ela não voltará para mim.” (II Sam 12:23). Davi dizendo, “irei a ela” nos dá uma razão de crer que as crianças vão ao céu onde Davi foi depois de morto. Que a criança “não voltará para mim” nos ensina que não há reencarnação ou uma outra chance de vida nem uma outra vida em qualquer forma na terra para as crianças que morrerem pequenas.
B. Há um céu só para nenê?
A Bíblia nos revela tudo que Deus quer revelar para o homem. Só o que é revelado é necessário para o homem saber para dar glória a Deus. Existem perguntas que não têm respostas. Geralmente pode concluir que se a Bíblia é silenciosa sobre um fato, o homem deve ficar silencioso também. Homem qualquer não tem nenhuma liberdade de criar nenhuma crença se a Bíblia não a ensina. A Bíblia só relata um céu (Apoc 21,22). A Bíblia é silenciosa sobre qualquer afirmação de fato para onde as criancinhas vão quando morrem mas há razão pensar que vão para o céu..
C. Qual é a idade de razão?
A Bíblia não conclui qual é a idade da razão. Os estudiosos acham que quando a criança pode entender o certo e o errado ela já chegou ao ponto de ser responsável diante de Deus pelas suas próprias ações. Deus tem compaixão dos que “não sabem discernir entre a sua mão direita e a sua mão esquerda” (Jonas 4:11). Deus cuida dos pequeninos, dos quais Jesus disse “seus anjos nos céus sempre vêem a face de meu Pai que está nos céus” (Mat. 18:10; Zac 13:7). É fato que ninguém pode afirmar se a idade da razão é de três anos, dez anos, mais anos ou menos, pois a Bíblia não dá casos para consultarmos. Podemos saber que os pais devem criai-os “na doutrina e admoestação do Senhor.” (Efés 6:4) desde o berço para que quando vier o tempo de partirem, estarão preparados. Também a Bíblia alerta que os pais devem ter cuidado de nunca impedirem qualquer criança de ir a Cristo (Mat. 19:13-15).
D. Qual deve ser a atitude sobre aborto?
Quando os filhos são abortados eles morrem prematuros. Os que concedem ao aborto ou praticam o aborto já são culpados de assassinato. Disso, a Bíblia não resta dúvidas.
Se o caso de Onã trouxe a repreensão do Senhor (Gên. 38:8-10), tanto mais os que desfazem o “fruto do ventre”(Salmos 127:3). Bênçãos eram para as parteiras Egípcias que “conservavam os meninos com vida” que Faraó mandava matar. As parteiras agiram com uma atitude de temor a Deus (Êx 1:15-21). Todos que cuidam da vida que o SENHOR dá estão operando com o temor de Deus. De outra maneira é homicídio.
Do momento que há concepção, há vida (Mat. 1:18, “concebido”, Mat. 1:20, “gerado”). Quando “no oculto”, dentre do ventre, o corpo existia “ainda informe” Deus notava e dava consideração como se fosse uma pessoa completa. Davi disse pela inspiração, “Os teus olhos viram o meu corpo ainda informe; e no teu livro todas estas coisas foram escritas; as quais em continuação foram formadas, quando nem ainda uma delas havia.” (Salmos 139:14-17). Se a criança, “ainda informe”, levava a atenção notável de Deus, os que temem a Deus darão atenção adequada a ela também.
VII. Filhos e a Educação Sexual
Sendo muitas vezes um assunto constrangedor tanto para filhos quanto para os pais todos podem ficar sabendo que não é tão acadêmico quanto acham. Desde o fato que os pais passarem a terem filhos já tem iniciada a educação sexual para seus filhos. Desde que os filhos chegaram a ter consciência de si mesmos também já têm iniciado as lições da sua sexualidade. O assunto é honroso (Heb 13:4), desde que esteja entre os contextos nos quais Deus o deu.
Como o lar é o berço de caráter, costumes, morais e hábitos podemos entender que o lar é uma sala de aula também. Todos as atitudes de amor e respeito de um e outro no lar dão uma educação imperceptível nas atitudes que os filhos terão sobre sexo. As atitudes que os filhos desenvolvem sobre o assunto eles são vista primeiramente nas vidas dos pais. O pai que é feliz de ser pai e que ama a sua esposa, já está dando aos filhos uma lição de sexualidade masculina. A mãe que é feliz nas suas tarefas de mãe e uma mulher que está em paz com a sua posição no lar já está dando às filhas uma aula particular de sexualidade feminina. Os pais que amam um ao outro e não têm medo de viver o seu amor publicamente dão aos filhos o alicerce de atitudes saudáveis. E tudo isso, sem nenhuma palavra dada “oficialmente” sobre o assunto.
Mesmo que a vida dos pais dão lições inesquecíveis aos filhos, palavras mais cedo ou tarde também devem ser dadas para os treinar mais particularmente. Provérbios 5 é um exemplo de um pai cuidadosamente ensinando seu filho sobre os caminhos da vida. Que Rebeca tinha treinamento por exemplo e por palavra, é evidente quando ela encontrou o servo de Abraão, que buscava uma mulher para seu filho Isaque (Gên. 24). Há detalhes que devem ser dados sobre as características distintivas que Deus fez nas pessoas. O alvo de toda a instrução, seja pelo exemplo, seja pela palavra, é que “que cada um de vós saiba possuir o seu vaso em santificação e honra” (I Tess 4;1-5; ver também II Tim 2:19-22 junto com o aviso de Rom 12:1 e I Cor 6:18-20). A hora certa de falar dos papéis expressos de cada filho é determinado pelos pais. Só deve ser enfatizado que este esclarecimento esteja feito mesmo pelos pais e antes que os filhos necessitem das informações.
Informado antes preparados estão. Preparado antes é ser maduro. Ser maduro é ser sábio quando a informação certa é necessária para dirigir a vida. Mas, mesmo assim, há um certo mistério saudável sobre o assunto que só a realização de uma vida casada realmente desvendará (Provérbios 30:18,19).
Deus abençoe sua família
Autor: Pastor Calvin Gardner

Quando os filhos têm vergonha dos pais

 Especial Japão,muitos filhos por ter amigos japoneses,tem vergonha de seus pais,nas reuniões escolares proibem que eles façam perguntas.

Na rua quando estão juntos e ve a mãe ,passam do outro lado da rua.
Isso é uma vergonha,estes filhos vão é estar debaixo de maldição. Cuidado ame e não se envergonhe de seus pais,eles te geraram e sempre estarão prontos a te ajudar. Seus amigos de escola 90% são passageiros,seus pais ? lembre-se existe ensinamentos biblicos que obriga os filhos até mesmo a cuidarem dos pais,inclusive as leis morais de qualquer pais sério.

Depois de algumas horas fechados na sala de aula, chega finalmente a hora do recreio!
Os rapazes vão jogar à bola, enquanto as raparigas se juntam em grupinhos, a conversar ou a brincar com aquelas coisas que trouxeram de casa.

Observo com mais atenção, e descubro uma menina sentada num banquinho, afastada das outras crianças, a comer o seu lanche que a mãe, carinhosamente, lhe preparou.
Vejo no seu olhar, e na sua expressão, que está triste. Ela gostava de estar com as outras meninas. Mas as outras meninas não querem estar com ela.

Afinal, porque haveriam de a incluir naquele grupo de amizades? Quem é ela?
Ela é, apenas, a filha daquele homem que trabalha todos os dias para poder alimentar e dar o que pode à sua família, daquela mulher que, quando não está a trabalhar, fica em casa com os seus filhos, e vai levá-los e buscá-los à escola naquele velho Renault Clio que, provavelmente, não se importariam de trocar por outro mais novo, houvesse dinheiro para tal. Mas não há, e afinal de contas, é preferível ter aquele do que não ter nenhum.

Ela é, apenas, uma menina que não veste roupa de marcas famosas. Certamente, muitas das suas roupas nem novas são – foram dadas por outras pessoas a cujos filhos já não serviam. Embora os pais lhe possam comprar uma ou outra peça naquelas lojas mais baratinhas, ou numa qualquer feira.

Num meio onde vivem, em maioria, crianças filhas de pais ricos, com dinheiro, donos disto e daquilo, não é fácil ser pobre, não usar roupas de marca, andar num carro velho, e não ter brinquedos de última geração!
Aquela menina, é uma menina a quem os colegas põem de parte, por todos esses motivos Uma menina que todos os dias ouve os colegas chamarem-lhe as mais variadas coisas, que todos os dias é insultada e enxovalhada.

É uma menina triste e solitária, que só desejava ter amigas como qualquer outra criança, que só desejava brincar e ser aceite pelos colegas, que só desejava não ser discriminada pelas condições de vida que os pais lhe podem proporcionar…
Uma menina que, como qualquer ser humano, tem sentimentos…

E pergunto-me? Será a pobreza motivo para ter vergonha dos pais? Será uma justificação válida para tal?
Ou deve, pelo contrário, ser um motivo de orgulho para os filhos, saber que tudo o que têm, nem sempre muito, foi conseguido com muitos sacrifícios, esforço e dedicação dos seus pais, para que nunca lhes faltasse o essencial?

Não nos devemos sentir gratos quando, por exemplo, uma mãe abandonada pelo companheiro ainda grávida, cria a seu filho sozinha, trabalhando de sol a sol, muitas vezes passando fome para que não falte alimento ao filho, juntando todo o pouco dinheiro que conseguiu na sua vida para pagar os estudos ao filho e vê-lo formado em medicina?
É triste quando esse filho não reconhece tudo o que foi feito por ele, quando esse filho tem vergonha da própria mãe, quando finge não a conhecer e mente a todos sobre a sua família, quando esse filho só pensa no seu próprio bem-estar e comodidade, quando esse filho tem nojo da comida que a mãe, dentro das suas possibilidades, lhe pode pôr no prato, quando esse filho tem vergonha da casa pobre onde vive, não percebendo que ter um tecto para o acolher e abrigar, já é uma bênção.

Esse sim, é um bom motivo para se ter vergonha – não da pobreza material dos pais, mas da pobreza de valores morais de filhos!
Que Deus lhe alcance e que voce tambem crie vergonha na cara, e valorize seus Pais.
leiam tambem
http://projeto242japao.blogspot.jp/2015/04/pais-e-filhos-vivendo-segundo-direcao.html

A crise e a falta de creditibilidade da igreja hoje.


SumárioEste trabalho tem como objetivo analisar e estudar o assunto, dentro de uma cosmovisão reformada. 

Não pretendemos aqui esgotar o assunto em sua inteireza, pois o mesmo é amplo, o que esta pesquisa deseja é estudar as principais razões pelas quais a Igreja contemporânea tem perdido a credibilidade da sociedade, alertar a Igreja sobre o assunto e propor uma resposta às questões levantada. Além disso, mostrar que o avivamento bíblico e genuíno é a melhor resposta aos desafios de nossa época.

INTRODUÇÃOPOR QUE A IGREJA ESTÁ SEM CREDIBILIDADE NO MUNDO?1.1. Razão externa: O pluralismo religioso e a relatividade da verdade.1.2. Razões Internas1.2.1. Escândalos envolvendo lideres.1.2.2. Um deus chamado $ e a Igreja materialista.1.2.3. A geração Gospel .1.2.4. Vivendo a verdade como se fosse uma mentira.1.2.5. Rótulo do cristianismo sem conteúdo de Cristo.1.2.6. Ortodoxia sem ortopraxia.2. AVIVAMENTO: UMA SOLUÇÃO PARA A CRISE DA IGREJA.2.1. O que não é avivamento2.1.1. Não é resultado da ação da igreja.2.1.2. Não é emoção a flor da pele.2.1.3. Não é o show das 19h 30min.2.1.4. Não é manifestação de dons sem o fruto.2.2. O que é avivamento.2.3. Sentido bíblico da palavra2.4. Os frutos do verdadeiro avivamento.2.4.1.

 Volta a Palavra: para conhecer, pregar e viver.2.4.2. Purificação da igreja2.4.3. Transformação da sociedadeCONCLUSÃOBIBLIOGRAFIAINTRODUÇÃOAlguns missionários que trabalhavam na Índia pensaram em uma estratégia que poderia trazer um verdadeiro avivamento para o País. 

Eles disseram: Se nós conseguirmos evangelizar o líder do hinduísmo Mahatma Gandhi e o ganharmos para Cristo, toda nação indiana será impactada por esse testemunho . Convictos da sua estratégia foram ao encontro de Gandhi para persuadi-lo a ser o cristão, entretanto no meio da conversar ouviram de Gandhi: No vosso Cristo eu creio eu só não creio é no vosso Cristianismo [sem vida] . [1]O que aqueles missionários ouviram de Gandhi é o que constantemente ouvimos sobre o cristianismo brasileiro. São pessoas que acreditam em Cristo, [2] mas são descrentes em relação os crentes.

 Acreditam em Deus, todavia não acreditam na Igreja como uma instituição divina.Segundo as estatísticas sobre a religião brasileira, um dos percentuais que mais crescem é os dos sem religião . Em 1950, os sem religião eram aproximadamente 0,5% da população; em 2000 (ano do último Censo), passaram a ser 7,4%, proporção 14 vezes maior. Hoje eles já são a terceira maior identidade religiosa do País, estando atrás apenas dos católicos (70%) e dos evangélicos (17%).

 [3]Esses não são adeptos da não religião , por serem ateus, mas são que já freqüentaram uma Igreja e viram algumas razões para não crerem nela como uma instituição divina. Decepcionados com a Igreja, descrentes dos crentes e convictos que as demais religiões não os levariam a Deus, optaram em ser sem religião .Por que os sem religião crescem tanto? Por qual razão a sociedade brasileira não acredita na Igreja como antes? Podemos resgatar a credibilidade da Igreja? O que devemos fazer?Este trabalho tem como objetivo analisar e estudar o assunto, dentro de uma cosmovisão reformada. 

Não pretendemos aqui esgotar o assunto em sua inteireza, pois o mesmo é amplo, o que esta pesquisa deseja é estudar as principais razões pelas quais a Igreja contemporânea tem perdido a credibilidade da sociedade, alertar a Igreja sobre o assunto e propor uma resposta às questões levantada. Além disso, mostrar que o avivamento bíblico e genuíno é a melhor resposta aos desafios de nossa época.POR QUE A IGREJA ESTÁ SEM CREDIBILIDADE NO MUNDO?Não são poucas a razões pelas quais a igreja tem perdido a credibilidade diante do mundo.

 Aqui citaremos apenas algumas.1.1. Razão externa: O pluralismo religioso e a relatividade da verdade.Segundo o Dr. Herber Campos as últimas décadas do século XX têm sido caracterizadas por movimentos filosófico-teológicos que romperam com tudo o que, historicamente, tem sido crido como verdade fundamental, da qual não se poderia abrir mão.[4] Com nomes diferentes, tais como secularismo, relativismo, pós-modernismo e pluralismo,[5] eles defendem a mesma causa e levantam a mesma bandeira.

Estes movimentos, não reivindicam ter a verdade e condenam qualquer ideia de verdade absoluta.[6] Para os pluralistas a multiplicidade de conceitos sobre o exercício da fé, das crenças

 (Deísmo, Teísmo, ateísmo, politeísmo, seja quanto for), compreende a essência do pensamento humano e seu direito em crer ou deixar de crer no que quiser, sem ser discriminado por isso. A crença do individuo e sua verdade. Para eles pode-se até dialogar, desde que aja tolerância , o que para eles é quase um sinônimo de concordância.Essa relativização da verdade tem tido grande influência a visão da sociedade com relação a igreja.

 São com óculos relativistas e pluralistas que a sociedade ver a Igreja. E a conclusão que muitos tem chegado é: ser a verdade não é absoluta, logo, a igreja não pode ser a razão de uma crença absoluta e não é digna de todo o crédito. Razão pela qual segundo eles todas as religiões devem ser tratadas numa base politicamente igual .[7] Este relativismo contemporâneo ataca a principal arma do cristianismo, isto é, a Bíblia. Sem o status de ter a verdade absoluta a igreja dia a após dia tem perdido a credibilidade , na visão relativista contemporânea.1.2.

 Razões InternasHoje em dia dizer que é um cristão não é sinônimo de credibilidade. Se você estiver conversando com alguém e no meio da conversa disser que é um pastor, pode até perder um possível novo amigo. A Igreja como instituição, tem perdido a credibilidade e a sociedade está descrente dos crentes. Tudo isso são por razões internas do próprio cristianismo atual. Aqui apresentaremos algumas razões da falta de Credibilidade.1.2.1.

 Escândalos envolvendo lideres.Não precisa sem bem informado para tomar conhecimento dos escândalos que envolvem lideres, políticos e de pessoas que se dizem evangélicas. As várias e repetidas decepções com líderes tem levado sociedade à resignação.

 Uma pesquisa organizada pelo instituto LifeWay Research, nos Estados Unidos, feita no final de 2006, mostrou as principais causas que levam uma pessoa a mudar de igreja, dentre as razões 74% estava envolvia o testemunho da igreja, liderança e principalmente do Pastor.[8]Esta é uma realidade nos quatros cantos do mundo.

 A igreja evangélica brasileira tem sido, via de regra, marcada por uma mentalidade consumista, materialista, hedonista e pragmática, como o restante da sociedade. A visão mercantilista de igreja tem feito da igreja evangélica no Brasil objeto de escárnio e deboche. A mídia expõe com frequência os escândalos morais de líderes evangélicos brasileiros.

 O sal tem se tornado insípido e não tem servido senão para ser pisado pelos homens. Esse comportamento escandaloso ridiculariza a Cristo, prejudica o evangelismo e destrói a credibilidade do cristianismo em nosso país.[9]1.2.2. Um deus chamado $ e a Igreja materialista.

Em algumas denominações ou comunidades a igreja se tornou um negócio, pastores se tornaram executivos, o ministério um gerenciamento. Estas tem sido guiadas mais pelas leis do mercado como a produtividade, performance, faturamento, profissionalismo, qualidade, nichos de consumidores e estratégias de marketing, do que pela Palavra de Deus. Apresentam um Jesus Cristo atraente, prometemos a salvação no céu e a prosperidade na terra, sem precisar renunciar a nada. 

Palavras como sacrifício, pecado, arrependimento, negar-se a si mesmo, foram substituídas por decretar, determinar, conquistar, restituir, saquear. [10]Além disso, movidas pela teologia da prosperidade ou confissão positiva , muitas Igrejas têm se tornado materialistas. Pregam sobre dinheiro e por dinheiro, prometendo o que Deus não prometeu, levando muitos, à decepção religiosa e por fim a descrença. Essa e outra razão da descrença da sociedade em relação aos crentes.1.2.3.

 A geração Gospel .Ser gospel está na moda. Os artistas são gospel, pessoas importantes são gospel, é a geração gospel. Todavia esta palavra é sinônima de evangélico, mas está longe de o ser na pratica. A geração gospel é uma geração de convencidos e não de convertidos.

 Anos atrás uma apresentadora de um programa (não recomendado para menores de 18 anos), se "converteu" a geração gospel, e questionada por algum por continuar a fazer o mesmo programa depois da conversão disse: Eu me converte, mas não precisei mudar nada na minha vida Jesus me aceita do jeito que eu sou . Essa é a geração gospel é uma das razões pela qual a sociedade não acredita na Igreja como antes.1.2.4. Vivendo a verdade como se fosse uma mentira. Eu creria na sua salvação se eles [os cristãos] se parecessem um pouco mais com pessoas que foram salvas .

 Essa afirmação dita por Fiedrich Nietzche, no final do século XVIII, nunca foi tal atual como nos dias de hoje. O cristianismo estar cheio de pessoas que vivem a verdade como se fosse uma mentira. 

Pessoas que vivem o que não pregam e pregam o que não vivem.O professor Hugh Black, no seu Serviço de amor de Cristo , diz: Uma jovem judia, que é agora Cristã, pediu a certo senhor que lhe havia dado instruções a respeito do Evangelho, que lesse com ela a história. Porque, disse ela, tenho lido os Evangelhos e estou perplexa. Quero saber quando os cristãos deixaram de ser tão diferentes de Cristo [11] Essa é a realidade atual, um cristianismo que tem o rotulo de Cristo, mas nenhum conteúdo dEle.

O Rev. Elben M. Lenz César falando sobre a crise da igreja contemporânea diz: Não temos defesa: estamos desacreditados diante do governo (também desacreditado), diante dos críticos, diante dos antigos simpatizantes, diante dos opositores, diante da mídia (caçadora de escândalo) e diante do povo. [12] E acrescenta: Lamento muito ser obrigado a admitir que faço parte do grupo que acredita que a igreja está desacreditada. Basta ler O Escândalo do Comportamento Evangélico, de Ronald J. Sider, recentemente publicado no Brasil.

 Embora o autor se refira aos maus testemunhos dos evangélicos americanos, o problema é universal (...) Sider cita Michael Horton: Os cristãos evangélicos estão aderindo a estilos de vida hedonistas, materialistas, egoístas e sexualmente imorais com a mesma proporção que o mundo (...) Se já não somos o sal da terra, a luz do mundo e o bom perfume de Cristo, não servimos para mais nada, exceto para sermos jogados fora e pisados pelos homens, de acordo com Jesus . [13]1.2.5. Rótulo do cristianismo sem conteúdo de Cristo.Vivemos na epoca do vazio.

 A manipulação estar substituindo o conhecimento de Deus e sua Palavra em nossas igrejas. Não são poucos os que tem a cruz de Cristo no peito, mas não tem Cristo na mente. Os membros das igrejas são recebidos, mas não são instruídos; são animados, mas não são ensinados. As pessoas então adorando há um Deus que elas não conhecem. A verdadeira adoração requer o envolvimento do coração e da cabeça. O culto do coração, sem o entendimento, é forma errada de adoração, conforme o Senhor Jesus Cristo.Muitas igreja são como os ateniesses no Areopago. O altar estava ali, adoração estar sendo realizada, mas o Deus é deconhecido.

 A cena é parecida demais com a igreja moderna. Muitas nada mais falam de Deus e se resumiram apenas a uma ajuntamento de pessoas, um verdadeiro clube social, onde tudo é supeficial, inclusive o estudo sobre Deus.

 O carater de Deus é desconhecido. Falando sobre a necessidade de conhecermos a Deus com o coração e a mente Sproul lembramos que: Se entendermos o caráter de Deus. então a doutrina da Escritura, a dou trina de Cristo e tudo mais se encaixa. Por outro lado. pode tudo mais estar certo exceto sua doutrina sobre Deus, e você ainda será um pagão.

 É ainda um idólatra. Pode ser um inerrantista, pode ser que sua escatologia esteja certinha, pode ser que você não deixe de fazer seu culto individual ou ir à igreja. Mas se não estiver adorando o Deus certo, você estará adorando e servindo a um Deus falso, E imprescindível que conheçamos e prossigamos em conhecer o Senhor (Os 6.3). [14]Essa falta de conteúdo de Cristo na vida daqueles que são ou se dizem seus seguidores tem tirado a força do testemunho da verdade e a credibilidade da mensagem do evangelho.1.2.6. Ortodoxia sem ortopraxia.

Há muitas igrejas que são ortodoxias, zelam pela doutrina e pela fidelidade na Palavra de Deus, todavia essa fé não é evidenciada na sociedade. Todo extremo é um erro. Ser cristão ortodoxo nos livra dos erros que citamos acima, mas não viver a verdade na prática com a pregação do evangelho e, dentro de uma visão calvinista buscando a transformação da sociedade que vivemos, é fazer do cristianismo algo árido e sem vida e sem sentido para a sociedade a nossa volta. J. I. Packer diz que há cultos solenes, mas sem vida. Não há nada mais solene do que um cadáver.

 Há cultos solenes, porém mortos . A razão disso é que a igreja tem muita ortodoxia, mas não tem nada de ortopraxia. Igrejas que fecharam os olhos prática que o evangelho pressupõe.[15]O dr. Herber Campos diz que um dos desafios da igreja neste mundo pós-moderno é o de não tornar um gueto.

 A Igreja cristã, diz ele não deve se isolar, embora deva proteger a verdade. Ela deve aceitar o desafio de contrariar o espírito do tempo presente como uma espécie de "contracultura," saindo para minar os campos alheios. Se não fizer isso a igreja vai perder a sua verdadeira identidade . [16]Muitas igrejas são ortodoxias mais irrelevantes em sua atuação no mundo. Dizem ter tradições reformadas, mas não segue o verdadeiro pensamento dos reformadores.

 Dr. Abraham Kuyper falando sobre Calvino, o qual muitos ortodoxos dizem seguir, diz que o pensamento deste Genebrino não deve ser visto apenas como um conjunto de dogmas teológicos que teve influência no meio eclesiático, mas que tem sido antes de tudo, uma filosofia de vida que tem afetado a sociedade e os indivíduo como um todo. [17] Segundo ele A visão teológica de Calvino permeada pela soberania de Deus, fez com que ele procurasse relacionar a aplicação desta soberania às diversas atividades culturais do ser humano .[18]Os cristãos foram postos no mundo para ser a consciência da sociedade, e não para se fecharem em si mesmos.

 A Igreja deve ser a voz do que clama no deserto a fim de fazer a diferença no mundo. o reino de Cristo é também externo ,[19] dizia Zuínglio que foi ao mesmo tempo pastor e patriota, teólogo e político. Uma vez salvos e inseridos na família de Deus ele nos chama para cuidar do mundo que vivemos e, uns dos outros.[20] Na verdade, a igreja necessita deixar o monte da transfiguração e descer até ao povo sofrido onde se encontram os perdidos da sociedade.

 Esta falta de prática das verdades as quais os cristãos dizem crer é uma das razões pelas quais a sociedade estar descrentes dos crentes.2. AVIVAMENTO: UMA SOLUÇÃO PARA A CRISE DA IGREJA.Para revitalizar a imagem da Igreja na sociedade precisamos voltar a viver o cristianismo autentico e genuíno e impactar positivamente a nossa sociedade. Isso só acontecerá se Deus por sua graça aviva a sua igreja. Somente um avivamento genuíno e bíblico trará a igreja de volta aos trilhos e consequentemente a cofiança por parte da sociedade. Por isso esse capítulo é dedicado a mostrar o que acontece quando a igreja experimenta o verdadeiro avivamento.2.1. O que não é avivamentoO termo avivamento tem sido grotescamente mal entendido.

 Certo escritor contemporâneo escreveu que nunca houve uma época em que a palavra avivamento precisasse ser mais claramente definida como em nossa época. Por isso, não há como falarmos sobre avivamento sem termos em mente o que é, de fato, avivamento bíblico e histórico!

E para clarear nossa mente, precisamos definir o que não é avivamento. Para definirmos o que não é avivamento, consideraremos cinco coisas que mesmo não tendo forma ou aparência é confundida com avivamento. Vejamo-las:2.1.1. Não é resultado da ação da igreja.Avivamento não é uma ação isolada da igreja.

 A Igreja não é o agente que promove ou faz o avivamento. Os homens que almejam o avivamento jamais podem trazê-los por sua própria energia e vontade. Jamais pode o homem, por mais piedoso, santo e dedicado a obra do Senhor, produzir vida nos que dormem, porque o único Autor do avivamento é Deus.

 É Ele que soberanamente e por sua livre graça derrama do seu Espírito Santo sobre o seu povo, e, Ele somente!Todavia, isso não anula a responsabilidade da Igreja. O avivamento jamais virá, se a Igreja não buscar e preparar o caminho para a sua chegada. Isso não é difícil de nós entendermos, é só lermos a Bíblia e a História da Igreja, e veremos que só houve avivamento quando o povo se humilhou, orou, se santificou e se converteu da impiedade para a piedade.

 Preparando, assim, o canal das águas do Espírito.Foi assim que aconteceu com Esdras, Neemias, com os apóstolos no Pentecostes; foi assim que aconteceu com os valdenses na França no século XII; na Boemia; na Reforma no século XVI, com Lutero, Calvino, Zwinglio, com os morávios, nos séculos XVII e XVIII, na Nova Inglaterra, com Jonathan Edwards, na Escócia e País de Gales, com Moody. Assim, produzir avivamento é um ato de Deus, buscar e preparar o Caminho é um ato da Igreja!2.1.2. 

Não é emoção a flor da pele.Muitos são os movimentos que, com base em emoções antropocêntricas, dizem viver um verdadeiro avivamento. São grupos que descartam a teologia e sã doutrina e dizem viver um avivamento fundamentado em sonhos e visões de pessoas que dizem ser espirituais . Em cultos que são shows antropocêntricos. Todavia avivamento não é mero emocionalismo ou mudança doutrinária.

 Pois o genuíno avivamento está fundamentado na sã doutrina das Sagradas Escrituras. O avivamento precisa estar dentro das balizas da Bíblia e não dentro dos muros de revelações subjetivas, produto muitas vezes da carne .[21]Avivamento sem doutrina é fogo de palha e não fogo do Espírito.

 O avivamento está norteado pelas Sagradas Escrituras e não por experiências humanas e antropocêntricas, ou seja, mero emocionalismo.2.1.3. Não é o show das 19h 30min.Muitos crentes confundem avivamento com forma de culto, onde todos em uma liturgia e louvor animados, com coreografias, gingos, palmas, gritam aleluias e dizem estar sentindo e até vendo a Deus e experimentando do fogo do Espírito, todavia parece mais um fogo estranho perante o altar do Senhor.Não estou aqui fazendo uma crítica aos irmãos pentecostais ou aos neopentecostais.

 O que não podemos crer é que avivamento seja sinônimo de culto e louvor animado. Pois, o louvor sem obediência e santidade é barulho aos Seus ouvidos. E Ele deixa bem claro isso quando diz: afasta de mim o estrepito dos teus cânticos; porque não ouvirei as melodias das tuas liras (Amós 5:23). Avivamento não é sinônimo de culto animado, mas de culto ungido. Não é mudança da forma de cultuar, mas da forma de viver.2.1.4. Não é manifestação de dons sem o fruto.Muitas pessoas confundem o avivamento e até o limita a milagres, curas e exorcismos, chegando a dizer que só há avivamento onde há uma constante manifestação de dons carismáticos. Todavia, isso não é o cerne de avivamento, uma igreja pode ter todos os dons sem ser uma igreja avivada.

 O que caracteriza o avivamento não são os dons do Espírito e sim os frutos do Espírito.E esta verdade é visível na Igreja de Corinto que era cheia de dons, mas vazia do Espírito, a ponto do apóstolo Paulo considerá-la espiritualmente um bebê . Uma igreja tão cheia de dons quanto de partidarismo, contendas, imoralidades. Uma igreja carismática, entretanto, não tinha carisma nem simpatia de Deus.

No avivamento, a ênfase não está nos dons, mas sim no fruto do Espírito. Nem sempre manifestação de dons carismáticos é sinônimo de avivamento. Há muitas igrejas que tem muitos dons, mas poucos dotes divinos. Tem muitas manifestações de dons, mas pouca manifestação de vida. Cheios de curas físicas, mas pouca cura espiritual. Cheios de dons do Espírito, mas vazias do fruto do Espírito. 

Avivamento não é manifestação de dons, porém, manifestação de uma nova vida em Cristo.Vimos, então, o que não é avivamento, com o propósito de clarear a nossa mente para definirmos o que é o genuíno avivamento bíblico e histórico.2.2. O que é avivamento.A melhor maneira de definirmos avivamento é entendendo como ele foi compreendido na História da igreja. Por isso, deixaremos que as testemunhas oculares o definam.G. J. 

Morgan exprime-se dizendo que avivamento é: despertar de novo na humanidade a consciência de Deus, mediante a presença interior do Espírito Santo [22]Arthur Wallis diz ser: a intervenção divina no curso normal das coisas espirituais. É Deus revelando-se ao homem, em solene santidade e irresistível poder . [23]Joseph W. Kempe diz que avivamento é sinônimo de: reanimar aquilo que já tinha vida, mas que caiu no estado de declínio .

 [24]D. M. Panton define ser: o Espírito Santo enchendo um corpo preste a tornar-se um cadáver [25]O Dr. Martin Lloyd-Jones define como sendo: dias de céu sobre a terra [26]Na ótica de David A. Womack, avivamento é um estado espiritual no qual os crentes se chegam mais perto de Deus, arrependem-se e purificam-se de acordo com os padrões bíblicos de santidade, são cheios com o Espírito Santo, esperam e experimentam manifestações sobrenaturais e cooperam juntos para glorificar a Deus, identificar-se uns aos outros e evangelizam perdidos para Cristo [27]Avivamento é o despertar de Deus em nossas vidas para vivermos o verdadeiro cristianismo, e sermos considerados, de fato, cristãos tais como os discípulos em Antioquia.2.3. Sentido bíblico da palavraA palavra avivamento não ocorre na Bíblia; o verbo avivar é empregado apenas uma vez nas versões bíblicas em português (Hc. 3.2, RC, AR e ARA). Biblicamente, a ideia da palavra avivamento vem do hebraico hy"x' haya e do grego avnazaw anazao . Ambas significam literalmente vindo os mortos de volta à vida Em Hc 3:2, o profeta diz: Senhor, ouvi falar da tua fama; tremo diante dos teus atos, Senhor. Realiza de novo, em nossa época, as mesmas obras..

. (NVI). Esse clamor por parte do profeta é para que Deus realize novamente os mesmos atos de maravilha do passado.Em II Tm. 1.6, o apóstolo Paulo escrevendo ao jovem pastor Timóteo diz: [...] reavives o dom de Deus que há em ti... . Reavives no original é avnazwpurei/n anadzopurein que significa reinflamar , reatiçar , o fogo do zelo visto nos dons espirituais pode apagar-se, ou pode tornar-se embotado e ineficaz, se alguém não tem cuidado do serviço apropriado dos mesmos, renovando-se sempre na dedicação a Cristo.Apesar de não termos várias referências do termo avivamento, temos, por inferência várias palavras que são quase sinônimas da palavra avivamento. Tais como: despertar ; restaurar ; vivificar ; (Ed. 1.5; Is. 51.9,17; Sl. 14.7; 19.7; 80.3,7,19; 119.25, 37, 40, 88, 107; 126.4).2.4.

 Os frutos do verdadeiro avivamento.Quando Deus fende os céus e desse, com grande poder, os montes tremem na Sua presença (cf. Is 64.1). Quando o fogo inflama os gravetos, quando faz ferver as águas, para fazer conhecido seu nome as nações tremem (cf. Is 64.2). Quando as chuvas torrenciais do Espírito regam as sementes do avivamento plantadas pela igreja, produz frutos em abundância. Vejamos alguns deles:2.4.1. Volta a Palavra: para conhecer, pregar e viver.

Esta é era de sermõezinhos: e sermõezinhos fazem cristãozinhos . [28] Essa frase dita por Michael é o diagnóstico da realidade vivida na Igreja contemporânea. Vivemos na época do vazio. A falta de conteúdo nos púlpitos nunca se fez visível como nos dias de hoje. Não são poucos os que dizem que estão ungidos por Deus e com a desculpa de que é o Espírito Santo que fala, desprezam totalmente o estudo, bem como o preparo do sermão.

 Talvez essa seja a razão pela quais as pessoas não vão mais a Igreja. Pregadores vazios no púlpito geram bancos vazios na Igreja. Charles Haddon Spurgeon diz que no momento em que a igreja de Deus menospreza o púlpito, Deus a desprezará . [29]Esta é uma das razões pelas quais precisamos de um avivamento bíblico. O despertamento de Deus sempre traz o povo de volta a Palavra.

 Se lermos II Crônicas caps. 34 e 35 veremos que o reencontro com livro da Lei foi à base do grande despertamento que abalou toda a nação judaica. Nos tempos de o Esdras e Neemias, o avivamento conduziu o povo a um retorno a leitura pública da Palavra de Deus. O grande avivamento apostólico em Jerusalém iniciou-se quando Pedro, cheio do Espírito Santo, retornando e pregando com poder a Palavra de Deus. No avivamento em Éfeso, que abalou os quatro cantos da Ásia Menor e constrangeu o povo a abandonar a idolatria e voltar-se para o Senhor, teve como o ponto de partida a volta as Sagradas Escrituras. Sobre ele Lucas escreve: Assim a Palavra do Senhor crescia e prevalecia poderosamente (At.19, 20).Se lermos a História da Igreja, veremos que muitos avivamentos foram logocêntricos : centrados na Palavra.

 Um destes aconteceu na cidade italiana de Florença. Enquanto muitos desprezavam a Palavra de Deus, Savonarola desbruçava-se sobre a Bíblia, dia e noite, de modo que se dizia que ele a sabia de cor, do princípio ao fim .[30] E quando subia ao púlpito para pregar, seu sermão irrompia como um meteoro do céu, quando sua palavra ecoava, o rosto de todo auditório branqueava, tamanho era o poder do Espírito Santo em suas palavras.Outro grande despertamento logocêntricos foi o do século XVI, com Martinho Lutero. O Dr. Pollich após assistir uma aula de Lutero disse: Este monge revolucionará todo ensino escolástico .[31] E foi o que aconteceu, não só na Europa, mas em todo o mundo. Mas que inovação fez Lutero? Nenhuma! Lutero não fez outra coisa senão voltar à Palavra e colocá-la na língua do povo. E, pela primeira vez na história, a Bíblia tornou-se propriedade do povo e o Evangelho, o poder de Deus para a salvação.João Calvino, após ler o sistema católico, chegou à seguinte conclusão: Se eu me voltar para a verdade que está contida nas Escrituras, não estaria voltando para a Igreja?

 Não pode haver igreja onde a verdade não esteja.[32] O D.Martin Lloyd-Jones, comentando sobre a Reforma Protestante, diz que: A maior lição que a Reforma tem a nos ensinar é, justamente, o segredo do sucesso na esfera da igreja e das coisas do Espírito Santo, é olhar para traz . Lutero e Calvino, diz ele: foram descobrindo que estiveram redescobrindo o que Agostinho já tinha descoberto e que eles tinham esquecido .[33]No despertamento na Escócia, no século XVI, John Knox, grande pregador e erudito, voltou-se para as Sagradas Escrituras e a pregou com tão grande poder, que suas mensagens pareciam um balde de água gelada sobre o povo sonolento, de modo que o povo, de olhos arregalados voltou-se para o Senhor, e tamanha foi à manifestação do Senhor que ele mesmo declarou:

  Se eu não tivesse visto com meus próprios olhos e no meu próprio país, eu não o teria crido .[34]Em tempos de avivamento, a Bíblia é arrancada do liberalismo e trazida de volta ao Cristianismo. É tirada do baú e colocada de volta nos púlpitos; e então ela age como espada que penetra (cf. Hb 4.12). Como fogo que queima e martelo que despedaça (cf. Jr 23.29). A Igreja precisa voltar a um princípio reformado Sola Scriptura , e ao tempo dos apóstolos, quando a pregação não era por força ou por métodos, porém, só pelo Espírito Santo. Ela não precisa de novos métodos humanos, mas de velhos homens de Deus, dispostos a volta-se para as Escrituras e pregá-la com poder. Precisamos de um avivamento que traga a Palavra de volta para os púlpitos da das igrejas. Isso é que trará uma transformação real e duradora.2.4.2. Purificação da igrejaSempre que a igreja é avivada é também purificada.

Quando as chuvas torrenciais do Espírito deságuam sobre o povo de Deus lavam todas as impurezas da igreja. Os prazeres mundanos são abandonados e os pecados são confessados e deixados.No despertamento entre o povo de Deus, no tempo de Esdras e Neemias, a manifestação de Deus trouxe purificação ao seu povo. O pecado que antes era amado passou a ser odiado; a impureza que outrora prevalecia agora não mais existia; os casamentos mistos que os afastava de Deus deram lugar para o divórcio que os trouxeram de volta para Deus; o dia do Senhor que estava esquecido e abandonado foi restaurado e observado. O povo que trilhava nos caminhos da impureza mudou de rota e voltou ao caminho da pureza.Sempre que o fogo do Espírito desce sobre a igreja as impurezas viram cinzas e a igreja torna-se uma brasa viva.

 Quando o Espírito Santo desceu sobre os puritanos na Inglaterra as palhas da impureza foi consumida restando apenas gravetos verdes e puros. E purificada, a igreja foi sal para a sociedade e luz para o mundo.Antes do avivamento americano do séc. XVIII, a impureza era algo notório no meio do povo de Deus. No púlpito havia homens que não eram convertidos, e nos bancos membros que não eram regenerados. A Bíblia não era regra de fé e prática, e a igreja era impura e mundana.

 Jonathan Edwards, escrevendo sobre a sua própria paróquia, disse está vivendo em uma época de extraordinária sonolência religiosa; a licenciosidade prevalecia grandemente, entre a juventude, as práticas mundanas e impuras eram visíveis e normais.[35] Todavia, quando o Espírito avivador desceu sobre a igreja, os inconversos foram convertidos; os impuros foram purificados; a licenciosidade deu lugar à santidade; a igreja que vivia em densas trevas passou a viver em clara luz. O fogo do Espírito sempre sapeca o mundanismo e purifica a igreja.O avivamento sempre purifica a igreja e a leva a santidade de vida. Ele sempre faz surgir homens que queiram morrer totalmente para o pecado e viver vida santa, totalmente devota a Ele.

 O D. M. Loyd-Jones, comentando sobre o pequeno movimento, que começou em Oxford, conhecido como o Clube dos Santos , e alcançou o mundo, escreve: Que aconteceu com eles? O que aconteceu com os irmãos Wesley, com Whitefielde e os outros que se reuniram com eles? Foi apenas isto eles disseram: sim, a igreja Cristã ainda é a Igreja Cristã, todavia ela é muito indigna e pecaminosa.

 A pessoa não está prestando atenção aos mandamentos de Deus e a vida como é apresentada no Novo Testamento. Isto está errado, precisamos nos dedicar à santidade, precisamos nos purificar . Eles talvez tenham ido longe demais, tornado-se um pouco legalistas, todavia estabeleceram regras e regulamento a respeito de como deviam viver. Por isso foram chamados metodistas. Disseram: Devemos reunir para estudar as Escrituras juntos, precisamos orar juntos, e devíamos viver de forma metódica em todas as coisas . Metodistas! Sim, no entanto, o que estavam buscando era santidade .

 [36]Vivemos em uma época em que o vírus do mundo tem adentrado à igreja e contaminado o corpo de Cristo . A igreja, noiva do Senhor, tem praticado adultério com o mundo. O conformismo, o secularismo, o liberalismo, o subcristianismo e uma série de ismos têm levado nossas igrejas há um vale de ossos secos. Precisamos de um avivamento que lave nossas igrejas, tornando-nos um povo santo, como

 Ele é santo.2.4.3. Transformação da sociedadeO mundo nunca é o mesmo após um avivamento; toda vez que Deus sacode (desperta) a Igreja abala o mundo; toda vez que o povo de Deus é despertado, o mundo é transformado. Nunca houve um grande avivamento sem reformas sociais e políticas . [37]No século XVI, o mundo foi abalado pela Reforma e Genebra transformada por Calvino. Genebra era uma das cidades mais tormentosas da Europa; seu governo era dividido e havia uma grande briga pelo poder; nas ruas, o pecado e a violência dominavam o povo.

 Entretanto, Calvino foi usado por Deus no avivamento suíço. A Reforma atinge, não só a igreja, mas também a sociedade! E foi as grandes visões administrativas, eclesiásticas e sociais de Calvino, com a graça de Deus, que fez com que Genebra se tornasse uma cidade única na Europa; sobre Genebra Fischer afirma: O distintivo que Calvino conseguiu lhe dar parece incrível [38] . E, após séculos, permanece como centro de cultura e progresso. 

Todo avivamento traz mudanças culturais e sociais.Quando o avivamento vem, a Igreja é vivificada e a sociedade restaurada. No avivamento britânico, em 1739, a Inglaterra caminhava para o caos, os piores vícios prevaleciam. A bebida era algo tão comum que os embriagados viviam mais nos bares do que nos lares; tamanha era a criminalidade que não podiam andar nas ruas, à noite. 

Todavia, quando Deus derramou do Seu Espírito sobre os Wesleys e Whitfield, a Inglaterra mudou sua rotina; os bêbados deixaram os bares e voltaram para os lares;os escravos tornaram-se cidadãos, os marginais voltaram ao convívio social. A sociedade que estava em ruínas foi reformada por Deus. 

Sobre este período o historiador Samuel Green disse: Toda a maneira de ser do povo inglês se modificou .[39] Quando a igreja é avivada, a sociedade é impactada. No grande despertamento no país de Gales, em 1904, os bares fecharam porque não havia mais alcoólatras; os teatros pararam porque não havia mais expectadores; as casas de jogos faliram, porque não havia mais quem jogasse. A nação profana passou a ser uma nação cujo Deus era o Senhor.Ah! Como precisamos de um avivamento do céu, que transforme nossa sociedade. Nossa nação está doente, infectada com amarga miséria; as crianças então abandonadas e famintas; os ricos, cada vez mais ricos, e robustos; os valores imorais são tidos como valores legais; 

o homossexualismo não é mais motivo de escândalo e o adultério é motivo de orgulho; a violência é maior que as autoridades; a televisão com seus valores imorais é mestra, que educa o povo. Isso é motivo para não cessarmos de clamar a Deus, para que o mesmo abale a igreja e transforme nossa pátria, e nos faça um povo onde Ele seja o Senhor.CONCLUSÃOAgora que chegamos juntos ao fim deste trabalho, esperamos ter lançado luz sobre o importante assunto abordado, a ponto de podermos entender a gravidade da crise vivida pela igreja contemporânea, na sua falta de credibilidade no mundo. Como vimos às razões do descrédito da igreja estão relacionadas, a questões internas da igreja. O problema do cristianismo contemporâneo tem sido permitir que o espírito da nossa época entre em seu arraial secularize nosso povo.Esta é a razão que a proposta deste trabalho é desafiá-la a volta-se para Deus com fé ortodoxa, e vida prática; ambas baseadas na verdade de Deus como revelada nas Santas Escrituras.

 O que só é possível se a igreja experimentar um verdadeiro avivamento produzido nos céus e não na terra. Somente ele produzirá um despertar de Deus os cristãos viver o verdadeiro cristianismo, e ser considerados, de fato, cristãos tais como os discípulos em Antioquia.Por isso, precisamos clamar a Deus para que Ele intervenha em nossas igrejas, transformando nossas vidas e caráter, nossas famílias e negócios, nossa grande impiedade em uma profunda piedade, nossa vida de falsidade, em uma vida de santidade. Precisamos de um avivamento que abale as nossas igrejas, fazendo-nos um povo vivo e santo e transforme nossa sociedade, fazendo de nós uma nação justa, próspera, cujo Deus Soberano seja o Senhor. Pois somente assim o mundo crerá novamente nos crentes.A Deus toda a glória!Sem.

Jailson Jesus dos Santo

O componente corporativo da conversão



Se sua doutrina da conversão carece do elemento corporativo, uma parte essencial do todo está faltando. Um cabeça da aliança vem com um povo da aliança.
Vertical em Primeiro Lugar, Horizontal Inseparavelmente em Segundo
Isso não significa dizer que nós deveríamos pôr o elemento corporativo na frente. Alguém poderia pensar na conhecida afirmação de N.T. Wright de que a justificação é "não tanto sobre soteriologia quanto sobre eclesiologia; não tanto sobre a salvação quanto sobre a igreja" (What Saint Paul Really Said, p. 119). Esse é um claro exemplo, na quase tão conhecida afirmação de Douglas Moo, de como colocar em segundo plano o que o Novo Testamento põe em primeiro, e colocar em primeiro plano o que o Novo Testamento põe em segundo (citado em D.A. Carson, "‘Faith’ and ‘Faithfulness’").
Não pode haver verdadeira reconciliação entre humanos até que os pecadores sejam primeiro individualmente reconciliados com Deus. O horizontal necessariamente segue o vertical. A eclesiologia necessariamente segue a soteriologia. O que significa dizer: o elemento corporativo não pode vir primeiro, a fim de que não percamos a coisa toda.
Mas ele deve vir. De fato, o componente corporativo deve integrar a própria estrutura da doutrina da conversão. A nossa unidade corporativa em Cristo não é apenas uma implicação da conversão, é parte da própria coisa. Ser reconciliado com o povo de Deus é algo distinto, mas inseparável de ser reconciliado com Deus.
Às vezes isso é perdido em nossa ênfase na mecânica da conversão, como quando nossas discussões doutrinárias acerca da conversão não ultrapassam a relação entre soberania divina e responsabilidade humana ou a necessidade de arrependimento e fé. Contudo, um entendimento abrangente da conversão deveria também incluir um relato acerca de onde estamos vindo e para onde estamos indo. Ser convertido envolve mover-se da morte para a vida; do domínio das trevas para o domínio da luz. E envolve mover-se de ser "não-povo" para pertencer a um povo, de ser uma ovelha desgarrada para pertencer ao rebanho, de ser algo desmembrado para tornar-se um membro do corpo.
Observe as afirmações paralelas de Pedro:
"Vós, sim, que, antes, não éreis povo, mas, agora, sois povo de Deus, que não tínheis alcançado misericórdia, mas, agora, alcançastes misericórdia." (1Pe 2.10)
Alcançar misericórdia (reconciliação vertical) é simultaneamente tornar-se um povo (reconciliação horizontal). Deus tem misericórdia de nós ao perdoar os nossos pecados, e uma necessária consequência disso é a nossa inclusão no seu povo.
A Natureza Corporativa das Alianças
Com efeito, não é preciso olhar além da estrutura pactual da Bíblia para ver o elemento corporativo da nossa conversão. É verdade que todas as alianças do Antigo Testamento encontram o seu cumprimento no descendente (singular) de Abraão. Jesus é o novo Israel. Contudo, é também verdade que todos aqueles que são unidos a Cristo por meio da nova aliança também se tornam o Israel de Deus e os descendentes (plural) de Abraão (Gl 3.29; 6.16).
Em outras palavras, um cabeça da aliança por definição traz consigo um povo da aliança (ver Rm 5.12ss). Pertencer à nova aliança, portanto, é pertencer a um povo.
Não é surpreendente que as promessas do Antigo Testamento acerca de uma nova aliança tenham sido feitas a um povo: "Não ensinará jamais cada um ao seu próximo, nem cada um ao seu irmão, dizendo: Conhece ao SENHOR, porque todos me conhecerão, desde o menor até ao maior deles, diz o SENHOR. Pois perdoarei as suas iniqüidades e dos seus pecados jamais me lembrarei" (Jr 31.34). A nova aliança promete perdão (vertical) assim como promete uma comunidade de irmãos (horizontal).
Vertical e Horizontal em Efésios 2
A história inteira é apresentada de modo maravilhoso em Efésios 2. Os versículos de 1 a 10 explicam o perdão e a nossa reconciliação vertical com Deus: "Pela graça sois salvos". Os versículos de 11 a 20 então apresentam o horizontal: "Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos fez um; e, tendo derribado a parede da separação que estava no meio, a inimizade" (v. 14).
Observe que a atividade do versículo 14 está no tempo pretérito. Cristo já fez com que judeus e gentios se tornassem um. Não há imperativo aqui. Paulo não está ordenando aos seus leitores que busquem a unidade. Ao invés disso, ele está falando no indicativo. Isso é o que eles são porque Deus o fez, e Deus o fez precisamente no mesmo lugar em que ele efetuou a reconciliação vertical - na cruz de Cristo (veja também a relação entre indicativo e imperativo em Efésios 4.1-6).
Por força da nova aliança em Cristo, a unidade corporativa pertence ao indicativo da conversão. Ser convertido é ser feito um membro do corpo de Cristo. A nossa nova identidade contém um elemento eclesiástico. Cristo nos tornou pessoas eclesiásticas.
Aqui está um modo fácil de ver isso. Quando a mamãe e o papai vão ao orfanato para adotar um filho, eles o trazem para o lar e o põem na mesa de jantar da família com um novo grupo de irmãos e irmãs. Ser um filho não é o mesmo que ser um irmão. E a filiação vem primeiro. Mas a irmandade segue necessariamente.
Aplicação Pessoal: Torne-se Membro de uma Igreja
Qual é a aplicação para as nossas vidas? Simples: torne-se membro de uma igreja!
Você foi feito justo, então seja justo. Você foi feito um membro do seu corpo, então seja membro de um corpo de verdade. Você foi feito um com eles, então seja um com um verdadeiro grupo de cristãos.
Aplicação Corporativa: Entenda a Mecânica Corretamente
O que isso significa para as nossas igrejas? Significa que entender corretamente, em nossa doutrina, a mecânica da conversão mencionada acima é extremamente importante. Nós queremos ter conceitos firmes tanto acerca da soberania divina como da responsabilidade humana; tanto do arrependimento como da fé. Desequilíbrios aqui levarão a uma igreja desequilibrada e bagunçada. O que você colocar na panela da conversão se tornará a sopa da igreja.
Se a sua doutrina da conversão carecer de um conceito firme da soberania de Deus, a sua pregação e o seu evangelismo estarão sob risco de tornarem-se manipulativos e agradáveis aos homens. A sua abordagem da liderança estará mais propensa a tornar-se pragmática. Você arriscará consumir a si mesmo e a sua congregação com uma agenda excessivamente cheia. As suas práticas de membresia se tornarão baseadas em títulos e trocas de vantagens (como num clube social). As suas práticas de acompanhamento e disciplina praticamente desaparecerão. Você porá a santidade em risco. E a lista prossegue.
Se a sua doutrina da conversão carecer de um conceito firme da responsabilidade humana, você estará mais propenso a administrar pobremente os seus próprios dons, assim como os dons do seu povo. Você estará mais propenso a ser tentado pela complacência no evangelismo e na preparação do sermão. Você pode se tornar menos propenso a comunicar amor e compaixão para com aqueles que sofrem. Você pode aparentar para outros ser severo ou rígido. Você pode sofrer de uma vida pobre de oração, e então ser privado de todas as bênçãos que poderiam ser suas. Você porá em risco o amor. E a lista prossegue.
Se a sua doutrina da conversão carecer de um conceito firme do arrependimento, você se tornará rápido em oferecer a segurança da salvação, mas lento em desafiar as pessoas a calcularem o custo de seguir a Cristo. Você estará mais propenso a tolerar o mundanismo e as dissensões na igreja, e os membros da sua igreja poderão tolerar igualmente essas coisas, porque muitos deles permanecerão nos lugares rasos da fé. O nominalismo também será mais comum, porque a graça se tornará barata. Em geral, a igreja gostará de cantar sobre Cristo como Salvador, mas não tanto sobre Cristo como Senhor, e ela não parecerá muito diferente do mundo.
Se a sua doutrina da conversão carecer de um conceito firme da fé, você terá uma igreja cheia de pessoas legalistas, ansiosas, justas aos próprios olhos e que amam agradar os homens. Os membros mais autodisciplinados da igreja enganarão a si mesmos, pensando serem bons o bastante, ao passo que os membros menos disciplinados silenciosamente esconderão o seu pecado oculto e constantemente aprenderão a condenarem-se a si mesmos e a se ressentirem dos outros. A transparência será rara e a hipocrisia, comum. Os de fora e os pródigos não sentirão o calor e a compaixão da verdadeira graça. Preferências culturais serão confundidas com leis. A igreja gostará de cantar sobre as ordens de marcha de Cristo, o Rei, mas não tanto sobre um Cordeiro ensanguentado, um Cordeiro manchado por eles.
Eu estou pintando um retrato grosseiro, é claro. As coisas não chegam a esse ponto nitidamente. Mas a ideia básica em todos esses exemplos explora a estreita conexão entre a conversão e a igreja. Se a conversão necessariamente envolve um elemento corporativo, ou, mais concretamente, se conversões individuais necessariamente produzem um povo unido, então tudo o mais que você adicionar à sua doutrina da conversão irá afetar dramaticamente o tipo de igreja que você terá.
Você deseja uma igreja saudável? Então trabalhe em sua doutrina da conversão, e ensine todas as facetas dela para o seu povo. Assegure-se, além disso, de que as estruturas e programas da sua igreja concordem com essa doutrina poderosa e multifacetada.
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- Sobre o autor: Jonathan Leeman é graduado em Jornalismo, possui mestrado em Divindade pelo Southern Baptist Seminary (EUA) e Ph.D. em Eclesiologia. É diretor de comunicação do Ministério 9Marks