Projeto242Japão Sem fins lucrativos objetivo divulgar a palavra do nosso Senhor Jesus Cristo.
2015/04/17
ALIANÇA (PACTO, MEMORIAL, TRATADO, COMPROMETIMENTO)
Sem o conhecimento da ALIANÇA é quase impossível alguém ler e entender o plano de redenção que DEUS fez para nos salvar, e principalmente entender algumas passagens bíblicas que estão registradas no Antigo Testamento. Sl 25.14 "O conselho do Senhor é para aqueles que o temem, e Ele lhes faz saber o seu pacto (aliança, ou concerto)" Hb 10.19 "Tendo pois, irmãos, ousadia para entrarmos no santíssimo lugar, pelo sangue de JESUS, 20 pelo caminho que ele nos inaugurou, caminho novo e vivo, através do véu, isto é, da sua carne, 21 e tendo um grande sacerdote sobre a casa de DEUS, 22 cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé; tendo o coração purificado da má consciência, e o corpo lavado com água limpa, 23 retenhamos inabalável a confissão da nossa esperança, porque fiel é aquele que fez a promessa;" ***Somos um mesmo ESPÍRITO com Ele (1Co 6.17), ***Somos íntimos do senhor, como vimos acima, Portanto, podemos conhecer a sua aliança, senão, vejamos: A aliança pode ser feita por diversos motivos (guerras, amizade, amor, casamento, etc...). A maioria das promessas de DEUS no Antigo Testamento estão condicionadas à obediência, enquanto que a maioria das promessas de DEUS no Novo Testamento estão baseadas em sua graça. ***BHÊRITE (ALIANÇA EM HEBRAICO) = A ALIANÇA ANTERIOR É FEITA EM BASE DE IGUALDADE, É UMA TROCA, UM ACORDO EM QUE DEUS ME DÁ E EU TENHO QUE DAR PARA DEUS O MESMO. É CONDICIONAL. Existem leis e normas a serem cumpridas ou obedecidas para que as bênçãos da aliança alcancem seus aliançados. O auge dessa aliança é a vida de CRISTO, o messias, o rei do reino de Israel na Terra (milênio). ***DIATEKE (ALIANÇA EM GREGO) = A NOVA ALIANÇA É DIFERENTE, É SUPERIOR, POIS DEUS ME DÁ TUDO O QUE PRECISO NÃO EXIGINDO NADA EM TROCA, A NÃO SER FÉ. É INCONDICIONAL. EU NÃO TINHA NADA DE BOM A OFERECER, SÓ DE RUIM: PECADO E INIQUIDADE; MESMO ASSIM, DEUS ME RECEBE COMO CABEÇA DE ALIANÇA E ME DÁ A SALVAÇÃO E TODAS AS BÊNÇÃOS PROVINDAS DAÍ : BATISMO COM ESPÍRITO SANTO, DONS DO ESPÍRITO SANTO, PARTICIPAÇÃO NO MINISTÉRIO, ETC... ***DEUS FAZ ALIANÇA CONOSCO, EM CRISTO, Hb 8.9, 1 Co 1.30 E Gl 3.16 = MAIOR SINAL Não está baseada na lei e nem na obediência a elas, mas na graça de DEUS, em CRISTO, através do ESPÍRITO SANTO que mora em nós. São várias as alianças que DEUS fez com os homens, mas iremos destacar, aqui as duas mais importantes: A aliança Abrahâmica (com H) e a nova aliança de DEUS conosco em CRISTO JESUS. DEUS escolheu vir a nós através da aliança de sangue, costume antigo e muito utilizado pelos chefes de tribos e patriarcas não só naquela época, mas também nos dias de hoje, principalmente pelos ciganos e índios na áfrica. No satanismo também é muito usado, pois satanás imita as coisas de DEUS e sabe quanto vale o sangue no reino espiritual. (Satanás usa sangue de galinha preta, de bodes,etc...) Hb 9.22 "E quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão." Veja também: Mt 23.34; 26.28; Jo 19.34; At 15.20; 20.28; Rm 3.25; Hb 9.12-22 1- ALIANÇA ABRAHÂMICA ***São nove os requisitos (ou normas, ou leis) exigidos para se fazer aliança com alguém : 1.1- TROCA DE CINTO (ou de armadura, ou de armas): Significa proteção, quem luta contra mim luta contra ti e quem luta contra ti, luta contra mim. (CINTO ERA USADO PARA CARREGAR ARMAS) Exemplo: Gn 15.1 "Depois destas coisas veio a palavra do Senhor a Abrão numa visão, dizendo: Não temas, Abrão; eu sou o teu escudo, o teu galardão será grandíssimo." Outro exemplo: 1 Sm 18.3 "Então Jônatas fez um pacto (aliança) com Davi, porque o amava como à sua própria vida. 4 E Jônatas se despojou da capa que vestia, e a deu a Davi, como também a sua armadura, e até mesmo a sua espada, o seu arco e o seu cinto." 1.2- TROCA DE TÚNICA (ou Capa): Significa que tua vida se torna minha vida e que minha vida se torna tua vida. Era complemento do primeiro tópico. Exemplo: Gn 12.3 "Abençoarei aos que te abençoarem, e amaldiçoarei àquele que te amaldiçoar; e em ti serão benditas todas as famílias da terra" Outro exemplo: 1 Sm 18.3 " Então Jônatas fez um pacto (aliança) com Davi, porque o amava como à sua própria vida. 4 E Jônatas se despojou da capa que vestia, e a deu a Davi, como também a sua armadura, e até mesmo a sua espada, o seu arco e o seu cinto." 1.3- CORTE COM DERRAMAMENTO DE SANGUE: Significa cortar aliança com. Sangue é vida, nossas vidas se unem para sempre, eternamente. Corte geralmente feito no pulso ou na mão; no caso de Abrahão, o sinal foi feito na carne do prepúcio ou seja, na pele que une a glande do órgão sexual masculino ao pênis, através de uma faca de pedra (circuncisão). Exemplo: Gn 17.11 "Circuncidar-vos-eis na carne do prepúcio; e isto será por sinal de pacto entre mim e vós." Outro exemplo: Ex 4.25 Então Zípora tomou uma faca de pedra, circuncidou o prepúcio de seu filho e, lançando-o aos pés de Moisés, disse: Com efeito, és para mim um esposo sanguinário. 1.4- SINAL DA ALIANÇA: PRIMEIRO MEMORIAL - Significa fazer cicatriz, marcar com sinal visível na carne. Usa-se passar cinza no local do corte para que outros soubessem, quando vissem; na África ainda se encontra chefes indígenas com marcas pelo braço, e quanto mais marcas, mais poderoso é o chefe, pois possui muitos amigos também chefes. Era complemento do tópico 3. Exemplo: Gn 17.11 " Circuncidar-vos-eis na carne do prepúcio; e isto será por sinal de pacto entre mim e vós." Outro exemplo: 21.4 "E Abraão circuncidou a seu filho Isaque, quando tinha oito dias, conforme DEUS lhe ordenara." 1.5- TROCA DE NOMES: significa que o meu nome passa a ter direito sobre tudo o que o teu nome tem e o teu nome passa a ter direito sobre tudo o que o meu nome tem direito, inclusive dívidas. (Gn 17.5/28.13). Eu passo a ter um pedaço do seu nome e você passa a ter um pedaço do meu nome. Exemplo: Gn 17.4 "Quanto a mim, eis que o meu pacto é contigo, e serás pai de muitas nações; 5 não mais serás chamado Abrão, mas Abrahão será o teu nome; pois por pai de muitas nações te hei posto;" A partir daí Abrão passou a se chamar AbraHão (esse "H" é importante, pois vem do nome de DEUS (YHWH) ; infelizmente no português não traduziram com o 'H", porém nas outras línguas, sim. DEUS também teria que mudar o seu nome; a partir daí ELE se apresenta como o DEUS de Abrahão. Gn 26.24 "E apareceu-lhe o Senhor na mesma noite e disse: Eu sou o DEUS de Abrahão, teu pai; não temas, porque eu sou contigo, e te abençoarei e multiplicarei a tua descendência por amor do meu servo Abrahão." Gálatas 3.13= Abrahão recebe o H de DEUS e fica com um novo nome, ABRAHÃO, (recebe o H = ESPÍRITO, pela fé). 1.6- TERMOS DA ALIANÇA: Significa: leis que vão reger a aliança se mantida ou se quebrada. (Todo o capítulo de Dt 28, fala de bênçãos e maldições da aliança) AbraHão, recebe promessas, homem pecava, mas prevaleciam as promessas, foi necessário acrescentar leis, continuaram a transgredir e foi necessário acrescentar os cerimoniais que acabam não sendo suficientes para a purificação do homem; DEUS enviou seu filho para um único e perfeito sacrifício. (Hb 10.12-18). Em Dt 28 temos como benção da aliança por exemplo: "11 E o Senhor te fará prosperar grandemente no fruto do teu ventre, no fruto dos teus animais e no fruto do teu solo, na terra que o Senhor, com juramento, prometeu a teus pais te dar. 12 O Senhor te abrirá o seu bom tesouro, o céu, para dar à tua terra a chuva no seu tempo, e para abençoar todas as obras das tuas mãos; e emprestarás a muitas nações, porém tu não tomarás emprestado. 13 E o Senhor te porá por cabeça, e não por cauda; e só estarás por cima, e não por baixo; se obedeceres aos mandamentos do Senhor teu DEUS, que eu hoje te ordeno, para os guardar e cumprir, 14 não te desviando de nenhuma das palavras que eu hoje te ordeno, nem para a direita nem para a esquerda, e não andando após outros deuses, para os servires." Em Dt 28 temos como maldição da aliança por exemplo: "27 O Senhor te ferirá com as úlceras do Egito, com tumores, com sarna e com coceira, de que não possas curar-te; 28 o Senhor te ferirá com loucura, com cegueira, e com pasmo de coração. 29 Apalparás ao meio-dia como o cego apalpa nas trevas, e não prosperarás nos teus caminhos; serás oprimido e roubado todos os dias, e não haverá quem te salve. 30 Desposar-te-ás com uma mulher, porém outro homem dormirá com ela; edificarás uma casa, porém não morarás nela; plantarás uma vinha, porém não a desfrutarás. 31 O teu boi será morto na tua presença, porém dele não comerás; o teu jumento será roubado diante de ti, e não te será restituído a ti; as tuas ovelhas serão dadas aos teus inimigos, e não haverá quem te salve." AS LEIS PROMULGADAS NO SINAI SÃO TERMOS DA ALIANÇA MOSAICA FEITAS ENTRE DEUS E O POVO HEBREU ATRAVÉS DE MOISÉS. 1.7- REFEIÇÃO DA ALIANÇA: Significa: tudo o que eu como vai para o meu sangue e sangue é vida, então a minha vida se torna a tua e tua vida se torna minha; CRISTO, em Melquisedeque faz refeição com AbraHão. Exemplo: Gn 14.18 Ora, Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; pois era sacerdote do DEUS Altíssimo; 19 e abençoou a Abrão, dizendo: bendito seja Abrão pelo DEUS Altíssimo, o Criador dos céus e da terra! 20 E bendito seja o DEUS Altíssimo, que entregou os teus inimigos nas tuas mãos! E Abrão deu-lhe o dízimo de tudo. 1.8- MORTE DE UM ANIMAL OU PASSAR PELAS METADES: Significa: estamos morrendo e nascendo de novo, também significa: Que eu morra se não cumprir e que tu morras se não cumprir. Colocava-se uma parte do animal de um lado e outra parte do outro lado e depois os cabeças de aliança, ou chefes, passavam pelas metades de braços dados, dando a entender que: ***Este sinal significa infinito; a aliança passa de pai para filho, é eterna. ***Daí a aliança ser um círculo, significa eternidade; sem princípio e nem fim. Jr 34.18 Entregarei os homens que traspassaram o meu pacto (aliança, concerto), e não cumpriram as palavras do pacto (aliança, concerto) que fizeram diante de mim com o bezerro que dividiram em duas partes, passando pelo meio das duas porções. Gênesis 15.9 Respondeu-lhe: Toma-me uma novilha de três anos, uma cabra de três anos, um carneiro de três anos, uma rola e um pombinho. 10 Ele, pois, lhe trouxe todos estes animais, partiu-os pelo meio, e pôs cada parte deles em frente da outra; mas as aves não partiu.11 E as aves de rapina desciam sobre os cadáveres; Abrão, porém, as enxotava. 12 Ora, ao pôr do sol, caiu um profundo sono sobre Abrão; e eis que lhe sobrevieram grande pavor e densas trevas. 13 Então disse o Senhor a Abrão: Sabe com certeza que a tua descendência será peregrina em terra alheia, e será reduzida à escravidão, e será afligida por quatrocentos anos; 14 sabe também que eu julgarei a nação a qual ela tem de servir; e depois sairá com muitos bens. 15 Tu, porém, irás em paz para teus pais; em boa velhice serás sepultado. 16 Na quarta geração, porém, voltarão para cá; porque a medida da iniquidade dos amorreus não está ainda cheia. 17 Quando o sol já estava posto, e era escuro, eis um fogo fumegante e uma tocha de fogo, que passaram por entre aquelas metades. 18 Naquele mesmo dia fez o Senhor um pacto (aliança, concerto) com Abrão, dizendo: Â tua descendência tenho dado esta terra, desde o rio do Egito até o grande rio Eufrates; Interpretação: a) Três animais: Significa três pessoas, PAI, FILHO e ESPÍRITO SANTO. b) Pássaros no céu e animais na terra( aliança entre céu e terra, entre DEUS e homens.) c) Uma rolinha e um pombinho voam, são do céu, significa que o PAI e o ESPÍRITO SANTO vão para o céu, JESUS fica para o sacrifício. O cordeiro é animal terreno, JESUS se torna homem, o cordeiro de DEUS que tira o pecado do mundo (Jo 12.24 = se o grão de trigo caindo na terra, não morrer, fica ele só, mas, se morrer dá muito fruto(Jo 1.36) d) Fogo fumegante representa o modo como DEUS PAI apareceu no monte Sinai e sobre a tenda da congregação, bem como em outras manifestações.(Êx 19.18 "Nisso todo o monte Sinai fumegava, porque o Senhor descera sobre ele em fogo; e a fumaça subiu como a fumaça de uma fornalha, e todo o monte tremia fortemente".) e) Tocha de fogo representa CRISTO ( Eu sou a luz do mundo - Jo 8.12 "Então JESUS tornou a falar-lhes, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue de modo algum andará em trevas, mas terá a luz da vida.") f) O Pai representando DEUS e o Filho representando o homem; assim a aliança foi feita entre DEUS e os homens, em CRISTO, pois é pecador é fraco e não conseguiria afastar Satanás e vencê-lo. 1.9- ÁRVORE OU ANIMAL MANCHADO DE SANGUE (poderia também plantar uma árvore para servir de memorial) : SEGUNDO MEMORIAL: - Abrahão plantou um bosque. (E plantou um bosque em Berseba, e invocou lá o nome do Senhor, Deus eterno. Gênesis 21:33) - Significa a lembrança da aliança, toda vez que olhar pra lá, devem se lembrar da aliança. Plantar árvore, lembrança da pazinha na armadura: Dt 23.13 "Entre os teus utensílios terás uma pá; e quando te assentares lá fora, então com ela cavarás e, virando-te, cobrirás o teu excremento"; (fezes). É o cuidado que DEUS tem com a natureza e com a saúde de seus filhos. (No sacrifício pode ser usado um, ou mais, Novilhos ou Ovelhas). Gn 21.33 "Abraão plantou uma tamargueira em Beerseba, e invocou ali o nome do Senhor, o DEUS eterno". NOTE QUE A ALIANÇA PASSA DE PAI PARA FILHO, POR ISSO O REI DAVI SE LEMBROU DO FILHO DE JÔNATAS PARA ABENÇOÁ-LO, MESMO MEFIBOSETE O CONSIDERANDO COMO SEU INIMIGO. 2 Sm 4.4,6,8,10 Ora, Jônatas, filho de Saul, tinha um filho aleijado dos pés. Este era da idade de cinco anos quando chegaram de Jizreel as novas a respeito de Saul e Jônatas; pelo que sua ama o tomou, e fugiu; e sucedeu que, apressando-se ela a fugir, ele caiu, e ficou coxo. O seu nome era Mefibosete. 6 E Mefibosete, filho de Jônatas, filho de Saul, veio a Davi e, prostrando-se com o rosto em terra, lhe fez reverência. E disse Davi: Mefibosete! Respondeu ele: Eis aqui teu servo. 8 Então Mefibosete lhe fez reverência, e disse: Que é o teu servo, para teres olhado para um cão morto tal como eu? 10 Cultivar-lhe-ás, pois, a terra, tu e teus filhos, e teus servos; e recolherás os frutos, para que o filho de teu senhor tenha pão para comer; mas Mefibosete, filho de teu senhor, comerá sempre à minha mesa... DAVI FOI LEAL À ALIANÇA QUE TINHA COMO O PAI DE MEFIBOSETE - DEUS TAMBÉM O LIVROU DE VER SEU REINO DIVIDIDO EM SEUS DIAS. VEREMOS AGORA A NOVA ALIANÇA FEITA POR JESUS CRISTO COM O PAI, PELOS HOMENS, EM LUGAR DOS HOMENS, SUBSTITUINDO OS HOMENS PECADORES, SENDO INTERMEDIÁRIO ENTRE OS HOMENS E DEUS PAI. 2- NOVA ALIANÇA ***BHÊRITE (ALIANÇA EM HEBRAICO) = A ALIANÇA ANTERIOR É FEITA EM BASE DE IGUALDADE, É UMA TROCA, UM ACORDO EM QUE DEUS ME DÁ E EU TENHO QUE DAR PARA DEUS O MESMO. ***DIATEKE (ALIANÇA EM GREGO) = A NOVA ALIANÇA É DIFERENTE, É SUPERIOR, POIS DEUS ME DÁ TUDO O QUE PRECISO NÃO EXIGINDO NADA EM TROCA, A NÃO SER FÉ. EU NÃO TINHA NADA DE BOM A OFERECER, SÓ DE RUIM: PECADO E INIQÜIDADE; MESMO ASSIM, DEUS ME RECEBE COMO CABEÇA DE ALIANÇA E ME DÁ A SALVAÇÃO E TODAS AS BÊNÇÃOS PROVINDAS DAÍ : BATISMO COM ESPÍRITO SANTO, DONS DO ESPÍRITO SANTO, PARTICIPAÇÃO NO MINISTÉRIO, ETC... ***DEUS CONOSCO EM CRISTO, Hb 8.9, 1 Co 1.30 E Gl 3.16 = MAIOR SINAL ***JESUS CUMPRINDO CADA PASSO DA ALIANÇA: 1. TROCA DE CINTO: - Ef 6.10-18 ARMAS. Toda a armadura de Deus - cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça, e calçados nos pés na preparação do evangelho da paz; o escudo da fé, o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus, orando em todo tempo com toda oração e súplica no Espírito e vigiando nisso com toda perseverança e súplica por todos os santos
- II Co 10.4,5 ARMAS ESPIRITUAIS (principal é o nome de JESUS) - 4 Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas, sim, poderosas em Deus, para destruição das fortalezas; 5 destruindo os conselhos e toda altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo entendimento à obediência de Cristo,
2. TROCA DE TÚNICA: Fl 2.6-11 / Jo 10.17 / Cl 3.8-10; Mt 17:2; Apocalipse 3:5 - VESTES DE SANTIDADE E DE SALVAÇÃO. Fl 2.6 que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus. 7 Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; 8 e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte e morte de cruz. Jo 10.17 Por isso, o Pai me ama, porque dou a minha vida para tornar a tomá-la.] 8 Mas, agora, despojai-vos também de tudo: da ira, da cólera, da malícia, da maledicência, das palavras torpes da vossa boca. 9 Não mintais uns aos outros, pois que já vos despistes do velho homem com os seus feitos. Mateus 17:2 E transfigurou-se diante deles; e o seu rosto resplandeceu como o sol, e as suas vestes se tornaram brancas como a luz.
Apocalipse 3:5 O que vencer será vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida; e confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos.
3. CORTE COM DERRAMAMENTO DE SANGUE: Jo 20.25-29; Lc 2.21, 39; 1 Pd 1.18, 19 -Circuncisão interior. Rm 2.28 "Porque não é judeu o que o é exteriormente, nem é circuncisão a que o é exteriormente na carne. 29 Mas é judeu aquele que o é interiormente, e circuncisão é a do coração, no espírito, e não na letra; cujo louvor não provém dos homens, mas de DEUS." Lc 2.21 E, quando os oito dias foram cumpridos para circuncidar o menino, foi-lhe dado o nome de Jesus, que pelo anjo lhe fora posto antes de ser concebido.
Lc 2.39 E, quando acabaram de cumprir tudo segundo a lei do Senhor, voltaram à Galiléia, para a sua cidade de Nazaré.
1 Pd 1.18 sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver, que por tradição recebestes dos vossos pais, 19 mas com precioso sangue, como de um cordeiro sem defeito e sem mancha, o sangue de CRISTO,(1 Pd 1.18) 4. CICATRIZ: Jo 20.27; 1 Co 6:20; Ef 1.13 Jo 20.27 Depois, disse a Tomé: Põe aqui o teu dedo e vê as minhas mãos; chega a tua mão e põe-na no meu lado; não sejas incrédulo, mas crente.
Significa que quando satanás nos quer dominar, devemos lembrar-lhe de que lá no céu JESUS CRISTO tem as marcas da aliança, provando que nos comprou e que temos com ELE uma aliança; somos de DEUS, pois JESUS nos comprou com seu sangue. 1 Co 6.19 "Ou não sabeis que o vosso corpo é santuário do ESPÍRITO SANTO, que habita em vós, o qual possuís da parte de DEUS, e que não sois de vós mesmos? 20 Porque fostes comprados por preço; glorificai pois a DEUS no vosso corpo." NA EPÍSTOLA AOS EFÉSIOS, PAULO FALA DO SELO. Ef 1:13 em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa;
5. TROCA DE NOMES: Lc 5.24; Rm 8.16; Ef 1.13 JESUS gostava de se chamar "filho do homem", nós gostamos de ouvir o ESPÍRITO SANTO testificar com nosso espírito que somos filhos de DEUS. Lucas 5:24 Ora, para que saibais que o Filho do Homem tem sobre a terra poder de perdoar pecados (disse ao paralítico), eu te digo: Levanta-te, toma a tua cama e vai para tua casa.
Rm 8.16 "O ESPÍRITO mesmo testifica com o nosso espírito que somos filhos de DEUS;" Ef 1.13 "No qual também vós, tendo ouvido a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação, e tendo nele também crido, fostes selados com o ESPÍRITO SANTO da promessa, 14 o qual é o penhor da nossa herança, para redenção da possessão de DEUS, para o louvor da sua glória." (Recebemos o "H" de DEUS)
6. TERMOS DA NOVA ALIANÇA: Condições para entrar = Mt 10.32; Rm 10.8; Ef 2.8; Gl 3.13; Gl 5:4 NÃO é por merecimento, mas pela graça de DEUS mediante a fé: Ef 2.8,9 - 8 "Porque pela graça sois salvos, por meio da fé, e isso não vem de vós, é dom de DEUS; 9 não vem das obras, para que ninguém se glorie." Leis Espirituais que estão no Cap.5 de Mateus. Bem-Aventuranças. Ex.:Mt 5.3 Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus. - Só tem bênçãos, pegue o Novo Testamento e saberá quais são. – Se creres verás a glória de DEUS. (Rm 5.1,2; Hb 10.16). Todas as maldições JESUS já levou na cruz do calvário. Gl 3.13 Gl 3:13 Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós, porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro;
QUEM ESTÁ NA LEI - DA GRAÇA CAIU Gl 5:4 Separados estais de Cristo, vós os que vos justificais pela lei; da graça tendes caído.
7. REFEIÇÃO DA ALIANÇA: Ceia com os discípulos antes de morrer e conosco renovada sempre NA CEIA (Lc 22.7-23; Jo 6.51-54; 1 Co 11.26) Lc 22:19 E, tomando o pão e havendo dado graças, partiu-o e deu-lho, dizendo: Isto é o meu corpo, que por vós é dado; fazei isso em memória de mim. Jo 6:51 Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer desse pão, viverá para sempre; e o pão que eu der é a minha carne, que eu darei pela vida do mundo.
1 Co 11:26 Porque, todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice, anunciais a morte do Senhor, até que venha.
8. MORTE DE UM ANIMAL: Jo 1.29; Jo 19.30; Rm 6.88; 8.10; 1 Pd 1.18, 19 JESUS é o cordeiro que deu sua vida por nós e é o que tira o pecado do mundo. Jo 1.29 No dia seguinte, João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.
Lembrando que no batismo nas águas nós morremos. Rm 6.88 Ora, se já morremos com CRISTO, cremos que também com ele viveremos, 1 Pd 1.18 sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver, que por tradição recebestes dos vossos pais, 19 mas com precioso sangue, como de um cordeiro sem defeito e sem mancha, o sangue de CRISTO. 9. ARVORE MANCHADA DE SANGUE (MEMORIAL) : Mt 26:28; Rm 12.1; Cl 2:14; Fp 2:8; Hb 9.13-151; Jo 1.7 Cruz ensanguentada no calvário. Mt 26:28 Porque isto é o meu sangue, o sangue do Novo Testamento, que é derramado por muitos, para remissão dos pecados.
Palavra fez um corte profundo em nós (Rm 12.1; Hb 9.14) Rm 12.1 Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. Cl 2:14 havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz. Fp 2:8 e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte e morte de cruz. Hb 9.14 quanto mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará a vossa consciência das obras mortas, para servirdes ao Deus vivo? 1 Jo 1.7 mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de JESUS seu Filho nos purifica de todo pecado. ***MAIOR SINAL DA ALIANÇA: CRISTO, NUM CORPO DE HOMEM NO CÉU; AQUI O ESPÍRITO SANTO MORANDO DENTRO DE NÓS, NA TERRA. HÁ UM HOMEM (JESUS) LÁ EM CIMA E DEUS (ESPÍRITO SANTO) AQUI NA TERRA.** DISPENSAÇÕES E ALIANÇAS: DISPENSAÇÃO DA INOCÊNCIA E ALIANÇA EDÊMICA Homem colocado em ambiente perfeito, sujeito a uma lei simples de amor, temor e amizade, sendo advertido das conseqüências da desobediência; a mulher é enganada e o homem peca deliberadamente depois da tentação satânica, o orgulho prevalece (1 tm 2.14). A aliança Edêmica prepara o plano de salvação do homem, agora o homem teria novas normas: a) Encher a terra de uma nova ordem, a humana que herdaria a semente pecaminosa de adão. b) Subjugar a terra para subsistência. c) Lutar pelo domínio sobre toda a criação. d) Comer ervas e frutos com suor e fadiga. e) Zelar pelo jardim. f) Abster-se de comer da árvore da ciência do bem e do mal. DISPENSAÇÃO DA CONSCIÊNCIA E ALIANÇA ADÂMICA O homem passou a conhecer do bem e do mal, Expulso do Éden e amaldiçoado. A aliança Adâmica exige sacrifícios de purificação do homem para que se chegue a DEUS. a) Satanás, através da serpente é amaldiçoado. b) Ouve-se a primeira promessa de um Redentor. (vv 15) c) A condição da mulher mudada (vv 16) para concepção multiplicada e com dor e sujeição ao homem, devido à necessidade de governo. (1 Co 11.7-9) d) A terra amaldiçoada por causa do homem (vv 17) e) O inevitável cansaço da vida (vv 17) f) O trabalho instituído no Éden (Gn 2.15) g) A morte física decretada (vv 19) DISPENSAÇÃO DO GOVERNO HUMANO OU DA CONSCIÊNCIA E ALIANÇA NOÉTICA. Governo do homem pelo homem procurando obedecer a DEUS A aliança com Noé tem como base: a) Confirmação de relação homem-terra. b) Confirmação de ordem da natureza. c) Estabelecimento do governo humano. d) Garantia de que a terra não sofreria outro dilúvio (arco-íris). e) De Cão procederia raça inferior e servil. f) Relação especial entre DEUS e Sem, visando CRISTO. g) Declaração profética de que Jafé seria de raça dilatada, ou seja inteligente. DISPENSAÇÃO DA PROMESSA E ALIANÇA ABRAÃMICA A promessa foi feita a Abraão e sua posteridade que é CRISTO (Gl 3.8-16) A aliança Abraãmica tem oito partes distintas: a) Farei de ti uma grande nação, em um sentido natural e espiritual. b) Abençoar-te-ei, em dois sentidos, materialmente e espiritualmente. c) Engrandecerei o teu Nome. d) Serei teu escudo e galardão. e) Tu serás uma benção. f) Abençoarei os que te abençoarem. g) amaldiçoarei os que te amaldiçoarem. h) Por meio de ti serão benditas todas as famílias da terra. DISPENSAÇÃO DA LEI E ALIANÇAS MOSAICA, PALESTINIANA E DAVÍDICA Foi dada para mostrar o pecado Rm 3.20. Do Sinai ao calvário, do Êxodo à Cruz. Terminou, envelheceu, durou até João Batista Hb 8.13; Mt 11.13; Lc 16.16; Veja: 5.1- O estado do homem no começo (Ex 19.1-3). 5.2- Sua responsabilidade (Êx 19.5,6). 5.3- Seu fracasso (II Rs 17.7-17). 5.4- O julgamento (II Rs 14.1-6,20) A lei foi dada verbalmente em Êx 20.1-17, depois foi escrita por DEUS em tábuas de pedra e entregues a Moisés que as quebra devido à idolatria do povo (Êx 34.1,28,29), sendo que depois é escrita por Moisés, na presença de DEUS (Êx 34.1,28,29). *** A aliança Mosaica constitui-se de : a) Os mandamentos (Êx 20.1-26) b) Os Juízos (Êx 21.1 a 24.11) c) As ordenanças (Êx 24.12-31.18) Lembrando de que o SENHOR JESUS resumiu toda a lei em 2 mandamentos (Lc 10.27) ***A aliança Palestiniana foi feita com os Israelitas depois da peregrinação de Israel pelo deserto por quarenta anos, devido à sua rebeldia para com DEUS. Era na realidade um preparação para que entrassem na terra prometida e era ao mesmo tempo uma renovação da aliança Mosaica. Bênçãos e maldições são proclamadas (Dt 28; Js 24.24,25) ***A aliança Davídica foi realizada com base no reino de Israel, com a promessa de que sempre existiria um descendente de Davi no trono. (2 Sm 7.11-16; Sl 89.34) Esta promessa terá seu cabal cumprimento no milênio quando JESUS governará pessoalmente a Israel terrestre. DISPENSAÇÃO DA GRAÇA OU ECLESIÁSTICA E A NOVA ALIANÇA Aqui a palavra chave é “graça”. Da crucificação até a volta de JESUS em duas etapas, uma no arrebatamento e outra no final da grande tribulação. Na dispensação da graça é-nos oferecida a salvação pela fé em JESUS CRISTO e não pelas obras. Ef 2.8. A nova aliança é feita com base em melhores promessas, pois não só nos oferece a possessão de terra ou riquezas terrenas, ou qualquer outro bem material, mas acima de tudo isso oferece-nos a salvação, a vida eterna com DEUS, no céu onde não há traça e nem ferrugem, mas paz, gozo e alegria eternos, no espírito, coisas superiores portanto, pois são eternas. Na nova aliança temos como único mediador JESUS CRISTO (1Tm 2.5), a velha aliança perdeu seu valor, pois esta é superior (Rm 10.4); Lembramos sempre dessa nova aliança ao cearmos (Lc 22.20; Mc 14.24; 1Co 11.23-32) DISPENSAÇÃO DO MILÊNIO OU DO GOVERNO DIVINO E ALIANÇA MILÊNICA JESUS CRISTO descerá pessoalmente à terra e será reis do reis e senhor dos senhores literalmente, seu reino será literal em cumprimento à promessa feita a Davi. Mt 19.28. Neste tempo Satanás será preso por mil anos (Ap 20.2), Os crentes reinarão com CRISTO nessa época (Ap 20.4). A primeira ressurreição acabará no final da grande tribulação e início do milênio.(Ap 20.5) Satanás será solto e vencido no final do milênio (Ap 20.7; 20.10-15) ***Algumas promessas para quem for fiel a essa aliança: »APOCALIPSE [21] 1 E vi um novo céu e uma nova terra. Porque já se foram o primeiro céu e a primeira terra, e o mar já não existe. 2 E vi a santa cidade, a nova Jerusalém, que descia do céu da parte de DEUS, adereçada como uma noiva ataviada para o seu noivo. 3 E ouvi uma grande voz, vinda do trono, que dizia: Eis que o tabernáculo de DEUS está com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e DEUS mesmo estará com eles. 4 Ele enxugará de seus olhos toda lágrima; e não haverá mais morte, nem haverá mais pranto, nem lamento, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas. 5 E o que estava assentado sobre o trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E acrescentou: Escreve; porque estas palavras são fiéis e verdadeiras. 6 Disse-me ainda: está cumprido: Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim. A quem tiver sede, de graça lhe darei a beber da fonte da água da vida. 7 Aquele que vencer herdará estas coisas; e eu serei seu DEUS, e ele será meu filho. Agora pegue a bíblia em Mateus, capítulo 1, versículo 1, segure aí e pegue em Apocalipse 22.21 – tudo isso são bênçãos de DEUS para nós, aproveite e leia tudo; AMÉM? ALIANÇA. Em hebraico, uma "aliança" é determinada pelo termo berit, e berit karat significa "fazer (lit., 'cortar' ou 'lapidar') uma aliança". Em grego o termo é diatheke (que pode significar tanto "pacto"como "último desejo e testamento"), e o verbo é diatithemi (At 3.25; Hb 8.10; 9.16; 10.16). Uma aliança é um acordo entre duas ou mais pessoas em que quatro elementos estão presentes: partes, condições, resultados, garantias. As alianças bíblicas são importantes como uma chave para duas grandes facetas da verdade: Soteriologia - O plano de DEUS através de JESUS CRISTO para redimir os seus eleitos, está revelado de uma maneira ampla e profunda nas sucessivas alianças. Alianças Bíblicas Específicas 1. Aliança Noéica. Esta é a primeira aliança claramente mencionada nas Escrituras. Ela foi prometida a Noé em Gênesis 6.18 e está registrada em Gênesis 8.20-9.17. Esta aliança foi, sobretudo, unilateral, pois DEUS era o seu criador e executor, não requerendo um compromisso de aceitação e consentimento por parte de Noé, como no caso do juramento dos israelitas ao pé do Monte Sinai (veja Êx 19.8). As partes desta aliança eram DEUS e a terra (Gn 9.13) ou Noé e todos os seus descendentes (Gn 9.9,16,17). Daqui por diante, ela era universal em seu escopo. Apesar disso, ela tinha certas condições, a saber, que a humanidade fosse frutífera, se multiplicasse e enchesse a terra (9.1,7); que não comesse carne com vida, isto é, com o sangue (9.4). Assim, a aliança era condicional, porque DEUS trouxe um julgamento sobre a humanidade no episódio da Torre de Babel na forma de uma confusão de línguas, para forçar o povo a se espalhar e povoar a terra, quando eles estavam deliberadamente desafiando o propósito e a ordem de DEUS (Gn 11.4-9). O Resultado era a promessa de que DEUS nunca mais destruiria a terra com um dilúvio (Gn 8.21; 9.11,15), com a concomitante promessa da regularidade das estações (Gn 8.22). A garantia de que DEUS iria manter esta aliança enquanto durasse a terra encontrava-se em seu sinal ou prova, o arco-íris (9.12-17). 2. Aliança Abraâmica. Esta é geralmente considerada uma aliança unilateral no sentido de que foi em primeiro lugar anunciada por DEUS, sem qualquer condição a ela vinculada. Entretanto, um elemento bilateral aparece em Genesis 17.1: "Eu sou o DEUS Todo-poderoso; anda em minha presença e sê perfeito"; e na última repetição e confirmação da aliança a Abraão em Genesis 22.16ss., quando DEUS diz, "Por mim mesmo, jurei... porquanto fizeste esta ação e não me negaste o teu filho, o teu único, que deveras te abençoarei". As partes desta aliança eram DEUS e Abraão. A condição - revelada por DEUS a Abraão, depois dele demonstrar a sua vontade de obedecer à ordem de DEUS de oferecer Isaque - era a obediência pela fé (cf. Hb 11.17-19). Os resultados foram: a promessa de DEUS de transformar a posteridade de Abraão em uma grande nação (Gn 12.2); aumentar a sua semente tornando-a numerosa como a areia do mar (Gn 22.17); abençoar aqueles que abençoassem o povo judeu e amaldiçoar aqueles que o amaldiçoassem (Gn 12.3); e dar à descendência a Abraão (ou seja, a Israel), a Palestina e o território que vai do rio do Egito até o Eufrates. Finalmente, e o mais importante de tudo, o mundo inteiro seria abençoado através da sua descendência, que era CRISTO (Gl 3.16), e CRISTO por sua vez dominaria sobre todos os seus inimigos (Gn 22.17,18). A garantia desta grande aliança era o juramento de DEUS por si mesmo e por seu grande Nome (Gn 22.16; Hb 6.13-18), assim como o derramamento do sangue dos sacrifícios (Gn 15.9,10,17). 3. Aliança Mosaica ou do Sinai. Nesta aliança vemos o surgimento de um novo fator, de uma forma particular. A aliança Abraâmica era muito simples e direta, a Mosaica, mesmo sendo direta, era muito mais complexa, empregava a forma contemporânea das alianças de suserania e vassalagem em voga no antigo Oriente, onde o grande senhor ou suserano ditava um acordo para os seus vassalos ou servos. Um recente estudo dos tratados ou alianças hititas da metade do segundo milênio a. C., revelou que existia uma forma paralela entre estas e a aliança de DEUS com Israel, e cada uma continha seis elementos. PFEIFFER .Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora CPAD. pag. 61-64. O CONCERTO DO SINAI. Aliança Mosaica ou do Sinai. Nesta aliança vemos o surgimento de um novo fator, de uma forma particular. A aliança Abraâmica era muito simples e direta, a Mosaica, mesmo sendo direta, era muito mais complexa, empregava a forma contemporânea das alianças de suserania e vassalagem em voga no antigo Oriente, onde o grande senhor ou suserano ditava um acordo para os seus vassalos ou servos. Um recente estudo dos tratados ou alianças hititas da metade do segundo milênio a. C., revelou que existia uma forma paralela entre estas e a aliança de DEUS com Israel, e cada uma continha seis elementos. (1) Umpreâmbulo: "Eu sou o Senhor, teu DEUS" (Ex 20.2a), identificava o autor da aliança, e correspondia a cada introdução como "Estas são as palavras do filho de Mursilis, o grande rei, e rei da terra de Hati, o valente, o filho favorito do deus do trovão etc..." (ANET, p. 203). (2) Um prólogo histórico: "...que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão" (Êx 20.2). Em Deuteronômio, que é a segunda dádiva da aliança e da lei, o prólogo histórico se expandia amplamente a fim de abranger o modo como DEUS levou Israel pelo deserto até aos limites da terra prometida (Dt 1.6-4.49). Moisés está repetindo e expandindo a aliança dada no Sinai, para atualizá-la e preparar Israel para a entrada na terra prometida. Nas alianças hititas, o suserano dominador lembrava ao governante vassalo (o governante subjugado) os benefícios que ele desfrutara até o momento como vassalo de seu reino, como a base para a sua gratidão e obediência futura. (3) As estipulações ou obrigações exclusivas da aliança: "Não terás outros deuses diante de mim. Não farás para ti imagem de escultura..."Não te encurvarás a elas nem as servirás" (Êx 20.3-5). Uma típica aliança hitita foi registrada da seguinte forma: "Mas tu, Duppi-Tessub permaneça leal ao rei da terra de Hati... Não volte os seus olhos para mais ninguém" (ANET, p. 204). Em sua primeira forma em Êxodo 20, a aliança começa com os Dez Mandamentos e continua ao longo de Êxodo 31. Em Deuteronômio, ela começa com a lei no cap. 5 e continua pelo cap. 26. (4) Sanções, a saber, bênçãos e maldições que acompanham a manutenção ou o rompimento da aliança. Em sua primeira promulgação no Êxodo, estas sanções estão vinculadas, na aliança Mosaica, aos Dez Mandamentos; por exemplo: "Visito a maldade... e faço misericórdia" (Êx 20.5,6); e, "Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra" (Êx 20.12). Além disso, mais sanções e advertências são dadas com a promessa de direção e proteção pela presença de DEUS (Êx 23.20-33; para mais bênçãos e maldições, veja Levítico 26). Mas em Deuteronômio há dois capítulos de bênçãos e maldições que devem ser lidos publicamente e expostos na cerimónia de renovação da aliança (27 e 28), seguidos pela conhecida aliança Palestina (29-30). Bênçãos e maldições também eram escritas nos tratados da Ásia ocidental. A confirmação bíblica ou a certeza de que uma promessa seria mantida era um juramento ou ainda a morte daquele que fez a aliança. "Os termos juramento e aliança são sempre usados como sinônimos no AT, assim como os termos juramento e tratado nos textos extra-bíblicos" esta é a conclusão de Gene M. Tucker ("Covenant Forms and Contract Forms", VT, XV [1965], p. 497). Uma aliança no AT era, em sua essência, um juramento, um acordo solene. DEUS confirmou a aliança Mosaica através de um juramento mencionado em Deuteronômio 29.12ss. O juramento... "que o Senhor, teu DEUS, hoje faz contigo" (cf. Dt 32.40; Ez 16.8; Nm 10.29). As partes que faziam a aliança deveriam se tornar como os mortos, de maneira que não poderiam mais mudar de ideia e revogá-la, assim como os mortos também não poderiam fazer (Gn 15.8-18; Hb 9.16,17). Assim, o sangue dos animais substitutos sacrificados era espargido na cerimónia de ratificação da aliança, para representar a "morte" das partes (Êx 24.3-8). Os tratados hititas comuns na época de Moisés não tinham como característica um juramento por parte do suserano; ao invés disso, eles enfatizavam o juramento de lealdade por parte do vassalo. (5) Testemunhas: Os tratados hititas apelavam para uma longa lista de divindades como testemunhas dos documentos. No Sinai e em outras alianças bíblicas, os deuses pagãos eram obviamente excluídos. Ao invés disso, memoriais de pedra podiam ser uma testemunha (Êx 24.4; cf. Js 24.27); os céus e a terra eram convocados como testemunhas (Dt 30.19; 31.28; 32.1; cf. 4.26); o livro da lei (ou o rolo da lei) era depositado ao lado da arca com a finalidade de ser uma testemunha (Dt 31.26); e o próprio cântico de Moisés lembraria ao povo os votos que fizeram por ocasião da aliança (Dt 31.30-32.47). Na cerimónia de renovação da aliança no final da vida de Josué, o próprio povo atuou como testemunha (Js 24.22). (6) A perpetuação da aliança. Esta podia ser vista no cuidado pela segurança dos documentos do tratado, que no caso dos pagãos eram geralmente depositados perante ou sob um deus pagão de uma nação que fazia parte do tratado. Esta atitude poderia ser contrastada com as tábuas da aliança Mosaica, colocadas dentro da arca da aliança em Israel (Êx 25.16,21; 40.20; Dt 10.2). As alianças hititas e a aliança Mosaica eram lidas periodicamente em público, e as crianças eram nelas instruídas. A lei era registrada em pedras caiadas (Dt 27.4), e lida em voz alta durante as cerimônias, como aconteceu quando as bênçãos e maldições foram pronunciadas (estando a metade de Israel no Monte Ebal e a outra metade no Monte Gerizim), depois de terem entrado na terra prometida (Dt 27.9ss.; Js 8.30-35). A lei era lida integralmente e publicamente a cada sete anos na Festa dos Tabernáculos (Dt 31.9-13). Chegou-se a várias conclusões importantes como resultado da comparação da aliança Mosaica com os antigos tratados de suserania daquela época: (a) DEUS falou a Israel de uma forma conveniente ao seu propósito, mas que também fosse familiar ao povo daquela época. Alguns dos detalhes mais apurados da forma até mesmo provam que a aliança Mosaica deve ter sido estabelecida antes de 1200 a.C, porque os tratados aramaicos e assírios do primeiro milênio a. C. não possuem vários dos elementos característicos comuns aos hititas e à aliança do Sinai (veja Meredith G. Kline, The Treaty of the Great King, p. 42ss.). (6) A forma particular da aliança hitita em Deuteronômio nos leva a ver que a ênfase é maior no significado da aliança do que em seu significado legal, (c) Estudos mostram que as duas tábuas da lei não eram duas pedras com quatro mandamentos na primeira e seis na segunda, mas duas cópias de pedra do mesmo tratado ou aliança: uma para DEUS - mantida na arca - e outra para Israel. O mesmo acontecia em todos os tratados hititas e assírios: duas cópias eram feitas, uma para o rei do suserano e outra para o rei do vassalo. Certas diferenças importantes, não devem, entretanto, passar despercebidas. A Aliança Mosaica, como feita por DEUS, baseava-se no amor e na graça e não simplesmente em poder. Além disso, ela tinha como objetivo a salvação dos eleitos de DEUS, e não a mera submissão e obediência. Voltando ao significado e à importância espiritual dessa aliança, podemos concluir que o elemento condicional é prioritário em relação ao elemento incondicional. Será que está sendo ensinada a expressão "faze isso e viverás" (cf. Lc 10.28) no sentido de que a vida eterna para o crente do AT dependia de se guardar a lei de DEUS? Se fosse, as obras seriam de valor meritório até que viesse a cruz! Ou será que DEUS queria dizer que deveriam viver à luz da lei? O Senhor JESUS CRISTO, no Sermão do Monte, ensinou esta segunda visão quando expôs vários mandamentos e disse: "Sede vós, pois, perfeitos, como é perfeito o vosso Pai, que está nos céus" (Mt 5.48). Ele aplicou a lei com o propósito da contínua santificação do crente e não para a sua justificação. Em Levítico 18.5 é feita a mesma aplicação da lei: "Os meus estatutos e os meus juízos guardareis; os quais, fazendo-os o homem, viverá por eles" (ou seja, naquele âmbito). Quando vemos que esta aliança começa com a graça: "Eu sou o Senhor, teu DEUS, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão" (Êx.20.2), e acrescentamos a isto uma consideração dos fatos descritos acima, somos levados a vê-la como uma aliança cheia de graça. A aliança Mosaica, então, torna-se tanto um aio que tem a função de nos trazer a CRISTO, onde todos os tipos de aliança apontam para ele, como um padrão para guiar o comportamento dos crentes do AT e dos cristãos.
Alianças feitas entre Deus e o homem.
Deus é o autor do mal? O que dizem as nossas Confissões?
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Quando falamos do Mal não é sobre as catástrofes, doenças, guerras, desastres, crises, a morte física, etc. O Mal que consta na pergunta é o Mal Moral, ou seja, de onde veio os pecados tanto de Satanás como dos homens.
O tema sobre a questão da autoria do Mal foi levantado dentro de nossas congregações devido ao anúncio da suspensão de um dos nossos oficiais do exercício do seu ofício. Este oficial, dentre outras coisas, professou que cria que Deus é o Autor do Mal. A suspensão deixou a igreja triste e suscitou na mente de alguns irmãos indagações sobre a origem do Mal.
Esta palavra que coloco no Boletim não deve ser tomada como um estudo profundo sobre a origem do Mal e defesa da Fé Cristã. Mas, são orientações aos membros da Igreja, a fim de acalmar seus corações e estimulá-los a buscarem consolo e paz naquilo que eles professam à luz da Escritura.
De onde veio o Mal é uma pergunta que tem intrigado a mente de muitos cristãos há séculos. E as igrejas de Cristo na História tem tratado essa questão de modo cuidadoso e humilde.
E a Igreja de Cristo com cuidado e humildade buscou na Escritura responder as perguntas: Deus é soberano e sustenta e comanda tudo segundo Sua vontade? Então, como fica a questão das Quedas do diabo e do homem? Foi Deus o Autor destas quedas? De onde veio o orgulho, mentira e ódio de Satanás? De onde veio a ganância e insubmissão de Adão? Estas criaturas não foram criadas boas?
As igrejas de Cristo souberam responder essas indagações. E um exemplo muito lindo desse cuidado e da humildade bíblicos são as nossas Confissões de Fé. Essas Confissões não são a Palavra de Deus, mas ecoam a fiel doutrina da Escritura, incluindo o que a Palavra de Deus diz sobre a Origem do Mal.
Onde em nossas Confissões podemos aprender sobre a origem do Mal? Nos seguintes lugares (É de suma importância que você veja as bases bíblicas nas notas de suas Confissões):
• Confissão de Fé Belga – Artigos: 1, 2, 7, 12, 13, 14, 15, 16, 17.
• Catecismo de Heidelberg – Dias do Senhor 3 e 4.
• Cânones de Dort – Cap I, Arts. 5-7; 15; Cap II, Art. 6; Caps. III/IV, 1, 2, 9, 16.
Estude estas passagens. Mas, é importante destacarmos a Confissão de Fé Belga no seu Artigo 13 sobre a Providência de Deus:
O Artigo 13, com base na Palavra de Deus, fala da Doutrina da Providência. Nele a Igreja confessa a Bondade e Soberania de Deus que sustenta e domina todas as coisas da sua criação “segundo a Sua santa vontade, Sua determinação”. E note que, ao mesmo tempo, na mesma doutrina, temos o cuidado de não fazer Deus o “autor e nem culpável dos pecados que se cometem pelos demônios e dos ímpios”. Na Confissão a Igreja justifica esta afirmação com base na grandiosidade do poder e da bondade de Deus revelada na Escritura, que mostra que Deus ordena e faz a “Sua obra de modo mais excelente e justíssimo, ainda que os demônios e os ímpios ajam com injustiça”.
Outro detalhe é que a nossa Confissão também manifesta a humildade cristã de se submeter a revelação da Escritura, quando nossas mentes limitadas não conseguem entender como se combina as ações soberanas, bondosas, excelentes, santas e justas de Deus e a responsabilidade dos demônios e pecadores quanto a Queda e seus pecados.
Saiba que muitos cristãos são mortos na Fé, pois são levados pelo diabo e por homens soberbos a usarem a lógica humana como um submarino que conseguirá levar o homem até às profundezas dos mistérios de Deus. A lógica tem o seu lugar como instrumento para aprofundar nosso conhecimento sobre Deus e suas obras. Porém, a lógica como um submarino pode falhar e tem um limite de profundidade para nos manter seguros no estudo dos mistérios de Deus. Esse limite é a Revelação da Escritura.
Se quisermos ultrapassar com a lógica os limites da Escritura, então, seremos esmagados e arrastados para a mais profunda morte. Por isso, o cristão se limita à Revelação da Escritura. Por esse motivo, humildemente, professamos que Deus “não é o autor nem é o culpável dos pecados que se cometem”. E, além disto, adoramos com toda humildade e reverência os justos juízos de Deus, que nos estão ocultos.”
Esta atitude humilde da Igreja aos limites da Revelação já é manifestada na sua crença que a Escritura é a Palavra de Deus e que ela foi preservada durante séculos, na Santíssima Trindade, na Encarnação do Verbo, no nascimento virginal de Cristo. Isto não pode ser diferente quanto a doutrina da Providência de Deus, que nos leva a ver que Deus é Soberano e ao mesmo tempo não é o autor nem o culpável dos pecados dos demônios e ímpios.
Portanto, com estas palavras chamo você a enfrentar esse momento de tristeza e desafio da Fé Cristã que estamos passando. Firme-se nas nossas Confissões que são Bíblicas. E ore para que você como membro da Igreja se contente em ser um discípulo (aluno) de Cristo, que deve aprender apenas o que Ele nos ensina em Sua Palavra, sem transgredir esses limites.
Sendo assim, continue firme e consolado com a Escritura quando se deparar com a profundidade da doutrina da providência e a questão do Mal, por isso continue confessando que: “Deus … não é autor nem é culpável dos pecados que se cometem, pois Seu poder e bondade são tão grandes e incompreensíveis que Ele ordena e faz Sua obra de modo mais excelente e justíssimo, ainda que os demônios e os ímpios ajam com injustiça.” Que o Senhor abençoe e guarde você em Cristo Jesus pelo poder do Seu Espírito e da Palavra.
Meditação:
“Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom” Gn 1.31.
“Pois Tu não és Deus que se agrade com a iniquidade, e contigo não subsiste o mal” Sl 5.4
“Ó profundidade da riqueza, tanto de sabedoria como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminnhos!” Rm 11.33
“Só uma exceção se deve fazer, a saber: que a causa do pecado, as raízes do qual sempre reside no próprio pecador; não têm sua origem em Deus, pois resulta sempre verdadeiro que “A tua ruína, ó Israel, vem de ti, e só de mim o teu socorro” Os 13.9
O tema sobre a questão da autoria do Mal foi levantado dentro de nossas congregações devido ao anúncio da suspensão de um dos nossos oficiais do exercício do seu ofício. Este oficial, dentre outras coisas, professou que cria que Deus é o Autor do Mal. A suspensão deixou a igreja triste e suscitou na mente de alguns irmãos indagações sobre a origem do Mal.
Esta palavra que coloco no Boletim não deve ser tomada como um estudo profundo sobre a origem do Mal e defesa da Fé Cristã. Mas, são orientações aos membros da Igreja, a fim de acalmar seus corações e estimulá-los a buscarem consolo e paz naquilo que eles professam à luz da Escritura.
De onde veio o Mal é uma pergunta que tem intrigado a mente de muitos cristãos há séculos. E as igrejas de Cristo na História tem tratado essa questão de modo cuidadoso e humilde.
E a Igreja de Cristo com cuidado e humildade buscou na Escritura responder as perguntas: Deus é soberano e sustenta e comanda tudo segundo Sua vontade? Então, como fica a questão das Quedas do diabo e do homem? Foi Deus o Autor destas quedas? De onde veio o orgulho, mentira e ódio de Satanás? De onde veio a ganância e insubmissão de Adão? Estas criaturas não foram criadas boas?
As igrejas de Cristo souberam responder essas indagações. E um exemplo muito lindo desse cuidado e da humildade bíblicos são as nossas Confissões de Fé. Essas Confissões não são a Palavra de Deus, mas ecoam a fiel doutrina da Escritura, incluindo o que a Palavra de Deus diz sobre a Origem do Mal.
Onde em nossas Confissões podemos aprender sobre a origem do Mal? Nos seguintes lugares (É de suma importância que você veja as bases bíblicas nas notas de suas Confissões):
• Confissão de Fé Belga – Artigos: 1, 2, 7, 12, 13, 14, 15, 16, 17.
• Catecismo de Heidelberg – Dias do Senhor 3 e 4.
• Cânones de Dort – Cap I, Arts. 5-7; 15; Cap II, Art. 6; Caps. III/IV, 1, 2, 9, 16.
Estude estas passagens. Mas, é importante destacarmos a Confissão de Fé Belga no seu Artigo 13 sobre a Providência de Deus:
“Cremos que o bom Deus, depois de haver criado todas as coisas, não as abandonou nem as entregou ao destino ou acaso, mas segundo a Sua santa vontade Ele as rege e governa de tal modo que no mundo nada acontece sem a Sua determinação. Deus, contudo, não é autor nem é culpável dos pecados que se cometem, pois Seu poder e bondade são tão grandes e incompreensíveis que Ele ordena e faz Sua obra de modo mais excelente e justíssimo, ainda que os demônios e os ímpios ajam com injustiça. E quanto àquilo que ele faz que ultrapassa o entendimento humano, não queremos investigar curiosamente além de nossa capacidade de entender. Mas adoramos com toda humildade e reverência os justos juízos de Deus, que nos estão ocultos. Contentamo-nos em ser discípulos de Cristo, que devem aprender apenas o que Ele nos ensina em Sua Palavra, sem transgredir esses limites. …”.
O Artigo 13, com base na Palavra de Deus, fala da Doutrina da Providência. Nele a Igreja confessa a Bondade e Soberania de Deus que sustenta e domina todas as coisas da sua criação “segundo a Sua santa vontade, Sua determinação”. E note que, ao mesmo tempo, na mesma doutrina, temos o cuidado de não fazer Deus o “autor e nem culpável dos pecados que se cometem pelos demônios e dos ímpios”. Na Confissão a Igreja justifica esta afirmação com base na grandiosidade do poder e da bondade de Deus revelada na Escritura, que mostra que Deus ordena e faz a “Sua obra de modo mais excelente e justíssimo, ainda que os demônios e os ímpios ajam com injustiça”.
Outro detalhe é que a nossa Confissão também manifesta a humildade cristã de se submeter a revelação da Escritura, quando nossas mentes limitadas não conseguem entender como se combina as ações soberanas, bondosas, excelentes, santas e justas de Deus e a responsabilidade dos demônios e pecadores quanto a Queda e seus pecados.
Saiba que muitos cristãos são mortos na Fé, pois são levados pelo diabo e por homens soberbos a usarem a lógica humana como um submarino que conseguirá levar o homem até às profundezas dos mistérios de Deus. A lógica tem o seu lugar como instrumento para aprofundar nosso conhecimento sobre Deus e suas obras. Porém, a lógica como um submarino pode falhar e tem um limite de profundidade para nos manter seguros no estudo dos mistérios de Deus. Esse limite é a Revelação da Escritura.
Se quisermos ultrapassar com a lógica os limites da Escritura, então, seremos esmagados e arrastados para a mais profunda morte. Por isso, o cristão se limita à Revelação da Escritura. Por esse motivo, humildemente, professamos que Deus “não é o autor nem é o culpável dos pecados que se cometem”. E, além disto, adoramos com toda humildade e reverência os justos juízos de Deus, que nos estão ocultos.”
Esta atitude humilde da Igreja aos limites da Revelação já é manifestada na sua crença que a Escritura é a Palavra de Deus e que ela foi preservada durante séculos, na Santíssima Trindade, na Encarnação do Verbo, no nascimento virginal de Cristo. Isto não pode ser diferente quanto a doutrina da Providência de Deus, que nos leva a ver que Deus é Soberano e ao mesmo tempo não é o autor nem o culpável dos pecados dos demônios e ímpios.
Portanto, com estas palavras chamo você a enfrentar esse momento de tristeza e desafio da Fé Cristã que estamos passando. Firme-se nas nossas Confissões que são Bíblicas. E ore para que você como membro da Igreja se contente em ser um discípulo (aluno) de Cristo, que deve aprender apenas o que Ele nos ensina em Sua Palavra, sem transgredir esses limites.
Sendo assim, continue firme e consolado com a Escritura quando se deparar com a profundidade da doutrina da providência e a questão do Mal, por isso continue confessando que: “Deus … não é autor nem é culpável dos pecados que se cometem, pois Seu poder e bondade são tão grandes e incompreensíveis que Ele ordena e faz Sua obra de modo mais excelente e justíssimo, ainda que os demônios e os ímpios ajam com injustiça.” Que o Senhor abençoe e guarde você em Cristo Jesus pelo poder do Seu Espírito e da Palavra.
Meditação:
“Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom” Gn 1.31.
“Pois Tu não és Deus que se agrade com a iniquidade, e contigo não subsiste o mal” Sl 5.4
“Ó profundidade da riqueza, tanto de sabedoria como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminnhos!” Rm 11.33
“Só uma exceção se deve fazer, a saber: que a causa do pecado, as raízes do qual sempre reside no próprio pecador; não têm sua origem em Deus, pois resulta sempre verdadeiro que “A tua ruína, ó Israel, vem de ti, e só de mim o teu socorro” Os 13.9
Atos proféticos x Misticísmo = O "esoterismo evangélico"
Acessei outro dia o portal de uma igreja declaradamente esotérica. Lá é esoterismo puro! Pior, no entanto, são igrejas evangélicas com práticas esotéricas. E não apenas entre os pentecostais.
O que é um esotérico? É a pessoa que busca interpretar o sentido oculto das coisas, especialmente a interpretação que liga as coisas naturais com o sobrenatural. Neste sentido, parece haver um pouco de esoterismo no meio evangélico que atribui poderes a certos elementos da natureza. Práticas esotéricas são quando se atribui poder sobrenatural a certos elementos como a água, o óleo e o sal grosso. Neste sentido, como existem igrejas esotéricas!
É possível um verdadeiro crente trilhar os passos do esoterismo de maneira inconsciente, já que alguns dos elementos naturais que fazem parte da fé podem ser mal-interpretados e mal-empregados na vida do cristão. Especialmente porque o mundo espiritual – tudo que há no âmbito da mística ou da fé – sejam semelhantes entre si. Assim, concede-se poder a um copo de água deixado sobre o rádio ou a tevê; ao óleo consagrado na sexta-feira santa e até mesmo aos elementos da ceia, como o pão e o vinho. Como diferenciar entre uma coisa esotérica que é mística e transcendental, de outra que não é esotérica, mas que também é mística e transcendental? Pois o mundo espiritual é místico e o entendimento do que é espiritual transcende a esfera da razão e do intelecto.
A primeira coisa é entender a palavra de Deus com o entendimento da razão e com o entendimento da fé. Quando se busca entender o mundo espiritual apelando-se apenas para a razão, ou buscando-se entender a Bíblia com o intelecto, a pessoa nada entenderá. É preciso fé para entendê-la. Resulta que os dois campos, o da mística e o da razão precisam andar lado a lado na compreensão das coisas espirituais. Quando se caminha apenas na trilha da fé, tende-se a ser místico, evoluindo de tal maneira na transcendentalidade a ponto de perder o verdadeiro sentido da palavra de Deus. E quando se caminha apenas pelo intelecto, perde-se o seu sentido místico e transcendental. Razão e fé caminham juntas na vida cristão, sem, no entanto levar o crente a ser um esotérico.
Quando se vive apenas no campo do intelecto e do pragmatismo perde-se a essência da fé; e quando se anda apenas no campo da fé da mística, perde-se a essência da razão. É esta falta de entendimento que leva muitos crentes, por exemplo, a acharem que Deus só se manifesta de uma maneira; e que o tipo de culto que prestam a Deus é o mais correto e bíblico. Para entender melhor o tema, será preciso conduzir o leitor a refletir sobre algumas questões bíblicas, especialmente na área da fé e da razão, da mística e da palavra de Deus.
O leitor deve analisar o tema fazendo-se a seguinte pergunta: como Deus se manifestou aos pais no passado? É uma pergunta inteligente, mas sua resposta plena depende da fé. Já nesta pergunta os dois elementos, fé e razão encontram-se presentes.
Atos proféticos.
Os evangélicos partem para o esoterismo quando, a partir de casos bíblicos em que certos elementos são usados, passam a usá-los como se fossem práticas normais. Já ouvi alguém afirmar que os elementos místicos que alguns usam em religiões de ocultismo pertencem a igreja e que estão sendo usadas por eles, roubadas que foram de nós. Assim, despejar sal grosso numa esquina, não deveria ser direito deles, mas da igreja. Ungir com óleo uma rua, cidade ou país é direito da igreja que foi roubado por eles. Usar certos elementos para “ponto de contato” é direito da igreja e não do ocultismo. Em que baseiam essas suposições? Em algumas experiências do passado, especialmente do AT. Uma rosa “ungida”, um copo de água, óleo especial “ungido” e até incenso são elementos que voltaram a fazer parte de alguns grupos pentecostais. Os pentecostais clássicos – entre os quais me incluo – costumam criticar estas práticas, esquecendo que também, por vezes, concedemos poder a certos elementos como óleo e o pão e o vinho da ceia. Sim, porque queimam ou enterram o que sobra dos elementos da ceia depois de consagrados. Conceder poderes especiais ao pão e ao vinho é também uma prática esotérica.
Por haver no AT testamento uma orientação sobre os ingredientes do óleo da unção e do incenso, alguns crentes passaram a crer que o verdadeiro óleo da unção tem de ser de oliva e, se possível, importado de Israel, como se dele emanasse ainda mais poder. Mas, convém afirmar que esses elementos, especialmente o óleo são apenas figuras ou sombras da verdadeira unção. Assim, quando se unge com óleo o poder não está no óleo, mas no Nome de Jesus e na ação do Espírito Santo. Serve, portanto, qualquer óleo. Alguns irmãos trazem água do rio Jordão quando vão a Israel, como se aquela água tivesse em si mesma algum poder. As águas do Jordão estão tão poluídas como qualquer ribeiro da periferia da minha cidade.
Os elementos usados no AT eram sombras do que haveria de vir. O óleo, fala da presença do Espírito Santo. O sal, usado nos sacrifícios, do crente como sacrifício agradável e sal da terra. Os elementos do templo apontavam para a pessoa de Cristo e da igreja. Assim, o candelabro é uma figura da igreja, alumiando. Hoje não há necessidade de se usar esses elementos que eram sobras, porque os tiveram seu cumprimento em Cristo e na igreja. Muitos, no entanto, acreditam no poder do sal, do óleo e da água, elementos que apontavam para o futuro.
Vejamos a questão do sal: “Toda oferta dos teus manjares temperarás com sal; à tua oferta de manjares não deixarás faltar o sal da aliança do teu Deus; em todas as tuas ofertas aplicarás sal” (Lv 3.1). Como cessaram as ofertas e sacrifícios, pois Cristo é o sacrifício perfeito, por que usar o sal como fazem alguns grupos neopentecostais? Este sal colocado na oferta falava de quê?
O comentarista Mathew Henry anos atrás já falava sobre a questão dos sacrifícios. Ele diz:
O sal deveria ser colocado em todas as ofertas. Deus, portanto, exige deles que o sacrifício deveria ter sabor. Todo culto deve ser temperado com a graça. O cristianismo é o sal da terra. Óleo e incenso fazem parte dos sacrifícios. Sabedoria e humildade amolecem e adoçam os espíritos. O incenso fala da mediação e intercessão de Cristo através do qual nosso culto se torna aceitável diante de Deus.
Ora, não se faz necessário aqui provar que os elementos presentes no tabernáculo prefiguravam a obra de Cristo, do Espírito Santo e a igreja, tema implícito nas cartas paulinas. No entanto, apesar de tudo haver se cumprido em Cristo, como afirma o escritor aos hebreus, ainda assim a igreja se deixa judaizar trazendo para o culto os mesmos elementos, como pão sem fermento, o candelabro, faltando, obviamente o incenso, que algumas igrejas trazem para o culto sem problema algum. Cristo é nosso pão sem fermento; o Espírito Santo é o óleo e todos os elementos têm alguma relação com a igreja, a palavra de Deus e a obra de Cristo. Ora, como Cristo é a plenitude de todas as coisas, então não haverá necessidade de se apegar a esses elementos no culto a Deus.
Vejamos, então, alguns exemplos bíblicos de atos proféticos. Estes eram acontecimentos ou realizações em forma de eventos e não como regras ou institucionalização.
Vejamos alguns casos da Bíblia que não podem ser tomados como regras de fé.
1. O manto de Elias. Com ele, Elias dividiu as águas do Jordão. Eliseu, depois que Elias foi arrebatado, tomou o mesmo manto e abriu também as águas do Jordão. O poder não estava no manto, mas no Deus Todo-Poderoso. “Onde está o Senhor, Deus de Elias?”, perguntou Eliseu (2 Rs 2.14). Nas outras vezes em que Eliseu precisou atravessar o Jordão não usou do manto para abri-lo de novo. Eliseu precisava de uma manifestação do poder de Deus para ser aceito pelos demais profetas. Onde os crentes se tornam esotéricos? Quando acham que o poder está no manto ou no paletó de um servo de Deus, numa peça de roupa, etc.
2. Eliseu e as águas de Jericó. Interessante como os líderes esotéricos de hoje na igreja não usam “vasilhas” novas como fazem os da religião afro em seus rituais. Porque Eliseu, ao orar pelas águas de Jericó que eram estéreis usou uma vasilha nova: “Os homens da cidade disseram a Eliseu: Eis que é bem situada esta cidade, como vê o meu senhor, porém as águas são más, e a terra é estéril. Ele disse: Trazei-me um prato novo e ponde nele sal. E lho trouxeram. Então, saiu ele ao manancial das águas e deitou sal nele; e disse: Assim diz o SENHOR: Tornei saudáveis estas águas; já não procederá daí morte nem esterilidade. Ficaram, pois, saudáveis aquelas águas, até ao dia de hoje, segundo a palavra que Eliseu tinha dito” (2 Rs 2.20-22). Ora, o sal e a vasilha nova foram apenas componentes de um ato profético, o poder, de fato, estava em Deus que Eliseu invocou. “Assim diz o Senhor”. Foram as palavras do Senhor que tornaram as águas saudáveis e a terra fértil e não o sal e a vasilha nova. Sim, porque noutra ocasião o sal foi usado para deixar a terra estéril. Eis o contraste (Jz 9.45 e Sf 2.9). “Obviamente que as águas não foram curadas pelo poder do sal”, afirmam os comentaristas, “como se o sal em si mesmo tivesse poder para curar um ribeiro de águas. Foi um ato simbólico que acompanhou a declaração da palavra do Senhor, por isso as águas ficaram boas” (Brown Commentary). O prato novo e o sal falam da consagração das vidas e do “sal da terra” que tornam saudáveis a terra onde o crente vive. Um contraste, porque o sal deixa a água com gosto horrível.
Noutro episódio, quando os discípulos colocaram na sopa que preparavam ramos de uma trepadeira venenosa, Eliseu usou farinha. Por que não usou sal? Nem óleo? Porque o poder da cura está em Deus e não nos elementos. Interessante como ninguém joga farinha no ar nos cultos esotéricos de algumas igrejas. (Ver 2 Rs 4.38-41).
3. Moisés e o tronco de árvore lançado nas águas de Mara. “Afinal, chegaram a Mara; todavia, não puderam beber as águas de Mara, porque eram amargas; por isso, chamou-se-lhe Mara. E o povo murmurou contra Moisés, dizendo: Que havemos de beber? Então, Moisés clamou ao SENHOR, e o SENHOR lhe mostrou uma árvore; lançou-a Moisés nas águas, e as águas se tornaram doces” (Ex 15.23-25). Novamente aqui foi o Senhor quem ordena a Moisés que jogasse certo tronco de árvore nas águas, não que a árvore tivesse em si o potencial de cura, e sim o Senhor. A árvore aponta profeticamente para a cruz de Cristo. Se isto fosse regra – isto é, usar galhos de árvores para curar águas – Eliseu teria seguido o exemplo de Moisés usando uma árvore para tornar potável as águas de Jericó. No entanto, lá ele usou sal.
Moisés, em duas ocasiões bateu com a vara na Rocha. Na vez primeira, Deus ordenou que batesse na rocha, mas da segunda vez, bastava falar à rocha e ela daria água. Acostumado a bater com seu cajado – batera com ele no Egito trazendo pragas, batera nas águas do mar Vermelho e na rocha – Moisés repetiu a cena, mas foi advertido por Deus e perdeu o direito de entrar na Terra Prometida (Compare Êxodo 17.1-7 c/ Números 20.2-13). A simbologia aqui é clara: a primeira vez que feriu a rocha, era uma simbologia da Rocha, ferida na cruz; da segunda vez, bastava apenas falar. Por isso, no cântico que Deus escreveu para o povo em Deuteronômio 32 várias vezes Deus se refere a Rocha (Dt 32.4, 15, 18, 30, 31).
Foi assim com a serpente levantada no deserto. Quem para ela olhasse era curado das picadas venenosas das serpentes. Devido ao pecado do povo serpentes invadiram o acampamento trazendo dor e morte entre o povo. E o Senhor ordenou a Moisés que fizesse uma serpente de bronze, colocasse-a num lugar alto e todo o que era mordido pelas serpentes olhava para a serpente de bronze e era curado (Nm 21.4-9). Era uma figura da obra expiatória de Cristo, fato citado pelo próprio Jesus em João 3.14: “E do modo porque Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado, para que todo o que nele crê tenha a vida eterna”.
Mas, a inclinação esotérica do povo levou-o a guardar a serpente – que não mais servia para curar enfermidades – e a adorá-la como se fosse um deus. Até os dias de Ezequias a serpente era usada como objeto de adoração pelo povo de Israel. Ezequias “Removeu os altos, quebrou as colunas e deitou abaixo o poste-ídolo; e fez em pedaços a serpente de bronze que Moisés fizera, porque até àquele dia os filhos de Israel lhe queimavam incenso e lhe chamavam Neustã” (2 Rs 18.4). Imagine, quase 835 anos depois a serpente que Moisés levantara estava sendo adorada pelo povo como sendo um deus de bronze.
É comum que pessoas se agarrem a objetos como forma de adoração. Por isso, até hoje a cruz é adorada em vez de ser adorado aquele que nela morreu. Sabemos de irmãos que acham que, batizando-se nas águas do rio Jordão a salvação tem outro sentido. Que o óleo feito em Israel tem mais efeito; que as águas do Jordão são ainda purificadoras. E dão valor esotérico aos elementos da ceia, como se o pão e o vinho adquirissem valor maior depois de consagrados.
Por que os evangélicos e os pentecostais não queimam mais incenso em suas casas nem nos cultos a Deus? Porque entenderam que o incenso queimado no AT era sombra da oração do povo a Deus. Isto é explicado no texto de Apocalipse 8.1-5.
4. Jesus usou lodo e saliva, mas o poder não estava nem no lodo nem na saliva, mas nele mesmo! Se fosse esotérico, cuspir no chão e fazer lodo seria uma prática que os discípulos perpetuariam em seu serviço a Deus.
5. Paulo, o apóstolo enviava seus objetos pessoais que eram colocados sobre as pessoas enfermas e elas eram curadas. Por que fazia isto? Por duas razões: as pessoas não conseguiam chegar até onde ele estava e ele não conseguia ir onde elas se encontravam. Hoje as pessoas não vão aos cultos e enviam seus objetos pessoais para receberem oração, diferentemente de Paulo que usava lenços de uso pessoal. “E Deus, pelas mãos de Paulo, fazia milagres extraordinários, a ponto de levarem aos enfermos lenços e aventais do seu uso pessoal, diante dos quais as enfermidades fugiam das suas vítimas, e os espíritos malignos se retiravam” (At 19.11-12). Em momento algum Paulo fez disto uma regra para curar enfermos e expulsar os demônios. Ao contrário, várias vezes se deparou diante da impotência de curar a enfermidade de seus trabalhadores mais chegados, como Timóteo e Trófimo. Quantas vezes deve ter orado por Timóteo para que este ficasse livre de sua enfermidade e Timóteo não foi curado? Apelou, portanto, para a medicina e o recomendou tomar vinho para as constantes enfermidades do estômago. “Não continues a beber somente água; usa um pouco de vinho, por causa do teu estômago e das tuas freqüentes enfermidades” (1 Tm 5.23).
E por que não curou a Trófimo se em Éfeso bastava enviar seus lenços pessoais e as pessoas eram curadas? Porque Paulo não era esotérico e não atribuía poderes aos seus objetos pessoais e sim a Deus. No entanto, viu-se impotente de curar seu companheiro de Jornada ministerial. “Quanto a Trófimo, deixei-o doente em Mileto” (2 Tm 4.20).
A crendice de que os elementos têm poder parece fazer parte da vida dos pagãos, pois o comandante Naamã logo que foi curado de sua lepra decidiu levar sacos de terra de Israel para a Síria para com ela construir um altar de adoração ao Deus de Israel.
Não se vê, no entanto, em qualquer outra parte da Bíblia que leprosos sejam orientados a mergulhar no Jordão sete vezes. Se isto fosse uma prática esotérica Jesus teria orientado os leprosos a mergulharem no Jordão. Mas não o fez. O Senhor Jesus não nos legou quaisquer ensinamentos neste sentido.
Não se vê no Novo Testamento os apóstolos incentivando os irmãos a usarem elementos para sua cura e recebimento de poder, porque o poder não era deles, mas de Deus. O próprio Paulo vivia constantemente enfermo, a ponto de ter de parar na Galácia devido a uma enfermidade. “E vós sabeis que vos preguei o evangelho a primeira vez por causa de uma enfermidade física. E, posto que a minha enfermidade na carne vos foi uma tentação, contudo, não me revelastes desprezo nem desgosto; antes, me recebestes como anjo de Deus, como o próprio Cristo Jesus” (Gl 4.13-14). Paulo pregou o evangelho e, certamente curou os gálatas enfermos, quando ele mesmo não conseguia ser curado de sua enfermidade. Não é isto um mistério? E por que não usou de lenços, de óleo, água e de outros elementos? Porque Paulo não era esotérico; dependia unicamente do poder de Deus e não dos poderes de elementos curadores.
Se houvesse poder nos elementos haveria cura para todos; mas o poder é de Deus e ele decide sobre cada pessoa, se deve ou não ser curada. É da misericórdia dele que dependemos. Alguns acreditam que a epístola aos Romanos foi ditada por Paulo a Tércio, porque Paulo estava quase cego (Rm 16.22). “Vede com que letras grandes vos escrevi de meu próprio punho” (Gl 6.11). Que sua enfermidade era nos olhos fica claro no texto: “Pois vos dou testemunho de que, se possível fora, teríeis arrancado os próprios olhos para mos dar” (Gl 4.15).
Paulo não diz como Epafrodito foi curado de uma enfermidade mortal, mas atesta a cura de seu discípulo: “Com efeito, adoeceu mortalmente; Deus, porém, se compadeceu dele e não somente dele, mas também de mim, para que eu não tivesse tristeza sobre tristeza. Por isso, tanto mais me apresso em mandá-lo, para que, vendo-o novamente, vos alegreis, e eu tenha menos tristeza” (Fp 2.27-28). Epafrodito adoeceu e ficou às portas da morte, e foi curado; diferentemente de Paulo que sofria de uma enfermidade nos olhos e não era curado.
O crente esotérico é aquele que coloca um copo de água sobre o rádio ou sobre a televisão esperando ser curado; a pessoa quando é curada, não deve pensar que foi devido a energia da água, mas ao poder de Deus. Alguns defendem o uso destes elementos por acharem que estes operam como estimuladores da fé das pessoas. Para que incentivar as pessoas a crerem nos elementos, desviando a atenção delas do poder de Deus? Agem da mesma maneira daquelas pessoas que oram a Deus, prostradas diante de uma imagem esperando uma graça. Alcançam-na e atribuem o feito ao poder do santo, esquecendo-se, que, muitas vezes a cura não foi alcançada pela mediação do “santo”, ms pela misericórdia de Deus. Além de que, esta é uma prática que pode induzir a operação do erro permitindo que espíritos enganadores levem a pessoa a crer no milagre do “santo” ou do “elemento”, desviando as pessoas da verdadeira adoração a Deus.
Deus deixou uma orientação clara no AT a este respeito em Deuteronômio 13. “Quando profeta ou sonhador se levantar no meio de ti e te anunciar um sinal ou prodígio, e suceder o tal sinal ou prodígio de que te houver falado, e disser: Vamos após outros deuses, que não conheceste, e sirvamo-los, não ouvirás as palavras desse profeta ou sonhador; porquanto o SENHOR, vosso Deus, vos prova, para saber se amais o SENHOR, vosso Deus, de todo o vosso coração e de toda a vossa alma” (Dt 13.1-3). Este texto não está falando do falso profeta, mas do profeta verdadeiro, porque ele anuncia um milagre e este acontece. Portanto, ele não é falso. Ele é verdadeiro. Quando é que se torna falso? Quando usa do milagre para induzir as pessoas a seguirem outros deuses. Ele passa a atribuir o milagre a uma santa ou santo; a coisas qualquer. Mas o milagre aconteceu, e foi dado por Deus, portanto, a glória deveria ser dada a Deus. Mas ele desvia as pessoas de Deus para outras coisas. Deus não está dizendo que não devem olhar para os milagres que o profeta realiza, mas que o povo não deve ouvir as palavras do profeta quando estas induzirem as pessoas a se rebelarem contra Deus.
Noutra parte de Deuteronômio Deus fala do profeta falso, isto é, daquele que anuncia um milagre e este não acontece. “Se disseres no teu coração: Como conhecerei a palavra que o SENHOR não falou? Sabe que, quando esse profeta falar em nome do SENHOR, e a palavra dele se não cumprir, nem suceder, como profetizou, esta é palavra que o SENHOR não disse; com soberba, a falou o tal profeta; não tenhas temor dele” (Dt 18.21-22).
Assim, pode-se entender que o profeta é falso quando duas coisas ocorrem: O milagre acontece e ele leva as pessoas a crer que o milagre aconteceu por força e graça da santa ou do santo; do óleo santo ou da água ungida, e quando anuncia um milagre em nome do Senhor e nada acontece! Agora, quando ele anuncia o milagre, e este acontece, e a glória é dada a Jesus Cristo, ele é verdadeiramente um profeta de Deus.
Felizmente o Espírito Santo não deixou nenhum modelo de adoração e nenhum objeto a ser adorado, para que a tendência humana de crer em elementos e em objetos não supere o valor da verdadeira adoração e da vida cristã que é feita em espírito e em verdade.
A palavra de Deus serve de equilíbrio da fé e da verdade. Como as pessoas têm a tendência de cair para o lado místico, Deus nos deixou a palavra para nos puxar para o centro. Ocorre o mesmo com as pessoas que desprezam o místico e se apegam à rigidez da letra; o Espírito Santo precisa puxá-los para a mística para que depois encontrem o equilíbrio certo, no centro.
Conclusão:
Até que ponto pode-se utilizar elementos e objetos sem que se caia no esoterismo? Os discípulos perpetuaram a unção com óleo – sem especificar o tipo de óleo – orientando os presbíteros a ungir os enfermos com óleo em Nome do Senhor. “Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e estes façam oração sobre ele, ungindo-o com óleo em nome do Senhor” (Tg 5.14). Em nenhum momento Tiago atribui poder ao óleo, mas ao poder do Senhor, quando afirmou: “E oração da fé salvará o enfermo e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados” (v 15). Ainda que a questão da unção com óleo no NT seja um ensinamento obscuro, pois somente Tiago fala do tema, sabe-se que ele ungia os enfermos com óleo, do contrário não recomendaria tal prática aos presbíteros de Jerusalém.
Assim, é possível ungir enfermos ou usar do óleo para consagrar uma casa ou objetos sem incorrer no esoterismo, usando-o como figura profética da ação do Espírito Santo. Fazer disto uma regra é errado. Se houver uma palavra ou orientação do Senhor que se unja com óleo uma casa deve-se fazê-lo, sem fazer da prática um método infalível, pois é possível usar o óleo em outras ocasiões sem que nada se realize. Pode não haver cura nem consagração.
O esoterismo é quando o uso dos elementos torna-se uma prática dando-se a eles poderes que não possuem. O poder sempre é de Deus.
Algum tempo atrás obedecendo a uma palavra de um líder pentecostal latino-americano equipes saíram por toda a América Latina ungindo os países com azeite e enterrando papeis com promessas de redenção aos povos. É um ato bonito, mas sem o apoio bíblico, porque Jesus não comissionou seus discípulos a irem pelo mundo ungir as nações; nem vemos os apóstolos viajando ungindo os povos.
O Espírito Santo nada deixou registrado quanto a isto no Novo Testamento para que a igreja não se agarrasse a essas práticas. Ele mandou pregar o evangelho e a fazer discípulos de todas as nações. Viajar de carro com garrafões de óleo pingando lentamente pelas estradas é mais fácil do que parar na praça de uma cidade e anunciar o evangelho de Jesus Cristo. Quando se prega o evangelho confrontam-se as trevas e os poderes demoníacos; mas, quando apenas se unge com óleo, mostra-se apenas a intenção de se possuir a terra. Não seria melhor andar pela terra, cumprindo a ordem de que “onde pisar a planta de teu pé será tua?”. Mesmo assim, a missão não estaria completa sem a pregação do evangelho. Abraão teve que percorrer a terra toda como garantia de que Deus a daria aos seus descendentes (Gn 13.17). A posse da terra só seria definitiva se Josué conquistasse toda a terra, por isso Deus lhe disse: “Todo lugar que pisar a planta do vosso pé, vo-lo tenho dado, como eu prometi a Moisés” (Js 1.3).
Uma cidade só é conquistada quando alguém se dispõe a viver e a pregar o evangelho iniciando ali uma igreja. É a presença da igreja que muda a sociedade e não um frasco de óleo.
João A. de Souza
porque a Igreja de Cristo tem Confissões de Fé?
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Não queremos que você fique confuso. Por isso, quero primeiro dizer que uma Confissão de Fé não é a mesma coisa que uma confissão de pecado. A palavra “confessar” realmente significa “concordar com a verdade”. Você pode falar a verdade sobre os seus pecados e pode também falar a verdade sobre o que crê. Falando de confissão de pecado, não podemos concordar com a ideia da Igreja Católica Romana que diz que você pode confessar o seu pecado para um Padre e este pode perdoar seus pecados em nome de Cristo. Você deve sempre confessar os seus pecados a Deus e também à pessoa que você ofendeu se for o caso. Podemos falar mais sobre este assunto numa outra ocasião. Agora quero falar sobre as Confissões de Fé que a Igreja de Cristo usa.
Numa Confissão de Fé a Igreja explica o que é o ensino da Bíblia. A Igreja tem muitas Confissões de Fé. Algumas são bem curtas. Elas muitas vezes são chamadas de Credos, que significa: O que se crê. Outras confissões são documentos com muitos parágrafos explicando o que a Bíblia ensina. Entre estas Confissões tem também os Catecismos. Um Catecismo ensina as verdades da Bíblia aos membros da Igreja e especialmente às crianças. Para facilitar este ensino, um Catecismo geralmente usa perguntas e respostas. Estas devem ser memorizadas pelos membros da Igreja.
Só a Bíblia!
Talvez você diga: Eu não quero Confissões. Quero só a Bíblia. Somente a Bíblia é a Palavra de Deus. Nunca podemos confiar em palavras de homens. É verdade que nunca devemos acrescentar nada à Bíblia. Qualquer pessoa que acrescenta ou tira alguma coisa da Bíblia é sujeita à grande ira de Deus. Uma verdadeira Confissão de Fé que é fiel à Bíblia jamais acrescenta nem diminui nada dela.
Uma Confissão de Fé é uma escrita humana, mas ela não pode acrescentar nada à Bíblia. Por que, então, a Igreja de Cristo tem Confissões de Fé? A Bíblia não é suficiente? Ou será que a Bíblia não foi escrita muito bem e que a Igreja precisa de uma apresentação melhor do que a Bíblia? Não, nada disso, a Bíblia é perfeita e nenhum homem pode melhorá-la. O defeito não está na Bíblia. É o homem que tem as suas limitações e é por causa destas limitações que temos Confissões de fé.
Confissões de Fé fazem parte do ensino de Cristo
A idéia de fazer uma Confissão não foi inventada por algum homem. Foi Cristo que deixou este ensino importante para a Igreja e isto resultou nas Confissões de Fé. Primeiro, Cristo mandou os crentes confessarem a sua fé. Devemos declarar abertamente o que é que nós cremos. Em Atos 7, Estêvão fez um discurso diante do Tribunal. Esta foi sua confissão de fé. Nela ele declarou o que ele cria. Em Atos 15 encontramos um relato sobre um concílio da Igreja que teve que tomar uma decisão sobre uma controvérsia na Igreja. O Concílio tomou uma decisão e mandou o resultado às igrejas. Este resultado foi uma declaração do que a Igreja crê, em outras palavras, era uma Confissão de Fé. Na Bíblia, sempre quando alguém é batizado ele primeiro declara o que ele crê. Ele faz, então, uma confissão de fé. Paulo fala desta confissão de fé em 1 Timóteo 6:12.
Cristo deu à Igreja pastores e mestres (Efésios 4:11). Estes devem instruir os membros no ensino bíblico e devem zelar para que ninguém se desvie da Verdade. Para cumprir estas responsabilidades os pastores preparam documentos que podem ser usados como Confissões de Fé, documentos que explicam aos membros o que é que a Igreja crê que a Bíblia ensina. É o próprio Cristo que encarregou os pastores com esta tarefa.
Não existe igreja que não tenha uma Confissão de Fé
Há algumas igrejas que dizem que não têm Confissão de Fé. Dizem que rejeitam todos os documentos humanos e só têm a Bíblia. Quando você falar com membros destas igrejas você percebe logo que eles se enganam. Você pergunta, por exemplo: Cristo morreu por todos os homens? Eles respondem logo com uma explicação, talvez até longa. Esta sua explicação já é uma confissão de fé. Quando você participar de uma igreja que diz que não tem uma Confissão de Fé, você percebe que os pastores desta igreja insistem em certas doutrinas e não permitem que você traga outro ensino, mesmo quando você citar somente a Bíblia. Eles explicam suas doutrinas em sermões e em lições para escola dominical. Este ensino que trazem não é nada menos do que uma confissão de fé.
Quer seja formal ou informal, toda igreja tem as suas confissões de fé. A questão não é ter ou não ter uma confissão de fé. A questão é se as Confissões (ou o ensino) da igreja é ou não plenamente fiel à Bíblia.
Por que a Igreja de Cristo tem Confissões de Fé?
A Igreja tem Confissões porque os homens são limitados. Ninguém consegue memorizar a Bíblia toda. Ninguém pode sozinho entender toda a Bíblia direito. Ninguém pode entender tudo certo só citando versículos sem nenhuma ajuda para saber a explicação certa. Para ajudar em todas estas limitações a Igreja usa Confissões de Fé. Nelas a igreja explica o que ela entende ser o verdadeiro ensino da Bíblia.
A Igreja usa Confissões para declarar a sua fé a Deus e isto para ser salva. Romanos 10:9 diz: “Se com a tua boca confessares Jesus como Senhor e, em seu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo.”
A Igreja usa Confissões para evangelizar os homens. Com estes documentos ela proclama no mundo qual é a verdadeira Boa Nova de Jesus. Diz o Senhor Jesus em Mateus 10:32: “Portanto, todo aquele que me confessar diante dos homens, também eu o confessarei diante de meu Pai que está nos céus”.
A Igreja usa Confissões para defender a fé contra ensino falso. Lemos em 1 Timóteo 1:3 o seguinte: “Quando eu estava de viagem, rumo da Macedônia, te roguei permanecesses ainda em Éfeso para admoestares a certas pessoas, a fim de que não ensinem outra doutrina”.
A Igreja de Cristo usa Confissões para ensinar a seus membros. Colossenses 3:16 diz: “Habite, ricamente, em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria...”
Uma igreja que não valoriza as fiéis Confissões de Fé geralmente não guarda firme a doutrina de Cristo. A tendência, neste caso, é abrir as portas para uma variedade de ensinos porque tal igreja não sabe bem o que é verdadeiro e o que é invenção dos homens. As confissões que a Igreja de Cristo desenvolveu através dos séculos são bons instrumentos para ajudar-nos a guardar a fé bíblica e crescer nela. Mesmo assim, é de grande importância nunca permitir que as confissões se tornem um substituto pela Bíblia.
Não queremos que você fique confuso. Por isso, quero primeiro dizer que uma Confissão de Fé não é a mesma coisa que uma confissão de pecado. A palavra “confessar” realmente significa “concordar com a verdade”. Você pode falar a verdade sobre os seus pecados e pode também falar a verdade sobre o que crê. Falando de confissão de pecado, não podemos concordar com a ideia da Igreja Católica Romana que diz que você pode confessar o seu pecado para um Padre e este pode perdoar seus pecados em nome de Cristo. Você deve sempre confessar os seus pecados a Deus e também à pessoa que você ofendeu se for o caso. Podemos falar mais sobre este assunto numa outra ocasião. Agora quero falar sobre as Confissões de Fé que a Igreja de Cristo usa.
Numa Confissão de Fé a Igreja explica o que é o ensino da Bíblia. A Igreja tem muitas Confissões de Fé. Algumas são bem curtas. Elas muitas vezes são chamadas de Credos, que significa: O que se crê. Outras confissões são documentos com muitos parágrafos explicando o que a Bíblia ensina. Entre estas Confissões tem também os Catecismos. Um Catecismo ensina as verdades da Bíblia aos membros da Igreja e especialmente às crianças. Para facilitar este ensino, um Catecismo geralmente usa perguntas e respostas. Estas devem ser memorizadas pelos membros da Igreja.
Só a Bíblia!
Talvez você diga: Eu não quero Confissões. Quero só a Bíblia. Somente a Bíblia é a Palavra de Deus. Nunca podemos confiar em palavras de homens. É verdade que nunca devemos acrescentar nada à Bíblia. Qualquer pessoa que acrescenta ou tira alguma coisa da Bíblia é sujeita à grande ira de Deus. Uma verdadeira Confissão de Fé que é fiel à Bíblia jamais acrescenta nem diminui nada dela.
Uma Confissão de Fé é uma escrita humana, mas ela não pode acrescentar nada à Bíblia. Por que, então, a Igreja de Cristo tem Confissões de Fé? A Bíblia não é suficiente? Ou será que a Bíblia não foi escrita muito bem e que a Igreja precisa de uma apresentação melhor do que a Bíblia? Não, nada disso, a Bíblia é perfeita e nenhum homem pode melhorá-la. O defeito não está na Bíblia. É o homem que tem as suas limitações e é por causa destas limitações que temos Confissões de fé.
Confissões de Fé fazem parte do ensino de Cristo
A idéia de fazer uma Confissão não foi inventada por algum homem. Foi Cristo que deixou este ensino importante para a Igreja e isto resultou nas Confissões de Fé. Primeiro, Cristo mandou os crentes confessarem a sua fé. Devemos declarar abertamente o que é que nós cremos. Em Atos 7, Estêvão fez um discurso diante do Tribunal. Esta foi sua confissão de fé. Nela ele declarou o que ele cria. Em Atos 15 encontramos um relato sobre um concílio da Igreja que teve que tomar uma decisão sobre uma controvérsia na Igreja. O Concílio tomou uma decisão e mandou o resultado às igrejas. Este resultado foi uma declaração do que a Igreja crê, em outras palavras, era uma Confissão de Fé. Na Bíblia, sempre quando alguém é batizado ele primeiro declara o que ele crê. Ele faz, então, uma confissão de fé. Paulo fala desta confissão de fé em 1 Timóteo 6:12.
Cristo deu à Igreja pastores e mestres (Efésios 4:11). Estes devem instruir os membros no ensino bíblico e devem zelar para que ninguém se desvie da Verdade. Para cumprir estas responsabilidades os pastores preparam documentos que podem ser usados como Confissões de Fé, documentos que explicam aos membros o que é que a Igreja crê que a Bíblia ensina. É o próprio Cristo que encarregou os pastores com esta tarefa.
Não existe igreja que não tenha uma Confissão de Fé
Há algumas igrejas que dizem que não têm Confissão de Fé. Dizem que rejeitam todos os documentos humanos e só têm a Bíblia. Quando você falar com membros destas igrejas você percebe logo que eles se enganam. Você pergunta, por exemplo: Cristo morreu por todos os homens? Eles respondem logo com uma explicação, talvez até longa. Esta sua explicação já é uma confissão de fé. Quando você participar de uma igreja que diz que não tem uma Confissão de Fé, você percebe que os pastores desta igreja insistem em certas doutrinas e não permitem que você traga outro ensino, mesmo quando você citar somente a Bíblia. Eles explicam suas doutrinas em sermões e em lições para escola dominical. Este ensino que trazem não é nada menos do que uma confissão de fé.
Quer seja formal ou informal, toda igreja tem as suas confissões de fé. A questão não é ter ou não ter uma confissão de fé. A questão é se as Confissões (ou o ensino) da igreja é ou não plenamente fiel à Bíblia.
Por que a Igreja de Cristo tem Confissões de Fé?
A Igreja tem Confissões porque os homens são limitados. Ninguém consegue memorizar a Bíblia toda. Ninguém pode sozinho entender toda a Bíblia direito. Ninguém pode entender tudo certo só citando versículos sem nenhuma ajuda para saber a explicação certa. Para ajudar em todas estas limitações a Igreja usa Confissões de Fé. Nelas a igreja explica o que ela entende ser o verdadeiro ensino da Bíblia.
A Igreja usa Confissões para declarar a sua fé a Deus e isto para ser salva. Romanos 10:9 diz: “Se com a tua boca confessares Jesus como Senhor e, em seu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo.”
A Igreja usa Confissões para evangelizar os homens. Com estes documentos ela proclama no mundo qual é a verdadeira Boa Nova de Jesus. Diz o Senhor Jesus em Mateus 10:32: “Portanto, todo aquele que me confessar diante dos homens, também eu o confessarei diante de meu Pai que está nos céus”.
A Igreja usa Confissões para defender a fé contra ensino falso. Lemos em 1 Timóteo 1:3 o seguinte: “Quando eu estava de viagem, rumo da Macedônia, te roguei permanecesses ainda em Éfeso para admoestares a certas pessoas, a fim de que não ensinem outra doutrina”.
A Igreja de Cristo usa Confissões para ensinar a seus membros. Colossenses 3:16 diz: “Habite, ricamente, em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria...”
Uma igreja que não valoriza as fiéis Confissões de Fé geralmente não guarda firme a doutrina de Cristo. A tendência, neste caso, é abrir as portas para uma variedade de ensinos porque tal igreja não sabe bem o que é verdadeiro e o que é invenção dos homens. As confissões que a Igreja de Cristo desenvolveu através dos séculos são bons instrumentos para ajudar-nos a guardar a fé bíblica e crescer nela. Mesmo assim, é de grande importância nunca permitir que as confissões se tornem um substituto pela Bíblia.
Ralph Boersema
Voce cre na uncao financeira?
Você encaminhou o link para um vídeo de um programa evangélico onde um homem cita o versículo de 2 Cr 20:20: "Crede nos seus profetas e prosperareis". Ele deixa de fora o que vem antes, a parte mais importante do versículo, que diz: "Crede no SENHOR, vosso Deus, e estareis seguros". Então o apresentador do programa convida sua audiência para prestar atenção ao que seu convidado, um norte-americano, vai profetizar.
Em seguida, o americano começa dizendo que Deus lhe deu uma mensagem para transmitir ao povo de Deus, e prossegue falando de uma unção especial para os últimos dias - uma unção tal que nunca Deus havia dado antes - umaunção financeira. Para receber a tal unção basta o espectador enviar 900 reais para o programa.
Sempre que alguém começa dizendo que Deus lhe disse algo eu já fico com um pé atrás. Essa técnica é usada para impedir qualquer julgamento e contestação, pois se Deus falou, quem irá contradizer? Porém, julgar aqueles que se dizem profetas é obrigação de todo cristão (1 Coríntios 14:29), justamente para nos precavermos de tipos assim . A cara lavada que o sujeito demonstra enquanto pede dinheiro logo me faz concluir tratar-se de um homem ungido. Ungido com azeite de peroba.
Todavia quem envia o dinheiro e não recebe a tal unção financeira não pode reclamar, pois quem dá dinheiro para um golpista tem a mesma motivação: ganho fácil. O estelionatário vende o bilhete premiado por mil reais com a promessa de um milhão. A vítima compra porque acredita estar levando vantagem sobre o golpista, e o considera bobo de vender um milhão por mil reais.
Portanto, não vejo crime quando um fiel dá 900 reais para um mercador da fé, pois o fiel também está de olho no dinheiro fácil, no investimento milionário. Ele não quer trabalhar para ficar próspero; quer levar vantagem sobre Deus. Portanto, ele não está sendo enganado; simplesmente existe um consenso entre o que dá e o que recebe. Como dizem os ditados, são farinha de um mesmo saco e aves de igual plumagem que voam juntas.
Se tipos assim conseguem escapar da justiça humana, não se pode dizer o mesmo da instância superior: a justiça divina. Quando um homem como esse diz que Deus ordenou que ele transmitisse tal profecia ao povo de Deus, ele incorre no crime dos falsos profetas de Israel, que deviam ser apedrejados caso suas profecias não se cumprissem. Como já não estamos nos tempos da Lei, mas da graça, as pedras podem ser poupadas dessa missão inglória.
A eles se aplicam as terríveis palavras de Jesus em Mateus 7: "Apartai-vos de mim". Já pensou o que significará escutar "apartai-vos de mim" daquele que disse a todos "vinde a mim"?
Mt 7:21-23 "Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no Reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naquele Dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E, em teu nome, não expulsamos demônios? E, em teu nome, não fizemos muitas maravilhas? E, então, lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade".
Você já reparou que esta passagem não fala de pagãos, idólatras, infiéis, incrédulos, feiticeiros etc? Fala de pessoas que profetizam, fazem maravilhas e expulsam demônios em nome do Senhor. Se estiver na dúvida de onde encontrar gente assim nos dias de hoje, ligue a TV.
Mas se você perguntar a um homem desses se ele acha que está agindo errado, ele dirá que não, e sua resposta estará perfeitamente de acordo com a Palavra de Deus. Além disso, ele próprio está prosperando tremendamente, o que faz com que acredite estar no caminho certo e seja considerado um ponto de referência para os que o seguem, que querem vestir o terno que ele veste, ter o carro que ele tem e viajar no mesmo avião em que viaja.
O capítulo 3 de 2 Timóteo descreve esses homens. Ali não está falando de incrédulos ou pagãos, mas de cristãos nominais, já que o texto é continuação do assunto que Paulo tratava no capítulo 2. Lendo a partir do versículo 1 você verá que o apóstolo fala de homens que atuariam na cristandade nos "últimos dias", que seriam amantes de si mesmos e avarentos. O dicionário Houaiss diz que "avarento" é "aquele que é obcecado por adquirir e acumular dinheiro".
A passagem continua falando que eles seriam presunçosos, soberbos,blasfemos e desprovidos de amor, mas tudo isso com aparência de piedade. Diz ainda que atrairiam principalmente mulheres levadas por muitas concupiscências (desejos). Depois Paulo os compara a Janes e Jambres, os magos de Faraó que imitavam os milagres de Deus. Soa familiar?
Mas eu disse que eles mesmos fazem isso e acreditam estar fazendo o bem. Por que? O segredo para entender o que passa pela cabeça desses pregadores que pedem dinheiro está em 2 Tm 3:13: "Mas os homens maus e enganadores irão de mal para pior, enganando e sendo enganados".
Quando um homem assim deliberadamente engana os outros, ele acaba provando de seu próprio veneno: ele próprio acaba sendo enganado.
Morris Cerullo no Brasil. Você o conhece?
Morris Cerullo no Brasil. Você o conhece?
Hoje recebi este link acima de um amigo sobre a notícia da visita do sr Cerullo aqui no Brasil. Com o nome de "CONFERÊNCIA PASSANDO O MANTO", um dos percussores da teologia da prosperidade desembarca em Brasilia-DF em Julho para "pregar" sua teologia da prosperidade e "passar o manto" por três dias.
Infelizmente muita gente tem caído nesta distorção doutrinária, enganosa e herética que é a teologia da prosperidade, através de influências de alguns pregadores Brasileiros, tais como o sr Silas Malafaia, Apóstolo René Terra Nova e companhia. O pior é que as pessoas que houvem falar do sr Cerullo através destes pregadores nacionais nem se preocupam em investigar a vida do mesmo para saber quais os seus frutos.
Quando vi este site anunciando esta "conferência passando o manto" e visualizei os preletores desta conferência fiquei impressionado com a "junção" já anunciada uns tempos atrás do sr. Silas Malafaia com o Apóstolo René Terra Nova. O pastor Silas cumpriu sua promessa em fazer uma aliança com o Terra Nova em um congresso. O Pastor Silas que era um declarado combatente da heresia do G12, hoje se posiciona a favor do maior percussor da visão celular no Brasil.
Voltando ao assunto, Vejam quem serão os preletores da conferência passando o manto de Morris Cerullo:
Bom, agora vamos direto ao assunto. Afinal de contas, quem é Morris Cerullo?
Pra quem não conhece o Morris Cerullo alem de ser o comentarista da nova Bíblia de Estudo Batalha Espiritual e Vitória Financeira lançada pelo Pastor Silas Malafaia que tem sido chamada pejorativamente por alguns críticos como "Bíblia do Milhão" por difundir o evangelho da prosperidade, ele também é o autor da famosa frase proferida na mensagem "The End Time Manifestation of the Sons of God": Morris Cerullo diz que“o propósito de Deus foi de se reproduzir (...) vocês não estão olhando para Morris Cerullo, vocês estão olhando para Deus, vocês estão olhando para Jesus”.
Morris Cerullo, descrevendo uma experiência que diz ter dito fora do corpo, afirma: “De repente, em frente a uma tremenda multidão, a glória de Deus apareceu. A forma que eu vi foi de um homem de mais ou menos 1,80m, talvez mais, e duas vezes mais largo que os corpos humanos, não tendo feições como olhos, nariz ou boca”. (The Miracle Book, pp. x-xi)
Morris Cerullo afirma ter visto Deus apesar das escrituras afirmarem:
João 1:18 Ninguém jamais viu a Deus; o Deus unigênito, que está no seio do Pai, é quem o revelou.
I Timóteo 6:16 o único que possui imortalidade, que habita em luz inacessível, a quem homem algum jamais viu, nem é capaz de ver. A ele honra e poder eterno. Amém!
Uma breve biografia do sr. Cerullo:
Morris Cerullo diz que se encontrou com Deus pela primeira vez quando contava oito anos de idade. Alegadamente ele estava de pé sobre um parapeito, pronto a terminar com tudo, quando Deus, miraculosamente, interveio, enchendo com sua presença o quarto de Morris e falando-lhe palavras de segurança. Conforme Cerullo conta, sua vida daquele ponto em diante foi uma maratona de milagres capaz de estourar os miolos de qualquer um.
Com a idade de 14 anos, depois de ter sido instruído pelos "principais rabinos" duma cidade do Estado de Nova Jérsei, Cerullo foi tirado do orfanato judeu "por dois seres angelicais, para um refúgio que havia sido preparado para ele." Menos de um ano depois, ele foi transportado ao céu, onde teve um encontro face a face com Deus. De acordo com o relato, "assim como Moisés contemplou a glória de Deus no arbusto que não queimava, Cerullo foi levado no espírito ao lugares celestiais, onde contemplou a Presença de Deus, sendo o ministério de sua vida claramente detalhado perante ele".
Deus, que foi descrito por Cerullo como alguém com 1,83m de altura e o dobro da largura dum corpo humano, tirou, por assim dizer, "a tampa do inferno e permitiu-me ver do céu para baixo, para os portais do submundo".(fonte: Miracle Book - Morris Cerullo - Cap XI)
E então, no dizer de Cerullo, Deus falou com ele pela primeira vez. Apesar de Cerullo afirmar que nunca antes ouvira essas palavras, acontece que Deus lhe disse exatamente o que dissera antes ao profeta Isaías: "Levanta-te, resplandece, porque já vem a tua luz, e a glória do Senhor vai nascendo sobre ti... E as nações caminharão à tua luz..." (Is 60:1-3).
Assim, de acordo com Cerullo, ele se tornou o porta-voz de Deus, capaz de "revelar coisas que ainda não aconteceram, comunicando precisa e diretamente as Palavras de Deus, o 'assim diz o Senhor' ''.
Dessa maneira Cerullo desistiu da "grande ambição de se tornar o governador do meu Estado de Nova Jérsei", a fim de ser "um ministro do Evangelho". Cerullo conta e reconta essa história como prova indisputável que ele é, de fato, "um vaso escolhido de Deus". (fonte: Miracle Book - Morris Cerullo - Cap X, Few Are Chosen - Deeper Life - 21-junho-1981)
Mas até onde sabemos um escolhido de Deus fala a Palavra de Deus. Pergunte-se de Cerullo quem foi Jesus durante a encarnação, e ele replicará que quando "Jesus veio a este mundo, ele não veio em sua divindade, e nem como deidade (Deus)". Quanto à sua opinião sobre Deus, Cerullo tem isto a dizer:
"Vocês sabiam que desde o começo do tempo o propósito inteiro de Deus era reproduzir-se?... Quem são vocês? Vamos lá, quem são vocês? Vamos lá, digam: "Filhos de Deus!" Vamos lá, digam!... E quando estamos aqui de pé, vocês não estão olhando para Moris Cerullo; vocês estão olhando para Deus, estão olhando para Jesus!(fonte: The Endtime Manifestation Of the Sons of God - Morris Cerullo - Fita de audio 1, lados 1 e 2, ênfase no original)
De modo um tanto promocional, Cerullo reconhece que "o verdadeiro teste de um profeta é: "o que ele falar acontecerá". E, no entanto, até um exame ligeiro de suas predições demonstram que a média de acertos de Cerullo, quando se trata de profecias, é pouco melhor que a da Sociedade Torre de Vigia. Em 1972, por exemplo, Cerullo afirmou que Deus lhe dissera que "os Estados Unidos da América estão prestes a testemunhar um grande reavivamento". Já se passaram tantos anos e esse "grande avivamento" ainda não pôde ser verificado.
Em setembro de 1991 o Espírito Santo, alegadamente, falou com Cerullo e lhe disse:"Filho, o mundo será alcançado pelo Evangelismo por volta do ano 2.000!"
De acordo com Cerullo, isso significaria que há somente 1460 dias (referindo-nos a partir de 1996, data que foi escrito este livro) para atingir um bilhão de almas.
Se Cerullo tiver de ser crido, parece que Deus canaliza alguns dos apelos de levantamento de fundos mais manipuladores que se possa imaginar, através da boca de seu profeta. (Para variar, a maneira de se alcançar no tempo o objetivo de Deus, tendo Cerullo sido incumbido da solução global, é obter dinheiro para levar a cabo a tarefa). Eis, por exemplo, uma das alegadas "declarações de Deus":
"Entregai a mim as vossas carteiras, diz Deus, e deixai-me ser o Senhor do vosso dinheiro... Sim, sede obedientes à minha voz".
Evangelho da Prosperidade na Biblia do Morris e Malafaia:
"Pobreza é escravidão! Ela amarra as pessoas, impedindo-as de terem as coisas de que necessitam. A pobreza leva à depressão e ao medo. Não é a vontade de Deus que você viva na escravidão da pobreza. É hora de Deus acabar com a escravidão das dívidas e da pobreza no meio de seu povo! É chegado o momento da liberação de uma unção financeira especial, que quebrará as cadeias da escassez e o capacitará acolher com abundância!”
Veja agora a própria Bíblia
(inclusive a mesma que eles utilizam)
fala sobre pobreza e riquezas materiais:
(inclusive a mesma que eles utilizam)
fala sobre pobreza e riquezas materiais:
Vejamos o que a Bíblia diz sobre os pobres:
"Ouvi meus amados irmãos. Não escolheu Deus os que para o mundo são pobres, para serem ricos em fé e herdeiros do reino que ele prometeu aos que o amam? Entretanto, vós outros menosprezastes o pobre." Tg 2:5-6 Grifo meu!
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"Bem aventurados vós, os pobres, porque vosso é o reino de Deus". Lc 6:20b Grifo meu!
"Bem aventurados vós, os pobres, porque vosso é o reino de Deus". Lc 6:20b Grifo meu!
Vejamos agora o que as escrituras dizem sobre riquezas:
"Se alguém ensina outra doutrina e não concorda com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo e com o ensino segundo a piedade, é enfatuado, nada entende, mas tem mania por questões e contendas de palavras, de que nascem inveja, provocação, difamações, suspeitas malignas, altercações sem fim, por homens cuja mente é pervertida e privados da verdade, supondo que a piedade é fonte de lucro. De fato, grande fonte de lucro é a piedade com o contentamento. Porque nada temos trazido para o mundo, nem coisa alguma podemos levar dele. Tendo sustento e com que nos vestir, estejamos contentes. Ora, os que querem ficar ricos caem em tentação, e cilada, e em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e perdição. Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores. Tu, porém, ó homem de Deus, foge destas coisas; antes, segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a constância, a mansidão." I Tm 6:3 Grifo meu!
"Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam; mas ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam; porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração. São os olhos a lâmpada do corpo. Se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo será luminoso; se, porém, os teus olhos forem maus, todo o teu corpo estará em trevas. Portanto, caso a luz que em ti há sejam trevas, que grandes trevas serão! Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro, ou se devotará a um e desprezará ao outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas. Por isso, vos digo: não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou beber; nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo, mais do que as vestes? Observai as aves do céu: não semeiam, não colhem, nem ajuntam em celeiros; contudo, vosso Pai celeste as sustenta. Porventura, não valeis vós muito mais do que as aves? Qual de vós, por ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado ao curso da sua vida? E por que andais ansiosos quanto ao vestuário? Considerai como crescem os lírios do campo: eles não trabalham, nem fiam. Eu, contudo, vos afirmo que nem Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles. Ora, se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, quanto mais a vós outros, homens de pequena fé? Portanto, não vos inquieteis, dizendo: Que comeremos? Que beberemos? Ou: Com que nos vestiremos? Porque os gentios é que procuram todas estas coisas; pois vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas elas; buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas." Mt 6:19-33 Grifo meu!
"E Jesus, vendo-o assim triste, disse: Quão dificilmente entrarão no reino de Deus os que têm riquezas! Porque é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no reino de Deus." Lc 18:24 Grifo meu!
Em nenhum lugar na Bíblia encontraremos que Cristo prometeu riquezas materiais terrenas para alguém, mas somente que nosso Deus irá suprir nossas necessidades e que ele mesmo cuidará de nós, pois ele cuida dos pássaros e flores, porque não cuidaria de seus filhos? Isto não impede realmente que com esforço e trabalho alguém venha a prosperar financeiramente. Mas também não impediu que a igreja primitiva tivesse seus bens confiscados (Hb 10:34) e também não impediu que os apóstolos passassem fome e nudez (1 Co 4:11-13, 2 Co 11:23-33).
O verdadeiro Evangelho de Cristo nos aponta para o eterno das riquezas celestiais, pois"onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração".
Enquanto Silas Mafalafia lançava a nova bíblia no Brasil, Morris Cerullo era acusado de crime fiscal nos Estados Unidos:
Em seu Web site, Morris Cerullo afirma que 2007 será o ano para o avanço financeiro, mesmo quando ele se prepara para enfrentar acusações de mentir sobre as suas finanças pessoais. Cerullo está enfrentando acusações de evasão fiscal Federal. A"WCNC" obteu uma cópia da acusação federal apresentou contra Cerullo, em San Diego.
O verdadeiro Evangelho de Cristo nos aponta para o eterno das riquezas celestiais, pois"onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração".
Enquanto Silas Mafalafia lançava a nova bíblia no Brasil, Morris Cerullo era acusado de crime fiscal nos Estados Unidos:
SAN DIEGO, Califórnia - onetime
O líder da Inspiration Network, agora localizado em Fort Mill - SC, está em tribunal na próxima semana, em San Diego, sobre a acusação de evasão fiscal de encargos. Dr. Morris Cerullo levantou a Inspiration Network a partir da confusão quando ele estava na propriedade de Jim Bakker do Ministério PTL. Dr. Cerullo é dono do ministério (ou empresa) "Morris Cerullo World Evangelism".
O líder da Inspiration Network, agora localizado em Fort Mill - SC, está em tribunal na próxima semana, em San Diego, sobre a acusação de evasão fiscal de encargos. Dr. Morris Cerullo levantou a Inspiration Network a partir da confusão quando ele estava na propriedade de Jim Bakker do Ministério PTL. Dr. Cerullo é dono do ministério (ou empresa) "Morris Cerullo World Evangelism".
Em seu Web site, Morris Cerullo afirma que 2007 será o ano para o avanço financeiro, mesmo quando ele se prepara para enfrentar acusações de mentir sobre as suas finanças pessoais. Cerullo está enfrentando acusações de evasão fiscal Federal. A"WCNC" obteu uma cópia da acusação federal apresentou contra Cerullo, em San Diego.
Nele estão pedindo que Cerullo se explique porque mentiu sobre o seu rendimento declarado no imposto de renda, onde foi omitindo mais de US $ 500,000 (quinhentos mil dólares). Este, em apenas 15 anos após Cerullo assumir o ministério que foi deixado de Jim Bakker's. Ela se tornou a inspiration Network. Cerullo's assumiu a operação, mas permaneceu envolvido até 2005. Esse é o mesmo ano Cerullo foi indiciado.
O procurador federal disse que o dinheiro em questão provinha de ofertas doadas em cultos e outros eventos. Cerullo vai se apresentar no tribunal de San Diego em 20 de março. Se condenado, Cerullo poderá pegar até nove anos de prisão e pagar centenas de milhares de dólares em multas.
Portanto, vamos ficar atentos a este "doutor" que virá ao Brasil. Se você conhece alguém que demonstre interesse na teologia da prosperidade pregada pelo Cerullo e que queira ir nesta "conferência", alerte esta pessoa sobre o perigo e, se possível, indique este artigo para que a mesma possa conhecer o que realmente prega o Dr. Cerullo.
Como bons bereianos, estamos de olho!
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